Idade Média ( V ao XV )

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Vestibular História Test sobre Idade Média ( V ao XV ), creado por Sandro Vital el 07/01/2019.
Sandro Vital
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Resumen del Recurso

Pregunta 1

Pregunta
Em A civilização feudal, o historiador Jérôme Baschet escreveu que a “Idade Média convida, com particular acuidade, a uma reflexão sobre a construção social do passado”. BASCHET, Jérôme. A civilização feudal: do ano mil à colonização da América. São Paulo: Editora Globo, 2006, p. 26. Tendo como referência a citação acima e o período da história, conhecido como Idade Média, assinale a alternativa incorreta.
Respuesta
  • O Iluminismo consolidou ideias como fragmentação política, fixação espacial, desordem, regressão e estagnação nas suas representações sobre o mundo medieval.
  • Os debates contemporâneos sustentam que fazem parte da dinâmica feudal o poder monárquico, a função militar e a presença de autoridade episcopal.
  • O fenômeno urbano na chamada Idade Média Central está associado ao desenvolvimento das atividades artesanais e comerciais.
  • O Feudalismo foi uma categoria meramente econômica que designou o modo de funcionamento de toda a sociedade medieval na Europa.
  • A visão sobre o mundo medieval foi pautada por perspectivas do período no qual o historiador escreve, como exemplo, a idealização romântica produzida no século XIX.

Pregunta 2

Pregunta
Não é mais o templo que distingue a cidade medieval da cidade antiga, porque muitas vezes ou o templo foi reutilizado como igreja, ou então a igreja cristã foi construída sobre o local do templo. Com a igreja, um elemento fundamentalmente novo sobreveio. Os sinos aparecem e se instalam no século VII no Ocidente. Eles serão ponto de referência na cidade; em particular na Itália, onde o sino muitas vezes é instalado não no corpo do monumento, mas numa torre especial: o campanário. (Jacques Le Goff. Por amor às cidades, 1998. Adaptado.) O historiador descreve o surgimento da cidade medieval, assinalando, como um dos seus aspectos fundamentais,
Respuesta
  • o florescimento das atividades econômicas nos pontos de encontro de diversas rotas de comércio.
  • a autonomia política conquistada por meio de um processo de luta contra o senhor feudal e a Igreja.
  • a onipresença de um poder religioso visível e controlador da existência cotidiana da população.
  • a reorganização do espaço urbano com vistas a manter a tradicional estrutura militar da antiguidade.
  • o deslocamento da população da cidade para as comunidades de religiosos nos mosteiros.

Pregunta 3

Pregunta
A dança macabra. Xilogravura italiana de 1486. Até por volta de 1350, raramente a morte era retratada e, quando o era, tratava-se de uma mensageira do mundo divino. A partir daí, a morte tornou-se um tema recorrente na arte e na literatura, representada como uma força impessoal, com iniciativa própria. O significado da morte alterou-se e, com ele, toda uma sensibilidade: perdendo qualquer conotação ética, a morte deixou de ter natureza cristã. FRANCO Jr., Hilário. Idade Média, nascimento do Ocidente. São Paulo: Editora Brasiliense, 2001. Adaptado. A imagem e o texto se referem, exclusivamente, a qual contexto histórico?
Respuesta
  • Ao contexto de crise da Idade Média e dos conflitos sociais, em que aldeias e cidades eram cobertas de cadáveres de clérigos e nobres.
  • Ao contexto de doenças generalizadas, que se espalharam por toda a Europa, trazidas do Oriente pelas galeras genovesas.
  • Ao contexto da peste negra, que, nesse período, atingia a todos, poderosos e humildes, clérigos e leigos, jovens e velhos, virtuosos e pecadores.
  • Ao contexto de mortalidade causada pela peste negra, que se concentrou, exclusivamente, na França e na Itália.
  • Ao contexto de peste negra que, dentre os doentes, fazia sucumbir, sobretudo, as crianças, por não contarem com remédio ou alívio algum.

Pregunta 4

Pregunta
A cidade é [desde o ano 1000] o principal lugar das trocas econômicas que recorrem sempre mais a um meio de troca essencial: a moeda. [...] Centro econômico, a cidade é também um centro de poder. Ao lado do e, às vezes, contra o poder tradicional do bispo e do senhor, frequentemente confundidos numa única pessoa, um grupo de homens novos, os cidadãos ou burgueses, conquista “liberdades”, privilégios cada vez mais amplos. Jacques Le Goff. São Francisco de Assis. Rio de Janeiro: Record, 2010. Adaptado. O texto trata de um período em que
Respuesta
  • os fundamentos do sistema feudal coexistiam com novas formas de organização política e econômica, que produziam alterações na hierarquia social e nas relações de poder.
  • o excesso de metais nobres na Europa provocava abundância de moedas, que circulavam apenas pelas mãos dos grandes banqueiros e dos comerciantes internacionais.
  • o anseio popular por liberdade e igualdade social mobilizava e unificava os trabalhadores urbanos e rurais e envolvia ativa participação de membros do baixo clero.
  • a Igreja romana, que se opunha ao acúmulo de bens materiais, enfrentava forte oposição da burguesia ascendente e dos grandes proprietários de terras.
  • as principais características do feudalismo, sobretudo a valorização da terra, haviam sido completamente superadas e substituídas pela busca incessante do lucro e pela valorização do livre comércio.

Pregunta 5

Pregunta
Os especialistas em demografia histórica são mais ou menos concordes em estimar que a população global do reino da França no mínimo duplicou entre os anos mil e 1328, passando de cerca de 6 milhões de habitantes para 13,5 milhões, e de 16 a 17 milhões, considerando as regiões que desde então se tornaram francesas. LE GOFF, Jacques. O apogeu da cidade medieval. Trad. Antônio Danesi, São Paulo: Martins Fontes, 1992, p. 4. (Adaptado). De acordo com a citação, pode-se afirmar que o principal fator que permitiu o crescimento da população europeia foi
Respuesta
  • o controle da Peste Negra por meio da implantação de medidas de saneamento das grandes cidades europeias.
  • o fim dos conflitos entre os reinos, especialmente o da “Guerra dos Cem Anos”, entre França e Inglaterra.
  • a relativa estabilidade política e econômica, que fomentou a expansão dos burgos e o aumento da produção agrícola nos campos.
  • o incremento da agricultura, que impulsionou o sistema de trocas de mercadorias promovendo a prosperidade nos feudos.

Pregunta 6

Pregunta
Mas o objetivo da produção, mesmo com meios modestos, não era um fim abstrato como hoje, mas prazer e ócio. Esse conceito antigo e medieval de ócio não deve ser confundido com o conceito moderno de tempo livre. Isso porque o ócio não era uma parcela da vida separada do processo de atividade remunerada, antes estava presente, por assim dizer, nos poros e nos nichos da própria atividade produtiva. KURZ, Robert. A expropriação do tempo. Folha de São Paulo, 3 jan.1999. p. 5 (Adaptado). A noção de tempo livre assumiu uma qualidade positiva distinta daquela de ócio, em função de estar articulada a um conjunto de transformações socioeconômicas, localizadas a partir de fins da Idade Média, e que se caracterizava
Respuesta
  • pelo incremento da produção agrícola para o mercado interno, responsável pelo chamado renascimento feudal do século XV.
  • pela crescente mercantilização das terras da Igreja, cada vez mais alinhada com as modernas concepções sobre o trabalho.
  • pela descentralização político-administrativa das emergentes monarquias nacionais, fator de estímulo para o crescimento da produção mercantil
  • pela aceleração das atividades urbanas e comerciais, com o crescimento da produção mercantil e das camadas burguesas da sociedade.

Pregunta 7

Pregunta
Tem-se muitas vezes a impressão de que o clero detém o monopólio da cultura na Idade Média. O ensino, o pensamento, as ciências, as artes seriam feitas por ele, para ele ou pelo menos sob sua inspiração e controle. Trata-se de uma imagem falsa e que exige profunda correção. A partir da revolução comercial e do desenvolvimento urbano, grupos sociais antigos ou novos descobrem outras preocupações, têm sede de outros conhecimentos práticos ou teóricos diferentes dos religiosos, criam instrumentos de saber e meios de expressão próprios. LE GOFF, Jacques. Mercadores e banqueiros na Idade Média. Lisboa: Gradiva, s.d, p. 77. (Adaptado). A historiografia costuma associar as transformações econômicas ocorridas na crise do feudalismo na Europa Ocidental ao surgimento do mundo moderno. A citação do historiador medievalista Jacques Le Goff reforça essa ligação, uma vez que a revolução comercial
Respuesta
  • arrefeceu a atividade evangelizadora da Igreja nas terras do Novo Mundo, uma vez que os comerciantes que financiavam os jesuítas preferiram concentrar seus negócios nas fronteiras da Europa e no norte da África.
  • transformou a Igreja em uma das principais apoiadoras da expansão comercial em curso, reforçando os laços com a burguesia ascendente na luta contra os privilégios feudais da nobreza.
  • acelerou o processo de reforma interna da Igreja Católica, que passou a admitir que a busca pelos lucros e pela acumulação de capital não eram atividades que contrariavam a fé religiosa, conforme acreditava a nobreza.
  • traduziu-se na aceleração do processo de secularização do mundo, em que os poderes religiosos passaram a ser confrontados, sem desaparecerem por completo, com novas interpretações sobre o mundo e a realidade dos homens.

Pregunta 8

Pregunta
No mundo dos séculos XII e XIII, o setor de produção é essencialmente agrícola e inscreve-se no contexto do modo de produção feudal. Esse modo de produção baseia-se na exploração da terra por camponeses submetidos a um senhor. O senhor vive da renda feudal que os camponeses lhe entregam, seja em produtos, seja em dinheiro. Com o dinheiro dos censos dos camponeses e a venda dos produtos da terra, o senhor adquire os bens de que tem necessidade e que aumentam durante o período em função do custo crescente do equipamento militar e da totalidade das despesas necessarias a “vida nobre”. O camponês, por sua vez, para pagar a parte monetária de censos ao seu senhor e obter o mínimo de bens de que precisa e que ele não produz, compra e vende, também ele, no mercado. LE GOFF, Jacques. O apogeu da cidade medieval. São Paulo: Martins Fontes, 1992, p.55, (adaptado) Durante muito tempo, a historiografia considerou que a revolução comercial e burguesa, iniciada já no século XI, constituía, desde logo, um fenômeno radicalmente alheio à lógica do feudalismo e levava à justaposição de dois sistemas econômicos e culturais distintos. Porém, análises como a de Jacques Le Goff indicam que o desenvolvimento urbano e comercial
Respuesta
  • teve origem na profunda crise na produção agrícola do século XI, o que fez com que as áreas rurais se retraíssem e se tornassem dependentes do fornecimento de gêneros alimentícios de subsistência feito pelas cidades.
  • estabeleceu parcerias econômicas com o sistema feudal, mas rompeu, já no século XII, com as hierarquias típicas do mundo senhorial, tornando a cidade um espaço revolucionário no ordenamento da sociedade.
  • pressupunha que a cidade encontrou o seu lugar no sistema feudal e formou com ele, não como aliada, mas como parte integrante, uma relação de simbiose, que será chamada pelos historiadores de sistema feudo-burguês.
  • estabeleceu um mercado regido, desde os primeiros momentos de sua existência, pela lei da oferta e da procura, ou ainda da livre-concorrência, apesar da estreita proximidade com o mundo rural e feudal.

Pregunta 9

Pregunta
“Para a camada superior da humanidade, o tempo é um inimigo, e [...] a sua principal atividade é matá-lo; ao passo que, para os outros, tempo e dinheiro são quase sinônimos”. Henry Fielding. An enquiry into the causes of late increase of robbers, 1751, citado por: THOMPSON, Edward P. Costumes em Comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. Trad. de Rosaura Eichemberg. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p.267. Sobre as noções de tempo e de disciplina de trabalho, marque a alternativa correta.
Respuesta
  • Na chamada transição do feudalismo para o capitalismo, as mudanças lentas e profundas nas formas e relações de trabalho alteraram amplamente não só o mundo do trabalho, mas também as expressões culturais, como a própria ideia de tempo.
  • As mudanças na vida cotidiana, no século XVIII, relacionadas às novas manufaturas inglesas, não alteraram a percepção do tempo, tanto a noção de tempo mensurável e mecanizado, sintetizada no relógio, quanto cíclico e natural, expressa na separação entre dia e noite.
  • Segundo a tradição medieval, o tempo pertencia a Deus e, portanto, apenas o clero e o rei absoluto poderiam usá-lo em benefício do dinheiro e da usura.
  • As formas de observação e medida do tempo são exclusivas das sociedades conhecidas como modernas, pois somente nelas o controle do trabalho passou a ser necessário, devido ao uso de máquinas e ferramentas manuais.

Pregunta 10

Pregunta
A Baixa Idade Média, período que vai do século X ao XV, foi marcada por processos históricos que desencadearam a crise do feudalismo, transformações de hábitos e costumes em relação ao tempo e ao trabalho. A esse respeito, assinale a alternativa INCORRETA.
Respuesta
  • as cruzadas mesclaram interesses de cristianização de povos considerados infiéis e de expulsão de povos bárbaros de importantes regiões e rotas comerciais. A expulsão dos mouros da Península Ibérica fortaleceu as monarquias de Portugal e Espanha, criando condições para que estes se tornassem pioneiros nas grandes navegações.
  • nas cidades, a nascente burguesia aliouse à Igreja contra o poderio da nobreza feudal, lutando pela centralização do poder e impondo novos valores, como o saber erudito das Universidades, a usura e o trabalho das corporações de ofício responsáveis pela produção em larga escala de artigos manufaturados.
  • na Baixa Idade Média foram construídas grandes catedrais em estilo gótico, mostrando a imponência da Igreja Católica. Por outro lado, proliferam obras que rompiam com dogmas católicos e apresentam visões profanas e laicas sobre o homem.
  • na crise do feudalismo o tempo passou do domínio sagrado para o laico. O tempo cíclico da Igreja, em que predominavam as mudanças naturais e climáticas, deu lugar ao tempo regido pelas necessidades de acumulação de capital pela nascente burguesia, promovendo a disciplina e a rotina semanal de trabalho nas manufaturas.
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