Pregunta 1
Pregunta
(UNITAU SP/2018)
Em relação à Lei de Terras de 1850, no Brasil Imperial, é CORRETO afirmar:
Respuesta
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O produto da venda das terras públicas seria empregado para financiar a compra de terras por migrantes internos.
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O tamanho das posses passou a ser relacionado ao prestígio social do comprador.
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Criou-se um serviço burocrático encarregado de controlar as vendas das terras públicas e as doações de sesmarias.
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O acesso às terras públicas seria dado apenas pela compra, colocando um fim às formas tradicionais de aquisição de terras, mediante posses e doações da Coroa.
Pregunta 2
Pregunta
(ESPM/2017)
Tratava-se de um parlamentarismo sem povo. Os partidos, criados pelas camadas economicamente dominantes, sem ideários muito nítidos, coagiam e manipulavam um eleitorado ínfimo, sem traduzir-lhes os interesses concretos. O caráter oligárquico definia tais partidos. Mais que isso, esta definição provinha de uma oligarquia enriquecida pelo oficialismo, em que só o controle do poder suscitava às maiorias vindas, do nada, levando-as a recear participação popular.
(Adriana Lopez; Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação)
A leitura do texto e o conhecimento do sistema político brasileiro do Segundo Reinado permitem afirmar que:
Respuesta
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o poder moderador conduzia o processo, as maiorias eram forjadas e o poder legislativo era subordinado ao poder executivo;
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havia um pluripartidarismo que expressava uma rica diversidade de ideários;
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era expressiva a participação popular nos partidos, fato que era estimulado pelo sufrágio universal;
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o parlamentarismo adotado no Brasil concentrou a autoridade no poder legislativo.
Pregunta 3
Pregunta
(PUCCamp SP/2017)
O setor fabril já se fazia notar, não só em São Paulo, como também em Campinas e Piracicaba, produzindo tecidos, chapéus e calçados. As casas de fundição colocavam à disposição serras, bombas, sinos, prensas e ventiladores (...). As narrativas de viagem, gênero de escrita muito apreciado por autores e leitores, registravam dessa nova sociedade as impressões colhidas em trânsito e dispostas em painel.
(FERREIRA, Antonio Celso. A epopeia bandeirante. Letrados,
instituições e invenção histórica (1870-1940). São Paulo: Editora Unesp, 2002, p. 78-79)
As cidades mencionadas, que assistem ao surgimento de pequenas indústrias nas últimas décadas do século XIX, apresentavam em comum
Respuesta
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grandes concentrações urbanas provenientes da intensa imigração europeia, que as transformou nas três maiores cidades da região e contribuiu para a instalação de comerciantes e empreendedores responsáveis pelas primeiras indústrias paulistas.
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oligarquias rurais endinheiradas, que compartilhavam ideais republicanos, abolicionistas, nacionalistas e que investiam parte substantiva de seu capital em indústrias voltadas para seu próprio consumo de artigos de luxo.
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rápido desenvolvimento econômico proveniente do acúmulo de dividendos gerado pela produção cafeeira baseada no latifúndio e no trabalho escravo, que despontara nessas e em outras cidades do Vale do Paraíba, repercutindo no desenvolvimento fabril.
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ricos agricultores latifundiários e o acesso facilitado por linhas férreas que se expandiram vigorosamente a partir de 1860, no oeste do Estado, momento em que a região se consolida como polo cafeeiro após o declínio das fazendas situadas no sudoeste do Rio de Janeiro.
Pregunta 4
Pregunta
(Fac. Direito de Sorocaba SP/2016)
Em meados do século XIX, ocorreu no Brasil um surto de prosperidade econômica, com a criação de fábricas e empresas diversas.
Esse período, conhecido como “Era Mauá”, foi favorecido
Respuesta
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pela diminuição das taxas de importação determinada pela Tarifa Alves Branco, que recebeu apoio dos norte-americanos.
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pelo desenvolvimento de tecnologia nacional, graças ao incentivo do governo com a criação de escolas técnicas.
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pela aplicação de capitais antes empregados no tráfico negreiro intercontinental, proibido pela Lei Eusébio de Queirós.
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pelo investimento dos lucros obtidos com a exploração de ouro e com a extração de borracha, base da economia da época.
Pregunta 5
Pregunta
(FUVEST SP/2018)
A operação era um pouco dolorosa e não durava mais que um minuto, mas era traumática. Seu significado simbólico estava claro para todos: este é um sinal indelével, daqui não sairão mais; esta é a marca que se imprime nos escravos e nos animais destinados ao matadouro, e vocês se tornaram isso. Vocês não têm mais nome: este é o seu nome. A violência da tatuagem era gratuita, um fim em si mesmo, pura ofensa: não bastavam os três números de pano costurados nas calças, no casaco e no agasalho de inverno?
Primo Levi. Os afogados e os sobreviventes.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
Está de acordo com o texto a seguinte afirmação:
Respuesta
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A tatuagem era uma forma de tortura e uma mensagem não verbal, que inscrevia a condenação no corpo do prisioneiro.
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O uso de tatuagens era perturbador apenas para ciganos e judeus ortodoxos, pois violava o código moral e as leis religiosas dessas comunidades.
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O recurso de tatuar o prisioneiro, além de impor um sofrimento físico e moral, discriminava o tipo de remuneração.
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A tatuagem, assim como o trabalho voluntário, não tinham finalidade produtiva,mas contribuíam para o entendimento entre os prisioneiros.
Pregunta 6
Pregunta
(Uni-FaceF SP/2017)
Joaquim Nabuco desenha a escravidão como instituição total, entranhada na formação da sociedade, do estado e da cultura brasileiros, e como fenômeno relacional, de interdependência entre senhor e escravo, aprisionando os próprios donos de escravos em sua lógica perversa.
Com tantos tentáculos, “a obra da escravidão” não se extinguiria por lei. Demandaria uma “refundação”: a geração de uma sociedade nova, com a abolição completada pela instituição da pequena propriedade e a atração de imigrantes europeus de classe média.
(Angela Alonso. “Joaquim Nabuco: o crítico penitente”. In: André Botelho e
Lilia Moritz Schwarcz (orgs.). Um enigma chamado Brasil, 2009. Adaptado.)
De acordo com a concepção de Joaquim Nabuco, apresentada no fragmento, é correto afirmar que o processo de abolição dos escravos no Brasil
Respuesta
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restringia-se a demandas e discussões no âmbito jurídico.
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seria concluído com reformas sociais, algumas delas vinculadas à estrutura agrária do país.
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dependeria de uma rebelião dos escravos em defesa de mudanças sociais radicais.
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seria consolidado com a concessão de uma indenização aos proprietários de escravos.
Pregunta 7
Pregunta
(Liceu de Artes e Ofícios SP/2016)
Atualmente, a Europa vem recebendo levas de refugiados da África e do Oriente Médio. Porém, na segunda metade do século XIX, milhões de europeus deixaram seus países e cruzaram o oceano Atlântico, na esperança de “fazer a América”, muitos com destino ao Brasil.
Esta grande imigração pode ser explicada
Respuesta
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pelo atraso tecnológico e pelos movimentos de unificação na Europa, além da doação de escravos a quem viesse para o Brasil.
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pelo aumento do desemprego e pelos conflitos na Europa, além da necessidade de mão de obra para a lavoura de café no Brasil.
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pelas guerras de religião e pela intolerância na Europa, além da riqueza proporcionada pelo início da extração de ouro no Brasil.
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pelo avanço industrial e pela crise do feudalismo na Europa, além da falta de trabalhadores devido ao declínio demográfico no Brasil.
Pregunta 8
Pregunta
(UNESP SP/2016)
Os colonos que emigram, recebendo dinheiro adiantado, tornam-se, pois, desde o começo, uma simples propriedade de Vergueiro & Cia. E em virtude do espírito de ganância, para não dizer mais, que anima numerosos senhores de escravos, e também da ausência de direitos em que costumam viver esses colonos na província de São Paulo, só lhes resta conformarem-se com a ideia de que são tratados como simples mercadorias ou como escravos.
(Thomas Davatz. Memórias de um colono no Brasil (1850), 1941.)
O texto aponta problemas enfrentados por imigrantes europeus que vieram ao Brasil para
Respuesta
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trabalhar nas primeiras fábricas, implantadas na região Sudeste do país, para reduzir a dependência brasileira de manufaturados ingleses.
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substituir a mão de obra escrava nas lavouras de café e cana-de-açúcar, após a decretação do fim da escravidão pela lei Áurea.
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trabalhar no sistema de parceria, estando submetidos ao poder político e econômico de fazendeiros habituados à exploração da mão de obra escrava.
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substituir a mão de obra indígena na agricultura e na pecuária, pois os nativos eram refratários aos trabalhos que exigiam sua sedentarização.
Pregunta 9
Pregunta
(UNESP SP/2018)
É correto interpretar a charge, que representa D. Pedro II e foi publicada em 1887, como uma
Respuesta
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demonstração da exaustão provocada pela diversidade de atividades exercidas pelo imperador.
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valorização do esforço do imperador em manter-se atualizado em relação ao que acontecia no país.
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crítica à passividade e à inoperância do imperador em meio a um período de dificuldades no país.
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celebração da serenidade e harmonia das relações sociais no país durante o Império.
Pregunta 10
Pregunta
(PUCCamp SP/2017)
É interessante notar como, em Machado de Assis, se aliavam e se irmanavam a superioridade de espírito, a maior liberdade interior e um marcado convencionalismo. Dois termos que se repelem, pensador e burocrata, são os que melhor o exprimem. Entre Memórias póstumas de Brás Cubas e Quincas Borba, a vida nacional passara pelas profundas modificações da Abolição e da República.
− Que pensa de tudo isso Machado de Assis? indagava Eça de Queirós.
À queda da Monarquia, disse Machado no seu gabinete de burocrata, diante da conveniência de tirar da parede o retrato do imperador:
− Entrou aqui por uma portaria, só sairá por outra portaria.
Era o que tinha a dizer aos republicanos, atônitos com esse acatamento ao ato de um regime findo.
(Adaptado de: PEREIRA, Lúcia Miguel. Machado de Assis. 6. ed. rev.,
Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP, 1988, p. 208)
O republicanismo no Brasil, sobretudo a linha defendida pelos militares, sofreu forte influência do positivismo – forma de pensamento característico do século XIX −, filosofia de Auguste Comte. Os republicanos positivistas
Respuesta
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pretendiam chegar ao regime republicano por meio de mudanças decorrentes de movimentos de luta entre os monarquistas e os positivistas.
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concebiam o Estado como uma entidade voltada ao aprimoramento positivo da sociedade, independentemente do regime de governo.
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consideravam que só seria possível a criação de uma sociedade igualitária através do republicanismo e de “reformas positivas do trabalho”.
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defendiam que a monarquia seria superada pelo “estágio positivo da história da humanidade”, representado de modo especial pela república.