Pregunta 1
Pregunta
Os principais autores que estudaram sobre a dinâmica de grupos foram: Moreno, Freud, Kurt Lewin, Bion, Pichon Riviere, Foulkes, J. Pratt. Verdadeiro ou falso?
Pregunta 2
Pregunta
Sempre, desde o nascimento, o indivíduo participa de diferentes grupos, numa constante dialética entre a busca de sua identidade individual e a necessidade de uma identidade grupal e social. Um conjunto de pessoas constitui um grupo, um conjunto de grupos constitui uma comunidade e um conjunto interativo das comunidades configura uma sociedade. Verdadeiro ou falso?
Pregunta 3
Pregunta
A importância do conhecimento e a utilização da psicologia grupal decorre justamente do fato de que todo indivíduo passa a maior parte do tempo de sua vida convivendo e interagindo com distintos grupos. Assim, desde o primeiro grupo natural que existe em todas as culturas - a família nuclear, onde o bebê convive com os pais, avós, irmãos, babá, etc., e, a seguir, passando por creches, escolas maternais e cursinhos paralelos - , a criança estabelece vínculos diversificados. Tais agrupamentos vão se renovando e ampliando na vida adulta, com a constituição de novas famílias e de grupos associativos, profissionais, esportivos, sociais, etc.
Pregunta 4
Pregunta
A essência de todo e qualquer indivíduo consiste no fato dele ser portador de um conjunto de sistemas: desejos, identificações, valores, capacidades, mecanismos defensivos e, sobretudo, necessidades básicas, como a da dependência e a de ser reconhecidos pelos outros, com os quais ele é compelido a conviver. Assim, como o mundo interior e o exterior são a continuidade do outro, da mesma forma o individual e o social não existem separadamente, pelo contrário, eles se diluem, interpenetram, complementam e confundem entre si.
Pregunta 5
Pregunta
Com base nessas premissas, é legítimo afirmar que todo o indivíduo é um grupo (na medida em que, no seu mundo interno, um grupo de personagens introjetados, como os pais, irmãos, etc., convive e interage entre si), da mesma maneira como todo grupo pode comportar-se como uma individualidade (inclusive podendo adquirir a uniformidade de uma caracterologia específica e típica, o que nos leva muitas vezes a referir determinado grupo como sendo "um grupo obsessivo", ou "atuador", etc.)
Pregunta 6
Pregunta
É muito vaga e imprecisa a definição do termo "grupo", porquanto ele pode designar conceituações muito dispersas num amplo leque de acepções. Assim, a palavra "grupo" tanto define, concretamente, um conjunto de três pessoas (para muitos autores, uma relação bipessoal já configura um grupo) como também pode conceituar uma família, uma turma, ou gangue de formação espontânea; uma composição artificial de grupos como, por exemplo, o de uma classe de aula ou de um grupo terapêutico; uma fila de ônibus; um auditório; uma torcida num estádio; uma multidão reunida num comício, etc.
Pregunta 7
Pregunta
Da mesma forma, a conceituação de grupo pode se estender até o nível de uma abstração, como seria o caso de um conjunto de pessoas que, compondo uma audiência, esteja sintonizado num mesmo programa de televisão; ou pode abranger uma nação, unificada no simbolismo de hino ou de uma bandeira, e assim por diante.
Pregunta 8
Pregunta
Existem, portanto, grupos de todos os tipos, e uma primeira subdivisão que se faz necessária é a que diferencia os grandes grupos (pertencem à área da macro-sociologia) dos pequenos grupos (micropsicologia). No entanto, vale adiantar que, em linhas gerais, os microgrupos - como é o caso de um grupo terapêutico - costumam reproduzir, em miniatura, as características sócio-econômico-politicas e a dinâmica psicológica dos grandes grupos.
Pregunta 9
Pregunta
Em relação aos microgrupos também se impõe uma necessária distinção entre grupo propriamente dito e agrupamento.
Pregunta 10
Pregunta
Por "agrupamento" entendemos um conjunto de pessoas que convive partilhando de um mesmo espaço e que guardam entre si uma certa valência de inter-relacionamento e uma potencialidade em virem a se constituir como um grupo propriamente dito.
Pregunta 11
Pregunta
A passagem da condição de um agrupamento para a de um grupo consiste na transformação de "interesses comuns" para a de "interesses em comum".
Pregunta 12
Pregunta
Tanto os grupos terapêuticos quanto os grupos operativos deve preencher as seguintes condições básicas mínimas: Um grupo não é um mero somatório de indivíduos, ele consiste como uma nova entidade, com leis e mecanismos próprios específicos; Todos os integrantes do grupo estão reunidos, face a face, em torno de uma tarefa e de um objetivo comum ao interesse deles; O tamanho do grupo não pode exceder o limite que ponha em risco a indispensável preservação da comunicação, tanto a visual como a auditiva e a conceitual; Deve haver a instituição de um enquadre (setting) e o cumprimento das combinações nele feitas. Objetivos claramente definidos, preservação do espaço (os dias e o local das reuniões), de tempo (horários, tempo de duração das reuniões, plano de férias, etc.), e a combinação de algumas regras e outras variáveis que delimitem e normatizem a atividade grupal proposta;
Pregunta 13
Pregunta
Apesar do grupo se configurar como uma nova entidade, como uma identidade grupal genuína, se preserva as identidades específicas dos indivíduos componentes.
Pregunta 14
Pregunta
Formação de campo grupal dinâmico, em que gravitam fantasias, ansiedades, identificações, papéis, etc. É inerente à conceituação de grupo – a existência de interação afetiva entre os membros.
Pregunta 15
Pregunta
Enrique Pichon-Rivière propôs a técnica de grupos operativos e a noção de ECRO, que significa Esquema...
Respuesta
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a) de Comportamentos Referenciais na Organização
-
b) de Concepções Rotativas Organizacionais.
-
c) Conceitual Referencial Operativo.
-
d) de Capacitação Reflexiva Operativa
-
e) Compensatório Referencial Operativo
Pregunta 16
Pregunta
Em todo grupo coexistem 2 forças contraditórias em jogo: força de coesão e força que leva à desintegração.
Pregunta 17
Pregunta
São exemplos de fenômenos de campo grupal:
Fenômeno de ressonância - mensagem de cada indivíduo vai ressoando no inconsciente dos outros e produzindo aporte de associações e manifestações que gravitam em torno de uma ansiedade básica comum.
Outro exemplo: distribuição e alternância de papéis típicos de um sistema grupal.
Terceiro exemplo: o próprio grupo funciona como um continente que absorve as angústias de cada um e de todos.
Pregunta 18
Pregunta
Grupo com finalidade operativa ou terapêutica necessita de uma coordenação para que integração seja mantida. Coordenador deve estar equipado com uma logística e uma técnica definidos,assim como com recursos táticos e estratégicos.
Pregunta 19
Pregunta
O enquadre (setting) é conceituado como a soma de todos os procedimentos que organizam, normatizam e possibilitam o funcionamento grupal. Assim, ele resulta de uma conjunção de regras, atitudes e combinações, como, por exemplo, o local das reuniões, os horários, a periodicidade, o plano de férias, os honorários , o número médio de participantes, etc.
Pregunta 20
Pregunta
Em razão dos polimorfismos dos grupos, é necessário adotar algumas técnicas de manejo adequando, estratégias e táticas para a própria manutenção do grupo.
Pregunta 21
Pregunta
Dentre os fundamentos técnicos para o manejo de grupos estão presentes o planejamento. Algumas perguntas devem ser feitas como: Quem vai ser o coordenador? Qual é a sua logística, seu esquema referencial? Para o quê e para qual finalidade o grupo está sendo composto? de auto-ajuda? de saúde mental? psicoterápico? de família? São crianças, adolescentes, adultos, gestantes, etc? Como ele funcionará? homogêneo ou heterogêneo?Onde e em quais circunstâncias?
Pregunta 22
Pregunta
Seleção e agrupamento diz respeito ao fato do grupoterapeuta adotar um critério de seleção dos indivíduos para a composição de um grupo, quer esse seja operativo, quer seja terapêutico. Analisar a motivação dos candidatos, para evitar possíveis abandonos, prejuízos na composição de um inadequado "grupamento", sentimentos de fracasso tanto no indivíduo quanto no coordenador.
Pregunta 23
Pregunta
Enquadre (setting) , é conceituado como a soma de todos os procedimentos que organizam, normatizam e possibilitam o funcionamento grupal. Assim, ele resulta de uma conjunção de regras, atitudes e combinações, como, por exemplo, o local das reuniões, os horários, número médio de participantes, etc. Todos esses aspectos formam "as regras do jogo", mas não o jogo propriamente dito.
Pregunta 24
Pregunta
Manejo das resistências diz respeito a capacidade do coordenador enfrentar as resistências inconscientes que são obstrutivas e aquelas que são benvindas ao campo grupal, por quanto estão dando uma clara amostragem de como o self de cada um e de todos aprendeu a se defender na vida contra o risco de serem humilhados, abandonados, não-entendidos.
Pregunta 25
Pregunta
Cabe ao coordenador identificar o tipo de resistência, se ela é de natureza paranoide ou depressiva.
Pregunta 26
Pregunta
Cabe ao coordenador observar e discriminar as transferências a partir de um manejo técnico adequado. No campo grupal, as manifestações transferenciais adquirem uma complexidade maior do que no individual, porquanto nele surgem as assim denominadas "transferências cruzadas".
Pregunta 27
Pregunta
Os 4 níveis de transferência grupal são: de cada indivíduo para com seus pares, de cada um em relação à figura central do coordenador, de cada um para o grupo como uma totalidade, e do todo grupal em relação ao coordenador.
Pregunta 28
Pregunta
Em relação aos sentimentos contratransferenciais, o importante é que o coordenador saiba que eles são de surgimento inevitável: que o segredo do êxito técnico consiste em não permitir que os sentimentos despertados invadam a sua mente, de modo a se tornarem patogênicos; pelo contrário, que eles possam se constituir como um instrumento de empatia; e que, finalmente, o coordenador esteja atento para o risco de, inconscientemente, poder estar envolvido em algum tipo de "conluio inconsciente" com o grupo, o qual pode ser de natureza narcísica, sado-masoquista, etc.
Pregunta 29
Pregunta
Do ponto de vista de ser utilizado como um instrumento técnico, é necessário que o coordenador reconheça que os actings representam uma determinada conduta que se processa como uma forma de substituir sentimentos que não conseguem se manifestar no plano consciente. O acting pode estar funcionamento pode estar funcionando como um recurso de comunicação muito primitivo. Cabendo salientar a existência de actings benignos e malignos.
Pregunta 30
Pregunta
A transmissão de informações são passíveis de distorções e reações por parte de todos. Ainda cabe salientar que nem sempre o discurso está a serviço da comunicação e sim da incomunicação. Torna-se relevante a importância das múltiplas formas de linguagem não-verbais (gestos, tipos de roupas, maneirismo, somatizações, silêncios, choros, actings, etc.)
Pregunta 31
Pregunta
Uma atividade interpretativa compreende ou supõe uma maior abrangência de recursos por parte do coordenador de um grupo, como é o uso de perguntas que instiguem reflexões, clareamentos; assinalamentos de paradoxos e contradições; um confronto entre a realidade e o imaginário; a abertura de novos vértices de percepção de uma determinada experiência emocional, etc.
Pregunta 32
Pregunta
A atividade interpretativa é considerada como o principal instrumento técnico, sendo que não existem fórmulas acabadas e "certas" de como e o que dizer, pois, as situações práticas são muito variáveis e, além disso, cada coordenador deve respeitar o seu estilo peculiar e autêntico de formular e de ser.
Pregunta 33
Pregunta
É necessário sublinhar que existem as "violências interpretativas" (como é o caso de um grupoterapeuta pretender impor os seus próprios valores e expectativas, ou de apontar verdades doloridas sem uma sensibilidade amorosa), também existe a "violência da imposição de preconceitos técnicos universais", sem levar em conta as peculiaridades de cada tipo de grupo, ou de situações e circunstâncias especiais.
Pregunta 34
Pregunta
A situação do campo grupal propicia o surgimento das funções do ego, isto é, de como os indivíduos utilizam a capacidade de percepção, pensamento, conhecimento, juízo crítico, discriminação, comunicação, ação, etc.; por essa razão, trabalhar com esses aspectos é parte importante da instrumentação técnica.
Pregunta 35
Pregunta
Convém enfatizar que uma das características mais relevantes que permeiam o campo grupal é a transparência do desempenho de papéis por parte de cada um dos componentes. A importância desse fenômeno grupal consiste no fato de que o indivíduo também está executando esses mesmos papéis nas diversas áreas de sua vida - como familiar, profissional, social, etc.
Pregunta 36
Pregunta
Vínculos - cada vez mais, os técnicos da área da psicologia estão valorizando a configuração que adquirem as ligações vinculares entre as pessoas. Indo muito além do exclusivo conflito do amor contra o ódio, na atualidade, considera-se mais importante a observação atenta de como se manifestam as diferentes formas de amar, de agredir e as interações entre ambas.
Pregunta 37
Pregunta
Término - termo que designa duas possibilidades: uma é a de que o grupo termine, ou por uma dissolução dele, ou para cumprir uma combinação prévia, como é no caso de grupos "fechados"; a segunda eventualidade é a de que determinada pessoa encerre a sua participação, embora o grupo continue, como é no caso dos grupos "abertos".
Pregunta 38
Pregunta
Saber terminar algo, que pode ser uma tarefa, um tratamento, um casamento, etc., representa um significativo crescimento mental. Daí consideramos que deve haver por parte do coordenador de qualquer grupo uma fundamentação técnica que possibilite uma definição de critérios de término e um manejo adequado para cada situação em particular, sempre levando em conta a possibilidade do risco de que os resultados alcançados podem ter sido enganadores. Isso vale especialmente para os grupos com finalidade terapêutica.
Pregunta 39
Pregunta
Alguns atributos se fazem necessários para o coordenador de grupos . Além dos necessários conhecimentos (provindos de muito estudo e leituras), de habilidades (treino e supervisão), as atitudes (um tratamento de base psicanalítica ajuda muito) são indispensáveis, e elas são tecidas com alguns atributos e funções como: Gostar e acreditar em grupos, ser continente, empatia, discriminação, ser verdadeiro, senso de humor, etc.
Pregunta 40
Pregunta
O critério utilizado para a classificação dos grupos é a finalidade a que se destina o grupo, e ela parte de uma divisão genérica nos dois seguintes grandes ramos: operativos psicoterápicos.
Pregunta 41
Pregunta
O psicanalista argentino Pichon Rivièri que, desde 1945, introduzi-os e os sistematizou, construiu o "esquema conceitual referencial operativo" considerando uma série de fatores, tanto conscientes e inconscientes, que regem a dinâmica grupal, e que se manifestam nas 3 áreas: mente, corpo e mundo exterior.
Pregunta 42
Pregunta
A atividade do coordenador dos grupos operativos deve ficar centralizada unicamente na tarefa proposta, sendo que, somente nas situações em que os fatores inconscientes inter-relacionais ameaçarem a integração ou evolução exitosa do grupo.
Pregunta 43
Pregunta
Em linhas gerais, os grupos operativos propriamente ditos cobrem os seguintes 4 campos: ensino-aprendizagem, institucionais, comunitários e terapêuticos.
Pregunta 44
Pregunta
Os grupos operativos tem uma indiscutível ação psicoterápica, é útil reservar a terminologia de "grupo psicoterápico" estritamente para aquelas formas de psicoterapias que se destinam prioritariamente à aquisição de insight, notadamente, dos aspectos inconscientes dos indivíduos e da totalidade grupal.
Pregunta 45
Pregunta
As grupoterapias não tem um especifico corpo teórico técnico, mas se utilizam de fontes como a psicodramática, a da teoria sistêmica, e da corrente cognitivo cognitivo-comportamentalista e, naturalmente, a de inspiração psicanalítica.
Pregunta 46
Pregunta
Podemos resumir as finalidades e objetivos dos grupos operativos dizendo que "sua atividade está centrada na mobilização de estruturas estereotipadas, nas dificuldades de aprendizagem e comunicação devido ao montante de ansiedade despertado por toda mudança."