Pregunta 1
Pregunta
A respeito da moderna divisão internacional do trabalho, é incorreto afirmar:
Respuesta
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Alguns países subdesenvolvidos, além de exportadores tradicionais de matérias- primas para os países desenvolvidos, exportam também produtos manufaturados, tais como calçados, tecidos e até automóveis.
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Empresas multinacionais instaladas nos países subdesenvolvidos remetem boa parte dos seus lucros aos países desenvolvidos.
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Bens manufaturados exportados pelos países subdesenvolvidos, via de regra, têm preços mais baixos e menor valorização no mercado internacional.
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A transferência de tecnologias e a proibição de remessas de lucro para o exterior tornaram-se importantes mecanismos utilizados pelas empresas multinacionais instaladas na América Latina para desenvolver nosso parque industrial após a década de 1950.
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Empresas multinacionais têm-se utilizado da vasta mão-de-obra barata, das matérias-primas a baixo custo, dos incentivos fiscais e da frequente inexistência de legislação ambiental nos países subdesenvolvidos.
Pregunta 2
Pregunta
(FGV-SP) O colonialismo, alimentado pela Revolução Comercial, entrou em extinção no início do século XIX, devido a fatores como a decadência do mercantilismo e o interesse pelo
desenvolvimento interno, que acompanharam as primeiras fases da Revolução Industrial. No entanto, após a Segunda Revolução Industrial, ressurge um novo imperialismo, que se alastrará principalmente para a África e a Ásia.
Na base desse novo imperialismo encontramos:
Respuesta
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o alastramento da industrialização para outros países além da Inglaterra, o que gerou excedentes de produtos manufaturados e de capitais, competição por novos mercados, além de campos de investimentos e novas fontes de matérias-primas.
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a busca do poder e riqueza do Estado através da acumulação de ouro nos cofres públicos, para que o governo pudesse manter exércitos e equipar armadas e, ao mesmo tempo, garantir o suprimento de produtos tropicais.
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a necessidade de encontrar novos mercados para que se pudessem gerar excedentes de produtos manufaturados nos países industrializados que, ao exportá-los, acumulariam ouro internamente, sinônimo de poder e riqueza.
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o livre-câmbio internacional, base para a maior eficiência produtiva e distribuição ótima de recursos, condição indispensável para a venda dos excedentes de produção da metrópole e compra das matérias-primas das colônias.
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o aproveitamento da mão-de-obra barata e dos recursos naturais abundantes das colônias para a produção de mercadorias manufaturadas a custos mais baixos do que os conseguidos na metrópole.
Pregunta 3
Pregunta
Tornou-se quase lugar comum explicar toda a complexidade do mundo contemporâneo pelo binômio globalização-fragmentação.
(HAESBAERT, Rogério (org.). "Globalização e Fragmentação no Mundo Contemporâneo", Niterói: EdUFF, 1998.
A fragmentação pode ser integradora, quando está conjugada à globalização, reforçando-a, ou excludente, quando, embora produto da globalização, ocorre paralelamente a esta, parecendo contradizê-la. Um indicador da fragmentação integradora, que vem revelando a flexibilização da produção, é:
Respuesta
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trabalho temporário
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organização sindical
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industrialização tardia
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urbanização descontínua
Pregunta 4
Pregunta
A "acumulação flexível" (...) é marcada por um confronto direto com a rigidez do fordismo. Ela se apóia na flexibilidade dos processos de trabalho, dos produtos e padrões de
consumo. (HARVEY, David. "A Condição Pós-Moderna". São Paulo: Edições Loyola, 1992.)
O novo padrão tecnológico associado à flexibilidade, referido pelo autor, vem modificando os fatores que interferem nas atividades de produção em que as vantagens comparativas tomam novas dimensões no atual modelo produtivo. Esse modelo leva, de modo geral, à seguinte conseqüência geográfica:
Respuesta
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hipertrofia no setor secundário da economia
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queda no custo da produção de bens de capital
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desconcentração espacial da atividade industrial
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concentração de trabalhadores nas áreas metropolitanas
Pregunta 5
Pregunta
No rearranjo espacial do sistema, as grandes corporações localizaram suas subsidiárias principalmente nas metrópoles de países periféricos, onde encontraram as mais
favoráveis condições para reprodução do seu capital. Ao mesmo tempo, aí implantaram as sedes de gestão de seus negócios. Formaram-se elos de uma cadeia seleta de metrópoles, onde se realizam o controle e o comando do mercado capitalista no plano global (...). (CORDEIRO, Helena Kohn. "O Novo Mapa do Mundo". São Paulo: Hucitec - Anpur, 1993.) Essa crescente importância de algumas metrópoles da periferia do sistema capitalista, especificamente na consolidação de cidades globais em uma economia internacionalizada, é facilitada, nos dias atuais, sobretudo, por:
Respuesta
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redução da circulação de bens e serviços
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crescimento da população dos meios rural e urbano
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ampliação da rede de transportes rodoviário e ferroviário
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desenvolvimento das tecnologias de informática e telecomunicação
Pregunta 6
Pregunta
Para muitos cientistas sociais, o agravamento da situação denunciada na charge tem estreita relação com a crise econômica mundial devido, principalmente, ao seguinte motivo:
Respuesta
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desigualdade nas trocas comerciais entre as potências capitalistas
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imunidade dos estados nacionais frente às flutuações econômicas
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predominância da produção de bens de consumo nos países periféricos
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conexão entre a escala nacional e os processos econômicos internacionais
Pregunta 7
Pregunta
(Fuvest 2013) Fosse com militares ou civis, a África esteve por vários anos entregue a ditadores. Em alguns países, vigorava uma espécie de semidemocracia, com uma oposição consentida e controlada, um regime que era, em última análise, um governo autoritário. A única saída para os insatisfeitos e também para aqueles que tinham ambições de poder passou a ser a luta armada. Alguns países foram castigados por ferozes guerras civis, que, em certos casos, foram alongadas por interesses extracontinentais. Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos. Rio de Janeiro: Agir, 2008, p. 139. Entre os exemplos do alongamento dos conflitos internos nos países africanos em função de “interesses extracontinentais”, a que se refere o texto, pode-se citar a:
Respuesta
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da Holanda e da Itália na guerra civil do Zaire, na década de 1960, motivada pelo controle sobre a mineração de cobre na região.
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dos Estados Unidos na implantação do apartheid na África do Sul, na década de 1970, devido às tensões decorrentes do movimento pelos direitos civis.
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da França no apoio à luta de independência na Argélia e no Marrocos, na década de 1950, motivada pelo interesse em controlar as reservas de gás natural desses países.
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da China na luta pela estabilização política no Sudão e na Etiópia, na década de 1960, motivada pelas necessidades do governo Mao Tse-Tung em obter fornecedores de petróleo.
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da União Soviética e Cuba nas guerras civis de Angola e Moçambique, na década de 1970, motivada pelas rivalidades e interesses geopolíticos característicos da Guerra Fria.
Pregunta 8
Pregunta
(Fuvest 2013) O que acontece quando a gente se vê duplicado na televisão? (...) Aprendemos não só durante os anos de formação mas também na prática a lidar com nós mesmos com esse “eu” duplo. E, mais tarde, (...) em 1974, ainda detido para averiguação na penitenciária de Colonia‐Ossendorf, quando me foi atendida, sem problemas, a solicitação de um aparelho de televisão na cela, apenas durante o período da Copa do Mundo, os acontecimentos na tela me dividiram em vários sentidos. Não quando os poloneses jogaram uma partida fantástica sob uma chuva torrencial, não quando a partida contra a Austrália foi vitoriosa e houve um empate contra o Chile, aconteceu quando a Alemanha jogou contra a Alemanha. Torcer para quem? Eu ou eu torci para quem? Para que lado vibrar? Qual Alemanha venceu? Gunter Grass. Meu século. Rio de Janeiro: Record, 2000, p. 237. Adaptado. O trecho acima, extraído de uma obra literária, alude a um acontecimento diretamente relacionado :
Respuesta
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à política nazista de fomento aos esportes considerados “arianos” na Alemanha.
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ao aumento da criminalidade na Alemanha, com o fim da Segunda Guerra Mundial.
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à Guerra Fria e à divisão política da Alemanha em duas partes, a “ocidental” e a “oriental”.
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ao recente aumento da população de imigrantes na Alemanha e reforço de sentimentos xenófobos.
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ao caráter despolitizado dos esportes em um contexto de capitalismo globalizado.
Pregunta 9
Pregunta
(Espcex (Aman) 2013) O conflito arabe-israelense está relacionado com a criação de um Estado judeu na Palestina em 1948. Essa região era então habitada por árabes muçulmanos que se opuseram à divisão das terras. As guerras entre os dois povos transformaram o Oriente Médio numa das regiões mais instáveis do globo. Leia as afirmações abaixo sobre esse conflito e suas origens:
I. A ONU não apoiou e se absteve de qualquer envolvimento no processo de criação do Estado de Israel, já que pretendia evitar o surgimento de novos conflitos após a Segunda Guerra Mundial.
II. A mais decisiva das guerras arabe--‐israelenses, do ponto de vista da alteração das fronteiras, foi a Guerra dos Seis Dias, em 1967, quando Israel ocupou o Sinai, a Faixa de Gaza, Cisjordânia e as Colinas de Golan.
III. Os conflitos acabaram levando à formação de campos de refugiados, onde passaram a viver milhares de palestinos.
IV. Em 1973, com a Guerra do Yom Kippur, a OPEP interrompeu o fornecimento de petróleo para os países aliados de Israel, provocando grande aumento no preço do produto.
V. Durante a Guerra Fria, os Estados Unidos e a União Soviética buscaram uma política neutra e não tiveram nenhum envolvimento nas guerras arabe-israelenses.
Assinale a única alternativa em que todos os itens estão corretos
Respuesta
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II, III, IV e V
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II, III e IV.
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I, II, III e IV.
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II, IV e V.
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I, IV e V.
Pregunta 10
Pregunta
(Espcex (Aman) 2013) Espesso e perigoso, o Muro de Berlim separou bairros, cortou cemitérios ao meio e fechou entradas de igrejas. Existiu por 28 anos, durante os quais se estima que 125 pessoas morreram ao tentar transpo--‐lo. Sobre o Muro de Berlim, é correto afirmar que
Respuesta
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na noite de 29 de novembro de 1947, o governo da Alemanha Oriental conduziu sua construção.
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apesar de todo o aparato de segurança que ele continha, não impediu a fuga em massa de seus cidadãos.
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tornou--‐se o maior símbolo da Guerra Fria, pois dividia uma cidade nos dois sistemas economico-ideológicos existentes.
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por ocasião do bloqueio ocorrido à cidade de Berlim (junho de 1948 a maio de 1949), seus acessos foram fechados.
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sua construção foi motivada pela fuga de alemães ocidentais para o Leste europeu, através de Berlim Oriental.
Pregunta 11
Pregunta
(Unicamp 2013) Em discurso proferido no dia 12/03/1947, o presidente dos EUA, Harry Truman, afirmou: “O governo grego tem operado numa atmosfera de caos e extremismo. A extensão da ajuda a esse país não quer dizer que os Estados Unidos estão de acordo com tudo o que o seu governo tem feito ou fará. No momento atual da história do mundo quase todas as nações se veem na contingência de escolher entre modos alternativos de vida. E a escolha, frequentes vezes, não é livre.” (Harold C. Syrett (org.), Documentos Históricos dos Estados Unidos. São Paulo: Cultrix, 1980, p. 316--‐317.) Considerando o discurso do presidente Truman, bem como os processos históricos do pos-Segunda Guerra Mundial, é correto afirmar que:
Respuesta
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A “contingência de escolher entre modos alternativos de vida” se referia à escolha entre o fascismo alemão e a democracia liberal.
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O caos do governo grego era uma referência aos problemas da Grécia com o Mercado Comum Europeu e a necessidade de ajuda ao governo de Atenas.
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O discurso nasceu do declínio do auxílio britânico na região da Grécia e da ascensão norte-americana no contexto da Guerra Fria.
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O discurso é uma resposta ao Plano Marshall, que o governo de Londres tentava impor à Grécia, por meio do Banco Central Europeu.
Pregunta 12
Pregunta
(Pucrj 2012) Sobre a importância e o significado políticos da queda do Muro de Berlim (nov/1989), assinale a afirmativa correta:
Respuesta
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A queda do Muro significou a extensão do socialismo para Berlim ocidental.
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A queda do Muro foi o primeiro momento no processo de unificação da Europa.
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A queda do Muro ampliou o turismo na Alemanha Oriental.
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A queda do Muro deu início ao processo de reunificação da Alemanha.
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A crise política provocada pela queda do Muro quase levou as duas Alemanha à guerra.