Figuras de linguagem Público

Figuras de linguagem

Alexandre Lamattina
Curso por Alexandre Lamattina, actualizado hace más de 1 año Colaboradores

Descripción

Curso (auto aprendizado)

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ALITERAÇÃO Consiste na repetição regular de um som consonantal ou de sons consonantais semelhantes. Esperando, parada, pregada na pedra do porto (mesmo com outras consoantes, percebemos que o som do “pê” e do “dê” dão sonoridade ao trecho). ASSONÂNCIA Consiste na repetição regular de um som de uma vogal, seja ela aberta ou fechada, realçando a sonoridade do texto. Morena de Angola que leva o chocalho amarrado na canela; Será que ela mexe o chocalho ou o chocalho é que mexe com ela – Chico Buarque (repetição das vogais “a”, “e” e “o”). PARONOMÁSIA é a aproximação de palavras com sons parecidos, porém de significados diferentes. Eu que passo, penso e peço (som do “sô”) ONOMATOPEIA consiste na tentativa de imitar sons ou ruídos por meio de palavras. Estava lá na cachoeira, quando de repente… Tchibum! Meu amigo pulou na água e assustou a todos (som do mergulho ou queda na água).
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ELIPSE É a omissão de uma palavra ou de uma expressão que o contexto permite ao leitor/ouvinte identificar com facilidade. Se chegar depois das três, a casa fechada. A mala na varanda. E o táxi na porta. (o verbo “estar” fica subentendido nas três orações).   ZEUGMA É um tipo particular de elipse que consiste na omissão de uma palavra ou expressão que já foi empregada anteriormente. Na escola, Bia leu a primeira parte do conto; em casa, a segunda (a vírgula omite o sujeito “Bia” e o verbo “leu”, que já tinham sido citados).   PLEONASMO Consiste em intensificar o significado de um elemento textual, por meio de uma palavra que expressa uma redundância (repetição) da ideia já expressa. Em sua velhice, ele viveu uma vida solitária e difícil (“viveu” e “vida”).   POLISSÍNDETO É o emprego repetitivo de uma conjunção (geralmente e ou nem) entre as palavras dentro de uma frase ou entre as frases de um texto. Não tinha havido pássaro nem flores o ano inteiro; Nem guerras, nem aulas, nem missas, nem viagens; E nem barca e nem marinheiro – Cecília Meireles (repetição de “nem”).   ASSÍNDETO O oposto do polissíndeto, consiste na ausência de conjunções, sendo estas substituídas por pontuação (geralmente vírgulas e pontos). Deus quer, o homem sonha, a obra nasce – Fernando Pessoa (substituição por vírgula).   ANÁFORA É a repetição de uma palavra ou expressão no início de uma sequência de orações ou de versos. Amor é um fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer – Luís de Camões (repetição do “é”).   SILEPSE Consiste na concordância não com aquilo que vem expresso, mas com o que se subentende, com o implícito. Vossa Majestade está preocupado (silepse de gênero); Os Lusíadas glorificou nossa literatura (silepse de número).   ANACOLUTO É bastante normal na fala dos brasileiros. Consiste em deixar um termo solto na frase e normalmente acontece quando se inicia com uma determinada construção sintática e de repente se opta por outra. A vida, não sei realmente se ela vale alguma coisa (termo “vida”).
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COMPARAÇÃO Acontece quando se estabelece uma relação de semelhança entre dois seres ou fatos, atribuindo a um deles alguma (s) característica (s) presente (s) no outro. As garças descem nos brejos que nem brisas – Manoel de Barros (“garças” e “brisa”)   METÁFORA É uma espécie de comparação, porém emprega uma palavra com sentido diferente do seu sentido usual, baseado em relação implícita entre dois elementos. O show de ontem parecia mais um formigueiro de tão cheio (sentido diferente para “formigueiro”).   IRONIA Apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo, assim, um efeito crítico ou humorístico intencionalmente. A excelente Dona Inácia era mestre na arte de judiar de crianças (mestre).   EUFEMISMO Consiste na tentativa de suavizar, tornar menos chocantes palavras ou expressões normalmente desagradáveis, dolorosas ou constrangedoras. Lamentamos informar que nossa empresa está impossibilitada de honrar os compromissos financeiros assumidos com a senhora (não pagar dívidas, dar calote).   HIPÉRBOLE É o exagero intencional a fim de intensificar a expressividade, impressionando, assim, o leitor. Eu morro de rir com esse filme (exagero na palavra “morro”).   PROSOPOPEIA OU PERSONIFICAÇÃO Consiste na atribuição de características próprias de seres animados a seres inanimados. O jardim olhava as crianças sem dizer nada (jardim “olhando”).   ANTÍTESE É o uso de palavras ou expressões com significados opostos, com a intenção de realçar a força expressiva de cada uma delas. Aqui viajam 12 pneus cheios e um coração vazio (“cheios” e “vazio”).   PARADOXO É um tipo especial de antítese em que as palavras opostas exprimem ideias que se negam reciprocamente. Espia a barriga estufada dos meninos, a barriga cheia de vazio, de Deus sabe o quê – Carlos Drummond de Andrade (cheia de vazio).   GRADAÇÃO Consiste na colocação de uma série de palavras ou expressões em que o sentido vai se intensificando ou enfraquecendo continuamente. Um coração chagado de desejos; latejando, batendo, restrugindo – Vicente de Carvalho.   APÓSTROFE É a interpelação enfática a alguém ou algo personificado. Meu Deus, por que me abandonaste; se sabias que eu não era Deus; se sabias que eu era fraco – Carlos Drummond de Andrade (personificação de Deus).
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METONÍMIA É bem próxima da metáfora, porém, aqui, há a troca de uma palavra por outra quando, entre elas, existe uma contiguidade de sentidos (semelhança). Ao final do concerto, o teatro inteiro aplaudiu a orquestra (“pessoas” substituído por “teatro”).   CATACRESE Ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um determinado conceito, toma-se outro por empréstimo. Com o uso contínuo, nem percebemos que ele está sendo usado com o sentido figurado. O pé da mesa estava quebrado quando cheguei em casa (pé da mesa).   ANTONOMÁSIA Consiste na substituição de um nome por uma expressão que o identifique com facilidade. A Rainha dos Baixinhos estava na televisão hoje de manhã (“rainha dos baixinhos” ao invés de “Xuxa”).   SINESTESIA É a mescla, em uma expressão, entre sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido. Um hálito adocicado saía de sua boca aveludada enquanto pronunciava as palavras devagar (“adocicado” e “aveludada”).
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