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Luiz Cláudio
Curso por Luiz Cláudio, actualizado hace más de 1 año Colaboradores

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Curso de Português para concursos

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Compreensão e Interpretação de textos Neste módulo será mostrado como identificar no textos de questões de provas a diferença de Interpretação e Compreensão de textos.   Compreensão de textos - Compreensão (Está no texto). Nas questões de provas podem aparecer assim:  No texto... Segundo o texto... O autor/narrador do texto diz que... O texto informa que... O autor afirma que... O autor defende a ideia que... - Interpretação (Está além do texto) Nas questões de provas podem aparecer assim:  Depreende-se / Infere-se / Conclui-se do texto que... O texto permite deduzir que... É possível subentender-se a partir do texto que... Qual a intenção do autor quando afirma que... Até a próxima!
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Ortografia e Semântica Estudo da Sílaba 1.1. TEORIA E EXEMPLOS COMENTADOS 1.1.1. Sílaba tônica Para começar, faremos uma revisão de ortografia. Você sabe o que significa sílaba tônica? Sílaba tônica é a sílaba da palavra que é pronunciada com maior intensidade. Quanto à posição da sílaba tônica, as palavras classificam-se em: a) oxítonas – a sílaba tônica é a última da palavra: maracujá, café, recompor b) paroxítonas – a sílaba tônica é a penúltima da palavra: cadeira, caráter, mesa c) proparoxítonas – a sílaba tônica é a antepenúltima da palavra: sílaba, metafísica, lâmpada Para o estudo das regras de acentuação gráfica, também será preciso que você entenda a diferença de um monossílabo átono para um monossílabo tônico. Monossílabos átonos são aqueles que são pronunciados com pouca intensidade no interior da frase. Veja um exemplo: O menino me perguntou quando lhe entregarei o pedido. Observe que os monossílabos grifados acima são pronunciados de forma tão fraca, que muitos, por exemplo, pronunciariam o me como /mi/, o lhe como /lhi/, o o como /u/. São tão fracos que se descaracterizam ao serem pronunciados. Já os monossílabos tônicos são aqueles que são pronunciados com bastante intensidade no interior da frase. Veja: No mês passado, tu disseste a mim que sentias dor de dente. 1.1.2. Encontros vocálicos Você sabe a diferença entre encontros vocálicos, encontros consonantais e dígrafos? Encontros vocálicos são agrupamentos de vogais ou de vogais e semivogais sem consoante intermediária. Há três tipos de encontros vocálicos: o ditongo, o tritongo e o hiato. Ditongo é o encontro de uma vogal e uma semivogal, ou vice-versa, na mesma sílaba. Há quatro tipos de ditongo: no ditongo crescente, a semivogal vem antes da vogal (lírio, quando, frequente). É quando se vai do som mais fraco para o mais forte. Há também o ditongo decrescente, em que a vogal vem antes da semivogal (pai, põe). Aqui, ocorre o contrário: vai-se do som mais forte para o mais fraco, por isso, ele é decrescente. Além desses dois tipos, o ditongo pode ser oral, quando a vogal é oral (mágoa) ou nasal, quando a vogal é nasal (mão). Além do ditongo, há outros dois tipos de encontros vocálicos: o tritongo, que é o encontro de semivogal+vogal+semivogal, nessa ordem, na mesma sílaba. Veja: Paraguai, quão. E, por fim, o hiato, que é o encontro imediato de duas vogais, em sílabas distintas. Assim: Raiz, saúde. 1.1.3. Encontros consonantais Além dos encontros vocálicos, existem os encontros consonantais, que são grupos formados por mais de uma consoante sem vogal intermediária. Observe: Blusa, prata, afta, apneia. Repare que as consoantes vêm uma seguida da outra, na mesma sílaba, ou em sílabas distintas. Separe as sílabas e você verá: blu-sa, pra-ta, af-ta, ap-neia. 1.1.4. Dígrafo Agora, o grande cuidado que você deve ter é para não confundir encontro consonantal com dígrafo. No encontro consonantal, as duas consoantes são pronunciadas, já no dígrafo, as duas letras possuem um único som: ou seja, uma delas não é pronunciada. Observe atentamente o conceito de dígrafo: Dígrafo é o encontro de duas letras para representar um único fonema. Podem ser consonantais ou vocálicos. Dígrafos consonantais são aqueles em que as duas consoantes representam um único som (ch, lh, nh, rr, sc, sç, ss, xc, gu, qu). As gramáticas dizem que são dois grafemas para um único fonema. Veja os exemplos: Chave, telha, ninho, carro, crescer, nasço, exceto, guerra, quilo. Entenda que aqui não temos um encontro consonantal porque uma das consoantes não é pronunciada. Trata-se, portanto, de dígrafo consonantal. Já os dígrafos vocálicos são aqueles em que a vogal é nasalizada por um m ou um n que venha na sequência (am, an, em, en, im, in, om, on, um, un). Observe: Tampa, tempo, tinta, bomba, conta, bumbo, fundo. Atenção: As letras m e n não representam consoantes, apenas indicam que a vogal anterior é nasal. Devidamente entendidos quanto à diferença entre encontros vocálicos, encontros consonantais e dígrafos? Vamos fazer um exercício para cada conceito, antes de estudarmos as regras de acentuação gráfica. Aproveitaremos os exercícios também para você relembrar como se separam as sílabas das palavras. Tempos bons aqueles...   1. Identifique os encontros vocálicos das palavras a seguir. a) saguão Resposta: sa-guão – tritongo b) ruim Resposta: ru-im – hiato c) séria Resposta: sé-ria – ditongo crescente d) seria Resposta: se-ri-a – hiato e) enxaguais Resposta: en-xa-guais – tritongo en-xa-guais – dígrafo vocálico f) álcoois Resposta: ál-co-ois – hiato ál-co-ois – ditongo decrescente g) minguou Resposta: min-guou – tritongo min-guou – dígrafo vocálico h) quieto Resposta: qui-e-to – dígrafo qui-e-to – hiato i) voo Resposta: vo-o – hiato   2. Identifique os encontros consonantais a seguir. a) Castro Resposta: Cas-tro b) flecha Resposta: fle-cha c) ritmo Resposta: rit-mo d) trabalho Resposta: tra-ba-lho   3. Reconheça os dígrafos. a) prorromper Respostas: prorromper (rr / om) b) digníssimo Resposta: digníssimo (ss) c) aquele Resposta: aquele (qu) d) triunfo Resposta: triunfo (un) e) quem Resposta: quem (qu)   1.2. QUESTÕES DE CONCURSOS PROPOSTAS (COM GABARITO NO FINAL) 1. (Banco do Brasil) Noite: a) hiato. b) ditongo. c) tritongo. d) dígrafo. e) encontro consonantal.   2. (ITA) Dadas as palavras: 1. tung-stê-nio 2. bis-a-vô 3. du-e-lo Constatamos que a separação silábica está correta: a) apenas na palavra n. 1. b) apenas na palavra n. 2. c) apenas na palavra n. 3. d) em todas as palavras. e) n.d.a.   3. (ITA) Dadas as palavras: 1. des-a-len-to 2. sub-es-ti-mar 3. trans-tor-no, Constatamos que a separação silábica está correta: a) apenas na número 1. b) apenas na número 2. c) apenas na número 3. d) em todas as palavras. e) n.d.a.   4. (Aman) Assinale a opção em que a divisão silábica não está corretamente feita: a) a-bai-xa-do b) si-me-tria c) es-fi-a-pa-da d) ba-i-nhas e) ha-vi-a   5. (Imes) Assinale a alternativa em que a palavra não tem as suas sílabas corretamente separadas: a) in-te-lec-ção b) cons-ci-ên-cia c) oc-ci-pi-tal d) psi-co-lo-gia e) ca-a-tin-ga   6. (Furg-RS) A sequência de palavras cujas sílabas estão separadas corretamente é: a) a-dje-ti-va-ção / im-per-do-á-vel / bo-ia-dei-ro b) in-ter-ve-io / tec-no-lo-gi-a / su-bli-nhar c) in-tu-i-to / co-ro-i-nha / pers-pec-ti-va d) co-ro-lá-rio / subs-tan-ti-vo / bis-a-vó e) flui-do / at-mos-fe-ra / in-ter-vei-o   7. (Furg-RS) Assinale a sequência em que todas as palavras estão partidas corretamente: a) trans-a-tlân-ti-co, fi-el, sub-ro-gar b) bis-a-vô, du-e-lo, fo-ga-réu c) sub-lin-gual, bis-ne-to, de-ses-pe-rar d) des-li-gar, sub-ju-gar, sub-scre-ver e) cis-an-di-no, es-pé-cie, a-teu   8. (UFV-MG) As sílabas das palavras psicossocial e traído estão corretamente separadas em: a) psi-cos-so-ci-al / tra-í-do b) p-si-cos-so-cial / tra-í-do c) psi-co-sso-ci-al / traí-do d) p-si-co-sso-cial / tra-í-do e) psi-co-sso-cial / tra-í-do   9. (Acafe-SC) Na frase “No restaurante, onde entrei arrastando os cascos como um dromedário, resolvi-me ver livre das galochas”, existem: a) dois ditongos, sendo um crescente e um decrescente. b) três ditongos, sendo dois crescentes e um decrescente. c) três ditongos, sendo um crescente e dois decrescentes. d) quatro ditongos, sendo dois crescentes e dois decrescentes. e) quatro ditongos, sendo três crescentes e um decrescente.   10. (UEPG-PR) Nesta relação, as sílabas tônicas estão sublinhadas. Uma delas, porém, está sublinhada incorretamente. Assinale-a: a) in-te-rim b) pu-di-co c) ru-bri-ca d) gra-tui-to e) i-nau-di-to   11. (Unirio) “O bom tempo passou e vieram as chuvas. Os animais todos, arrepiados, passavam os dias cochilando.” No trecho, temos: a) dois ditongos e três hiatos. b) cinco ditongos e dois hiatos. c) quatro ditongos e três hiatos. d) três ditongos e três hiatos. e) quatro ditongos e dois hiatos.   12. (Unirio) Assinale a melhor resposta. Em papagaio, temos: a) um ditongo. b) um trissílabo. c) um dígrafo. d) um proparoxítono. e) um tritongo.   13. (Esaf) Indique a alternativa em que há erro(s) de divisão silábica: a) res-sur-gir, a-ve-ri-güeis, vô-o, quais-quer b) ca-í-ram, co-o-pe-rar, pig-meu, op-ção, cons-ti-tuin-tes c) tu-a, ai-ro-so, e-gí-pcio, su-bs-tan-ti-vo, pneu-má-ti-co d) ab-di-ca-ção, o-ci-den-tal, sor-rin-do, sou-bes-te, mne-mô-ni-ca e) a-do-les-cen-te, mai-o-res, sub-ju-gar, me-lan-co-li-a, cir-cui-to   14. (ESPCEX) Assinale a alternativa correta quanto à divisão silábica das palavras dadas: a) sa-gu-ão, mín-guam, a-bs-tra-to, de-lin-qüi-u, plúm-beo b) fric-ção, rit-mo, pneu-má-ti-co, cai-ais, bo-ê-mia c) mag-ne-tis-mo, en-xa-güei, ni-nha-ri-a, res-pe-i-to, mei-os d) su-blo-car, ca-iu, re-ce-pção, a-cces-sí-vel, subs-cre-ver e) coi-ta-do, trans-a-tlân-ti-co, pis-ci-na, suas, põem   15. (PUC-RS) Aponte o único conjunto onde há erro na divisão silábica: a) flui-do, sa-guão, dig-no b) cir-cuns-cre-ver, trans-cen-den-tal, tran-sal-pi-no c) con-vic-ção, tung-stê-nio, rit-mo d) ins-tru-ir, an-te-pas-sa-do, se-cre-ta-ri-a e) co-o-pe-rar, dis-tân-cia, bi-sa-vô   16. (UFF) Apenas num dos seguintes casos a divisão silábica não está feita de acordo com as normas vigentes. Assinale-o: a) tran-sa-tlân-ti-co b) ab-di-ca-ção c) subs-ta-be-le-cer d) fri-ís-si-mo e) cis-an-di-no   17. (TRE-MG) Assinale a palavra que contém exemplo de ditongo decrescente e dígrafo: a) companhia b) exceção c) répteis d) cãimbra e) gratuito   18. (TRE-MT) A separação de sílabas está incorreta na alternativa: a) mi-nis-té-rio b) ab-so-lu-tas c) ne-nhu-ma d) té-cni-co e) res-sen-ti-men-tos   19. (TRE-MG) Ambas as palavras contêm exemplo de hiato em: a) árduo / mãe b) área / chapéu c) diário / quota d) pavio / moer e) luar / anzóis   20. (TTN) Marque a alternativa correta quanto à divisão silábica: a) fi-a-do, flui-do, ru-im b) se-cre-ta-ri-a, ins-tru-ir, né-ctar c) co-o-pe-rar, tung-stê-nio, i-guais d) cir-cui-to, subs-cre-ver, a-po-te-ose e) abs-ces-so, ri-tmo, sub-ju-gar   21. (Unirio) Assinale a opção em que o vocábulo apresenta ao mesmo tempo um encontro consonantal, um dígrafo consonantal e um ditongo fonético: a) ninguém b) coalhou c) iam d) nenhum e) murcham   22. (TRT-ES) Leia o texto e assinale o item que apresenta correta divisão silábica: Atualmente, as plantas medicinais voltam a suscitar grande interesse, tanto na área dos profissionais da saúde como na própria sociedade. a) mui-to / su-sci-tar b) saú-de / so-cie-da-de c) me-di-ci-na-is / sa-ú-de d) sus-ci-tar / me-di-ci-nais e) in-te-res-se / a-tual-men-te Gabarito: 1. b; 2. c; 3. c; 4. b; 5. d; 6. e; 7. c; 8. a; 9. c; 10. a; 11. a; 12. a; 13. c; 14. b; 15. c; 16. e; 17. b; 18. d; 19. d; 20. a; 21. e; 22. d.   Finalmente, vamos às regras de acentuação gráfica. Destacamos aquelas que mudaram com o Novo Acordo Ortográfico no que se refere à acentuação gráfica, mantendo aquelas em que não houve alteração. Toda vez que apresentarmos uma regra que foi modificada segundo o Novo Acordo, vamos avisar, ok? Assim, você aprende as regras de acentuação ao mesmo tempo em que fica por dentro de tudo que mudou desde então.   Bons estudos!
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2 ACENTUAÇÃO GRÁFICA (SOB O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO) 2.1. TEORIA E EXEMPLOS COMENTADOS 2.1.1. Regra geral 1. Oxítonos: são acentuados os terminados em a(s), e(s), o(s), em(ens). Exs.: sofá(s), cajá(s), encontrá-lo, café(s), obtê-lo, avô, avó, dispô-lo, alguém, também, ele contém, ele intervém, armazéns, tu intervéns... 2. Paroxítonos: são acentuados os não terminados em a(s), e(s), o(s), em(ens) e os terminados em ditongo. Exs.: cáqui, ônix, túnel, hífen, açúcar, bônus, ímã, Méier, destróier, bênção, órfão, túneis... 3. Proparoxítonos: todos são acentuados. Exs.: lâmpada, médico, álibi, ínterim, álcool, alcoólicos... Atenção: Pelo Novo Acordo, entram na regra dos proparoxítonos os chamados ocasionais, terminados em ditongo crescente (história, série...). 4. Monossílabos tônicos: terminados em a(s), e(s), o(s). Exs.: pá, gás, fé, mês, dó, pôs, pô-lo... Para fixarmos essas regras iniciais, procure testar seus conhecimentos resolvendo esta questão do Cespe/UnB: 1. Em relação à acentuação gráfica, julgue os itens seguintes: 1) “Previsíveis” e “úteis” acentuam-se pela mesma razão. 2) Em “más”, há emprego de acento diferencial. 3) Em “biquíni” e “ônus” o emprego do acento nas duas palavras tem a mesma justificativa. 4) Em “mantém”, o acento se justifica para estabelecer a diferença com a forma da 3ª pessoa do plural. Comentários: Em (1), os dois vocábulos são paroxítonos terminados em ditongo. Resposta: assertiva certa. Em (2), o acento ocorre por ser palavra monossílaba terminada em a(s), e não acento diferencial. Resposta: assertiva errada. Em (3), as duas palavras são paroxítonas e terminam em i e us. Resposta: assertiva certa. Em (4), o acento aparece por esse vocábulo ser oxítono terminado em em. Na 3ª pessoa do plural é que seria acentuado para estabelecer diferença com o singular (eles mantêm). Resposta: assertiva errada. 2.1.2. Outros casos 1. Ditongos abertos (éi, éu, ói): acento agudo nas palavras oxítonas e monossílabos tônicos. Ex.: anéis, papéis, hotéis, pastéis, troféu, céu, réu, herói, dói, mói... Atenção: Pelo Novo Acordo, não são acentuados os ditongos ei e oi de palavras paroxítonas terminadas em a, o. Exs.: assembleia, heroico, ideia. 2. Quando a 2a vogal do hiato for “i” ou “u”, tônica. Ex.: saída, saíste, caí, juíza, reúno, saúde, baú, Grajaú... Observação 1: Se após a 2a vogal do hiato aparecer nh ou outra letra, sem ser o s, na mesma sílaba, não haverá acento: Exs.: rainha, bainha, juiz, cairdes. Observação 2: Não se acentua a 2a vogal do hiato em letras repetidas; não se acentua o primeiro o de palavras paroxítonas terminadas em oo: Exs.: vadiice; voo, perdoo, abençoo. Atenção 1: Pelo Novo Acordo, não se acentua o primeiro e das formas verbais terminadas em eem (verbos ler, ver, crer, dar e derivados). Observe: Eles veem, reveem, leem, releem, creem, deem. Atenção 2: Pelo Novo Acordo, não se acentuam i e u quando formam hiato com um ditongo anterior. Exs.: feiura, baiuca... Exceção: as vogais tônicas i e u, em posição final, das palavras oxítonas precedidas de ditongo levam acento. Ex.: Piauí, teiú... 3. Acentos diferenciais: quanto aos acentos diferenciais, após o Novo Acordo Ortográfico, só permaneceram os seguintes: a) ter, vir e derivados na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo. Exs.: eles têm, retêm, vêm, intervêm; b) de intensidade (que é o acento que diferencia um vocábulo átono do tônico): pôr (verbo no infinitivo), para diferenciar da preposição por; c) de timbre, que é o acento que diferencia o timbre fechado do timbre aberto: pôde (3a pessoa do singular do pretérito perfeito), para diferenciar da forma pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo). Observação: O Novo Acordo Ortográfico determinou também que o acento do substantivo fôrma seria facultativo, para diferenciar tal vocábulo do substantivo forma. Assim, o que se entende é que ele só seria utilizado nas situações em que se pudesse encontrar alguma dificuldade de intelecção. Por exemplo: A forma da fôrma do bolo é criativa. Aqui, se não usássemos o acento, o leitor poderia ter dificuldades para entender a essência da informação. Veja agora duas questões do NCE/UFRJ que trata desses outros casos de acentuação. Procuramos, aqui, adaptá-la ao Novo Acordo. 1. Assinale a frase incorreta quanto à acentuação gráfica. a) A funcionária remeterá os formulários até o início do próximo mês. b) Ninguém poderia prever que a catástrofe traria tamanho ônus para o país. c) Este vôo está atrasado: os senhores tem que embarcar pela ponte aerea e fazer conexão no Rio para Florianópolis. d) O pronunciamento feito pelo diretor na assembleia revestia-se de caráter inadiável. e) Segundo o regulamento em vigor, o órgão competente tomará as providências cabíveis. Comentários: Na letra A, funcionária, formulários e início estariam na mesma regra. Pelo Novo Acordo, a tendência seria incluir essas palavras terminadas em ditongo crescente (ia, io(s)) na regra dos proparoxítonos. Remeterá e até seriam exemplos de oxítonos terminados em a e e. A palavra próximo é acentuada por ser proparoxítona. Em mês, teríamos um caso de monossílabo tônico terminado em es. Na letra B, a palavra ninguém é acentuada por ser oxítono terminado em em; catástrofe é proparoxítona; ônus é paroxítono terminado em us e país entra na justificativa da 2ª vogal do hiato, i, tônica, seguida ou não de s. Na letra C, pelo Novo Acordo, paroxítonas que dobram a vogal o não recebem mais acento. O verbo ter, na 3ª pessoal do plural, recebe acento circunflexo (“Este voo está atrasado: os senhores têm...”). Na letra D, o ditongo ei, em palavras paroxítonas terminadas em a, não recebe mais acento agudo. Em caráter e inadiável, temos palavras paroxítonas terminadas em r e l. Na letra E, órgão e cabíveis estariam na justificativa dos paroxítonos terminados em ditongo (ór-gão; ca-bí-veis). Tomará, oxítono terminado em a, e providências, pelo Novo Acordo, seria proparoxítona em ditongo crescente (proparoxítonas aparentes). Resposta: C. 2. Quanto à acentuação, marque a(s) forma(s) correta(s): a) Itaipú / Icaraí Comentários: Não se acentua oxítono terminado em u. Em Icaraí, temos a vogal i como 2ª do hiato, tônica, acentuada. Resposta: Icaraí. b) Bocaiúva / chapéu Comentários: A palavra Bocaiuva não recebe acento porque, embora a vogal u seja a 2a do hiato, vem antecedida de ditongo (regra 3 – obs.: c). Os ditongos éi, éu e ói continuam a receber acento quando forem oxítonos e monossílabos. Resposta: chapéu. c) pôr (verbo) / pára (verbo) Comentários: Dos acentos diferenciais de intensidade, só o verbo pôr será acentuado, para diferir da preposição por. Os outros caíram (para, pelo, polo, pera...). Resposta: pôr. d) gratuíto / eu traí Comentários: Embora na oralidade algumas pessoas pronunciem gratuito com o i tônico, isso não ocorre. A pronúncia correta é como ditongo (gra-tui-to) e não grã-tu-í-to. Traí recebe acento porque o i aparece como 2ª vogal do hiato, tônica. Resposta: traí. e) enjôo / eles provêm Comentários: O acento no 1º o de vocábulos paroxítonos em oo caiu. Já nos verbos ter, vir e derivados, na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo, o acento se mantém, não houve alteração dessa regra (eles têm, retêm, vêm, intervêm...). Resposta: eles provêm (= provir, derivado de vir) . f) eles prevêem / ele prevê Comentários: O acento no primeiro e dos verbos ler, ver, crer, dar e derivados não se usa mais. Agora fica: eles leem, veem, creem, deem etc. Em ele prevê temos a regra do oxítono terminado em e. Resposta: ele prevê. g) destróier / heróico Comentários: Os ditongos ei e oi, em palavras paroxítonas com pronúncia aberta, não recebem mais acento, à exceção dos terminados em r, pois entram na regra geral (paroxítono terminado em r é acentuado: açúcar, caráter, destróier...). Em heroico temos paroxítono terminado em o, daí não receber acento. Resposta: destróier. h) eu apóio / o apoio Comentários: Os ditongos oi e ei, paroxítonos com pronúncia aberta, deixam de receber acento quando terminam em o(s), a(s) (heroico, europeia, ideia...). Em o apoio, este o tem pronuncia fechada, é o substantivo. Resposta: o apoio. i) ele detém / eles detêem Comentários: O verbo deter na 3ª pessoa do singular recebe acento por ser um oxítono terminado em em (armazém, ninguém, ele detém...). Esse verbo, na 3ª pessoa do plural, não dobra a letra e: eles detêm (verbos ter, vir e derivados, na 3ª pessoa do plural, um e e acento circunflexo). Resposta: ele detém. j) pêra (subst.) / pôneis Comentários: O substantivo pera, com a nova reforma, perdeu o acento circunflexo. Em pôneis, o acento se dá por ser esse vocábulo um paroxítono terminado em ditongo. Resposta: pôneis. k) “Ele reconstrói a imagem colocando sobre ela elementos de uso cotidiano, como molho de tomate, geleia de amora e soldadinho de plástico em forma de mosaico.” Comentários: Nessa frase, aparecem os ditongos oi e ei. Em reconstrói, usaremos o acento, pois esse vocábulo é oxítono. Já em geleia isso não ocorrerá, já que essa palavra é paroxítona, casos em que esse ditongo não é mais acentuado. Plástico é proparoxítono. Resposta: geleia / reconstrói / plástico. E o trema? Foi totalmente abolido. A pronúncia, porém, continua a mesma. Ninguém por aí vai deixar de falar linguiça e pinguim como falava anteriormente, só porque o trema desapareceu. Ex.: questão, tranquilo, iniquidade, consequência, pinguim, sequestro, frequência, cinquenta, aguentar, arguir, averiguemos, quinquênio, antiguidade, liquidação, sanguíneo...   2.2. QUESTÕES DE CONCURSOS PROPOSTAS (COM GABARITO NO FINAL) 1. (Vunesp - TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário) Assinale a alternativa com as palavras acentuadas segundo as regras de acentuação, respectivamente, de intercâmbio e antropológico. a) distúrbio e acórdão. b) máquina e jiló. c) alvará e vândalo. d) consciência e características. e) órgão e órfãs. 2. (Vunesp – TJ-SP – Analista de Sistemas) “Justiça absolve frentista acusado de participação em furto O juiz Luiz Fernando Migliori Prestes, da 22ª Vara Criminal Central da Capital, julgou improcedente ação penal proposta contra frentista acusado de furto em seu local de trabalho. Segundo consta da denúncia, A. L. A. R. teria permitido que W. F. O., cliente do posto de gasolina, usasse a máquina de cartões de crédito do local para fazer saques, mesmo sabendo que o cartão era roubado. Ele afirmou que desconhecia a origem ilícita do cartão. Ao ser interrogado, W. F. O. caiu em contradição quando perguntado sobre a quantia paga ao funcionário para permitir as operações, fato que, no entendimento do magistrado, tornou o conjunto probatório frágil para embasar uma condenação. “Daí, insuficientes as provas produzidas para um decreto condenatório ante a falta de demonstração suficiente de que A. L. A. R. agiu com dolo, no que a improcedência da ação penal se impõe.” Com base nessa fundamentação, absolveu o frentista da acusação de furto qualificado. Seguem a mesma regra de acentuação gráfica relativa às palavras paroxítonas: a) probatório; condenatório; crédito. b) máquina; denúncia; ilícita. c) denúncia; funcionário; improcedência. d) máquina; improcedência; probatório. e) condenatório; funcionário; frágil. 3. (Vunesp – TJ-SP – Assistente Social) Observe as palavras acentuadas, em destaque no seguinte texto: A Itália empreende atualmente uma revolução em sua indústria vinícola, apresentando modernos e dinâmicos vinhos, não abandonando seu inigualável caráter gastronômico. Assinale a alternativa cujas palavras são acentuadas, respectivamente, segundo as regras que determinam a acentuação das palavras destacadas no texto. a) saída; mostrará; hífen. b) comprá-la; político; nível. c) ócio; fenômeno; inútil. d) dá-lo; anônima; estéril. e) eólica; órfã; ninguém. 4. (Vunesp - TJ-MT - Técnico Judiciário) Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma culta, todas as palavras estão corretamente escritas e acentuadas graficamente. a) A principal finalidade de um assistênte digital pessoal (PDA) é atuar como um organisador eletrônico ou agenda portatil de planejamento diário. b) O PDA permite o compartiliamento de informações com o PC, ele deve ser uma extenção do PC, não um subistituto. c) E ainda mais, os fabricantes combinaram os PDAs com telefones celulares, reprodutores multimídia e outros equipamentos eletrônicos. d) Os PDAs, também chamados de palmtops, definitivamente evoluiram ao longo dos anos; eles não sómente gerenciam informações pessoais, como contatos, compromiços e listas de coisas a fazer. e) Os dispozitivos de hoje também podem se conectar à internet, atuar como aparelhos de posicionamento global (GPS) e ezecutar software multimídia. 5. (Fundatec) Analise as afirmações abaixo, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas. ( ) Em bastasse, ocorre um dígrafo. ( ) Na palavra vizinhança, há mais fonemas que letras. ( ) No vocábulo interesse, há 9 letras e 7 fonemas. ( ) Na palavra etiqueta, ocorre dígrafo. ( ) Em trabalha, há dois encontros consonantais. A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: a) V – V – V – V – V b) V – F – V – V – F c) F – V – F – V – F d) V – F – V – F – V e) F – F – F – F – F 6. (Fundatec) Sobre o uso de acentos gráficos em palavras do texto, afirma-se que: I. impróprias e escritório são acentuadas em virtude da mesma regra. II. A palavra é recebe acento gráfico para diferenciá-la de sua parônima e. III. As palavras difícil e provável são acentuadas em razão de regras distintas. Quais estão INCORRETAS? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e II. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 7. (Fundatec) Analise as afirmações que são feitas em relação a palavras retiradas do texto. I. Nas palavras “utilizam” e “exigiam”, as letras sublinhadas representam o mesmo fonema. II. “conhecimento” e “erguida” possuem mais fonemas que letras. III. Ambas as palavras “filhos” e “tecnologia” possuem dígrafos que representam consoantes. Quais estão INCORRETAS? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) Apenas II e III. Leia o texto a seguir para responder à questão 8. Cochilo reparador Você acordou cedo, trabalhou a manhã toda e, depois do almoço, é acometido aquela bobeira__________, capaz de roubar toda a sua energia ou transformar sua habitual disposição em preguiça. Nessa hora, tudo o que você deseja é se entregar à ________ e restabelecer seu estado de ânimo com uma simples e despretensiosa sonequinha. Mas será que 10 minutinhos adiantam? Os especialistas garantem que esse tempo destinado descanso já é válido. O período ideal recomendado, no entanto, é de 30 minutos, em média. Uma soneca com mais de uma hora já faz o ciclo completo do sono. ”Pesquisas evidenciaram que, considerando adultos saudáveis, um cochilo de até 30 minutos pode melhorar a capacidade cognitiva, a memória e o aprendizado no restante do dia” – ressalta o neurologista Alan Christmann Fröhlich, especialista em medicina do sono. O médico lembra, entretanto, que sonecas mais prolongadas podem causar um efeito chamado inércia do sono, em que ocorre uma piora temporária da performance cognitiva e do humor após o despertar. Visto com resistência por gestores mais conservadores e com simpatia pelos mais liberais, o cochilo durante o expediente pode devolver parte da qualidade de vida perdida em meio à correria cotidiana. – A população está dormindo menos. A privação de sono pode causar vários problemas de saúde, cognitivos, de aprendizado, de memória e alterações no humor. O ideal é se organizar para dormir mais, mas quando não dá, a soneca ajuda muito – diz Fábio Haggstram, pneumologista do Hospital São Lucas da PUCRS e da clínica PneumoSono. Para um repouso tranquilo, algumas medidas são importantes. Consultora do sono, Renata Federighi explica que manter o quarto arejado, escuro e silencioso, usar travesseiros adequados e fazer refeições leves colaboram o bom descanso. Hábito comum em países como Espanha, Itália e Argentina, a ________ é quase um luxo no Brasil. Por aqui, são raros os sortudos com flexibilidade de horário que têm o privilégio de dormir alguns minutos depois do almoço. Em terras espanholas, o comércio fecha ao meio-dia e só reabre perto das 15h, hábito que permite aos moradores descansarem antes do segundo turno de trabalho. Mesmo na terra da “siesta”, nem todos são adeptos da prática. Por incrível que pareça, há quem reclame intervalo prolongado para a preguiça. O executivo espanhol Joan Gratacos, 43 anos, é um exemplo. Quando morava em Barcelona, não costumava fazer a pausa, como seus _________. Morando no Brasil há um ano e meio, ele comemora que o hábito não faça parte da cultura local: – Adoro o horário comercial aqui, permite organizar melhor as necessidades de todo mundo. (FONTE: texto adaptado – Zero Hora, 01/02/2014) 8. (Fundatec) Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas pontilhadas das linhas 01, 03, 21 e 27. a) avaçaladora – lezeira – sesta – coterrâneos b) avaçaladora – lezeira – sesta – conterrâneos c) avassaladora – lezeira – cesta – coterrâneos d) avassaladora – leseira – cesta – coterrâneos e) avassaladora – leseira – sesta – conterrâneos 9. (Semcas – Psicólogo) Assinale a alternativa que contém afirmação correta, considerando a acentuação das palavras histórias, dicionários e cemitérios. a) Não deveriam estar acentuadas, pois, não se acentuam proparoxítonas eventuais. b) A maioria das oxítonas terminadas em “e” são acentuadas. c) Ainda recebem acento as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes. d) Todas as palavras de duas ou mais sílabas possuem uma sílaba tônica, sobre a qual recai o acento prosódico. e) Os ditongos, sempre que tiverem pronúncia aberta, são acentuados. 10. (Fundatec) Relativamente à palavra conexão, é correto afirmar que a) possui dígrafo. b) não possuiu ditongo. c) o número de fonemas é menor que o número de letras. d) possui tantas letras quanto fonemas. e) possui mais fonemas que letras. 11. (IBGE) Assinale a opção cuja palavra não deve ser acentuada: a) Todo ensino deveria ser gratuito. b) Não ves que eu não tenho tempo? c) É difícil lidar com pessoas sem carater. d) Saberias dizer o conteudo da carta? e) Veranópolis é uma cidade que não para de crescer. 12. (IBGE) Assinale a opção que contenha três palavras que devem receber acento gráfico: a) Eles tem de, sozinhos, escolher os marmores da sala e prepara-la para a exposiçao. b) A estrategia utilizada pelo jogador pos a rainha em perigo em tempo recorde. c) Saimos do tribunal mas, por causa do tumulto, não conseguimos a rubrica dos juizes. d) A quimica vem produzindo novas cores para as industrias de tecido. e) Eles não veem o apoio que se da a qualquer pessoa que aqui vem pedir ajuda. 13. (Banco do Brasil) “Alem do trem, voces tem onibus, taxis e aviões.” a) 5 acentos b) 4 acentos c) 3 acentos d) 2 acentos e) 1 acento 14. (Banco do Brasil) Monossílabo tônico: a) o b) lhe c) e d) luz e) com 15. (Banco do Brasil) Não leva acento: a) atrai-la b) supo-la c) conduzi-la d) vende-la e) revista-la 16. (UF-PR) Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são acentuados por serem oxítonos: a) paletó, avô, pajé, café, jiló b) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis c) você, capilé, Paraná, lápis, régua d) amém, amável, filó, porém, além e) caí, aí, ímã, ipê, abricó 17. (FGV-RJ) Assinale a alternativa que completa as frases: I – Cada qual faz como melhor lhe ....... . II – O que ....... estes frascos? III – Nestes momentos os teóricos ....... os conceitos. IV – Eles ....... a casa do necessário. a) convém, contêm, reveem, proveem b) convém, contém, reveem, provém c) convém, contém, revêm, provém d) convêm, contém, reveem, proveem e) convêm, contêm, reveem, proveem 18. (Cesgranrio) Assinale a opção em que os vocábulos obedecem à mesma regra de acentuação gráfica: a) pés, hóspedes b) sulfúrea, distância c) fosforescência, provém d) últimos, terrível e) satânico, porém 19. (Santa Casa) As palavras após e órgãos são acentuadas por serem respectivamente: a) paroxítona terminada em s e proparoxítona. b) oxítona terminada em o e paroxítona terminada em ditongo. c) proparoxítona e paroxítona terminada em s. d) monossílabo tônico e oxítona terminada em o, seguida de s. e) proparoxítona e proparoxítona. 20. (Mack) Indique a alternativa em que nenhuma palavra é acentuada graficamente: a) lapis, canoa, abacaxi, jovens b) ruim, sozinho, aquele, traiu c) saudade, onix, grau, orquidea d) voo, legua, assim, tenis e) flores, açucar, album, virus 21. (FGV-RJ) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente grafadas: a) raiz, raízes, sai, apóio, Grajau b) carretéis, funis, índio, hifens, atrás c) buriti, ápto, âmbar, dificil, almoço d) órfão, afável, cândido, caráter, Cristovão e) chapéu, rainha, tatu, fossil, conteúdo 22. (Viçosa) Todas as palavras abaixo obedecem à mesma regra de acentuação, exceto: a) já b) nós c) pés d) dói e) há 23. (Eng. Itajubá) Nenhum dos vocábulos abaixo deve receber acento gráfico, exceto: a) maligno b) gratuito c) degrau d) improbo e) item 24. (Banco do Brasil) Afirmativa falsa: a) Dôce é acentuada graficamente. b) Há acento indevido em raíz. c) Falta acento em ruina. d) Têm está acentuada por indicar plural. e) Funil não deve ser acentuada graficamente. 25. (Banco do Brasil) Opção com as duas palavras grafadas incorretamente: a) repôr, ítem b) contínuo, órgão c) atribuía, alô d) revólver, parabéns e) apóio, jaburú 26. (TRT) Assinale a alternativa em que todas as palavras são paroxítonas (foram omitidos os acentos): a) rubrica – avaro – pegada – acrobata b) mister – filantropo – misantropo – condor c) pegaso – prototipo – arquetipo – rubrica d) necromancia – quiromancia – ibero – nobel e) nenhuma das anteriores 27. (TRE-MT) Segue a mesma regra de acentuação de país a palavra: a) saúde b) aliás c) táxi d) grêmios e) heróis 28. (TRE-ES) “Aí” é acentuada pelo mesmo motivo de: a) aquí b) dá c) é d) baú e) porém 29. (Liceu) Acentue as palavras abaixo e encontre a alternativa que corresponda, respectivamente, a róseo, tímida e encontrará: a) Nobel, interim, papeis b) condor, avaro, alguem c) ruim, filantropo, condor d) pudico, palida, mister e) levedo, libido, ruim 30. (TRE-RJ) A alternativa que apresenta erro quanto à acentuação em um dos vocábulos é: a) lápis – júri b) bônus – hífen c) ânsia – série d) raízes – amável e) Anhangabaú – bambú 31. (PUC-RJ) Aponte a opção em que as duas palavras são acentuadas devido à mesma regra: a) saí – dói b) relógio – própria c) só – sóis d) dá – custará e) até – pé   Gabarito: 1. d; 2. c; 3. c; 4. c; 5. b; 6. d; 7. e; 8. e; 9. c; 10. e; 11. a; 12. a; 13. a; 14. d; 15. c; 16. a; 17. a; 18. b; 19. b; 20. b; 21. b; 22. d; 23. d; 24. a; 25. a; 26. a; 27. a; 28. d; 29. d; 30. e; 31. b. Para memorizar as regras de acentuação gráfica é necessário... Vamos resumir o que você  estudou? 2.3. RESUMO • Em acentuação gráfica, temos quatro regras gerais (monossílabos, oxítonos, paroxítonos e proparoxítonos), dois casos especiais (“i”e “u” como segunda vogal do hiato e os ditongos abertos éi, éu e ói) e três acentos diferenciais. • Memorize que a regra geral de acentuação das paroxítonas é o contrário das oxítonas, finais a(s), e(s), o(s), em(ens) • O acento diferencial dos verbos ter, vir e derivados é o circunflexo (de plural). • O Novo Acordo Ortográfico aboliu o acento dos ditongos ei, oi nas paroxítonas, os acentos do hiato oo e dos verbos crer, dar, ler, ver e derivados.   Bons estudos!
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HÍFEN   1. TEORIA E EXEMPLOS COMENTADOS Agora, vamos ao estudo do hífen. Como muita coisa não se explica, procuramos preparar um material bem prático, principalmente para que você possa consultá-lo, já que a maioria dos materiais que temos visto por aí não agrupa as regras, dificultando, assim, até a consulta por parte do usuário da língua. Após observar as novas orientações, faça o exercício, consultando-as e, aos poucos, você irá internalizá-las. Vamos lá?   1.1. Prefixos   1. Com os prefixos ante, anti, arqui, auto, circum, contra, entre, extra, hiper, infra, intra, semi, sobre, sub, ultra...; ou falsos prefixos aero, agro, anfi, audio, bio, eletro, foto, geo, hidro, macro, maxi, mega, micro, mini, multi, neo, orto, proto, pseudo, poli, retro, tele...: Emprega-se o hífen quando o 1º elemento termina por vogal igual à que inicia o 2º elemento e nas formações em que o 2º elemento começa por h: Ex.: anti-inflamatório, arqui-inimigo, semi-interno, poli-insaturado, pseudo-occipital, eletroóptico, sobre-estimar, auto-observação, contra-arrazoado, bio-história, poli-hidroxila, subhorizonte, ultra-hiperbólico, neo-helênico etc. Mas: coobrigação, coerdeiro (com o prefixo co, este se aglutina em geral com o 2º elemento).   Observação 1: a) Se o 1° elemento terminar por vogal diferente daquela que inicia o 2o elemento, escreve-se junto, sem hífen. Exs.: antiético, anteontem, agroindustrial, aeroespacial, eletroemissão, extraescolar, coeducação... b) Quando o 1° elemento terminar por vogal e o 2° elemento começa por r ou s, devemos dobrar as consoantes, sem hífen. Ex.: biorritmo, infrassom, microssistema, antessala, antirrepublicano, contrarréplica, minissubmarino, cossenhor... c) Com os prefixos hiper, inter e super, usaremos hífen se o 2° elemento iniciar por h ou r. Exs.: hiper-hedonista, inter-hemisfério, super-homem, hiper-requintado, inter-resistente, super-revista... d) Haverá hífen com os prefixos circum e pan, quando o 2° elemento começar por vogal, m ou n (além de h, como aparece na regra 1). Exs.: circum-escolar, circum-navegação, pan-africano, pan-negritude, pan- helenismo... As mudanças que ocorreram relativas ao uso do hífen se concentram, em sua quase totalidade, nessa 1ª regra e nas observações a e b. No restante, as regras são aquelas que já existiam. Daí a intenção de começar logo por elas, para efeito de memorização, já que, infelizmente, esse assunto requer muita prática para assimilar todas as regras.   Observação 2: a) Se não houver perda do som da vogal final do 1o elemento, e o elemento seguinte começar com h, serão usadas as duas formas gráficas: Exs.: cardi-hepático ou cardiepático; aero-hidropatia ou aeroidropatia. b) Havendo perda do som da vogal do 1° elemento ou se as palavras já são de uso consagrado, deve ser escrita sem hífen. Exs.: clorídrico, reidratar, reumanizar, reabilitar, reaver... c) Com os prefixos des e in não se emprega o hífen quando o 2° elemento perde o h inicial; se a palavra não aparecer com função prefixal, não se emprega o hífen. Exs.: desumano, desidratar, inábil, inumanidade; não violência, não alinhado...   2. Emprega-se o hífen nos compostos em que o 1º elemento é representado pelas formas além, aquém, bem, ex, recém, sem, grão, grã, bel, soto, sota, vice, vizo, pré, pró, pós (tônicos). Exs.: além-mar, aquém-mar, bem-querer, bem-humorado(mas, benfazejo, benfeitor), recém-casado, sem-número, grã-cruz, ex-presidente, sota-capitão, sota-vento, vice-cônsul, vizo-rei, pré-escolar, pós-graduação, pró-germânico... Obs.: a) pre, pro, pos, átonos, se aglutinam com o 2º elemento. Exs.: precondicionamento, propor, pospor... b) Emprega-se o hífen com a forma mal, quando forma com o 2º elemento uma unidade semântica e tal elemento começa por vogal ou h. Exs.: mal-estar, mal-humorado etc.   3. Com os prefixos ab, ob, sob, sub, se o 2º elemento iniciar por r ou b, será empregado o hífen. Exs.: sub-base, ab-reptício, ob-rogar, sub-reitor... Obs.: com o prefixo ad, se o 2º elemento começar por r ou d, usaremos o hífen. Ex.: ad-referendar, ad-digital...   1.2. Sufixos O hífen emprega-se nos vocábulos terminados pelos sufixos açu, guaçu, mirim. Exs.: capim-açu, Ceará-mirim...   1.3. Nomes compostos Emprega-se o hífen nos compostos representados por substantivos, adjetivos, numerais e verbos; elementos repetidos; reduções; gentílicos derivados de topônimos compostos; compostos que designam espécies botânicas, zoológicas. Exs.: decreto-lei, primeiro-ministro, alto-relevo, porta-aviões, tico-tico, grão-mestre, belohorizontino, erva-doce, couve-flor, bem-me-quer... Observação: Em geral, nas locuções de qualquer tipo não se usa o hífen, exceto em alguns casos que o uso já legitimou. Aqui é que mora um problema: o Novo Acordo fala que o hífen permanece os vocábulos que o uso validou, mas até você memorizar todos aqueles consagrados pelo uso... Exs.: café com leite, sala de jantar, pé de chinelo, disse me disse, bumba meu boi, dia a dia, comum de dois, ponto e vírgula... Mas (consagrados pelo uso): água-de-colônia, cor-de-rosa, à queima-roupa, pé-de-meia, dois-pontos, mais-que-perfeito...   Vamos treinar? I. Marque a forma correta. 1. contra-atacar / contraatacar Comentários: Com o prefixo contra, usaremos hífen se a vogal inicial do 2º elemento iniciar por essa mesma vogal. Resposta: contra-atacar.   2. anti-sociável / antissociável Comentários: Ainda com relação à 1ª regra, o prefixo anti receberá hífen se a palavra seguinte começar pela mesma letra com que esse prefixo termina i ou começar por h. Logo, não recebe hífen. Se as letras que iniciarem o 2º elemento forem s ou r, dobramos essas consoantes (Obs.: b). Resposta: antissociável.   3. mini-saia / minissaia Comentários: O mesmo comentário. O prefixo termina por vogal e a palavra seguinte começa por s. Dobra-se essa letra. Resposta: minissaia.   4. contra-balançar / contrabalançar Comentários: Esse prefixo (contra) pertence à regra 1. Se o 2º elemento não começa pela mesma vogal com que esse prefixo termina (a), não há hífen. Resposta: contrabalançar.   5. contra-regra / contrarregra Comentários: Agora, esse mesmo prefixo vem seguido de palavra que começa por r (regra 1, obs.: b). Dobra-se essa consoante. Resposta: contrarregra.   6. anti-imperialismo / antiimperialismo Comentários: O prefixo anti termina em i. O 2º elemento (imperialismo) inicia por i (pela mesma vogal). Quando isso acontece, pelo Novo Acordo, hífen. Resposta: anti-imperialismo.   7. anti-horário / antiorário Comentários: A regra 1 mostra o uso do hífen em alguns prefixos que terminarem na mesma letra com que se inicia o 2º elemento ou se este começar por h. Resposta: anti-horário.   8. mini-retrospectiva / minirretrospectiva Comentários: Ainda a regra 1. O 2º elemento começa por r. Dobra-se essa consoante. Resposta: minirretrospectiva.   9. co-seno / cosseno Comentários: Prefixo co seguido da palavra que inicia por s (regra 1, obs.: b). Resposta: cosseno.   10. micro-onda / microonda Comentários: O prefixo micro termina em o e a palavra onda inicia por o, hífen. Resposta: micro-onda.   11. hiper-realista / hiperrealista Comentários: Agora, temos o prefixo hiper. A regra 1, obs.: c, diz que os prefixos hiper, inter e super recebem hífen se o 2º elemento começar por h ou r. Resposta: hiper-realista.   12. sub-região / subrregião   13. sub-braquial / subraquial Comentários: Na regra 3, aparece o prefixo sub. Será empregado o hífen se o 2º elemento iniciar por r ou b. Respostas: sub-região / sub-braquial.   14. pré-gravação / pregravação   15. pré-estabelecido / preestabelecido   16. pré-eminente / preemininte   17. pró-britânico / probritânico   18. pró-romper / prorromper   19. pré-fixado / prefixado Comentários: Com os prefixos pré, pró e pós, haverá o uso do hífen se esses prefixos forem tônicos (acentuados). Se forem átonos, eles se aglutinam com o 2º elemento. O que ocorre é que, em relação à pronúncia de algumas palavras com esses prefixos, ocorrem vacilações. Afinal é préfixado ou prefixado? Vamos então às pronúncias corretas de alguns desses vocábulos: Respostas: pré-gravação (tônica) / preestabelecido (átona) / preeminente (átona) / pró-britânico (tônica) / prorromper (átono) / prefixado (átono).   20. poli-híbrido / poliíbrido Comentários: Voltando à regra 1, o prefixo poli receberá hífen se a palavra seguinte começar por i ou por h. Resposta: poli-híbrido.   21. contra-indicação / contraindicação Comentários: O prefixo contra termina em a, mas o 2º elemento não inicia por a, mas sim por outra vogal (regra 1, obs.: a). Resposta: contraindicação.   22. contra-senso / contrassenso Comentários: Se aparecerem as letras r ou s após os prefixos da regra 1, dobram-se essas consoantes. Resposta: contrassenso.   23. infra-estrutura / infraestrutura Comentários: Após o prefixo infra, usaremos o hífen se o 2º elemento iniciar por a ou h. Como a palavra estrutura inicia por e, o correto é sem hífen. Resposta: infraestrutura.   24. auto-análise / autoanálise Comentários: A explicação da anterior vale também para essa palavra. O prefixo auto termina em o e análise se inicia por a. Sem hífen, portanto. Resposta: autoanálise.   25. ante-estreia / anteestreia Comentários: Agora, a vogal que inicia o 2º elemento (e) é a mesma que finaliza o prefixo (e). Pelo Novo Acordo, hífen. Resposta: ante-estreia.   26. ante-sala / antessala Comentários: Após o prefixo ante, se o 2º elemento iniciar por r ou s, dobram-se essas consoantes. Se o 2º elemento iniciar por e ou h, hífen. Respostas: antessala / ante-histórico.   27. mal-assombrado / malassombrado Comentários: Com o prefixo mal, se o 2º elemento iniciar por vogal ou h, formando uma unidade semântica, hífen. Resposta: mal-assombrado.   28. multi-racial / multirracial Comentários: O prefixo multi é seguido de palavra iniciada por r. Dobra-se essa consoante. Resposta: multirracial.   29. vice-imperador / viceimperador Comentários: A regra 2 fala desse prefixo. Com as formas além, aquém, bem, ex...vice..., emprega-se o hífen, independentemente da vogal que inicia o 2º elemento. Resposta: vice-imperador.   Bons estudos!
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1. TEORIA E EXEMPLOS COMENTADOS Vamos falar de semântica? Antes de tudo, é preciso que você entenda a diferença entre homônimos e parônimos. Homônimos são vocábulos iguais (na pronúncia, na grafia ou em ambos), mas de sentido diferente. Subdividem-se em: a) homônimos homógrafos: a grafia é igual, mas a pronúncia é diferente: colher (verbo) / colher (substantivo) b) homônimos homófonos: a pronúncia é igual, mas a grafia é diferente: seção / sessão / cessão etc. c) homônimos perfeitos: a pronúncia e a grafia são iguais: lima (fruta) / lima (ferramenta) Já os Parônimos são vocábulos semelhantes na pronúncia e na grafia, mas de sentidos diferentes. Ex.: eminente ≠ iminente; inflação ≠ infração etc. Segue agora uma lista das palavras que mais geram dúvidas sobre seu significado. Achamos melhor sistematizar aqueles vocábulos que aparecem nas provas de concursos públicos e depois levar você logo aos exercícios, para que memorize os principais naturalmente, sem muito esforço, ok?   Quadro – Homônimos e parônimos Acender (pôr fogo) - Ascender (elevar-se, subir) Acessório (secundário) - Assessório (relativo a assessor) Apreçar (colocar o preço) - Apressar (correr, acelerar) Arrear (pôr os arreios) - Arriar (abaixar, descer) Asado (que tem asas, alado) - Azado (marcado, determinado) Brocha (prego de cabeça larga e chata) - Broxa (pincel grande) Caçar (perseguir animais) - Cassar (anular) Cela (quarto pequeno) - Sela (arreio) Cerrar (fechar) - Serrar (cortar) Cesta (guarda objetos) - Sesta (descanso após o almoço) Chá (bebida) - Xá (soberano do Irã) Coser (costurar) - Cozer (cozinhar) Deferir (despachar) - Diferir (divergir, discordar) Descrição (enumeração) - Discrição (prudência, recato) Descriminar (inocentar) - Discriminar (separar, distinguir) Despercebido (sem ser notado) - Desapercebido (desatento) Destratar (maltratar) - Distratar (anular, rescindir) Discente (relativo a alunos) - Docente (que ensina, professor) Eminente (elevado, sublime) - Iminente (ameaça acontecer) Esbaforido (ofegante) - Espavorido (apavorado) Esperto (inteligente, ativo) - Experto (experiente) Espiar (observar) - Expiar (cumprir pena) Esterno (osso do peito) - Externo (lado de fora) Estrato (nuvem, camada) Extrato (resumo) Incerto (impreciso) - Inserto (introduzido) Incipiente (inexperiente) - Insipiente (ignorante) Infestado (invadido) - Enfestado (empinado, dobrado) Infringir (transgredir, violar) - Infligir (aplicar a pena) Intercessão (intervenção) - Interseção (corte, cruzamento) Intimorato (destemido) - Intemerato (íntegro, puro) Mandado (ordem judicial) - Mandato (procuração, incumbência) Pleito (eleição, debate) - Preito (homenagem) Prescrever (determinar, ordenar) - Proscrever (banir, expulsar) Remissão (perdão, clemência) - Remição (libertação, resgate) Retificar (corrigir) - Ratificar (confirmar) Vultoso (volumoso) - Vultuoso (congestão na face)   QUESTÕES DE CONCURSOS PROPOSTAS (COM GABARITO NO FINAL)   1. Complete as lacunas com a expressão correta (entre parênteses): “O _______ (cervo – servo) prendia-se nos arbustos, fugindo dos _______ (cartuchos – cartuxos) que pipocavam por toda a _______ (área – aria); a) cervo – cartuxos – área b) servo – cartuchos – aria c) cervo – cartuchos – área d) servo – cartuchos – área e) servo – cartuchos – aria   2. Complete as lacunas, com a expressão necessária, que consta nos parênteses: É necessário ________ (cegar-segar) os galhos salientes do _______ (bucho-buxo), de modo a que se possa fazer _____ (xá-chá) com as folhas mais novas.” a) segar – buxo – chá b) segar – bucho – xá c) cegar – buxo – xá d) cegar – bucha – chá e) segar – bucha – xá   3. O __________ (emérito-imérito) causídico ____________ (dilatou-delatou) o plano de fuga do meliante, que se encontrava na __________(eminência-iminência) de escapar da prisão: a) emérito – delatou – iminência b) imérito – dilatou – eminência c) emérito – dilatou – iminência d) imérito – delatou – iminência e) emérito – dilatou – eminência   4. O ________ (extrato-estrato) da conta bancária é, por si só, insuficiente para cobrir o _________(cheque-xeque), ainda que haja algum capital (incerto-inserto). a) extrato – xeque – inserto b) estrato – cheque – incerto c) extrato – cheque – inserto d) estrato – xeque – incerto e) extrato – xeque – incerto   5. Complete as lacunas usando adequadamente (mas / mais / mal / mau): “Pedro e João ____ entraram em casa, perceberam que as coisas não iam bem,pois sua irmã caçula escolhera um ____ momento para comunicar aos pais que iria viajar nas férias; _____ seus dois irmãos deixaram os pais _____ sossegados quando disseram que a jovem iria com os primos e a tia.” a) mau – mal – mais – mas b) mal – mal – mais – mais c) mal – mau – mas – mais d) mal – mau – mas – mas e) mau – mau – mas – mais   6. Marque a alternativa que completa corretamente as lacunas: “Estou ________ de que tais _______ deveriam ser _______ a bem da moralidade do serviço público.” a) cônscio – privilégios – extintos b) côncio – privilégios – estintos c) cônscio – privilégios – estintos d) côncio – previlégios – estintos e) cônscio – previlégios – extintos   7. Observe as orações seguintes: I – Por que não apontas a vendedora por que foste ludibriado? II – A secretária não informa por que linha, de ônibus chega-se ao escritório. III – Por que será que o governo não divulga o porquê da inflação. Há erro na grafia: a) na I apenas. b) em duas apenas. c) na II apenas. d) na III apenas. e) em nenhuma.   8. Complete as lacunas com (estada / estadia /onde / aonde): “_______ quer que eu me hospede, procuro logo saber o preço da _______, quanto custa a _______de um carro alugado, bem como _______ se possa ir à noite.” a) aonde – estadia – estada – onde b) onde – estada – estadia – aonde c) onde – estadia – estada – aonde d) aonde – estada – estadia – onde e) onde – estadia – estadia – aonde   9. Leia as frases abaixo: 1 – Assisti ao ________ do balé Bolshoi; 2 – Daqui ______ pouco vão dizer que ______ vida em Marte. 3 – As _________ da câmara são verdadeiros programas de humor. 4 – ___________ dias que não falo com Alfredo. Escolha a alternativa que oferece a seqüência correta de vocábulos para as lacunas existentes: a) concerto – há – a – cessões – há b) conserto – a – há – sessões – há c) concerto – a – há – seções – a d) concerto – a – há – sessões – há e) conserto – há – a – sessões – a   10. Indique a alternativa que contém a seqüência necessária para completar as lacunas abaixo: “A ______ de uma guerra nuclear provoca uma grande _______ na humanidade e a deixa _______com relação ao futuro da vida na terra.” a) espectativa – tensão – exitante b) espectativa – tenção – hesitante c) expectativa – tensão – hesitante d) expectativa – tensão – hezitante e) espectativa – tenção – exitante   Gabarito:1. c; 2. a; 3. a; 4. c; 5. c; 6. a; 7. e; 8. b; 9. d; 10. c.   Bons estudos!
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1. TEORIA E EXEMPLOS COMENTADOS   As frases de 1 a 6 a seguir mostram as diferentes formas do “porquê”. Antes de resolvermos os exercícios, vamos à explicação do uso deste vocábulo. Em linhas gerais, podemos afirmar que “por que”, separado sem acento, é usado em frases interrogativas, diretas ou indiretas (com ou sem ponto de interrogação), ou quando equivale a pelo qual, pela qual (nesse caso, o que será pronome relativo). Se vier em final de período, sendo pronunciado, portanto, com tonicidade, será separado e com acento (“por quê”). O uso do “porque”, junto sem acento, se dá quando se introduz uma explicação ou causa da oração anterior (= conjunção explicativa ou causal). Já o “porquê”, junto com acento, é substantivo, vem determinado (antecedido de artigo ou de qualquer outro determinante). Visto isso, seguem as frases.   1. __________ chegas sempre atrasado? (Por que / Por quê / Porque) Comentários: A frase é interrogativa direta, vem com o ponto de interrogação. Resposta: Por que.   2. As dificuldades _________ passamos são muitas. (por que / por quê / porque) Comentários: Nessa frase, o “por que” equivale a pelas quais (As dificuldades pelas quais passamos...). Resposta: por que.   3. Você saiu __________? (por que / por quê / porque) Comentários: Agora, a frase é interrogativa e aparece em final de período. Separado com acento. Resposta: por quê.   4. Não entendi o __________ de tua bronca. (por que / porque / porquê) Comentários: A presença do artigo antecedendo essa palavra tem a finalidade de substantivá-la. Resposta: porquê.   5. Não sabemos __________ ele sai tão cedo. (por que / porque / por quê) Comentários: Talvez essa construção seja a mais sutil no caso do uso dos “porquês”. A frase é interrogativa indireta. Uma forma prática é transformá-la em direta. (Por que ele sai tão cedo? Não sabemos). Com isso você comprovou que a frase é interrogativa. Resposta: por que.   6. Faltei __________ estava com febre (por que / porque / por quê) Comentários: Nesse período, esse vocábulo vai funcionar como conectivo causal (Faltei por este motivo, por esta razão). É conjunção. Resposta: porque.   Bons estudos!
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TEORIA E EXEMPLOS COMENTADOS   Uso de há e a Usaremos há quando houver ideia de tempo passado ou com sentido de existir. Já a preposição a ocorre quando aparece ideia de distância ou futuro. Para praticar, complete as frases a seguir. 1. Não o via __________ três semanas. (há / a) Comentários: Nessa construção, percebe-se a ideia de tempo passado, decorrido. Resposta: há.   2. __________ muitas pessoas na sala. (Há / A) Comentários: Aqui, o sentido é de existir (Existem muitas pessoas na sala). Resposta: Há.   3. Daqui __________ três semanas estarei chegando. (há / a) Comentários: Percebe-se, agora, que não há ideia de tempo decorrido nem de existir. O sentido é de tempo futuro. Resposta: a. Outras expressões que costumam suscitar dúvidas. 4. Conversávamos __________ música. (acerca de / há cerca de)   5. __________ cem alunos na sala. (Acerca de / Há cerca de)   6. __________ cinquenta mil candidatos se inscreveram no concurso. (Há cerca de / Cerca de) Comentários: A expressão acerca de equivale a a respeito de, sobre. Há cerca de indica tempo transcorrido e cerca de equivale a aproximadamente. Respostas: 4. acerca de; 5. Há cerca de; 6. Cerca de.   7. __________ houver engarrafamento, chegarei na hora. (Senão / Se não)   8. Entregue o trabalho no prazo __________ cancelo o contrato. (se não / senão)   9. Ninguém, ________ um santo, seria capaz de tamanho sacrifício. ( se não / senão) Comentários: Usamos senão como conjunção (alternativa ou adversativa) e também com o valor de exceto. Se não é conjunção condicional ou integrante se seguida de advérbio de negação. Na frase 7, há ideia de condição (“Caso não haja engarrafamento...”). Na 8, a ideia é de alternância (“Entregue o trabalho no prazo ou cancelo o contrato”). Na frase 9, temos o valor de exceto, a não ser (“Ninguém, exceto/a não ser um santo...”). Respostas: 7. Se não; 8. senão; 9. senão.   10. Assim que chegou, foi __________ pais. (ao encontro dos / de encontro aos).   11. O seu __________ é não prestar atenção nas coisas. (mal / mau). Comentários: A expressão ao encontro de significa a favor de, na direção de. Já de encontro a indica contrariedade, em oposição. Respostas: 10. ao encontro de; 11. Mal pode aparecer como substantivo (como é o caso), advérbio e conjunção. Mau é adjetivo.   12. __________ de ficar triste, alegrou-se com a notícia. (Ao invés de / Em vez de)   13. _________ irmos ao jogo, fomos ao cinema. (Ao invés de / Em vez de) Comentários: Usaremos ao invés de para indicar ao contrário de e em vez de no sentido de no lugar de. Respostas: 12. Ao invés de; 13. Em vez de. Agora, para ver se você aprendeu mesmo, só resolvendo algumas questões de concursos. QUESTÕES DE CONCURSOS COMENTADAS 1. (TRT – ES) Assinale a opção em que a palavra sublinhada está mal empregada: a) Durma cedo, senão acordará tarde amanhã. b) Mal começou a chover, o barraco deslizou. c) Disse que há cinco anos ganhou na loteria. d) Estava mau informado, por isso equivocou-se. e) De hoje a dois meses pedirei novo empréstimo. Comentários: A letra A mostra o senão como conjunção alternativa (ou dorme cedo, ou acordará tarde). Na letra B, temos a palavra mal usada como conjunção temporal (Assim que começou a chover...). Esse vocábulo pode também aparecer como substantivo (O mal que causaste foi grande) e como advérbio (Dormi mal essa noite). Na letra C, o verbo haver aparece indicando tempo passado (“Ganhou há cinco anos” / faz cinco anos). Na letra D, a palavra correta seria mal, já que modifica o adjetivo informado. Se modifica adjetivo é advérbio (mal). Mau é adjetivo, se refere a substantivo (Homem mau). Na letra E, a ideia é de tempo futuro, portanto, se usa a preposição a, e não o verbo haver. Resposta: D. 2. (Telerj) Apenas em uma das opções abaixo é inadequado preencher a lacuna com a respectiva palavra ou expressão entre parênteses. Marque-a. a) A mensagem enviada pelo fax não chegou a tempo, ________________ o telegrama. (tampouco) b) As novas funcionárias trabalhavam ali ________________ de duas semanas. (há cerca) c) Chegou finalmente o momento ________________ todos esperavam. (por que) d) O funcionário veterano não esqueceu o ________________ aos companheiros recémchegados. (cumprimento) e) As chuvas causaram ________________ prejuízo aos aparelhos telefônicos. (vultuoso) Comentários: Na letra A, tampouco equivale ao conectivo nem, correto, portanto, o seu uso. Essa palavra funciona como conectivo aditivo, usado em frases negativas (não...tampouco). Na letra B, há ideia de tempo decorrido (“faz duas semanas que elas trabalhavam ali”). Na alternativa C, o uso do por que separado se justifica, já que equivale a pela qual (“Todas esperavam pelo momento”). Na letra D, cumprimento é do verbo cumprimentar, que é o sentido usado nesta frase. Já a letra E troca vultoso por vultuoso. Pelo sentido da frase, quer se usar vultoso (de grande volume) e não vultuoso (congestão na face, colérico) Resposta: E. 3. (TTN) Assinale o item que contém erro de ortografia. a) Na cultura oriental, fica desonrado para sempre quem inflinge as regras da hospitalidade. b) Não conseguindo adivinhar o resultado a que chegariam, sentiu-se frustrado. c) A digressão ocorreu por excesso de fatos ilustrativos em seu discurso. d) Sentimentos indescritíveis, porventura, seriam rememorados durante a sessão de julgamento. e) Ao contrário de outros, trazia consigo autoconhecimento e autoafirmação. Comentários: A letra A mostra a forma inadequada de inflige. Pelo sentido da frase, é infringe (transgride, viola). Além disso, o verbo é infligir (castigar, aplicar) e não inflingir, não existe a segunda letra n. Resumindo: tudo errado – sentido e grafia. A letra B mostra a forma correta do verbo adivinhar, com a letra i. A letra C traz a palavra digressão também escrita corretamente. Na D, a palavra sessão equivale a espaço de tempo que dura uma reunião, adequada, portanto, ao sentido da frase. Seção quer dizer divisão e cessão é relativo ao verbo ceder. A letra E mostra a palavra consigo no sentido correto (com ele mesmo, valor reflexivo). Além disso, pela Nova Ortografia, autoconhecimento e autoafirmação se escrevem junto, sem hífen. Resposta: A. 4. (PGJ) A palavra tráfico não deve ser confundida com tráfego, seu parônimo. Em que item a seguir o par de vocábulos é exemplo de homonímia e não de paronímia? a) estrato/extrato. b) flagrante/fragrante. c) eminente/iminente. d) inflação/infração. e) cavaleiro/cavalheiro. Comentários: Homônimos são vocábulos iguais (na pronúncia, na grafia ou em ambos), mas de sentidos diferentes. Na letra A, a pronúncia é a mesma, são homônimos homófonos (mesma pronúncia), as grafias diferentes. As outras opções são exemplos de parônimos (vocábulos parecidos na pronúncia e na grafia, de sentidos diferentes). Resposta: A. Na questão de nº 5, o texto contém um erro, que pode ser de natureza gramatical, de propriedade vocabular ou de adequação ao estilo culto e formal da língua. Identifique, entre os itens sublinhados, aquele que deve ser corrigido para que a sentença onde ele ocorre se torne correta e adequada. 5. (TRF/Esaf) A(1) cerca(2) de uma dezena de matérias jornalísticas, só(3) na última edição do matutino de circulação nacional, acerca(4) das suspeitas de corrupção nas adjacências(5) do Governo. a) 1. b) 2. c) 3. d) 4. e) 5. Comentários: A expressão A( 1 ) cerca(2) equivale a aproximadamente. Nesse trecho, a ideia não é de quantidade aproximada, e sim “Existe cerca de uma dezena de matérias...”. A palavra só (3) equivale a somente. Em (4), acerca tem o sentido da preposição sobre, correto, pois. Na palavra adjacências (5), a grafia está também correta. Resposta: (1) Há cerca de. QUESTÕES DE CONCURSOS PROPOSTAS (COM GABARITO NO FINAL) 1. Marque a frase em que deve ser empregada a primeira das duas palavras que aparecem entre parênteses. a) Essas hipóteses _________ das circunstâncias (emergem – imergem). b) Nunca o encontro na _________ em que trabalha (sessão – seção). c) Já era decorrido um _______ que ela havia partido, (lustre – lustro). d) O prazo já estava _______ (prescrito – proscrito). e) O fato passou completamente ________ (desapercebido – despercebido).   2. Marque a frase que se completa com o segundo elemento do parênteses: a) A recessão econômica do país faz com que muitos _________ (emigrem – imigrem). b) Antes de ser promulgada, a Constituição já pedia muitos ________ (consertos – concertos). c) A ditadura _________ muitos políticos de oposição (caçou – cassou). d) Ao sair do barco, o assaltante foi preso em___________ (flagrante – fragrante). e) O juiz _________ expulsou o atleta violento (incontinenti – incontinente).   3. Marque a alternativa que se completa corretamente com o segundo elemento do parênteses: a) O sapato velho foi restaurado com a aplicação de algumas ________ (tachas – taxas). b) Sílvio _________ na floresta para caçar macacos (imergiu – emergiu). c) Para impedir a corrente de ar, Luís _______ a porta (cerrou – serrou). d) Bonifácio ________ pelo buraco da fechadura (expiava – espiava). e) Quando foi realizado o último ________ ? (censo – senso).   4. Marque a alternativa que se completa com o primeiro elemento do parênteses: a) A polícia federal combate o _________ de cocaína (tráfego – tráfico). b) No Brasil é vedada a ________ racial; embora haja quem a pratique (discriminação – descriminação). c) Você precisa melhorar seu __________ de humor (censo – senso). d) O presidente _________ antecipou a queda do muro de Berlim (ruço – russo). e) O balão, tremelizindo _________ para o céu estrelado (acendeu – ascendeu).   5. Em “o prefeito deferiu o requerimento do contribuinte”, o termo destacado poderia perfeitamente ser substituído por: a) apreciou b) arquivou c) despachou favoravelmente d) invalidou e) despachou negativamente   6. As ideias liberais saíram incólumes, ainda que se pensasse que seriam dilapidadas, completamente. Os termos grifados são antônimos, respectivamente de: a) arrasadas – dilaceradas b) intactas – arrasadas c) intactas – dilaceradas d) depauperadas – prestigiadas e) n.r.a.   7. Complete as lacunas com a expressão correta (entre parênteses): “O _______ (cervo – servo) prendia-se nos arbustos, fugindo dos _______ (cartuchos – cartuxos) que pipocavam por toda a _______ (área – aria).” a) cervo – cartuxos – área b) servo – cartuchos – aria c) cervo – cartuchos – área d) servo – cartuchos – área e) servo – cartuchos – aria   8. Complete as lacunas, com a expressão necessária, que consta nos parênteses: É necessário ________ (cegar – segar) os galhos salientes do _______ (bucho – buxo), de modo a que se possa fazer _____ (xá – chá) com as folhas mais novas. a) segar – buxo – chá b) segar – bucho – xá c) cegar – buxo – xá d) cegar – bucha – chá e) segar – bucha – xá   9. O __________ (emérito-imérito) causídico ____________ (dilatou-delatou) o plano de fuga do meliante, que se encontrava na __________(eminência-iminência) de escapar da prisão: a) emérito – delatou – iminência b) imérito – dilatou – eminência c) emérito – dilatou – iminência d) imérito – delatou – iminência e) emérito – dilatou – eminência   10. O ________ (extrato-estrato) da conta bancária é, por si só, insuficiente para cobrir o _________ (cheque-xeque), ainda que haja algum capital ________ (incerto-inserto). a) extrato – xeque – inserto b) estrato – cheque – incerto c) extrato – cheque – inserto d) estrato – xeque – incerto e) extrato – xeque – incerto   11. Complete as lacunas usando adequadamente (mas / mais / mal / mau): “Pedro e João ____ entraram em casa, perceberam que as coisas não iam bem,pois sua irmã caçula escolhera um ____ momento para comunicar aos pais que iria viajar nas férias; _____ seus, dois irmãos deixaram os pais _____ sossegados quando disseram que a jovem iria com os primos e a tia.” a) mau – mal – mais – mas b) mal – mal – mais – mais c) mal – mau – mas – mais d) mal – mau – mas – mas e) mau – mau – mas – mais   12. Marque a alternativa que completa corretamente as lacunas: “Estou ________ de que tais _______ deveriam ser _______ a bem da moralidade do serviço público.” a) cônscio – privilégios – extintos b) côncio – privilégios – estintos c) cônscio – privilégios – estintos d) côncio – previlégios – estintos e) cônscio – previlégios – extintos   13. Observe as orações seguintes: I. Por que não apontas a vendedora por que foste ludibriado? II. A secretária não informa por que linha, de ônibus chega-se ao escritório. III. Por que será que o governo não divulga o porquê da inflação. Há erro na grafia: a) na I apenas. b) em duas apenas. c) na II apenas. d) na III apenas. e) em nenhuma.   14. Complete as lacunas com (estada / estadia /onde / aonde): “_______ quer que eu me hospede, procuro logo saber o preço da _______, quanto custa a _______de um carro alugado, bem como _______ se possa ir à noite.” a) aonde – estadia – estada – onde b) onde – estada – estadia – aonde c) onde – estadia – estada – aonde d) aonde – estada – estadia – onde e) onde – estadia – estadia – aonde   15. Leia as frases abaixo: I. Assisti ao ________ do balé Bolshoi; II. Daqui ______ pouco vão dizer que ______ vida em Marte. III. As _________ da câmara são verdadeiros programas de humor. IV. ___________ dias que não falo com Alfredo. Escolha a alternativa que oferece a sequência correta de vocábulos para as lacunas existentes: a) concerto – há – a – cessões – há b) conserto – a – há – sessões – há c) concerto – a – há – seções – a d) concerto – a – há – sessões – há e) conserto – há – a – sessões – a   16. Indique a alternativa que contém a seqüência necessária para completar as lacunas abaixo: “A ______ de uma guerra nuclear provoca uma grande _______ na humanidade e a deixa _______com relação ao futuro da vida na terra.” a) espectativa – tensão – exitante b) espectativa – tenção – hesitante c) expectativa – tensão – hesitante d) expectativa – tensão – hezitante e) espectativa – tenção – exitante   17. Complete corretamente as lacunas: “O _______ de veículos de grande porte, em vias urbanas, provoca ________ no trânsito; forçando a que os motoristas dos carros menores ________, muitas delas, completamente sem _________. a) tráfico – infrações – inflijam – concerto b) tráfego – infrações – inflijam – conserto c) tráfego – inflações – infrinjam – conserto d) tráfego – infrações – infrações – conserto e) tráfico – infrações – infrações – concerto Gabarito: 1. a; 2. a; 3. d; 4. b; 5. c; 6. b; 7. c; 8. a; 9. a; 10. c; 11. c; 12. a; 13. e; 14. b; 15. d; 16. c; 17. d. Bons estudos!
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As classes de palavras ou classes gramaticais são dez: substantivo, verbo, adjetivo, pronome, artigo, numeral, preposição, conjunção, interjeição e advérbio. Essas categorias são divididas em palavras variáveis (aquelas que variam em gênero, número ou grau) e palavras invariáveis (as que não variam). Artigo São as palavras o e um, com suas flexões, que sempre antecedem os substantivos, designando seres determinados ou indeterminados. Exs.: O homem, um homem, a mulher, as mulheres, uma mulher etc. O artigo, em português, tem grande importância na indicação do gênero, permitindo, também, distinguir os substantivos homônimos. Exs.: a mão, o pão, o/a artista, o/a cabeça etc.   Substantivo É o nome com que designamos os seres em geral (pessoas, animais e coisas) flexionando-se em gênero e número. O substantivo é classe de palavra que sempre pode ser antecedida de artigo.   Adjetivo “É a expressão modificadora do substantivo que denota qualidade, condição ou estado de um ser.” (Evanildo Bechara) Veja o exemplo: “... era feito aquela gente honesta, boa e comovida que caminha para a morte pensando em vencer na vida.” Aqui, os adjetivos honesta, boa e comovida referem-se ao substantivo gente, qualificando-o. Locução adjetiva: formada, geralmente, de preposição + substantivo com valor de adjetivo. Observe o exemplo: “... eu quero que o meu caixão tenha uma forma bizarra a forma de coração a forma de guitarra” As expressões de coração e de guitarra, embora sejam formadas de preposição e substantivo, têm valor de adjetivo, pois fazem o papel de um adjetivo modificam o substantivo.   Vamos treinar? Classifique as palavras destacadas em destaque como substantivo ou adjetivo.   1. Recebeu uma vaia monstro. Comentários: Refere-se ao substantivo vaia, qualificando-o. Resposta: Adjetivo.   2. Veio fantasiado de monstro. Comentários: Agora, a palavra monstro nomeia. É o monstro. Resposta: Substantivo.   3. O seu viver é um exemplo para todos. Comentários: O verbo viver foi substantivado por meio do artigo definido o. Resposta: Substantivo.   4. O orgulhoso não se deu por vencido. Comentários: Orgulhoso, aqui, foi substantivado, está nomeando. Resposta: Substantivo.   5. Era um homem muito orgulhoso. Comentários: Nesta frase, orgulhoso qualifica o substantivo homem. Resposta: Adjetivo.   6. Possuía muita confiança. Comentários: A confiança que possuía. Resposta: Substantivo.   7. Estava antes do jogo pouco confiante. Comentários: Confiante qualifica o sujeito implícito eu ou ele. Resposta: Adjetivo.   8. “Não sou propriamente um autor defunto, Comentários: Trata-se de um autor que é defunto. Resposta: Autor é substantivo e defunto é adjetivo.   9. ... mas um defunto autor.” (Machado de Assis) Comentários: Agora, tem-se um defunto que é autor. Resposta: Defunto passou a ser substantivo e autor, adjetivo.   10. Teve muita calma. Comentários: A calma que ele teve. A palavra calma nomeia e pode ser antecedida de artigo. Resposta: Substantivo.   11. Extasiou-se com o azul do céu. Comentários: Azul, que é uma cor representada pelo adjetivo, aqui está nomeando. Observe o poder que o artigo tem de substantivar palavras. Resposta: Substantivo.   12. O bicho homem precisa evoluir mais. Comentários: Homem qualifica bicho. É o bicho que é homem. Resposta: Adjetivo.   13. Deu um drible moleque no guarda. Comentários: Trata-se de um drible que foi moleque. Moleque qualifica drible. Resposta: Adjetivo.   Resumindo: Substantivo é classe que dá nome. É variável. Pode vir sempre antecedida de artigo. Adjetivo é classe que se refere ao substantivo. É variável, acompanha a flexão do substantivo. Agora que você sabe diferenciar um substantivo de um adjetivo, vamos conhecer o advérbio.   Advérbio Palavra invariável que, fundamentalmente, modifica o verbo exprimindo uma circunstância (tempo, lugar, modo etc.). Pode ainda o advérbio modificar o adjetivo ou outro advérbio. Observe os exemplos: Trabalhamos muito. Aqui, o advérbio modifica um verbo, indicando-lhe ideia de intensidade. É o advérbio de intensidade. Homem muito bom. Nesse caso, o advérbio também traz valor de intensidade, só que, desta vez, modificando o adjetivo bom. Fala muito bem. Por fim, um exemplo de advérbio que modifica outro advérbio (bem), também com valor de intensidade. Conclusão: embora na maioria das vezes o advérbio modifique um verbo, ele pode também se referir a um adjetivo ou a um advérbio.   Locução adverbial Formada, normalmente, de preposição mais substantivo com valor e emprego de advérbio. Exemplo: Ele saiu às pressas. Nesse caso, a expressão às pressas refere-se ao verbo sair indicando circunstância de modo: é a locução adverbial de modo. Atenção! Não confunda a locução adjetiva com a locução adverbial. Embora as duas tenham, em geral, a mesma estrutura (substantivo + adjetivo), a primeira se refere a um substantivo e a segunda, a um verbo.   Veja os exemplos a seguir: A casa de madeira foi construída. A casa foi construída de madeira. A locução de madeira, na primeira frase, modifica o substantivo casa e, no segundo, a locução verbal foi construída. Daí, na primeira frase, ela ser locução adjetiva e na segunda, locução adverbial.   Vamos treinar? Classifique as expressões em destaque como adjetivo/locução adjetiva ou advérbio/locução adverbial. 1. As mulheres ganharam dos homens disparado. Comentários: Disparado é o modo como as mulheres ganharam. Refere-se ao verbo. Observe a não variação. Se fosse adjetivo, concordaria com o substantivo. Resposta: Advérbio.   2. Ele é muito melhor que você. Comentários: Melhor refere-se ao pronome ele, qualificando-o. Na dúvida, procure jogar a frase para o plural (Eles são melhores). Se for advérbio, a tendência é não ir ao plural. Resposta: Adjetivo.   3. Você fala grosso, mas na hora de mostrar coragem... Comentários: Grosso é o modo como se fala. Se a frase fosse ao plural, teríamos: “Vocês falam grosso”. Resposta: Advérbio.   4. O professor saiu sério da sala. Comentários: Sério é o estado do professor e não o modo de sair. Se a frase fosse ao plural, teríamos “os professores saíram sérios”. Resposta: Adjetivo.   5. O professor falou sério, não falou brincando, não. Comentários: Aqui, sério é o modo como o professor falou, não o estado do professor. Pluralizando a frase, teríamos: “os professores falaram sério”. Resposta: A não variação é uma dica de que é advérbio.   6. Os corintianos entravam duro nos palmeirenses, que reclamavam. Comentários: Duro é o modo como os corintianos entravam. Resposta: Advérbio.   7. Ela se mostrava como uma mulher à toa. Comentários: À toa qualifica o substantivo mulher. Resposta: Locução adjetiva.   8. Trabalhou à toa nos últimos anos. Comentários: À toa refere-se ao verbo trabalhou, dando-lhe circunstância de modo. Resposta: Locução adverbial.   9. As festas de dezembro já iniciarão. Comentários: De dezembro refere-se ao substantivo festas, caracterizando-o. Resposta: Locução adjetiva.   10. As festas iniciarão em dezembro. Comentários: Em dezembro refere-se ao verbo iniciarão, indicando circunstância de tempo. Resposta: Locução adverbial.   11. Nosso tio vagava pelas ruas com fome. Comentários: Cuidado! Com fome não é modo, jeito, forma de uma pessoa andar pelas ruas. É o estado do tio. Equivale ao adjetivo faminto. Resposta: Locução adjetiva.   Resumindo: Adjetivo é classe que se refere a substantivo. Qualifica, caracteriza. É classe variável. Advérbio é classe que modifica verbo, adjetivo ou outro advérbio. Indica circunstância (tempo, lugar, intensidade...). É invariável. Na dúvida, tente flexionar a palavra, mandá-la ao plural ou ao feminino. Se for advérbio, não variará. Só não proceda assim para diferenciar as locuções adjetivas das adverbiais. A tendência é a de as locuções, de um modo geral, não variarem.   Plural dos nomes compostos Plural dos substantivos compostos subst. + subst. subst. + adj. adj. + subst. variáveis prefixo invariáveis Exs.: cirurgiões-dentistas, guardas-civis, altos-relevos, segundas-feiras, contra-ataques, vice-diretores, alto-falantes, abaixo-assinados. Obs.: 1. O verbo, aqui, não recebe s: guarda-roupas, guarda-chuvas, beija-flores, arranha-céus, os leva-e-traz. 2. Varia o primeiro elemento: se houver preposição, clara ou oculta, ou se o segundo elemento exprimir fim, semelhança, qualidade: pés-de-meia, cavalos-vapor, saias-balão, bananas- -maçã... 3. Varia o último elemento: com as formas reduzidas grão, grã, bel; palavras repetidas; nos compostos de três ou mais elementos, não sendo o segundo uma preposição: grão-duques, grãcruzes, bel-prazeres, reco-recos, tique-taques, bem-te-vis... Obs.: corre-corres ou corres-corres (verbos repetidos: varia o último ou os dois vão ao plural).   Plural dos adjetivos compostos 1. Somente o último se flexiona quando formado de adjetivo + adjetivo ou palavra invariável + adjetivo: amizades luso-brasileiras, unidades médico-veterinárias, parcerias público-privadas, crianças recém-nascidas. 2. Não variam os compostos formados de cor + substantivo: camisas verde-garrafa, vestidos vermelho-sangue, faixas amarelo-ouro. Obs.: 1. azul-marinho e azul-celeste: são invariáveis 2. surdo-mudo: variam os dois 3. tecidos palha, sapatos cinza, blusas abóbora, esmaltes gelo: cor, representada por substantivo, não varia.   EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (COM GABARITO NO FINAL) 1. Dê o plural dos substantivos compostos. criado-mudo: coautor: arranha-céu: escola-modelo: lança-perfume: primeira-dama: guarda-noturno: amor-perfeito: contra-ataque: pão de ló: obra-prima: abaixo-assinado: mal-estar: grão-mestre: leva e traz: pisca-pisca: tico-tico: papel-moeda: segunda-feira: couve-flor: vice-diretor: salvo-conduto: mula sem cabeça: batata-doce: salário-família: samba-enredo: caminhão-tanque: banana-prata: porta-luvas: homem-rã: saca-rolha: manga-rosa: salário-mínimo: guarda-comida: peixe-espada: mestre-sala: quebra-cabeça: puro-sangue: porta-bandeira sempre-viva: lugar-comum:   2. Dê o plural dos adjetivos compostos. grupo hispano-argentino: disputa sino-soviética: obra lítero-musical: remédio anglo-francês: autoridade administrativo-tributária: informação econômico-financeira: menino surdo-mudo: menina surda-muda: olho azul-claro: terno cinza-chumbo: céu azul-topázio: blusa amarelo-ouro: blusa amarelo-dourada: livro ibero-americano: poema herói-cômico: acordo luso-franco-brasileiro: gravata verde-oliva: camisa azul-piscina: Gabarito 1: criados-mudos; escolas-modelo; guardas-noturnos; pães-de-ló; mal-estares; piscapiscas ou piscas-piscas; segundas-feiras; salvo-condutos ou salvos-condutos; salários-família; bananas-prata; saca-rolhas; guarda-comidas; quebra-cabeças; sempre-vivas; coautores; lançaperfumes; amores-perfeitos; obras-primas; grão-mestres; tico-ticos; couves-flores; mulas-semcabeça; sambas-enredo; porta-luvas; mangas-rosa; peixes-espada; puros-sangues; lugares-comuns; arranha-céus; primeiras-damas; contra-ataques; abaixo-assinados; os leva-e-traz; papéis-moeda; vice-diretores; batatas-doces; caminhões-tanque; homens--rã; salários-mínimos; mestres-sala; porta-bandeiras. Gabarito 2: grupos hispano-argentinos; disputas sino-soviéticas; obras lítero-musicais; remédios anglo-franceses; autoridades administrativo-tributárias; informações econômico-financeiras; meninos surdos-mudos; meninas surdas-mudas; olhos azul-claros; ternos cinza-chumbo; céus azultopázio; blusas amarelo-ouro; blusas amarelo-douradas; livros ibero-americanos; poemas heróicômicos; acordos luso-franco-brasileiros; gravatas verde-oliva; camisas azul-piscina.   QUESTÕES DE CONCURSOS COMENTADAS Agora, treinando com questões de concursos. 1. (Sen. Federal / Anal. Leg.) Assinale a alternativa em que a palavra indicada se classifica como advérbio. a) ... funcionam de maneira mais livre... b) ... lançar o mundo numa profunda recessão. c) ... na promoção de uma melhor operação... d) ... essas frases devem nos deixar algo perplexos. e) ... após algumas décadas... Comentários: Na letra A, livre se refere a maneira (substantivo). É adjetivo (classe modificadora de substantivo que denota qualidade, condição, estado, característica), o que também ocorre nas alternativas B e C (profunda e melhor modificam os substantivos recessão e operação, respectivamente). Na D, algo se refere a perplexos (adjetivo). Se modifica adjetivo é advérbio (no caso, de intensidade). Na E, após é preposição. Resposta: D.   2. (Sen. Fed. / Técn. Leg.) Assinale a alternativa em que se encontre um advérbio. a) Os terríveis efeitos... b) E, a partir de 1934,... c) Menos de 18% do empréstimo foi amortizado... d) ... declarando possuir não mais 7, mas 12 apólices... e) ... os mercados desabaram no mundo inteiro. Comentários: Na letra A, terríveis se refere a efeitos (substantivo), com valor de adjetivo. Na B, partir é verbo. Na C, menos modifica a expressão que indica a porcentagem (numeral substantivo), com valor de indefinição (pronome indefinido). Já na opção D, a palavra mais se refere ao verbo possuir, é advérbio com ideia de tempo. Na E, inteiro modifica mundo (substantivo), é adjetivo. Resposta: D.   3. (Min. Educ.) “Trata-se da construção de uma alternativa à lógica dominante, ao ajustamento de todas as sociedades...” No trecho acima há: a) Quatro adjetivos. b) Três adjetivos. c) Dois adjetivos. d) Um adjetivo. e) Nenhum adjetivo. Comentários: Nesta questão, as opções mostram a quantidade de adjetivos, e não de palavra com valor de adjetivo, que é diferente, como iremos ver a seguir. Neste trecho, só a palavra dominante aparece como adjetivo, modificando o substantivo lógica. Vocábulos como construção, alternativa, lógica, ajustamento e sociedades são substantivos. Resposta: D.   4. (Sen. Fed. / Técn. Leg.) “... existe a percepção de que algo tem que ser feito a mais para de fato levar a saúde a toda a população.” A respeito do trecho acima, analise os itens a seguir: I. Em levar a saúde a toda a população, há uma preposição e dois artigos. II. Em levar a saúde a toda a população, a última ocorrência da palavra a poderia ser suprimida sem provocar grave alteração de sentido. III. Em levar a saúde a toda a população, a primeira ocorrência da palavra a poderia ser suprimida sem provocar grave alteração de sentido. Assinale: a) Se somente os itens II e III estiverem corretos. b) Se todos os itens estiverem corretos. c) Se nenhum item estiver correto. d) Se somente os itens I e II estiverem corretos. e) Se somente os itens I e III estiverem corretos. Comentários: No item I, levar é verbo transitivo direto e indireto. A expressão a saúde é objeto direto, logo esse a é artigo e a toda a população é objeto indireto, sendo o primeiro a preposição (levar saúde a...) e o segundo, artigo de população. Correto. No item II, temos a expressão toda a, que é diferente de toda. A primeira tem valor de inteira, completa. A segunda, valor de indefinição: qualquer, cada. Observem que há alteração de sentido. No item III, a ausência do artigo não provoca “grave alteração de sentido”, pois em levar saúde o u levar a saúde o objetivo continua o mesmo, independentemente da definição ou da indeterminação. Resposta: E.   5. (Pol. Fed. / Anal. Leg.) “Atinge toda a região e a si mesmo, pois o Equador é credor no âmbito do CCR, e a efetiva realização da ameaça de não honrar compromisso assumido o impedirá de receber aquilo que lhe é devido.” No trecho acima há: a) Sete artigos. b) Seis artigos. c) Cinco artigos. d) Quatro artigos. e) Três artigos. Comentários: Artigo são as palavras o(s), a(s), um, uma, uns, umas que antecedem os substantivos. Então, vamos lá! O primeiro artigo aparece antes do substantivo região, o segundo, antes de Equador. Lembre que, nas contrações no, na, do, da etc., aparece artigo contraído à preposição. Logo, em “... no âmbito do CCR...” os termos destacados são artigo dos substantivos que se seguem. Em “... a efetiva realização...”, aquele a é artigo de realização. Na sequência, mais uma contração (da), prep. de + art. def. fem. a. Teríamos, assim, seis artigos. Resposta: B.   6. (Inspetor Pol. Civil) “Ora, as mazelas da imigração só podem ser resolvidas com a integração dos estrangeiros às sociedades, associada a uma enfática cooperação internacional, a fim de extrair da miséria e da desesperança a larga franja demográfica em que nascerá o futuro ser humano a expulsar.” No trecho acima, há: a) 9 artigos definidos e 4 ocorrências da preposição a. b) 8 artigos definidos e 4 ocorrências da preposição a. c) 7 artigos definidos e 3 ocorrências da preposição a. d) 9 artigos definidos e 3 ocorrências da preposição a. e) 8 artigos definidos e 2 ocorrências da preposição a. Comentários: Agora, além de identificar os artigos no texto, repare que as opções só falam de artigo definido, pede-se também a quantidade de preposições (que aparecem por exigência de um nome – regência nominal – ou de um verbo – regência verbal). Assim sendo, os artigos seriam, pela ordem de aparecimento: 1º ... as mazelas 2º ... da imigração 3º ... a integração 4º ... dos estrangeiros 5º ... às sociedades (prep. a + art. as) 6º ... da miséria 7º ... da desesperança 8º ... a larga franja 9º ... o futuro As preposições seriam: 1ª ... integração (que pede preposição a) ... às sociedades... 2ª ... associada (que pede preposição a) a uma enfática... 3ª ... a fim de (fim é palavra masculina, logo esse a só pode ser prep.) 4ª ... a expulsar (verbo, o a, com certeza, não é artigo) Resposta: A.   7. (Inspetor Pol. Civil) “Somando-se essa possibilidade à fresca barbárie do governo republicano dos EUA, o mundo desenvolvido desgasta aguda e paulatinamente sua autoridade moral para cobrar valores humanistas de outros governos.” A respeito do trecho acima, analise os itens a seguir: I. O pronome essa tem valor anafórico. II. A palavra aguda classifica-se como advérbio. III. Há, no trecho, oito substantivos. Assinale: a) Se todos os itens estiverem corretos. b) Se somente os itens I e III estiverem corretos. c) Se nenhum item estiver correto. d) Se somente os itens II e III estiverem corretos. e) Se somente os itens I e II estiverem corretos. Comentários: No item I, o pronome essa, independentemente de aparecer o texto ou não, remete à possibilidade que já apareceu. Quando o pronome remete o leitor a alguma informação que veio antes, tem valor anafórico. No item II, aguda se refere ao verbo (desgosta), é advérbio. Repare que o conectivo e adiciona termos de mesma função. No caso de esse conectivo adicionar dois advérbios terminados em mente, pede-se usar essa terminação apenas após o último deles (para não termos agudamente e paulatinamente). No item III, os substantivos seriam: 1. possibilidade 5. mundo 2. barbárie 6. autoridade 3. governo 7. valores 4. EUA 8. governo Resposta: A.   8. (Sen. Fed. / Anal. Leg.) Assinale a alternativa em que o termo indicado não tenha valor adjetivo. a) ... Poder Legislativo, cujas competências foram ampliadas. b) ... configura alguns desafios. c) ... a existência de muitos dispositivos. d) Esse pacto... e) ... resolvidos na atual Constituição... Comentários: Atente, nesta questão, ao enunciado: termo que não tenha valor adjetivo. Com essa palavra, além do próprio adjetivo, o numeral, o pronome, quando vêm junto ao substantivo, têm valor adjetivo. Agora, sim, vamos às questões, já que o mesmo enunciado se repete nas questões seguintes. Na letra A, ampliadas não tem valor adjetivo, pois pertence a uma estrutura de voz passiva analítica (verbo ser + particípio). Logo, nessa frase, ampliada é verbo no particípio. Em B, alguns é pronome indefinido que se refere a substantivo, pronome adjetivo – valor adjetivo, pois. Na C e na D, muitos – pronome indefinido – e esse – pronome demonstrativo se referem, respectivamente, a dispositivos, pacto. Na E, atual é adjetivo de Constituição. Resposta: A.   9. (TRT / Anal. Jud.) Assinale a alternativa em que o termo indicado não tenha valor adjetivo. a) ... dividido em dois sistemas. b) ... o custo de todo o petróleo. c) ... o muro foi erguido pelos holandeses e derrubado pelos ingleses. d) ... sistemas capitalista e socialista. e) Se a queda ... trouxe mais liberdade. Comentários: Na opção A, o numeral dois se refere a sistemas (substantivo), numeral adjetivo. Na B, o pronome indefinido todo vem junto ao substantivo petróleo. Na letra C, a tal da estrutura de voz passiva analítica (ser + particípio): “... o muro foi erguido pelos holandeses e (foi) derrubado pelos ingleses”. Verbo no particípio. Na D, socialista, assim como capitalista são adjetivos de sistemas. Na E, mais é pronome indefinido adjetivo, pois aparece junto ao substantivo liberdade. Resposta: C.   10. (Inspetor Pol. Civil) Assinale a alternativa em que o termo, na canção de Chico Buarque, não exerça papel adjetivo. a) Aliso teus seios... b) Aeromoça nervosa pede calma. c) Aeromoça nervosa pede calma. d) ... avisto alguma salvação. e) Qual esquina dobrei... Comentários: Já sabemos que este enunciado é abrangente, pois papel adjetivo pode ser representado por pronome, numeral e o próprio adjetivo. Na letra A, o pronome teus se refere ao substantivo seios, exerce papel adjetivo. Na B, a palavra calma é substantivo, não qualifica nem caracteriza nenhum substantivo, na C, nervosa acrescenta ao substantivo aeromoça um estado, adjetivo, portanto. Na opção D, alguma é pronome indefinido que se refere a salvação. Na E, o pronome qual modifica o substantivo esquina. Resposta: B.   11. (Sen. Fed. / Anal. Leg.) Assinale a alternativa em que o termo indicado não tenha valor adjetivo. a) O voto deixa claro que o respeito ao voto e à Constituição... b) ... não faz mais sentido opor... c) ... entre as diversas etnias... d) ... direito inalienável dos índios. e) Dois pontos merecem... Comentários: Na letra A, a palavra claro, embora esteja ao lado do verbo deixa (e, por esse motivo, possa parecer um advérbio), refere-se à oração que vem logo a seguir, iniciada pela conjunção integrante que. Trata-se de uma oração substantiva. Sendo assim, na ordem direta, teríamos a seguinte estrutura: “O voto deixa isto claro”. É por isso que claro é adjetivo, e não advérbio. Já na letra B, a palavra mais, embora anteceda o substantivo sentido, está ligada ao verbo fazer, indicando circunstância de tempo. É como se disséssemos não faz sentido agora, antes fazia, agora não mais. Trata-se, portanto, de advérbio de tempo. Na letra C, diversas é adjetivo de etnias. Na letra D, o substantivo direito tem duas adjetivações: inalienável (adjetivo) e dos índios (locução adjetiva). E na letra E temos um numeral adjetivo, junto ao substantivo pontos. Resposta: B.   12. (Pol. Civil / Perito Crim.) Assinale a alternativa em que a palavra indicada não tenha valor adjetivo. a) ... criaram condições para essa consolidação. b) ... essa era a primeira coisa... c) ... o código tem de ser preservado e respeitado para que a disputa... d) ... deixar de ser um texto abstrato e distante. e) ... escrever com bico de pena... Comentários: Na letra A, temos um pronome demonstrativo em função adjetiva, por acompanhar o substantivo consolidação. Na letra B, observa-se um numeral ordinal também em função adjetiva, que se refere ao substantivo coisa. No entanto, o que se vê na letra C é um verbo no particípio que é verbo principal de uma locução verbal. Uma dica, aqui, seria que você observasse os verbos auxiliares que os antecedem: tem de ser. E, toda vez que o particípio fizer parte de uma locução verbal, será verbo, e não adjetivo. É claro que se disséssemos código respeitado é o ideal, por exemplo, o vocábulo respeitado seria adjetivo, e não verbo. Mas não foi o caso. Na letra D, temos um adjetivo distante. E, na letra E, uma locução adjetiva, que vem se referindo ao substantivo antecedente bico. Resposta: C.   13. (Pol. Civil / Perito Crim.) Assinale a alternativa em que, no texto, o termo não tenha valor adjetivo. a) Com alguma frequência... b) Seus governantes. c) Tal tipo de dívida... d) Tal tipo de dívida foi contraída... e) Empresa de capital nacional... Comentários: Na letra A, temos um pronome indefinido com função adjetiva, por acompanhar o substantivo frequência. Na letra B, o pronome possessivo seus também está em função adjetiva, junto ao substantivo governantes. Na letra C, o que se vê é um pronome demonstrativo, que se refere ao substantivo tipo, estando, portanto, em função adjetiva. Já, na letra D, o particípio contraída, por fazer parte de uma locução verbal (observe só o auxiliar que o antecede: foi), é verbo, e não adjetivo. E, na letra E, nacional é adjetivo de capital. Resposta: D.   QUESTÕES DE CONCURSOS PROPOSTAS (COM GABARITO NO FINAL)   1. (Ofic. Just.) O item abaixo em que NÃO ocorre qualquer forma de intensificação é: a) ... pois os homens são geralmente incapazes de utilizar perfeitamente mais que uma língua... b) Sentimos que aqueles que mais nos conhecem... c) ... são também capazes de ignorar o que de melhor trazemos conosco. d) ... não podemos compreender integralmente quem está muito próximo de nós. e) ... o novo ou o desconhecido parece, pelo menos durante algum tempo, mais belo e atraente do que o velho...   2. (Magistério) “Todos estamos nos tornando, hoje, mais desconfiados...”; o item em que o vocábulo mais expressa ideia diferente da de “aumento” ou “intensidade” é: a) Hoje estamos mais céticos que antes. b) Não queremos mais saber de negativismos. c) Treinou e ganhou mais esperança de jogar. d) Eu me sinto mais ou menos. e) A controvérsia entre filósofos é mais acirrada.   3. (Magistério) O item abaixo que apresenta uma característica dos adjetivos e não dos substantivos é: a) designação dos seres. b) papel sintático de atributo. c) função de núcleo de sujeito. d) invariabilidade mórfica. e) variabilidade em gênero e número.   4. (Magistério) Todos os substantivos indicados nas frases a seguir encontram-se adjetivados; o item cujo tipo de adjetivação está indicado de forma correta é: a) Casa de ferreiro, espeto de pau. – locução adjetiva. b) Relógio que atrasa não adianta. – termo comparativo. c) Para bom entendedor, meia palavra basta. – oração adjetiva. d) Em tempos de crise, urubu vira frango. – adjetivo qualificativo. e) Em casa sem dinheiro, a felicidade desaparece. – sufixação.   5. (Aux. Necropsia / NCE-UFRJ) Há um erro na construção do seguinte segmento do texto abaixo: a) “as milhares de crianças que trabalham revirando lixo nos lixões”. b) “Os brasileiros produzem todos os dias mais de 125.000 toneladas de lixo”. c) “Recente documento, elaborado pelo IBGE”. d) “e apenas poucos municípios fazem coleta seletiva de lixo”. e) “O destino inadequado de todo esse lixo e esgoto”.   6. “O Bolsa Família” tem uma forma estranha, pois o artigo é masculino e o substantivo é feminino, o que se explica pela omissão do termo “programa”. O mesmo ocorre em: a) o (time do) Vasco. b) o (navio a) vapor. c) o (funcionário da) caixa. d) o (relógio) despertador. e) o (teatro) Municipal.   7. (Aux. Oper. / Docas-SP) “Santos poema, jardins pela praia...” Santos Poema é o hino de Santos. Em relação à palavra poema, no primeiro verso do hino, é correto afirmar que é, gramaticalmente: a) um substantivo, que funciona no texto como adjetivo. b) um adjetivo, que funciona no texto como substantivo. c) um substantivo, que se mantém com esse papel no texto. d) um adjetivo, que se mantém com esse papel no texto. e) um substantivo que deveria vir no plural para concordar com Santos.   8. (Assist. Técn. Adm. / Docas-BA) Além de uma melhor infraestrutura para o turista, a reforma garante também mais leitos durante a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014. As palavras melhor e mais, no trecho acima, classificam-se, respectivamente, como: a) advérbio e advérbio. b) adjetivo e advérbio. c) adjetivo e pronome. d) advérbio e pronome. e) advérbio e adjetivo.   9. (Fiscal / ICMS) Assinale a alternativa em que o termo indicado seja classificado como advérbio. a) “... dispõe de mais recursos...” b) “... sem nenhum sentimento...” c) “... ao menos conforme admite o senso comum...” d) “Nada diferente do que ocorre em relação à acepção da ética...” e) “... auferir vantagens em relação aos demais contribuintes...”   10. (Fiscal / ICMS) Assinale a palavra que, no texto, não tenha valor adverbial. a) “... ganhem cada vez mais espaço...” b) “... de forma bastante tímida...” c) “...serem responsabilizados penal e criminalmente...” d) “...ganham importância não só das empresas...” e) “... pretendem implementar, o quanto antes, práticas...”   11. (Aux. Oper. / Docas-SP) Assinale a palavra que, no hino, não tenha valor adjetivo. a) “O verde reduto”. b) “As tuas belezas”. c) “Santos, cuidado, menina”. d) “... varandas alegres suspensas no arvoredo”. e) “nos velhos canais...”.   12. (Guarda Port. / Docas-BA) Assinale a palavra que não tenha, no texto, valor adjetivo. a) dividido (“O plano é dividido entre os módulos básico e avançado...”). b) primeiro (“No primeiro módulo...”). c) essa (“liberação da parte de armas para essa categoria profissional...”). d) básico (“... entre os módulos básico e avançado...”). e) horária (“... com carga horária total de 76 horas.”).   13. (Téc. Judic. / PA) Assinale a palavra que, no texto, não tenha valor adjetivo. a) melhor (“Aliás, o melhor para a democracia...”.). b) muitas (“... as máquinas partidárias muitas vezes se tornam...”). c) extraordinária (“... aumentar de forma tão extraordinária...”). d) minhas (“... minhas propostas...”.). e) nove (“... foi aprovado a nove dias do fim do ano...”).   14. Assinale a palavra que, no texto, não tenha valor adjetivo. a) Nossos (“Nossos pais conduziste...”). b) avançada (“És, Senhor, sentinela avançada...”). c) cem (“... que, há cem anos...”). d) nos (“Aos teus pés que nos deste...”). e) imortal (“És a guarda imortal...”).   15. (Guarda Port. / BA) Esses raios infravermelhos acabam absorvidos pelos gases liberados principalmente pelos combustíveis fósseis (metano, gás carbônico, óxido nitroso e outros), que deixaram de ser removidos da atmosfera por causa do desmatamento e da produção excessiva. No período acima, foi feita a concordância nominal correta com a palavra infravermelho. Assinale a alternativa em que não se tenha obedecido às regras de concordância nominal. a) Buscou proteção contra raios ultravioleta. b) Compraremos camisas cinza. c) Usaremos nossos uniformes azul-claros. d) Gostamos de carros vermelhos-sangue. e) Não sabemos onde foram parar as folhas rosa.   16. (Taq. / Assemb. Leg.) “com o passar dos anos”; nesse segmento do texto, o verbo passar está substantivado (derivação imprópria); a frase abaixo em que aparece um outro vocábulo substantivado é: a) “VEJA traz uma reportagem sobre um aspecto fascinante do capitalismo americano”. b) “o segundo homem mais rico do mundo”. c) “mais pessoas doam a projetos sociais do que votam em eleições”. d) “Calcula-se que 89% dos americanos façam algum tipo de contribuição”. e) “restrições legais quase intransponíveis dificultam a doação individual”.   17. (Arquivo Nac. / Ag. Adm.) Em todos os advérbios terminados em –mente, retirados do texto, vê-se claramente a sua formação a partir da forma feminina do adjetivo, exceto em: a) predominantemente b) basicamente c) negativamente d) diariamente e) humanamente   18. (Pol. Federal / Agente) As gramáticas normativas de língua portuguesa ensinam que alguns advérbios de modo são resultantes da junção da forma feminina do adjetivo com o sufixo -mente. O advérbio derivado de adjetivos do texto em que isso se pode constatar claramente é: a) nacionalmente b) fascinantemente c) religiosamente d) internacionalmente e) ineficazmente   19. (MPE) “...por que passam milhões de crianças brasileiras...”; observe as formas abaixo: I. as milhões de crianças brasileiras; II. os milhões de crianças brasileiras; III. as milhares de crianças brasileiras; IV. os milhares de crianças brasileiras. As formas corretas são somente: a) I – II b) I – III c) II – IV d) III – IV e) I – II – III – IV   20. (Eletronuclear-NCE) “algo vai mal no organismo”; a frase abaixo em que houve a troca indevida entre mal/mau é: a) Todo mal do organismo deve ser combatido. b) Um mal hábito pode provocar doenças. c) A febre não é um mal em si. d) Foi para o hospital, mal a febre começou. e) O sistema do organismo combate qualquer mal que nele se instale.   21. (Ager-NCE) “OS JOVENS ainda estão em fase de crescimento...”; “Ser contra esse projeto não é ser contra os JOVENS”; “...quando um JOVEM morre ou fica inválido”; “...em relação ao trânsito e aos JOVENS brasileiros”. Pode-se dizer sobre o emprego do vocábulo em destaque que: a) alguns são substantivos e outros são adjetivos. b) todos são adjetivos. c) todos são substantivos adjetivados. d) todos são adjetivos substantivados. e) representam diferentes classes gramaticais.   22. (Ager-NCE) Em “a boa parte dos jovens”, a palavra “jovens” mudou de classe gramatical (de adjetivo para substantivo); o item em que ocorre o mesmo com a palavra sublinhada é: a) “um dos tantos indicadores da chegada da velhice”. b) “a morte dos ídolos”. c) “a formação de nosso caráter”. d) “telefone celular”. e) “o significado de palavras”.   23. (Ofic. Just.) Entre os itens abaixo, aquele que apresenta uma composição estrutural de substantivos e adjetivos diferente dos demais é: a) “carga tributária extorsiva e crescente”. b) “uma burocracia sufocante e cada vez maior”. c) “ação humana objetiva e subjetiva”. d) “Legislativo desacreditado e alheio aos males”. e) “antigos desejos e aspirações”.   24. (TJ / Técn. Jud.) A alternativa abaixo em que ocorre a presença de um só adjetivo que se refere a um só substantivo é: a) “hierarquias, estruturas nem códigos canônicos”. b) “lutas sociais e políticas”. c) “disciplina mental e espiritual”. d) “diferentes tradições religiosas”. e) “vaidades e ambições desmedidas”.   25. (Cepel / NCE) A palavra abaixo que não admite a mesma forma de plural de guarda-livros é: a) guarda-pó. b) guarda-sol. c) guarda-noturno. d) guarda-chuva. e) guarda-comida.   26. (INPI) O plural correto de porta-voz é: a) os porta-voz. b) porta-vozes. c) portas-vozes. d) portam-vozes. e) portas-voz.   27. (Eletronuclear / PNC) Norte-americano e matéria-prima, fazem corretamente como plural: a) norte-americanos / matéria-primas b) norte-americanos / matérias-primas c) nortes-americanos / matérias-primas d) nortes-americanos / matérias-prima e) nortes-americanos / matéria-primas   28. (Sefaz-NCE) Numa seção de jornal cujo assunto é a saúde, um leitor escreve: “Não sofro mais. Considero-me uma pessoa normal. Esqueci do passado, quero viver o presente. Agora, minha alimentação é totalmente saudável. Não tomo mais bebidas alcoólicas e evito comer doces”. O comentário correto sobre os componentes desse texto é: a) o advérbio “mais” reforça a ideia do advérbio “não” b) os adjetivos “normal”, “saudável” e “alcoólicas” têm valor subjetivo c) “passado” e “presente” são substantivos funcionando como adjetivos d) o adjetivo “saudável” está explicado no texto e) as duas ocorrências do advérbio “mais” têm valor semântico distinto   29. (Taq. / Assemb. Leg.). A alternativa em que a palavra MAIS tem valor distinto do das demais frases é: a) “o segundo homem mais rico do mundo” b) “em sua forma mais avançada” c) “mais pessoas doam a projetos sociais” d) “o coração dos brasileiros seriam bem mais generoso” e) “o cérebro dos governantes fosse mais ventilado”   30. (MPE / Técn. Sup.) “Dos três irmãos, dois fazem parte de um grupo cada vez mais comum na família brasileira contemporânea”. Assinale a única opção em que a palavra “mais” está empregada com o mesmo valor gramatical da frase acima: a) Eu espero por você o tempo que for, nós vamos estar juntos mais uma vez. b) Não tenho mais dinheiro, atraso o aluguel, não compro alimento. c) Estou tão cansado, mas não pra dizer que não acredito mais em você. d) Espero que aquela jura não tenha ido para mais ninguém. e) E quando o inverno tristonho chegar mais amor eu vou ter pra lhe dar.   31. (Docas Sant.) As ocorrências da palavra futuro no texto são três: “... ocupação constante com algo futuro.”; “...significa realizar um futuro?”; “...senão em função do futuro.”; sobre essas ocorrências pode-se dizer que: a) todas pertencem à mesma classe gramatical. b) cada uma delas possui classe gramatical diferente das demais. c) só a primeira é adjetivo. d) só a última é substantivo. e) a segunda e a terceira são adjetivos.   32. (MPE / Técn. Sup.) “Os jovens tiveram acesso ao crédito fácil demais nos últimos dois anos.” Sobre o trecho transcrito, é correto afirmar que o sintagma “fácil demais”: a) se relaciona com o substantivo “crédito”, mas gera ambiguidade por também poder se relacionar com o substantivo “acesso”. b) se relaciona com o substantivo “acesso”, mas seu posicionamento gera ambiguidade por também poder se relacionar com o substantivo “crédito”. c) se relaciona com o substantivo “crédito”, mas seu posicionamento gera polissemia por também poder se relacionar com o substantivo “acesso”. d) se relaciona com o substantivo “acesso”, mas seu posicionamento gera polissemia por também poder se relacionar com o substantivo “crédito”. e) se relaciona igualmente com os substantivos “crédito” e “acesso”, sem que seu posicionamento gere ambiguidade ou polissemia.   33. (MPE) Entre os segmentos abaixo, aqueles cujos adjetivos mostram uma opinião de quem fala são: I. a triste situação; II. milhões de crianças brasileiras; III. futuro incerto e infeliz; IV. grave problema social. a) I – III – IV b) I – III c) I – IV d) III – IV e) II – III   34. (Taq. / Assemb. Leg.) “Essa nova fase da filantropia americana”; nesse segmento do texto, a posição do adjetivo nova é importante para a construção do sentido, já que, se posposto, o adjetivo ganharia um novo sentido. A alternativa abaixo que mostra um termo que modifica seu sentido conforme sua posição em relação ao termo determinado é: a) recentes doações b) bondosas pessoas c) eficazes medidas d) pobres habitantes e) abnegados milionários   35. (TRT / Anal. Jud.) Os adjetivos são palavras que, entre outras funções, indicam uma opinião do enunciador do texto sobre o substantivo adjetivado; o adjetivo abaixo que está nesse caso é: a) aspecto fascinante b) capitalismo americano c) filantropia bilionária d) potência filantrópica e) proporções inéditas   36. (Eletrobrás) Em todos os itens abaixo há uma junção de um substantivo com um adjetivo; o par em que o adjetivo não representa uma opinião do autor do texto é: a) atitude sensata b) teste definitivo c) absurdo medo d) mundo moderno e) gravador estranho   37. (Finep / Técn.) Na junção de golpistas venezuelanos, caso haja troca de posição de termos – venezuelanos golpistas: a) mantém-se o sentido original. b) mantêm-se as classes de palavras originais. c) só no primeiro caso venezuelanos indica nacionalidade. d) só no segundo caso venezuelano indica nacionalidade. e) ocorre mudança de sentido. Gabarito: 1. a; 2. b; 3. b; 4. a; 5. a; 6. c; 7. a; 8. c; 9. d; 10. a; 11. c; 12. a; 13. a; 14. d; 15. d; 16. d; 17. a; 18. c; 19. c; 20. b; 21. d; 22. a; 23. e; 24. a; 25. c; 26. b; 27. b; 28. d; 29. c; 30. c; 31. c; 32. b; 33. a; 34. d; 35. a; 36. d; 37. e.   Artigo, substantivo, adjetivo e advérbio... A diferenciação entre essas classes é assunto que vem sendo explorado muito nas provas. Vamos sistematizar?   RESUMO: • Artigo é classe que se refere sempre a substantivo. • Substantivo nomeia. Sempre pode vir antecedido de artigo. • Adjetivo sempre se refere a substantivo. É classe variável. • Advérbio é classe que modifica verbo, adjetivo ou outro advérbio. É invariável.   Bons estudos!
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FLEXÃO VERBAL A seguir, um quadro de todos os tempos verbais existentes e a 1ª pessoa do singular de cada um deles. O quadro é bom por dois motivos: toda vez que você não souber como começa cada tempo verbal, você recorrerá a ele. Além disso, ajuda você a entender os tempos verbais. É uma boa sistematização. Verbos de 1ª conjugação – vogal temática a (amar, cantar); Verbos de 2ª conjugação – vogal temática e (beber, vender); Verbos de 3ª conjugação – vogal temática i (partir, digerir). (Não existe 4ª conjugação. Por exemplo, pôr é um verbo de 2ª conjugação.)   I – Indicativo presente – eu falo... pretérito imperfeito – eu falava... perfeito – eu falei... mais-que-perfeito – eu falara... futuro do presente – eu falarei... do pretérito – eu falaria...   II – Subjuntivo presente – que eu fale... pretérito imperfeito – se eu falasse... futuro – quando eu falar...   III – Imperativo afirmativo – fala tu, fale você, falemos nós, falai vós, falem vocês. negativo – não fales tu, não fale você, não falemos nós, não faleis vós, não falem vocês. Observe que são três os modos verbais:   1. Indicativo: é o modo que assegura algo. 2. Subjuntivo: é o modo que indica possibilidade, hipótese. 3. Imperativo: é o modo que apresenta ideias de ordem, pedido, convite, súplica. No indicativo e no subjuntivo, temos, então, os tempos do presente, pretérito e futuro. Após se ter uma visão panorâmica do quadro de conjugação verbal, é necessário conhecer o paradigma da conjugação verbal. Com esse paradigma, você aprende que não precisa saber conjugar todos os tempos que existem. O quadro mostra que existe uma relação entre tempos primitivos e derivados e diz como se sai de um primitivo e se chega a um derivado. É simples: se a banca pede o presente do subjuntivo do verbo digerir, basta que você acesse o presente do indicativo do verbo e você terá o que se pede. Sim, porque o presente do subjuntivo deriva do presente do indicativo. A notícia boa é que você não precisa saber conjugar os tempos derivados. A notícia ruim é que sem os primitivos não se chega a lugar algum. Mas eles são apenas três. Assim, você, para fazer prova, precisa conhecer os tempos primitivos dos verbos que são comuns em concursos. Vamos, então, conhecer o paradigma da conjugação verbal?   PRIMITIVOS 1) Presente do indicativo (Radical da 1ª pessoa do sing.) agredir_________________ DERIVADOS Presente do subjuntivo (-e, -a) _________________ Nesse caso, vai-se à 1ª pessoa do singular (eu) do presente do indicativo, extrai-se o “o”, e, com o radical, chega-se à 1ª pessoa do singular do presente do subjuntivo, acrescentando-se a desinência (para verbos de 1ª conjugação – e; verbos de 2ª e 3ª conjugação, – a). Vale lembrar que o presente do subjuntivo é aquele em que, na escola, utilizávamos o que antes do verbo: que eu agrida. Assim, teríamos: Eu agrido que eu agrida Depois, é só continuar, utilizando-se o radical que você adquiriu ao acessar o presente do indicativo, mantendo-se a D.M.T. (desinência modo-temporal) – a – e acrescentando-se as D.N.P. (desinências número-pessoais), características de cada pessoa: que eu agrida, que tu agridas, que ele agrida, que nós agridamos, que vós agridais, que eles agridam. A seguir, o 2º bloco de primitivos e derivados. Observe cada tempo derivado com sua desinência característica (D.M.T. – desinência modo-temporal), entre os parênteses.   2) Pretérito perfeito Pret. mais-que-perfeito (-ra) Imperfeito do subjuntivo (-sse) Futuro do subjuntivo (-r) Acesse a 3ª pessoa do plural – eles –, elimine a desinência -ram e fique com o radical. Partindo dele, acrescente as novas desinências dos tempos derivados. Assim, teríamos: Eles couberam coubera, coubesse, couber Nosso último bloco de primitivos e derivados:   3) Infinitivo Impessoal Futuro do presente (-re, -ra) Futuro do pretérito (-ria) Imperfeito do indicativo (-va, -a) Nesse caso, extrai-se o “R” do infinitivo impessoal (que é o nome do verbo – falar, beber, partir...), acrescentando-se as novas desinências. Observe que no pretérito imperfeito do indicativo temos duas possibilidades de D.M.T.: -va para verbos de 1ª conjugação e –a para verbos de 2ª e 3ª conjugação (ex.: falar – falava; beber – bebia; partir – partia). Assim, teríamos: digerir digerirei, digeriria, digeria. Importante: o quadro que organiza os tempos verbais em dois grupos (primitivos e derivados) ajudará você a conjugar a maioria dos verbos em Língua Portuguesa, porém há exceções, como os verbos pôr, ser, ir, haver, entre outros, que estudaremos separadamente ao final. A seguir, algumas questões que tratam de modos e tempos verbais.   1. (FCC/TRF – 2ª Região) A segunda novidade apontava os pesticidas e herbicidas químicos... O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o verbo em destaque acima está na frase: a) Mas Ehrlich errou. b) ... não existia terra suficiente para alimentar todas elas. c) ... com o que cresce em 2 mil metros quadrados... d) As algas se multiplicam a rodo... e) Diante disso, muitos consumidores partiram para uma alternativa... Comentários: O verbo da frase no enunciado está no pretérito imperfeito do indicativo (desinência -va). As letras A e E trazem o verbo no pretérito perfeito do indicativo. A letra B apresenta o verbo no pretérito imperfeito do indicativo, mas, como o verbo é de 3ª conjugação, a desinência é -a. A letra C mostra um verbo no presente do indicativo, bem como a letra D. Resposta: B.   2. (FCC/TRF – 2ª Região) Considere a flexão verbal em viviam – vivem – viverão. A mesma se quência está corretamente reproduzida nas formas: a) queriam – querem – quiserão. b) davam – dão – dariam. c) exigiram – exigem – exigerão. d) permitiam – permitem – permitirão. e) criam – criavam – criarão. Comentários: A sequência de verbos do enunciado está, respectivamente, no pretérito imperfeito, presente e futuro do presente do indicativo. A letra A tem erro só na forma quiserão, que não existe: o verbo querer no futuro do presente é quererão (é só você se lembrar do quadro: o futuro do presente deriva do infinitivo). Na letra B, há erro só na forma dariam, que corresponde ao futuro do pretérito, e não futuro do presente do indicativo. Na letra C há dois erros: no primeiro verbo (exigiram é pretérito perfeito; no imperfeito seria exigiam) e no último (exigerão não existe: é exigirão – lembre-se: o futuro do presente deriva do infinitivo exigir e não exiger). A letra D traz a sequência correta: pretérito imperfeito do indicativo, presente do indicativo e futuro do presente. Já a letra E erra na 1ª forma (criam é presente do indicativo e não pretérito imperfeito – criavam) e na 2ª forma (criavam, como já vimos, é pretérito imperfeito, e não presente do indicativo). Resposta: D.   Fechamos nossa 1ª parte do assunto: agora você já sabe como sair de um tempo primitivo e chegar a um derivado. Então, estamos combinados: você precisa saber como conjugar os tempos primitivos dos verbos que mais aparecem nas provas. Você deve estar se perguntando: quantos verbos terei de saber para fazer uma boa prova? Fique tranquilo: não são muitos. Na verdade, você precisa saber conjugar alguns verbos que são líderes de outros comuns em concursos. Por exemplo: se aparecer o verbo advir em uma questão, basta você conhecer o vir, que apresenta o mesmo radical. Daí, o verbo vir ser um líder. Da mesma forma, o depor, que vem do pôr; o abster, que vem do ter, e assim sucessivamente.   Preparamos uma lista de verbos conjugados, que servirá como consulta para os exercícios que faremos a seguir. Dividimos essa lista em três partes:   PRINCIPAIS VERBOS QUE SE CONJUGAM A PARTIR DE OUTROS   Pôr (líder) Modo Indicativo: Presente: ponho, pões, põe, pomos, pondes, põem; pretérito perfeito: pus, puseste, pôs, pusemos, pusestes, puseram; pretérito imperfeito: punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham; pretérito mais-que-perfeito: pusera, puseras, pusera, puséramos, puséreis, puseram; futuro do presente: porei, porás, porá, poremos, poreis, porão; futuro do pretérito: poria, porias, poria, poríamos, poríeis, poriam. Modo Subjuntivo: Presente: ponha, ponhas, ponha, ponhamos, ponhais, ponham; pretérito imperfeito: pusesse, pusesses, pusesse, puséssemos, pusésseis, pusessem; futuro: puser, puseres, puser, pusermos, puserdes, puserem. Como o verbo pôr, conjugam-se antepor, apor, compor, contrapor, decompor, depor, dispor, entrepor, expor, impor, interpor, justapor, opor, pospor, predispor, pressupor, propor, recompor, repor, sobrepor, supor.   Ter (líder) Modo Indicativo: Presente: tenho, tens, tem, temos, tendes, têm; pretérito perfeito: tive, tiveste, teve, tivemos, tivestes, tiveram; pretérito imperfeito: tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham; pretérito mais-que-perfeito: tivera, tiveras, tivera, tivéramos, tivéreis, tiveram; futuro do presente: terei, terás, terá, teremos, tereis, terão; futuro do pretérito: teria, terias, teria, teríamos, teríeis, teriam. Modo Subjuntivo: Presente: tenha, tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham; pretérito imperfeito: tivesse, tivesses, tivesse, tivéssemos, tivésseis, tivessem; futuro: tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem. Como o verbo ter, conjugam-se abster-se, ater-se, conter, deter, entreter, manter, obter, reter, suster.   Ver (líder) Modo Indicativo: Presente: vejo, vês, vê, vemos, vedes, veem; pretérito perfeito: vi, viste, viu, vimos, vistes, viram; pretérito imperfeito: via, vias, via, víamos, víeis, viam; pretérito mais-que-perfeito: vira, viras, vira, víramos, víreis, viram; futuro do presente: verei, verás, verá, veremos, vereis, verão; futuro do pretérito: veria, verias, veria, veríamos, veríeis, veriam. Modo Subjuntivo: Presente: veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam; pretérito imperfeito: visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem; futuro: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem. Como o verbo ver, conjugam-se entrever, antever, prever, rever.   Vir (líder) Modo Indicativo: Presente: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm; pretérito perfeito: vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram; pretérito imperfeito: vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham; pretérito mais-que-perfeito: viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram; futuro do presente: virei, virás, virá, viremos, vireis, virão; futuro do pretérito: viria, virias, viria, viríamos, viríeis, viriam. Modo Subjuntivo: Presente: venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham; pretérito imperfeito: viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem; futuro: vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem. Como o verbo vir, conjugam-se advir, avir-se, convir, desavir-se, intervir, provir, sobrevir.   Dizer (líder) Modo Indicativo: Presente: digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem; pretérito perfeito: disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram; pretérito imperfeito: dizia, dizias, dizia, dizíamos, dizíeis, diziam; pretérito mais-que-perfeito: dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis, disseram; futuro do presente: direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão; futuro do pretérito: diria, dirias, diria, diríamos, diríeis, diriam. Modo Subjuntivo: Presente: diga, digas, diga, digamos, digais, digam; pretérito imperfeito: dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis, dissessem; futuro: disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem. Como o verbo dizer, conjugam-se bendizer, condizer, contradizer, desdizer (assim, se é eu digo, será eu bendigo...).   Fazer (líder) Modo Indicativo: Presente: faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem; pretérito perfeito: fiz, fizeste, fez, fizemos, fizestes, fizeram; pretérito imperfeito: fazia, fazias, fazia, fazíamos, fazíeis, faziam; pretérito mais-que-perfeito: fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram; futuro do presente: farei, farás, fará, faremos, fareis, farão; futuro do pretérito: faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam. Modo Subjuntivo: Presente: faça, faças, faça, façamos, façais, façam; Pretérito imperfeito: fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, fizessem; futuro: fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem. Como o verbo fazer, conjugam-se afazer, benfazer, desfazer, refazer, satisfazer (assim, se é eu faço, será eu benfaço...).   Querer (líder) Modo Indicativo: Presente: quero, queres, quer, queremos, quereis, querem; Pretérito perfeito: quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram; pretérito imperfeito: queria, querias, queria, queríamos, queríeis, queriam; pretérito mais-que-perfeito: quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quiséreis, quiseram; futuro do presente: quererei, quererás, quererá, quereremos, querereis, quererão; futuro do pretérito: quereria, quererias, quereria, quereríamos, quereríeis, quereriam. Modo Subjuntivo: Presente: queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram; pretérito imperfeito: quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos, quisésseis, quisessem; futuro: quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem. Como o verbo querer, conjugam-se bem-querer, desquerer, mal-querer (assim, se é eu quero, será eu bem-quero).   Valer (líder) Modo Indicativo: Presente: valho, vales, vale, valemos, valeis, valem; pretérito perfeito: vali, valeste, valeu, valemos, valestes, valeram; pretérito imperfeito: valia, valias, valia, valíamos, valíeis, valiam; pretérito mais-que-perfeito: valera, valeras, valera, valêramos, valêreis, valeram; futuro do presente: valerei, valerás, valerá, valeremos, valereis, valerão; futuro do pretérito: valeria, valerias, valeria, valeríamos, valeríeis, valeriam. Modo Subjuntivo: Presente: valha, valhas, valha, valhamos, valhais, valham; pretérito imperfeito: valesse, valesses, valesse, valêssemos, valêsseis, valessem; futuro: valer, valeres, valer, valermos, valerdes, valerem. Como o verbo valer, conjugam-se desvaler, equivaler (assim, se é eu valho, será eu equivalho). Como já dissemos anteriormente, as bancas costumam pedir ao aluno, além da conjugação desses líderes, a dos seus derivados. Um bom exercício seria que você conjugasse os verbos derivados, partindo dos líderes. Exemplo: treine a conjugação do interpor, a partir da conjugação do pôr. A seguir, a conjugação de verbos nos quais não se pode confiar. Isso porque, ao conjugar o requerer, por exemplo, é muito comum que o aluno faça analogia com o querer, não é mesmo? Mas o requerer não se conjuga como o querer. Da mesma forma, o verbo prover não vai seguir o paradigma do verbo ver em todos os tempos, só no presente. Daí, a importância de sistematizá-los.   FALSOS AMIGOS CONJUGADOS   Prover Modo Indicativo: Presente: provejo, provês, provê, provemos, provedes, proveem; pretérito perfeito: provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram; pretérito imperfeito: provia, provias, provia, províamos, províeis, proviam; pretérito mais-que-perfeito: provera, proveras, provera, provêramos, provêreis, proveram; futuro do presente: proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis, proverão; futuro do pretérito: proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, proveriam. Modo Subjuntivo: Presente: proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais, provejam; pretérito imperfeito: provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis, provessem; futuro: prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem. Resumindo: Basta que você pense no PROVER da seguinte forma: ele se conjuga como o VER só nos tempos do presente – presente do indicativo e presente do subjuntivo; nos outros tempos, é regular, como o BEBER. Assim, o grande cuidado que se deve ter é para não conjugá-lo como o VER o tempo inteiro. No pretérito imperfeito do subjuntivo, por exemplo, se ele se conjugasse como o VER seria se eu provisse, enquanto o correto é se eu provesse (tal qual o BEBER – se eu bebesse).   Requerer Modo Indicativo: Presente: requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis, requerem; pretérito perfeito: requeri, requereste, requereu, requeremos, requerestes, requereram; pretérito imperfeito: requeria, requerias, requeria, requeríamos, requeríeis, requeriam; pretérito mais-que-perfeito: requerera, requereras, requerera, requerêramos, requerêreis, requereram; futuro do presente: requererei, requererás, requererá, requereremos, requerereis, requererão; futuro do pretérito: requereria, requererias, requereria, requereríamos, requereríeis, requereriam. Modo Subjuntivo: Presente: requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais, requeiram; pretérito imperfeito: requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos, requerêsseis, requeressem; futuro: requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes, requererem. Resumindo: Quanto ao REQUERER, pense da seguinte forma: ele recebe a vogal i, após o 2º e do radical, apenas na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo. O mesmo ocorre em todo o presente do subjuntivo, que dela deriva. Nos outros tempos, é regular e conjuga-se como o BEBER. Não pense no QUERER. Assim, por exemplo, se ele fosse como o QUERER, no pretérito perfeito do indicativo seria eu requis e não eu requeri (tal qual o BEBER: eu bebi).   A seguir, apresentamos os verbos defectivos que são campeões em concursos públicos: os verbos REAVER e PRECAVER. Partindo do conceito de que um verbo defectivo é um verbo que não se conjuga em todos os tempos e em todas as pessoas, o 1º cuidado que você deve tomar é em não conjugá-los nos tempos em que eles não existem. Assim, você não deve, por exemplo, dizer eu me precavejo contra esse tipo de problema, simplesmente porque essa forma verbal não existe. O jeito é falar eu tomo as minhas precauções... Além disso, é preciso sistematizá-los para que você não cometa nenhuma imprudência na flexão das formas em que tais verbos se conjugam. Vamos a eles!   VERBOS DEFECTIVOS   Reaver Modo Indicativo: No presente do indicativo só possui nós e vós (reavemos e reaveis). Em função disso, também não possui o presente do subjuntivo. Nos outros tempos do Indicativo: pretérito perfeito: reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram; pretérito imperfeito: reavia, reavias, reavia, reavíamos, reavíeis, reaviam; pretérito mais-que-perfeito: reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis, reouveram; futuro do presente: reaverei, reaverás, reaverá, reaveremos, reavereis, reaverão; futuro do pretérito: reaveria, reaverias, reaveria, reaveríamos, reaveríeis, reaveriam. Modo Subjuntivo: Pretérito imperfeito: reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reouvésseis, reouvessem; futuro: reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes, reouverem. Resumindo: Com o REAVER, basta pensar da seguinte forma: memorizar em que tempos aparece a sua defectividade – presente do indicativo e presente do subjuntivo; nos outros tempos, lembrar que ele se conjuga como o verbo HAVER.   Precaver Modo Indicativo: No presente do indicativo só possui nós e vós (precavemos e precaveis). Em função disso, também não possui o presente do subjuntivo. Nos outros tempos do Indicativo: pretérito perfeito: precavi, precaveste, precaveu, precavemos, precavestes, precaveram; pretérito imperfeito: precavia, precavias, precavia, precavíamos, precavíeis, precaviam; pretérito mais-que-perfeito: precavera, precaveras, precavera, precavêramos, precavêreis, precaveram; futuro do presente: precaverei, precaverás, precaverá, precaveremos, precavereis, precaverão; futuro do pretérito: precaveria, precaverias, precaveria, precaveríamos, precaveríeis, precaveriam. Modo Subjuntivo: Pretérito imperfeito: precavesse, precavesses, precavesse, precavêssemos, precavêsseis, precavessem; futuro: precaver, precaveres, precaver, precavermos, precaverdes, precaverem. Resumindo: O PRECAVER é ainda mais fácil que o REAVER: memorize em que tempos ele é defectivo (presente do indicativo e presente do subjuntivo) e nos outros tempos, observe que ele é um verbo regular. Logo, pense em outro regular: BEBER. Só não confunda o PRECAVER com o VER! Logo, no imperfeito do subjuntivo, por exemplo, será se eu me precavesse (como se eu bebesse), e não se eu me precavisse (seria assim se ele se conjugasse como o verbo VER).   Por fim, imaginamos que seria mais prático para o aluno se ele obtivesse uma lista de outros verbos irregulares que aparecem muito nas provas. Aconselhamos que você os conjugue da seguinte forma: 1. Comece pelo presente do indicativo e vá ao presente do subjuntivo, lembrando que o segundo deriva da primeira pessoa do singular do primeiro. 2. Depois vá ao pretérito perfeito. Partindo da 3ª pessoa do plural, chegue ao pretérito mais--que perfeito, imperfeito do subjuntivo e futuro do subjuntivo. 3. Por fim, conjugue os que faltaram: pretérito imperfeito do indicativo, futuro do presente e futuro do pretérito. Lembre-se de que eles derivam do infinitivo. Como os verbos que você vai conjugar são os irregulares, vale observar que esses três tempos, ao saírem do infinitivo, apresentarão irregularidades. Quero dizer que muitos deles não apresentarão os radicais exatamente como eram no infinitivo. Mas então aproveite essas dicas: para conjugar o imperfeito do indicativo, use o advérbio antigamente (antigamente eu dizia, antigamente eu valia...); para conjugar o futuro do presente, use o advérbio amanhã (amanhã eu direi, amanhã eu valerei); quanto ao futuro do pretérito, lembre-se de acrescentar a desinência –ria (eu diria, eu valeria...). Vamos à lista.   OUTROS VERBOS IRREGULARES QUE MERECEM UM CUIDADO ESPECIAL   Agredir Modo Indicativo: Presente: agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem; pretérito perfeito: agredi, agrediste, agrediu, agredimos, agredistes, agrediram; pretérito imperfeito: agredia, agredias, agredia, agredíamos, agredíeis, agrediam; pretérito mais-que-perfeito: agredira, agrediras, agredira, agredíramos, agredíreis, agrediram; futuro do presente: agredirei, agredirás, agredirá, agrediremos, agredireis, agredirão: futuro do pretérito: agrediria, agredirias, agrediria, agrediríamos, agrediríeis, agrediriam. Modo Subjuntivo: Presente: agrida, agridas, agrida, agridamos, agridais, agridam; pretérito imperfeito: agredisse, agredisses, agredisse, agredíssemos, agredísseis, agredissem; futuro: agredir, agredires, agredir, agredirmos, agredirdes, agredirem. Como o verbo agredir, conjugam-se – apesar de não se parecerem com ele – cerzir, denegrir, prevenir, progredir, regredir, transgredir (assim, se é eu agrido, será eu cirzo, denigro, previno, progrido, regrido, transgrido. Observe que, nesses verbos, o e do radical vira i, em todas as pessoas do presente do indicativo, exceto em nós e vós, e em todo o presente do subjuntivo. Nos outros tempos, esses verbos são regulares).   Ferir Modo Indicativo: Presente: firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem; pretérito perfeito: feri feriste, feriu, ferimos, feristes, feriram; pretérito imperfeito: feria, ferias, feria, feríamos, feríeis, feriam; pretérito maisque- perfeito: ferira, feriras, ferira, feríramos, feríreis, feriram; futuro do presente: ferirei, ferirás, ferirá, feriremos, ferireis, ferirão; futuro do pretérito: feriria, feririas, feriria, feriríamos, feriríeis, feririam. Modo Subjuntivo: Presente: fira, firas, fira, firamos, firais, firam; pretérito imperfeito: ferisse, ferisses, ferisse, feríssemos, ferísseis, ferissem; futuro: ferir, ferires, ferir, ferirmos, ferirdes, ferirem. Como o verbo ferir, conjugam-se – apesar de não se parecerem com ele – aderir, advertir, aferir, aspergir, assentir, auferir, compelir, competir, consentir, deferir, digerir, discernir, divergir, expelir, preferir, prosseguir, vestir, referir, repelir, repetir, ressentir. Assim, se é eu firo, será eu adiro, advirto, afiro, aspirjo, assinto, aufiro, compilo, compito, consinto, defiro, digiro, discirno... Observe que, com esses verbos, o e do radical vira i, somente na 1ª pessoa do presente do indicativo e em todo o presente do subjuntivo. Nos outros tempos, esses verbos são regulares.   Fugir Modo Indicativo: Presente: fujo, foges, foge, fugimos, fugis, fogem; pretérito perfeito: fugi, fugiste, fugiu, fugimos, fugistes, fugiram; pretérito imperfeito: fugia, fugias, fugia, fugíamos, fugíeis, fugiam; pretérito mais-que-perfeito: fugira, fugiras, fugira, fugíramos, fugíreis, fugiram; futuro do presente: fugirei, fugirás, fugirá, fugiremos, fugireis, fugirão; futuro do pretérito: fugiria, fugirias, fugiria, fugiríamos, fugiríeis, fugiriam. Modo Subjuntivo: Presente: fuja, fujas, fuja, fujamos, fujais, fujam; pretérito imperfeito: fugisse, fugisses, fugisse, fugíssemos, fugísseis, fugissem; futuro: fugir, fugires, fugir, fugirmos, fugirdes, fugirem. Como o verbo fugir, conjugam-se – apesar de também não se parecerem com ele – acudir, bulir, consumir, cuspir, desentupir, entupir, escapulir, sacudir, subir, sumir. Assim, se é eu fujo, será eu acudo, eu bulo, eu consumo, eu cuspo... Observe que, com esses verbos, o u do radical vira o, somente nas 2ª e 3ª pessoas do singular e 3ª pessoa do plural do presente do indicativo; nos outros tempos, esses verbos são regulares.   Crer Modo Indicativo: Presente: creio, crês, crê, cremos, credes, creem; pretérito perfeito: cri, creste, creu, cremos, crestes, creram; pretérito imperfeito: cria, crias, cria, críamos, críeis, criam; pretérito mais-queperfeito: crera, creras, crera, crêramos, crêreis, creram; futuro do presente: crerei, crerás, crerá, creremos, crereis, crerão; futuro do pretérito: creria, crerias, creria, creríamos, creríeis, creriam. Modo Subjuntivo: Presente: creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam; pretérito imperfeito: cresse, cresses, cresse, crêssemos, crêsseis, cressem; futuro: crer, creres, crermos, crerdes, crerem. Como o verbo crer, conjugam-se os verbos descrer, ler e reler. Assim, se é eu creio, será eu descreio, eu leio, eu releio... Observe o pretérito perfeito do verbo crer, alguns alunos estranham as formas eu cri e ele creu.   Ir Modo Indicativo: Presente: vou, vais, vai, vamos, ides, vão; pretérito perfeito: fui, foste, foi, fomos, fostes, foram; pretérito imperfeito: ia, ias, ia, íamos, íeis, iam; pretérito mais-que-perfeito: fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram; futuro do presente: irei, irás, irá, iremos, ireis, irão; futuro do pretérito: iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam. Modo Subjuntivo: Presente: vá, vás, vá, vamos, vades, vão; pretérito imperfeito: fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem; futuro: for, fores, for, formos, fordes, forem. O verbo ir é chamado de anômalo, pois possui mais de um radical quando é conjugado. Daí, ele necessitar de um estudo isolado. Quanto a esse verbo, valem três recados: 1. No presente do indicativo e no presente do subjuntivo, nós e eles possuem formas idênticas: não estranhe. Assim, no presente do indicativo teríamos uma frase do tipo: nós sempre vamos à biblioteca. Da mesma forma, no presente do subjuntivo, seria nossos pais querem que nós vamos à biblioteca. 2. Não confunda a forma vós ides no presente do indicativo com vós vades no presente do subjuntivo. Assim, teríamos: vós ides à biblioteca sempre? (presente do indicativo); e desejo que vós vades à biblioteca com mais frequência (presente do subjuntivo). 3. Atenção também com o verbo VIR, para não confundir a 1ª pessoa do plural do presente do indicativo (nós vimos) com a 1ª pessoa do plural do pretérito perfeito (nós viemos). A troca de uma forma pela outra é muito comum, como em frases do tipo: hoje nós “viemos” aqui, e não hoje nós vimos aqui.   Haver Modo Indicativo: Presente: hei, hás, há, havemos ou hemos, haveis ou heis, hão; pretérito perfeito: houve, houveste, houve, houvemos, houvestes, houveram; pretérito imperfeito: havia, havias, havia, havíamos, havíeis, haviam; pretérito mais-que-perfeito: houvera, houveras, houvera, houvéramos, houvéreis, houveram; futuro do presente: haverei, haverás, haverá, haveremos, havereis, haverão; futuro do pretérito: haveria, haverias, haveria, haveríamos, haveríeis, haveriam. Modo do Subjuntivo: Presente: haja, hajas, haja, hajamos, hajais, hajam; pretérito imperfeito: houvesse, houvesses, houvesse, houvéssemos, houvésseis, houvessem; futuro: houver, houveres, houver, houvermos, houverdes, houverem. Muitos estranham a conjugação do verbo HAVER, pois não estão acostumados a conjugá-lo. Isso ocorre porque esse verbo é muito usado com o sentido de existir e, com esse sentido, de fato, ele só se conjuga na 3ª pessoa do singular (há, houve, havia, haverá). Assim, teríamos: havia muitas pessoas na festa (haver com sentido de existir). Entretanto, ele se conjugará normalmente se apresentar outros sentidos. Observe: “Houvemos por bem convidar os amigos para o jantar” (aqui, o haver significa dignar-se, julgar oportuno); “Elas se houveram bem sem empregada” (nesse caso, haver é pronominal e tem sentido de portarse); “Eles haviam estudado todo o assunto” (aqui, o haver é auxiliar de uma locução verbal, conjugando-se normalmente em todas as pessoas).   Vamos exercitar e juntar todos os conceitos para conjugar os verbos a seguir. Complete as frases abaixo, com os verbos solicitados entre os parênteses. 1. Para que todos ____________ bem confortáveis, alugaremos um ônibus. (VIAJAR, presente do subjuntivo) Comentários: Vá à 1ª pessoa do presente do indicativo: eu viajo, extraia o o, utilize o radical para acrescentar as novas desinências: que eu viaje, que tu viajes, que ele viaje... Resposta: viajem.   2. Ontem eles ___________________ todo o dinheiro roubado. (REAVER, pretérito perfeito do indicativo) Comentários: Lembre-se de que no pretérito perfeito o REAVER se conjuga como o HAVER. Assim, se é eles houveram, será eles reouveram, e não “reaveram”. Resposta: reouveram.   3. O juiz não ________________ na briga entre os jogadores. (INTERVIR, pretérito perfeito do indicativo) Comentários: O verbo intervir é derivado de vir. Portanto, se é ele veio, será ele interveio, e não interviu! Resposta: interveio.   4. Quando ele nos ___________, poderá entregar-nos a encomenda. (VER, futuro do subjuntivo) Comentários: Aqui, todo mundo fica na dúvida: quando ele ver ou quando ele vir? Ora, é só lembrar que o futuro do subjuntivo deriva do pretérito perfeito. O pretérito perfeito é eu vi, tu viste..., eles viram; logo, o futuro do subjuntivo será quando eu vir, quando tu vires, quando ele vir... Resposta: vir.   5. Eles ficarão felizes quando nós __________________ esta reformulação. (PROPOR, futuro do subjuntivo) Comentários: propor vem do pôr. Logo, se é quando eu puser, quando tu puseres, quando ele puser, será quando eu propuser, quando tu propuseres , quando ele propuser, e não quando eu “propor”, quando tu “propores”, quando ele “propor”... Resposta: propusermos.   6. Eles não _________________ os fugitivos. (DETER, pretérito perfeito do indicativo) Comentários: deter vem do ter. Assim, se é eu tive, tu tiveste, ele teve, será eu detive, tu detiveste, ele deteve, e não ele “deteu”. Resposta: detiveram.   7. O aluno _________________ o adiantamento das provas. (REQUERER, pretérito perfeito do indicativo) Comentários: Não pense no querer! requerer, no pretérito perfeito, se conjuga como o BEBER: ele bebeu = ele requereu, e não ele “requis”. Resposta: requereu.   8. Eles só _________ paciência com os mais velhos. (TER, presente do indicativo) Comentários: Aqui, é só lembrar: no singular, é sem acento – ele tem –, mas o plural, para diferenciar do singular, é com acento circunflexo: o acento diferencial de número. Resposta: têm.   9. Eu não _____________ tanto. (VALER, presente do indicativo) Comentários: O verbo valer na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo apresenta uma irregularidade: o l vira lh (eu valho). O presente do subjuntivo, por ser derivado, herdará a mesma irregularidade (que eu valha, que tu valhas, que ele valha... Resposta: valho.   10. Estes homens ________________ de um lugar distante. (PROVIR, pretérito perfeito do indicativo) Comentários: O verbo provir deriva do vir. Logo, se é eu vim, tu vieste, ele veio, será eu provim, tu provieste, ele proveio. Resposta: provieram.   11. Ele só virá, quando nós lhe ________________ a verdade. (DIZER, futuro do subjuntivo) Comentários: Caso você não saiba como é o futuro do subjuntivo do verbo dizer, basta ir ao pretérito perfeito, seu tempo primitivo. Assim, no pretérito perfeito, temos eles disseram, logo teremos no futuro do subjuntivo quando eu disser, quando tu disseres, quando ele disser... Resposta: dissermos.   12. Seria necessário que eles __________________ o mesmo ritmo. (MANTER, pretérito imperfeito do subjuntivo) Comentários: O verbo manter deriva do ter. Assim, o imperfeito do subjuntivo é se eu tivesse, se tu tivesses, se ele tivesse, então, com o manter, será se eu mantivesse, se tu mantivesses, se ele mantivesse... Resposta: mantivessem.   13. Só entendi o que os brasileiros _________________ (EXPOR, pretérito perfeito do indicativo) Comentários: O verbo expor deriva do pôr. Logo, se o pretérito perfeito do pôr é eu pus, tu puseste, ele pôs..., o pretérito perfeito do expor será eu expus, tu expuseste, ele expôs. Resposta: expuseram.   14. Preciso que tu _________ até a minha casa. (IR, presente do subjuntivo) Comentários: Lembre-se: que eu vá, que tu vás, que ele vá... Resposta: vás.   15. Aqui eu não ___________ (CABER, presente do indicativo) Comentários: O verbo caber possui uma irregularidade na 1ª pessoa do presente do indicativo e em todo o presente do subjuntivo: o a do radical recebe um i. Assim, temos: eu caibo, tu cabes, ele cabe... que eu caiba, que tu caibas, que ele caiba... Resposta: caibo.   16. Ele quer que nós _________________ outro livro. (LER, presente do subjuntivo) Comentários: O verbo ler conjuga-se como o crer: que eu creia, que tu creias, que ele creia = que eu leia, que tu leias, que ele leia... Resposta: leiamos.   17. Eu ______________ que todos viriam à reunião. (SUPOR, pretérito imperfeito do indicativo) Comentários: supor conjuga-se como o pôr. Como o que se quer é o pretérito imperfeito do indicativo do verbo supor, basta conjugarmos o pôr: “antigamente” eu punha, tu punhas, ele punha. Logo, será “antigamente” eu supunha, tu supunhas, ele supunha... Resposta: supunha.   18. Nós ____________ até aqui hoje, pois ontem não foi possível. (VIR, presente do indicativo) Comentários: Lembre-se: hoje nós vimos, ontem nós viemos. Parece confuso, porque é idêntico ao verbo ver no pretérito perfeito! Veja só: hoje nós vimos à sua casa – vir no presente do indicativo; ontem nós vimos o seu irmão na rua – ver no pretérito perfeito. Resposta: vimos.   19. Ontem nós não __________ à aula. (VIR, pretérito perfeito do indicativo) Comentários: Não confundir o presente do indicativo do verbo vir (vimos) com o pretérito perfeito do verbo vir (viemos). Resposta: viemos.   20. Se eles __________ e não te __________, retornarão chateados. (VIR e VER, presente do indicativo) Comentários: O verbo vir na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo é ele vem, e a 3ª pessoa do plural recebe acento circunflexo: eles vêm. Já o verbo ver no presente do indicativo é ele vê, eles veem – a 3ª pessoa do plural perdeu o acento circunflexo – antes era vêem – em função do Novo Acordo Ortográfico. Resposta: vêm/veem.   21. Vós _________ com quem desejais. (IR, presente do indicativo) Comentários: Não confundir o presente do indicativo do verbo ir (vós ides) com o presente do subjuntivo do verbo ir (vós vades). Resposta: ides.   22. Todos esperamos que vós _________ conosco. (IR, presente do subjuntivo) Comentários: Lembre-se de não confundir o presente do indicativo – hoje vós ides pelo bom caminho – com o presente do subjuntivo – espero que vós vades pelo bom caminho. Resposta: vades.   23. Esperava-se que eles _________ a casa com o necessário. (PROVER, imperfeito do subjuntivo) Comentários: Atenção, o prover só se conjuga como o ver nos tempos do presente. Nos outros tempos, ele é como o beber. Logo, se é esperava-se que eles bebessem, será esperava-se que eles provessem, e não “provissem”, se ele seguisse o verbo ver. Resposta: provessem.   Agora, algumas questões de concursos comentadas: 1. (FGV/Oficial de Cartório/2008) “Se interviessem, implodiriam as contas públicas”. Assinale a alternativa que apresente erro em uma das formas verbais. a) Se o comando reouvesse o prestígio, os criminosos desistiriam. b) Se os policiais requisessem maiores salários, tudo se arrumaria. c) Se os criminosos se acovardassem, a polícia os deteria. d) Se os jornais proviessem de fora, as notícias entreteriam mais. e) Se as autoridades quisessem, nada disso se faria. Comentários: Na letra A, temos o verbo reaver, que nos tempos em que é conjugado, segue o verbo haver. Ora, se fosse o haver, seria se o comando houvesse, logo, será se o comando reouvesse. A letra B traz o verbo requerer, que não segue o querer, e sim um verbo regular como o beber. Logo, não é se os policiais requisessem – seria assim se fosse como o querer – e sim se os policiais requeressem. A letra C apresenta um verbo regular – acovardar-se – no imperfeito do subjuntivo, 3ª pessoa do plural, corretamente conjugado. A letra D apresenta o verbo provir, que se conjuga como o vir. Ora, se fosse o vir, seria se os jornais viessem; como é o provir, será se os jornais proviessem. A letra E apresenta o verbo querer, um verbo irregular, corretamente conjugado no imperfeito do subjuntivo, 3ª pessoa do plural. Resposta: B.   2. (Cesgranrio/Petrobras) O verbo grifado está corretamente flexionado na frase: a) Empresários do agronegócio manteram-se atentos às previsões de escassez de chuvas. b) Técnicos do governo creem que serão resolvidos os conflitos entre investidores e ambientalistas. c) O governo, atento às instáveis condições do mercado, interviu na cotação do dólar. d) Como sobreviram contratempos, foi inevitável a quebra da safra de grãos no ano passado. e) Técnicos preveram queda na arrecadação, devido às elevadas taxas de juros. Comentários: A letra A está errada. O verbo manter conjuga-se como o ter. Ora, se fosse o ter, seria os empresários tiveram, logo deve ser os empresários mantiveram-se. A letra B está correta. Segundo o Novo Acordo Ortográfico, o 1º e dos verbos crer, dar, ler e ver perde o acento circunflexo. A letra C traz o verbo intervir, que se conjuga como o vir, e não como o ver. Logo, é interveio e não interviu. A letra D apresenta o verbo sobrevir, que também se conjuga como o vir e não como o ver. Por isso, o correto é sobrevieram e não sobreviram. Na letra E, tem-se o verbo prever, que se conjuga como o ver – previram, e não preveram. Resposta: B.   3. (Cesgranrio/Petrobras) “Para que se DIGA...”, “que o governo GARANTA...”. Se em lugar dos verbos destacados, tivéssemos, respectivamente, os verbos PROVER e INTERVIR, as formas correspondentes seriam: a) proveja / intervinha b) prove / interveja c) provenha / intervisse d) proveja / intervenha e) provenha / interveja Comentários: Nesta questão, busca-se a conjugação dos verbos prover e intervir no presente do subjuntivo. Ora, neste tempo verbal em questão, o verbo prover se conjuga como o ver. Se fosse o verbo ver, seria que se veja; logo, com o prover será que se proveja. Já o verbo intervir conjuga-se como o vir em todos os tempos. Assim, se fosse o vir, seria que o governo venha, logo, com o intervir, será que o governo intervenha. Resposta: D.   Agora que você já aprendeu a correlação entre tempos primitivos e derivados, bem como a lógica de verbos que se conjugam como outros, precisamos dar uma especial atenção aos verbos de terminação -ear/-iar, que aparecem muito em concursos. Eles ensejam dúvidas do tipo: eu maqueio ou eu maquio? Eu penteio ou eu pentio? Ele freiou ou freou o carro?   Bons estudos!
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TEMPOS COMPOSTOS   Formam-se com os auxiliares TER ou HAVER mais Particípio. Na maioria dos casos, o nome do tempo composto quem determina é o verbo auxiliar. No Indicativo: Terei falado. (futuro do presente composto) Teria falado. (futuro do pretérito composto) Ter falado. (infinito composto) Tendo falado. (gerúndio composto) No Subjuntivo: Tiver falado. (futuro composto) No entanto, merecem atenção especial duas formas: 1. Pretérito perfeito composto: verbo auxiliar no presente mais o particípio. Indica a repetição ou continuidade de um fato iniciado no passado até o presente. Tem falado, tenho contado... 2. Pretérito mais-que-perfeito composto: verbo auxiliar no imperfeito mais particípio. É empregado como o simples, para expressar um fato já concluído antes de outro também no passado. Tinha falado, havia falado, tinha contado... Repare que, nessas formas, o nome do tempo composto não corresponde ao verbo auxiliar. Em concurso, quando o assunto é tempo composto, esses são os tempos mais pedidos.   Vamos a três questões de concurso que falam do assunto: 1. (Técnico Judiciário/TJ) “... que realmente havia levado a máquina para casa...”; a forma verbal em destaque equivale a: a) levava b) levou c) leva d) levara e) levasse Comentários: A forma verbal havia levado traz o verbo auxiliar (haver) no pretérito imperfeito, caracterizando, assim, o pretérito mais-que-perfeito do indicativo, que equivale à forma simples desse mesmo tempo. Resposta: D.   2. (Auxiliar Judiciário/TJ) “Publicidade oficial tem sido, quase sempre...”. O emprego do tempo verbal destacado expressa: a) uma ação ou estados permanentes ou assim considerados. b) um fato futuro, mas próximo. c) uma ação passada habitual ou repetida. d) uma ação produzida em certo momento do passado. e) a continuidade de um ato até o presente. Comentários: A forma destacada no enunciado tem o verbo auxiliar (ter) no presente do indicativo, o que caracteriza o pretérito perfeito do indicativo. Embora o auxiliar esteja no presente, repare que a ideia tem início no passado e vem até o momento presente. Se “Publicidade oficial tem sido, quase sempre...”, é porque essa ação vem ocorrendo, ou seja, não terminou no passado, se prolonga até o presente. Resposta: E.   3. (FGV/Perito Criminal da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro/2008 )“O público brasileiro tem ouvido, com alguma frequência, notícias a respeito de possível rebelião de países vizinhos contra aquilo que seus governantes chamam de dívidas ilegítimas.” No trecho acima, as formas verbais estão, respectivamente, no: a) presente do indicativo e presente do indicativo. b) presente do indicativo e presente do subjuntivo. c) presente do subjuntivo e presente do indicativo. d) pretérito perfeito do indicativo e presente do subjuntivo. e) pretérito perfeito do indicativo e presente do indicativo. Comentários: Trata-se de uma questão que busca a identificação dos tempos das formas verbais tem ouvido e chamam. Muitos alunos que erraram a questão marcaram a letra A, pois não perceberam que o verbo ter vinha seguido de particípio, formando, assim, um tempo composto. Ora, se o auxiliar vem no presente do indicativo mais particípio, estamos diante do pretérito perfeito composto do indicativo, enquanto a forma chamam está no presente do indicativo. Atente ao fato de que a banca também não menciona pretérito perfeito composto, e sim pretérito perfeito, o que torna a questão mais difícil. Resposta: E. Hoje, é muito comum que as provas contenham questões que requerem do aluno a conjugação de verbos no imperativo. Vamos recordar?   FORMAÇÃO DO IMPERATIVO Quando aparecem verbos que denotam ordem, pedido, desejo, súplica, temos o modo imperativo, que se forma da seguinte maneira: 1. Afirmativo: • tu e vós: retiradas do presente do indicativo com a supressão do S final. Fala (tu), falai (vós). • você, nós e vocês: retiradas do presente do subjuntivo sem alteração. Fale (você), falemos (nós), falem (vocês). Obs.: 1) Verbo ser: Sê tu / Sede vós; 2) Terminação -zer / -zir: faze ou faz tu; Conduze ou conduz tu. 2. Negativo: conjugação igual à do presente do subjuntivo, acrescentando-se a negativa antes da forma verbal. Não fales tu, não fale você, não falemos nós, não faleis vós, não falem vocês. Simples, não é? Então, vamos às questões. Há aquelas que só pedem que o candidato reconheça o modo imperativo nas frases, como a que se tem a seguir:   1. (FCC/TRF – 5ª Região) ... respeite pai e mãe... O verbo flexionado de modo idêntico ao do destaque acima está também grifado na frase: a) Todos desejavam que o recém-chegado se comportasse de acordo com os costumes locais. b) Esperava-se aceitação bem maior das novas deter minações estabelecidas pela instituição. c ) Leia este manual com bastante atenção, para conhecimento das normas de convivência da empresa. d) Sempre se soube que a organização de um grupo depende de regras, respeitadas por seus integrantes. e) É preciso que se observem as normas, para garantir uma convivência agradável em qualquer ambiente. Comentários: Na frase retirada do texto, observamos a presença do verbo respeitar (respeite) que denota uma ordem, um pedido. Temos aí a forma do imperativo afirmativo. Quando aparecem verbos no imperativo, o primeiro passo é observar a pessoa, porque, como vimos na teoria, as formas tu e vós são retiradas do presente do indicativo sem o S final. As outras formas (você, nós e vocês) são retiradas integralmente do presente do subjuntivo. Isso posto, na frase retirada do texto, o verbo (respeite) aparece flexionado na 3ª pessoa do singular (você). Na letra A, o verbo comportar--se está flexionado no pretérito imperfeito do subjuntivo. Na letra B, o verbo esperar aparece no pretérito imperfeito do indicativo. Na letra C, o verbo ler aparece com esse mesmo tom de imperativo (Leia este manual...) na 3ª pessoa do singular. Na D, o verbo depender aparece no presente do indicativo e, na E, no presente do subjuntivo. Resposta: C. Ainda quanto ao imperativo, há aquelas questões que trabalham na mesma frase a forma afirmativa e a negativa. Eis um exemplo:   2. (NCE-UFRJ/Ministério Público )“Recuse o convite e não troque o Brasil pela Itália.”; se, em lugar da terceira pessoa, o autor do texto empregasse a segunda pessoa do singular, as formas convenientes dos verbos seriam: a) recusa / não troca b) recusas / não trocas c) recusa / não troques d) recuse / não troca e) recuses / não trocas Comentários: Na frase retirada do texto, o verbo recusar aparece no imperativo afirmativo (3ª pessoa do singular) e o verbo trocar no imperativo negativo, antecedido do advérbio de negação não. O comando da questão pede para empregar a 2ª pessoa do singular. No imperativo afirmativo, as segundas pessoas (tu e vós) são retiradas do presente do indicativo sem o S final. Com o verbo recusar, então, ficaria recusa. Como o imperativo negativo é retirado integralmente do presente do subjuntivo, a 2ª pessoa do singular seria troques. Resposta: C.   3. (FGV) Quase Nada (Fábio Moon e Gabriel Bá. Folha de São Paulo, 28 de dezembro de 2008.) Assinale a alternativa com correta passagem da fala do segundo quadrinho para o plural. a) Acordais, gatos. b) Acordai, gatos. c) Acordem, gatos. d) Acordeis, gatos. e) Acordei, gatos. Comentários: Inicialmente, é preciso descobrir em que pessoa foi conjugada a forma de imperativo “acorda”, presente no 2º quadrinho. Ora, acorda é 2ª pessoa do singular – tu – presente do indicativo, sem o s. Assim, como o enunciado pede que se transponha a fala para o plural – vós, temos que ir também ao presente do indicativo e extrair o s: acordai. Resposta: B.   4. (FGV/Senado Federal – Analista Legislativo – Tradução e Interpretação/2008) “Mudar para vencer! Muda, Brasil!’, grita entusiasmado.” Assinale a alternativa em que se tenha a correta passagem para o plural e para a negativa da forma verbal do trecho grifado acima. a) Não mudas, Brasil! b) Não mudais, Brasil! c) Não mudai, Brasil! d) Não mudeis, Brasil! Comentários: A forma verbal em destaque no enunciado está no imperativo afirmativo (2ª pessoa do singular – tu). Ao se transportar ao plural – vós, no imperativo negativo (todo ele retirado do presente do subjuntivo), teremos a forma não mudeis, Brasil! Resposta: D.   FORMAS NOMINAIS Ao estudar conjugação verbal, é preciso que se dê especial atenção às formas nominais do verbo: infinitivo, gerúndio e particípio. São chamados de formas nominais tais tempos, porque, ao lado do seu valor verbal, podem desempenhar função de nomes (substantivo, adjetivo e advérbio). Assim, teríamos: Fumar é proibido. Aqui, o infinitivo exerce papel de substantivo, pois é sujeito do verbo ser. Tempo perdido. Nesse caso, o particípio exerce papel de adjetivo do substantivo tempo. Amanhecendo, partiremos. Aqui, o gerúndio apresenta um valor adverbial, pois indica circunstância de tempo à forma verbal partiremos. Vamos, então, estudar as formas nominais do verbo. Aproveite para observar as desinências características dessas formas, destacadas a seguir: Infinitivo – Gerúndio – Particípio Infinitivo: falar, beber, partir Gerúndio: falando, bebendo, partindo Particípio: falado, bebido, partido Importante: O infinitivo pode ser pessoal ou impessoal. O infinitivo pessoal é dividido em flexionado e não flexionado. Infinitivo flexionado: indica o agente da ação – falar, falares, falar, falarmos, falardes, falarem. Assim, teríamos: Para passares em concurso, é preciso estudo. Aqui, a desinência do infinitivo – res – indica que o agente da ação é tu. É um caso de infinitivo com desinência, com flexão. Infinitivo não flexionado: apresenta uma só forma para as seis pessoas (falar). É importante que estudemos para passar em concurso. Aqui, não há desinência para a forma de infinitivo, mas inferimos pelo verbo da oração anterior – estudemos – que o agente do infinitivo é nós. Logo, tem-se um infinitivo pessoal, com sujeito, mas sem flexão. Vale lembrar que a opção por não flexão é apenas uma forma de enfatizar a ação verbal, tendo em vista que o sujeito está claramente identificado na forma verbal estudemos. Observação: A flexão do infinitivo é assunto que deve ser estudado com mais profundidade em concordância verbal. O infinitivo impessoal enuncia uma ação vaga, indeterminada: É preciso acabar com a miséria no país. Repare que nessa forma do verbo não há a intenção de se mostrar o agente da ação. É o infinitivo com sujeito indeterminado: o infinitivo impessoal. Atenção: Em relação a esse assunto, o que se vê nas provas é o infinitivo em confronto com o futuro do subjuntivo. Nos verbos regulares, essas formas são idênticas. Exemplo: Infinitivo pessoal do verbo amar: amar, amares, amar, amarmos, amardes, amarem. Futuro do subjuntivo do verbo amar: amar, amares, amar, amarmos, amardes, amarem. Logo, vem a pergunta: como não confundi-los? Dicas: 1. Com conjunção, será sempre futuro do subjuntivo. Com preposição ou sem conectivo algum, será infinitivo. 2. Na dúvida, troque o verbo em questão por um outro irregular, que não apresente tal semelhança. Use, por exemplo, o verbo FAZER, que tem como infinitivo a forma fazer e como futuro do subjuntivo fizer. A seguir, veremos uma questão, com um índice de erro bastante acentuado, que buscava a distinção entre as duas formas: futuro do subjuntivo x infinitivo pessoal.   1. (NCE/Psicólogo) ... não se deve dizer mal de ninguém...; a frase em que a forma verbal destacada está no mesmo tempo e modo do verbo sublinhado é: a) Quando sair para a cidade, irei de táxi. b) Ao chegar à exposição, ficarei deslumbrado. c) Assim que lanchar, partirei. d) Se viajar, será de avião. e) Logo que puder, dormirei. Comentários: A forma dizer está no infinitivo impessoal, até porque, se estivesse no futuro do subjuntivo, seria disser. Nas letras A, C, D e E, os verbos estão no futuro do subjuntivo: observe a presença de conjunções quando (letra A) e se (letra D), bem como das locuções conjuntivas assim que (letra C) e logo que (letra E). Substitua mentalmente tais formas verbais por fizer (quando fizer, assim que fizer, se fizer, logo que fizer), e você terá a certeza de que elas estão no futuro do subjuntivo. Já na letra B, vemos a preposição a em ao chegar, o que indica que o verbo está no infinitivo. Basta trocar a forma verbal chegar por fazer e você terá certeza de que é infinitivo (ao fazer). Resposta: B. Além do infinitivo, convém darmos especial atenção ao uso do gerúndio, assunto muito comum nas provas de concursos públicos. Nesse caso, vale observar que o bom uso do gerúndio aconselha que o utilizemos para indicar uma ação que ocorra simultaneamente a outra, a fim de que não produza ambiguidade. Assim, teríamos: Andava pelas ruas sorrindo. Aqui, temos duas ações – andar e sorrir – que ocorrem ao mesmo tempo: bom uso do gerúndio. No entanto, devemos evitar construções do tipo: Escreveu o relatório, enviando-o ao gerente. Nesse caso, o gerúndio está sendo utilizado para indicar uma ação posterior a outra, o que é inadequado, por suscitar a seguinte dúvida: escreveu o relatório e, ao mesmo tempo, o enviou ao gerente, ou escreveu e depois o enviou ao gerente? O melhor seria não usar o gerúndio, e sim o pretérito perfeito: escreveu o relatório e o enviou ao gerente. Tal inadequação vem sendo trabalhada em algumas provas. Eis uma questão que nos servirá como exemplo:   2. (NCE/Corregedoria) “... que a roubou, ameaçando cortar a garganta do garoto”. O bom uso do gerúndio requer que sua ação seja simultânea à do verbo principal, como ocorre nesse segmento do texto. Assim, é exemplo de mau uso do gerúndio a frase: a) O assaltante gritou, abrindo a porta...”. b) O motorista acovardou-se, abaixando o vidro. c) O assaltante entrou, sentando-se no banco traseiro. d) O marginal ameaçou-o, mostrando a arma. e) O motorista obedeceu, acelerando o carro. Comentários: Nas letras A, B, D e E, observa-se o uso do gerúndio que indica uma ação concomitante a outra. Na letra A, o assaltante grita e abre a porta ao mesmo tempo; na letra B, o motorista se acovarda e abaixa o vidro simultaneamente; na letra D, ao mesmo tempo em que o marginal ameaça, ele mostra a arma; e na letra E o motorista obedece e acelera o carros simultaneamente. Todas elas indicam um bom uso do gerúndio. Já a letra C apresenta a ação de sentar no gerúndio, que não é concomitante e sim posterior à ação de entrar: temos um uso inadequado do gerúndio. Melhor seria dizer: o assaltante entrou e se sentou no banco traseiro. Resposta: C.   Para finalizar o estudo das formas nominais do verbo, vamos falar sobre o particípio. Quanto a esse assunto, vale focar dois pontos importantes: a) Há verbos que possuem duas formas de particípio: o regular (de terminação -do) e o irregular (que não possui terminação -do). Eis alguns exemplos: aceitar: aceitado, aceito; entregar: entregado, entregue; limpar: limpado, limpo; inserir: inserido, inserto; suspender: suspendido, suspenso; prender: prendido, preso; imprimir: imprimido, impresso. O que se convém é usar a forma regular do particípio com os verbos auxiliares ter e haver e a forma irregular com os auxiliares ser e estar ou em qualquer outra hipótese. Assim, teríamos como exemplo: Verbo aceitar: Duplo particípio regular (ter ou haver / tenho aceitado) irregular (ser ou estar / foi aceito) b) Em algumas questões, cobra-se o verbo vir e derivados nas formas do gerúndio e do particípio. Isso porque é o único verbo que tem gerúndio e particípio idênticos. Assim, teríamos: Eu estou vindo para casa. O verbo vir está no gerúndio. Basta substituí-lo por chegar: eu estou chegando. Eu tenho vindo muito a este lugar. Aqui, o verbo vir está no particípio. A troca por outro verbo no particípio pode ajudar você a chegar a tal constatação: eu tenho chegado. Essa coincidência de formas do verbo vir no gerúndio e particípio já foi trabalhada em algumas questões de provas. Observe:   3. (NCE-UFRJ/Ministério Público) Noticiando é forma do gerúndio do verbo noticiar; a frase em que a forma verbal destacada pode não estar no gerúndio é: a) As notícias estão chegando da Itália cada vez mais rapidamente. b) Transformando-se o ódio em amor, acabam-se as guerras. c) Vindo o resultado, os clientes começaram a protestar. d) Os jogadores italianos estão reclamando dos estrangeiros. e) O atleta viajou, completando sua missão. Comentários: Em todas as alternativas, exceto em uma, temos verbos que estão no gerúndio: chegando, transformando, reclamando e completando. Na letra C, vê-se o caso do verbo vir que, na frase em que se encontra, tanto pode estar no gerúndio (“Chegando o resultado...”) como pode estar no particípio (“Chegado o resultado...”). Observe que, no enunciado, houve o cuidado de se afirmar que se trata de uma forma que pode não estar no gerúndio: a própria frase é ambígua. Resposta: C.   Agora, vamos a uma questão que não permite ambiguidade e ilustra bem a semelhança das formas de gerúndio e particípio do verbo vir: 4. (NCE-UFRJ/Auxiliar de Cartório )Como sabemos, o morfema -NDO forma gerúndios, de que fazendo é um exemplo. O item em que a forma em maiúscula não corresponde a um gerúndio é: a) CHEGANDO os corpos, será feita a autópsia. b) Os médicos estiveram REALIZANDO exames. c) Os poetas tinham VINDO ao sepultamento do colega. d) TENDO tempo, todos participarão do exame. e) Ganhará dinheiro, VENDENDO bugigangas. Comentários: As letras A, B, D e E apresentam verbos no gerúndio: chegando, realizando, tendo e vendendo. Na letra C, temos o verbo vir no particípio: basta substituí-lo por chegar – os poetas tinham chegado... Resposta: C. Bem, agora que você já aprendeu a conjugar verbos em seus tempos simples e compostos; estudou os verbos terminados em -ear/-iar; entendeu como se conjuga o imperativo; e conheceu as formas nominais do verbo (ufa...), vale complementar seus estudos com um breve passeio pela semântica dos verbos. É nesse assunto que vamos aprender como se utilizam os principais tempos verbais e perceber como as bancas trabalham esses conceitos nas provas.   Bons estudos!
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A SEMÂNTICA DOS VERBOS   Modo Indicativo Expressa um fato real, de maneira definida. Divide-se nos seguintes tempos: a) Presente É empregado para expressar um fato que ocorre no momento em que se fala. Ex.: Guilherme está cansado. É algo que ocorre no momento em que se fala. Pode ser usado também para exprimir outras ideias: • descrever um fato permanente. Ex.: A Terra gira em torno do Sol. • expressar um hábito. Ex.: Fernanda estuda aos domingos. • conferir realidade a fatos passados. Ex.: Em 1.500 Cabral descobre o Brasil. • indicar futuro próximo. Ex.: Vou amanhã para Búzios. b) Pretérito imperfeito Pode ser utilizado para expressar: • fatos repetidos, frequentes, habituais no passado. Ex.: Quando era pequena, brincava de boneca. Observe que as duas ações que estão no pretérito imperfeito indicam fatos frequentes no passado. • uma ação que estava ocorrendo quando outra, geralmente no pretérito perfeito, aconteceu. Ex.: Pedro tomava banho quando o telefone tocou. Temos aqui duas ações pretéritas: a ação de tomar banho é durativa, enquanto a ação de o telefone tocar é instantânea, estando, pois, no pretérito perfeito. • uma ação planejada, esperada, e não realizada. Ex.: Pretendíamos ir até sua casa, mas não foi possível. c) Pretérito perfeito simples Expressa um fato que começou e terminou no passado, próximo ou distante. Ex.: Conversei com Andreia hoje (passado próximo) em 1990 (passado distante). d) Pretérito mais-que-perfeito É utilizado, em geral, para expressar um fato já terminado antes de outro no passado. Gosto de dizer que ele é o passado anterior ao pretérito perfeito. Ex.: Ele já estudara quando sua namorada ligou. Observe que há duas ações no passado: a ação de estudar ocorre antes da ação de ligar, daí ela vir no pretérito mais-que-perfeito. e) Futuro do presente Em geral, é usado para indicar um fato futuro em relação ao momento em que se fala. É um fato futuro, posterior ao presente. Ex.: Viajarei na próxima semana. Pode indicar também incerteza, dúvida: Ex.: Estaremos aqui juntos futuramente? f) Futuro do pretérito É utilizado nas seguintes situações: • para indicar um fato futuro em relação a outro no passado. Ex.: Ele disse que faria todos os deveres. Esse é o uso mais comum do futuro do pretérito: ele aqui vem combinado ao pretérito perfeito – disse – e indica uma ação futura, posterior a outra no passado. • para expressar dúvida, incerteza. Ex.: Quem estaria lá? Perceba que tanto o futuro do presente quanto o futuro do pretérito podem, portanto, indicar dúvida, incerteza. • para denotar desejo, em tom polido. Ex.: Gostaria de um café? Observe que, nesse caso, poderíamos até usar um verbo no presente do indicativo – aceita um café? – mas a frase perderia seu tom polido, educado.   Modo Subjuntivo Expressa um fato incerto, duvidoso ou até irreal. Suas principais subdivisões são: a) Presente Pode indicar semanticamente presente ou futuro. Exs.: É pena que eles estejam doentes. (possibilidade no presente) Espero que chova. (hipótese no futuro) b) Pretérito imperfeito Expressa uma ação posterior a outro fato na oração principal. Exs.: Duvidei que ele terminasse o trabalho. Gostaria que você trouxesse as crianças. Pode expressar também ideia de condição ou desejo. Ex.: Se ele viesse ao clube participaria do campeonato. c) Futuro Indica uma ação eventual (que pode ocorrer ou não) em um momento futuro. Ex.: Quando ele vier à loja, levará as encomendas.   EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (COM GABARITO NO FINAL) Complete as frases com a forma verbal solicitada entre parênteses 1. Se __________ verdadeiro em tuas pinturas... (IR – futuro do subjuntivo) 2. Se ___________ verdadeiro em vossas pinturas... (IR – futuro do subjuntivo) 3. Os pais não ______ onde deixar suas crianças. (TER – presente do indicativo) 4. Os pais só _______ as crianças quando se dispõem a brincar com elas. (ENTRETER – presente do indicativo) 5. Os pais só ______ as crianças quando voltam para casa. (REVER – presente do indicativo) 6. Os pais ________ as crianças depois que se ________ a voltar para casa. (REAVER – pretérito perfeito do indicativo / DISPOR – pretérito perfeito do indicativo) 7. Os pais não se ______ a ficar com as crianças quando estas lhes ________. (DISPOR – pretérito imperfeito do indicativo / CONTRADIZER – pretérito imperfeito do indicativo) 8. Os pais ________ as crianças quando ________ em seus maus costumes. (DESDIZER – pretérito perfeito do indicativo / INTERVIR – pretérito perfeito do indicativo) 9. Talvez no elevador do prédio não ________ mais do que cinco pessoas. (CABER – presente do subjuntivo) 10. Se outra pessoa ________ o mesmo mar, fará outra descrição. (VER – futuro do subjuntivo) 11. O motor do elevador _______ de São Paulo. (PROVIR – pretérito perfeito do indicativo) 12. Os economistas já ________ ao Governo os mais diversos planos de ação. (PROPOR – pretérito perfeito do indicativo) 13. O gerente só deve procurar-nos quando ________ seus conceitos sobre o mercado. (REVER – futuro do subjuntivo) 14. Ele não trabalhava; apenas se ________ lendo o futuro nas mãos dos amigos. (ENTRETER – pretérito imperfeito do indicativo) 15. Se ________ uma outra crônica, argumente que não há espaço nesta edição. (PROPOR – futuro do subjuntivo.) 16. Com a cooperação de todos, o jornalista _________ que havia condição de escrever a reportagem. (CRER – pretérito perfeito do indicativo) 17. Os candidatos só poderão se inscrever no concurso de crônicas se o ________. (REQUERER – futuro do subjuntivo) 18. Os alunos da minha escola jamais ________ incentivo para redigir textos em crônicas. (OBTER – pretérito perfeito do indicativo) 19. Se o autor _________ na questão, não ocorrerão críticas. (INTERVIR – futuro do subjuntivo) 20. Os burgueses só deixarão o poder quando isto lhes ________. (CONVIR – futuro do subjuntivo) 21. Quem se _______ ao regime não sobreviverá. (CONTRAPOR – futuro do subjuntivo) 22. Se a burguesia não ________ seu modo de vida, acabará arruinada. (REVER – futuro do subjuntivo) 23. Todas trabalhavam para que os nobres se ________ no ócio. (ENTRETER – pretérito imperfeito do subjuntivo) 24. Seria bom que a Igreja ________ o poder que detinha. (REAVER – pretérito Imperfeito do subjuntivo) 25. Essa necessidade _________ da atual carência de recursos nessa área. (ADVIR – presente do indicativo) 26. Essas caixas ________ objetos quebráveis. (CONTER – presente do indicativo) 27. Elas _______ aqui sempre que podem. (VIR – presente do indicativo) 28. Eles se ________ como os donos da verdade. (VER – presente do indicativo) 29. Se o país ________ o clima cultural dos anos 60... (REAVER – futuro do subjuntivo) 30. Se lhe ________ reunir o grupo para discutir, ficaremos contentes. (APRAZER – futuro do subjuntivo) 31. Se os jovens se ________ de votar, perderemos uma chance de mudar o atual quadro. (ABSTER – futuro do subjuntivo)   Gabarito: 1. fores; 2. fordes; 3. têm; 4. entretêm; 5. reveem; 6. reouveram / dispuseram; 7. dispunham / contradiziam; 8. desdisseram / intervieram; 9. caibam; 10. vir; 11. proveio; 12. propuseram; 13. revir; 14. entretinha; 15. propuser; 16. creu; 17. requerer; 18. obtiveram; 19. intervier; 20. convier; 21. contrapuser; 22. revir; 23. entretivessem; 24. reouvesse; 25. advém; 26. contêm; 27. vêm; 28. veem; 29. reouver; 30. aprouver; 31. abstiverem.   QUESTÕES DE CONCURSOS COMENTADAS Vamos às questões de concursos que tratam desse tema? A seguir, uma sequência de questões de semântica dos tempos e modos verbais e seus respectivos comentários.   1. (NCE-UFRJ / Ministério Público )A imprensa brasileira vem noticiando uma proposta milionária do Lazio da Itália, que pretende adquirir o passe do zagueiro Juan por 10 milhões de dólares. Este é o time cuja torcida já agrediu o jogador brasileiro Antonio Carlos, do Roma, e perdeu o mando de campo por incitamento racista em pleno estádio. Considerando que a ação de agredir o jogador brasileiro Antonio Carlos ocorreu antes de o Lazio perder o mando de campo, ação também passada, o verbo agredir deveria estar no: a) mais-que-perfeito do indicativo. b) imperfeito do indicativo. c) futuro do pretérito. d) imperfeito do subjuntivo. e) presente do subjuntivo. Comentários: Vale notar que se trata de duas ações no passado: a ação de a torcida agredir o jogador e a ação de o time perder o mando de campo. Considerando-se que a agressão ocorreu antes da perda do mando de campo, o verbo agredir deveria estar no pretérito mais-que-perfeito e não no pretérito perfeito, por indicar um passado anterior ao pretérito perfeito. Assim, a frase deveria ser: “Este é o time cuja torcida já agredira o jogador brasileiro Antonio Carlos, do Roma, e perdeu o mando de campo por incitamento racista em pleno estádio”. Resposta: A.   2. (TRT / Técn. Judic.) No período “Em contrapartida, o corajoso que se aventure, hoje, a ler os tratados morais de Santo Agostinho cogitará que a única felicidade possível vem com o assentimento do homem a uma moral objetiva, a qual respeita a natureza de todas as coisas criadas – e que o mal é, sempre, parasitário de algum bem que o transcende...”, a forma verbal flexionada para exprimir fato que deve ser entendido como uma conjectura é: a) aventure b) cogitará c) vem d) respeita e) transcende Comentários: Nas letras B, C, D e E, as formas verbais indicam fatos, pois os verbos estão no modo indicativo. Como a banca pedia uma forma verbal que indicasse conjectura, teríamos de achar uma que se apresentasse no modo subjuntivo, o que ocorreu com a forma aventure. Resposta: A.   3. (TRF) A opção em que a explicação dada para o sentido da forma verbal grifada está incorreta é: a) No século III a.C. chega o latim à Península Ibérica: presente histórico. b) Furacão mata 20 adultos e 3 crianças na Califórnia (manchete de jornal); presente com valor de pretérito. c) Eu aceitaria um cafezinho: futuro do pretérito indicando momento posterior a um tempo passado. d) Eu aceitava um cafezinho: pretérito imperfeito para indicar polidez. e) Eu aceito um cafezinho: presente simultâneo ao ato de fala. Comentários: Observe que a questão não trata de flexão verbal – aqui, não temos que julgar as formas verbais e verificar se vieram corretamente flexionadas. A questão espera que se julgue a explicação para o sentido da forma verbal grifada: trata-se de semântica dos tempos verbais. Na letra A, temos o presente do indicativo utilizado no lugar do pretérito perfeito, para atualizar acontecimentos históricos: é o chamado presente histórico. Na letra B, tem-se o presente do indicativo também substituindo o pretérito perfeito: é o presente no lugar do pretérito. Aqui, também estaria certo dizer “Furacão matou 20 adultos...”. Veja que interessante: é comum, principalmente na linguagem informal, usarmos um tempo em lugar de outro, o que não configura erro. Nas letras C e D, vemos uma intenção de se fazer um pedido utilizando-se de tom polido, o que nos faz perceber que tanto o futuro do pretérito quanto o pretérito imperfeito podem indicar polidez. Só que a letra C apresentou uma explicação errada para o uso do futuro do pretérito. A letra E apresenta o presente do indicativo indicando uma ação que ocorre no momento em que se fala. Resposta: C.   4. (TRF) Considerando as formas verbais grifadas nas cinco frases abaixo, assinale a afirmativa falsa: (1) Saiu o doente de quem Vanessa tomava conta. (2) Chegou o doente de quem Vanessa tomou conta. (3) Estamos afirmando hoje que amanhã viajaremos. (4) Afirmamos anteontem que ontem viajaríamos. (5) Afirmamos ontem que anteontem viajáramos. a) em 1, o verbo dá ideia de uma ação habitual de valor durativo. b) em 2, o verbo refere-se a um fato que ocorreu uma vez no passado. c) em 3, o verbo refere-se a um fato posterior ao presente. d) em 4, o verbo refere-se a uma ação posterior a um fato passado. e) em 5, o verbo refere-se a uma ação posterior a um momento passado. Comentários: Trata-se de uma questão de semântica dos tempos verbais. O que se busca é a explicação para cada forma verbal utilizada nas alternativas. Na letra A, tem-se o pretérito imperfeito indicando uma ação de continuidade, de repetição no passado. Na letra B, o verbo está no pretérito perfeito, indicando uma ação que começou e acabou no passado. Na letra C, observa-se o futuro do presente, que é uma ação futura, posterior à afirmação feita no presente: hoje afirmamos que amanhã viajaremos. Na letra D, tem-se o uso tradicional do futuro do pretérito: uma ação futura em relação ao pretérito perfeito – anteontem afirmamos que ontem viajaríamos. A letra E traz o pretérito mais-que-perfeito que, como vimos na teoria da nossa aula, indica uma ação anterior e não posterior a outra no pretérito perfeito: a ação de viajar ocorreu antes da ação de afirmar, na linha do tempo. Resposta: E.   5. (TRE / Anal. Judic.) Os tempos e os modos verbais apresentam-se adequadamente articulados na frase: a) Fôssemos todos atores, o culto das aparências será a chave que nos libertasse do nosso destino. b) Os atores sempre nos enganarão, a cada vez que encarnarem os personagens de que costumam se fantasiar. c) Enquanto o culto das aparências for a chave do sucesso, estaríamos todos preocupados com o papel que desempenhemos. d) Desde idos tempos os atores gozariam de uma admiração que só não será maior por conta da desconfiança que temos de todo fingimento. e) O autor estaria convencido de que nosso vizinho seja capaz de fingir tão bem quanto um ator, quando tivesse desfilado com um carro que não é seu. Comentários: Letra A: o primeiro verbo traz ideia de pretérito (está no imperfeito do subjuntivo). Logo, o segundo deve traduzir o mesmo valor semântico, ficando no futuro do pretérito, e não futuro do presente. Logo, a frase, para estar correta, deve ficar Fôssemos todos atores, o culto das aparência seria a chave que nos libertasse do destino. Letra B: o verbo enganarão está no futuro do presente. Logo, está mesmo correta a forma encarnarem, que é futuro do subjuntivo. Da mesma forma, está correta a construção costumam se fantasiar, cujo verbo auxiliar está no presente do indicativo, tempo correlato semanticamente ao futuro do presente. Letra C: o primeiro verbo da frase está no futuro do subjuntivo (for). Logo, o outro verbo, que está a ele correlato, deveria vir futuro do presente, não no futuro do pretérito, que é um futuro para o passado. Observe que não há problema algum quanto ao último verbo da frase (desempenhemos), que está no presente do subjuntivo, mas traz ideia de hipótese no futuro. Assim, uma sugestão de reescritura para essa frase seria: Enquanto o culto das aparências for a chave do sucesso, estaremos todos preocupados com o papel que desempenhemos. Letra D: nesse caso, o que temos de mudar mesmo é o tempo do primeiro verbo da frase... Não faz sentido dizer Desde idos tempos os atores gozariam... O jeito é colocar o primeiro verbo no presente do indicativo Desde idos tempos os atores gozam de uma admiração que só não é maior por conta da desconfiança que temos de todo fingimento. Letra E: mantendo o primeiro verbo no futuro do pretérito (estaria), uma boa sugestão seria modificar o segundo (seja), que está no presente do subjuntivo, mas deveria ficar no imperfeito do subjuntivo (fosse). Aí, não haveria problema em manter-se o terceiro verbo da forma como está. Entenda que o que oferecemos aqui é uma opção de reescritura para a frase, mas muitas vezes há outras formas de se corrigir a mesma informação. Resposta: B.   6. (TRT / Anal. Judic.) Está inteiramente adequada a articulação entre os tempos e os modos verbais na frase: a) Se a liberdade da imprensa fosse um direito apenas dos jornalistas, cada vez que se desrespeite a liberdade de imprensa a sociedade não terá como reclamar. b) Enquanto os jornalistas pensarem apenas em seus próprios interesses, não haveria como resguardar o direito da sociedade à livre informação. c) No caso de vir a ser desrespeitado o direito social à livre informação, jogar-se fora uma das principais características das democracias modernas. d) Espera-se que dos três grandes debates promovidos pela RDLI resultem propostas práticas, que venham a reforçar o direito à liberdade de imprensa. e) Ainda que houvesse uma absoluta liberdade para a circulação de idéias e de informações, será necessário lutar para que nada a ameaçasse. Comentários: Letra A: observe o primeiro verbo (fosse). Ele está no pretérito imperfeito do subjuntivo, ou seja, começa-se um período com um verbo com valor semântico de passado. Daí o erro nas formas verbais que vêm logo depois: desrespeite, terá. O certo seria dizer desrespeitasse (pretérito imperfeito do subjuntivo) e teria (futuro do pretérito). Ora, se o objetivo é falar do passado, não faz sentido utilizar verbos no presente do subjuntivo (desrespeite) e futuro do presente (terá). Letra B: o primeiro verbo está no futuro do subjuntivo (pensarem). Logo, não há sentido em se manter o verbo seguinte (haveria) no futuro do pretérito, já que não está se falando do passado, e sim do futuro. Adequada seria a substituição de haveria por haverá. Letra C: a locução verbal que inicia a frase (vir a ser desrespeitado) expressa valor semântico de futuro. Logo, correto seria dizer jogar-se-á fora..., e não o que se vê na frase. Letra D: o primeiro verbo do período está no presente do indicativo (Espera-se). Assim, os verbos seguintes também vieram no presente, só que do subjuntivo, pois expressam valor semântico de hipótese (resultem/venham). Construção correta, semanticamente simétrica. Letra E: houvesse é pretérito imperfeito do subjuntivo. Assim, o que se espera, na sequência, é futuro do pretérito (seria), e não futuro do presente (será). Falta, portanto, paralelismo semântico entre os tempos verbais. Resposta: D.   7. (TRT/AL – Técn. Adm.) Considere o emprego das formas verbais nas frases não produzem riqueza e que produzam riqueza. É correto afirmar: a) Ambas as frases apresentam o mesmo sentido, já que se emprega o mesmo verbo, com flexão idêntica. b) Na 2ª frase, o emprego da forma verbal indica uma possibilidade, enquanto na 1ª, o fato é real e concreto. c) A mudança de flexão entre produzem e produzam deve-se ao fato de uma forma ser negativa e outra, positiva. d) Houve equívoco na flexão do verbo, que admite apenas a forma produzem, registrada na 1ª frase. e) Ambas as formas encontram-se na voz ativa e não aceitam ser transpostas para a voz passiva. Comentários: Em semântica dos modos verbais, vimos que o modo Indicativo exprime, em geral, um fato certo, real. O Subjuntivo, um fato possível, provável. E o imperativo, ordem, convite, pedido, súplica. Em produzem, temos a forma do Indicativo e em produzam, Subjuntivo, o que faz que o sentido não seja o mesmo pela teoria exposta sobre a semântica dos modos verbais. Com isso, eliminamos as opções A, C e D. Na opção E, é incorreta a afirmação, pois os verbos que não admitem transposição de voz ativa para passiva seriam os intransitivos, transitivo indireto e de ligação. Como o verbo produzir, nas frases em que aparece, é transitivo direto, aceita voz passiva. Resposta: B.   8. Não há a devida correlação temporal das formas verbais em: a) Seria conveniente que o time ficasse sem saber quem era o adversário. b) É conveniente que o time ficaria sem saber quem é o adversário. c) Era conveniente que o time ficasse sem saber quem foi o adversário. d) Será conveniente que o time fique sem saber quem é o adversário. e) Foi conveniente que o time ficasse sem saber quem era o adversário. Comentários: Letra A: Seria é verbo ser no futuro do pretérito. Logo, faz todo sentido que o verbo correlato a esse esteja no pretérito imperfeito do subjuntivo (ficasse). Está adequada a correlação semântica entre os tempos verbais. Além disso, observe o verbo ser no final do período (era), que também tem valor semântico de passado (pretérito imperfeito do indicativo). Letra B: o primeiro verbo (é) está no presente do indicativo. Logo, não é coerente utilizar-se um verbo no futuro do pretérito na sequência do período (ficaria). Melhor teria sido dizer: É conveniente que o time fique sem saber quem é o adversário. Letra C: Era é pretérito imperfeito do indicativo. Assim, é semanticamente adequado utilizar-se o imperfeito do subjuntivo (ficasse) e o pretérito perfeito do indicativo (foi) na continuidade da frase. Letra D: o primeiro verbo do período está no futuro do presente (Será). Logo, é coerente utilizar-se o presente do subjuntivo (fique) logo depois. Afinal, o presente do subjuntivo, nessa frase, também apresenta valor semântico de futuro. Letra E: Foi é pretérito perfeito do indicativo. Assim, está correta a forma ficasse (imperfeito do subjuntivo), bem como a construção era (imperfeito do indicativo). Perceba que todas giram em torno do passado. Resposta: B.   9. (TRF da 5ª Região) Não __________ nos surpreender se a minoria econômica dominante _______ de prestar contas a quem mais ____________ Preenche corretamente as lacunas da frase acima a seguinte sequência de formas verbais: a) deveremos – deixou – venha a prejudicar b) devemos – deixa – esteja prejudicando c) deveríamos – deixou – prejudicaria d) deveríamos – deixe – prejudicaria e) devamos – deixasse – prejudicaria Comentários: Na letra A, para manter a ideia de futuro iniciada por deveremos, seria deixar e vier. Na B, repare que todas as formas estão no tempo presente (devemos, deixa e esteja), mantendo correlação entre os tempos verbais. Nas letras C e D, o futuro do pretérito (deveríamos) levaria os verbos, na sequência, ao imperfeito do subjetivo (deixasse, prejudicasse). Na letra E, seguindo a forma devamos (presente do subjuntivo), teríamos deixa, prejudique. Resposta: B.   QUESTÕES DE CONCURSOS PROPOSTAS (COM GABARITO NO FINAL) 1. (FCC) Assinale a alternativa em que a flexão verbal está correta. a) Ontem me entreti muito no circo. b) Aliás, o circo sempre entreteu todo mundo. c) O domador interviu numa briga entre leões. d) Se vocês virem que o circo é bom, vão logo lá. e) O palhaço entretia a criançada com alegria.   2. (FCC) Mesmo com prejuízo, o gerente ... a palavra e ... as condições do contrato, para que o cliente não se ... com ele. a) manteu – reviu – desavisse b) manteu – reveu – desaviesse c) manteve – reviu – desaviesse d) manteve – reviu – desavisse e) manteu – reveu – desavisse   3. (FCC) Como a alta ... de especulação, as autoridades monetárias não se ... a um papel apenas regulamentador e ... diretamente no mercado. a) proviu – ateram – interviram b) proveio – ativeram – interveram c) proveio – ateram – intervieram d) proviu – ativeram – intervieram e) proveio – ativeram – intervieram   4. (FCC) Sem que ninguém tivesse ___ o próprio menino ___ -se contra os falsos amigos. a) intervindo – precaviu b) intervindo – precaveio c) intervido – precaveu d) intervido – precaveio e) intervindo – precaveu   5. (FCC) A expressão verbal não está de acordo com as normas gramaticais. a) Os dois amigos desavieram-se por uma bagatela. b) A natureza proveu os animais por meios de defesa. c) Ela sempre creu nas minhas palavras. d) A polícia interviu naquela algazarra. e) Precavemo-nos contra as intempéries.   6. (FGV / Pol. Civil) Assinale o exemplo em que há erro na conjugação da forma verbal. a) O regulamento dizia: nunca odeies teus inimigos mortais! b) Hoje remedeio o que ontem não pude remediar. c) Ela sempre arria o jogo antes de o parceiro arriar o dele. d) Ocorreu o choque dos trens porque não freiaram a tempo. e) Passeastes com vossos primos pela praia?   7. (BNDES / Cesgranrio) A flexão do verbo macaquear está em desacordo com a norma culta na opção: a) Nós macaqueiamos a visão do português. b) O brasileiro macaqueia a visão do português. c) Talvez macaqueemos a visão do português. d) É possível que os brasileiros macaqueiem a visão do português. e) Os brasileiros macaqueiam a visão do português.   8. (TRT / Técn. Judic.) Reescrevendo o período “Vem até aqui, saúda teus pais; depois vai ao encontro de teus amigos”, na segunda pessoa do plural, tem-se: a) Venhai até aqui, saudai vossos pais; depois ide ao encontro de vossos amigos. b) Vinde até aqui, saudai vossos pais; depois vade ao encontro de vossos amigos. c) Vinde até aqui, saudai vossos pais; depois ide ao encontro de vossos amigos. d) Vem até aqui, saudais vossos pais; depois ide ao encontro de vossos amigos.   9. (Cesgranrio) No período “Fecha os olhos e esquece”, os verbos estão na segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo. Damos a seguir algumas variações desse mesmo período, mudando ora o tratamento, ora a forma do imperativo; uma delas é incorreta. Assinale-a: a) Não feches os olhos, nem esqueças. b) Fechai os olhos e esquecei. c) Feche V.Exª. os olhos e esqueça. d) Não fecheis os olhos, nem esqueçais. e) Não fechai os olhos, nem esquecei.   Texto A imprensa brasileira vem noticiando uma proposta milionária do Lazio da Itália, que pretende adquirir o passe do zagueiro Juan por 10 milhões de dólares. Este é o time cuja torcida já agrediu o jogador brasileiro Antonio Carlos, do Roma, e perdeu o mando de campo por incitamento racista em pleno estádio.   10. (Minist. Públ. / NCE-UFRJ )Considerando que a ação de agredir o jogador brasileiro Antonio Carlos ocorreu antes de o Lazio perder o mando de campo, ação também passada, o verbo agredir deveria estar no: a) mais-que-perfeito do indicativo. b) imperfeito do indicativo. c) futuro do pretérito. d) imperfeito do subjuntivo. e) presente do subjuntivo.   11. (TRT / Anal. Judic.) “... que realmente havia levado a máquina para casa...”; a forma verbal sublinhada equivale a: a) levava b) levou c) leva d) levara e) levasse   12. (TJ / Of. Just.) Atentando-se para a adequada articulação entre os tempos e os modos verbais, completa-se a frase Caso não fossem necessárias as instituições com o seguinte segmento: a) haverão os homens de tê-las criado? b) por que os homens as haverão de criar? c) tê-las-íamos criado? d) ainda assim as teremos criado? e) tê-las-emos criado?   13. (TRE / Anal. Judic.) Está inteiramente adequada a articulação entre os tempos e os modos verbais na frase: a) Se a liberdade da imprensa fosse um direito apenas dos jornalistas, cada vez que se desrespeite a liberdade de imprensa a sociedade não terá como reclamar. b) Enquanto os jornalistas pensarem apenas em seus próprios interesses, não haveria como resguardar o direito da sociedade à livre informação. c) No caso de vir a ser desrespeitado o direito social à livre informação, jogar-se fora uma das principais características das democracias modernas. d) Espera-se que dos três grandes debates promovidos pela RDLI resultem propostas práticas, que venham a reforçar o direito à liberdade de imprensa. e) Ainda que houvesse uma absoluta liberdade para a circulação de ideias e de informações, será necessário lutar para que nada a ameaçasse.   14. (Vunesp – Assistente Social) Assinale a alternativa em que todos os verbos estão conjugados segundo a norma-padrão. a) Absteu-se do álcool durante anos; agora, voltou ao vício. b) Perderam seus documentos durante a viagem, mas já os reaveram. c) Avisem-me, se vocês verem que estão ocorrendo conflitos. d) Só haverá acordo se nós propormos uma boa indenização. e) Antes do jantar, a criançada se entretinha com jogos eletrônicos.   15. (Vunesp TJ-MT – Técnico Judiciário) Indique a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho. Enquanto algumas pessoas _______ que o BlackBerry possibilitou que_______do escritório e passassem mais tempo com os amigos e a família, outras o acusaram de permitir que o trabalho se _______ em momentos de seu tempo livre. a) disseram, saíssem, infiltrasse b) diziam, saírem, infiltrar c) dizem, sairiam, infiltrasse d) dissessem, sairiam, infiltre e) diriam, saíssem, infiltraria   16. (Vunesp – TJ-SP – Analista de Sistemas) Considere o texto a seguir para responder à questão: Justiça absolve frentista acusado de participação em furto: O juiz Luiz Fernando Migliori Prestes, da 22ª Vara Criminal Central da Capital, julgou improcedente ação penal proposta contra frentista acusado de furto em seu local de trabalho. Segundo consta da denúncia, A. L. A. R. teria permitido que W. F. O., cliente do posto de gasolina, usasse a máquina de cartões de crédito do local para fazer saques, mesmo sabendo que o cartão era roubado. Ele afirmou que desconhecia a origem ilícita do cartão. Ao ser interrogado, W. F. O. caiu em contradição quando perguntado sobre a quantia paga ao funcionário para permitir as operações, fato que, no entendimento do magistrado, tornou o conjunto probatório frágil para embasar uma condenação. “Daí, insuficientes as provas produzidas para um decreto condenatório ante a falta de demonstração suficiente de que A. L. A. R. agiu com dolo, no que a improcedência da ação penal se impõe.” Com base nessa fundamentação, absolveu o frentista da acusação de furto qualificado. Considerado o contexto, assinale a alternativa em que a expressão destacada no 3º parágrafo é substituída, sem alteração do tempo verbal, por correta forma verbal e adequada colocação pronominal. a) contradiz-se b) contraditou-se c) se contradizeu d) se contraditou e) se contradisse   17. (Vunesp – 2013 – TJ-SP – Escrevente Técnico Judiciário) Assinale a alternativa em que todos os verbos estão empregados de acordo com a norma-padrão. a) Enviaram o texto, para que o revíssemos antes da impressão definitiva. b) Não haverá prova do crime se o réu se manter em silêncio. c) Vão pagar horas-extras aos que se disporem a trabalhar no feriado. d) Ficarão surpresos quando o verem com a toga... e) Se você quer a promoção, é necessário que a requera a seu superior.   18. (Vunesp – TJ-SP – Escrevente Técnico Judiciário) Na frase – … os níveis de pessoas sem emprego estão apresentando quedas sucessivas de 2005 para cá. –, a locução verbal em destaque expressa ação a) concluída. b) hipotética. c) futura. d) atemporal. e) contínua.   19. (Vunesp – Policia Civil – Aux. Necropsia) À televisão Teu boletim meteorológico me diz aqui e agora se chove ou se faz sol. Para que ir lá fora? A comida suculenta que pões à minha frente como-a toda com os olhos. Aposentei os dentes. Nos dramalhões que encenas há tamanho poder de vida que eu próprio Nem me canso em viver. Guerra, sexo, esporte – me dás tudo, tudo. Vou pregar minha porta: já não preciso do mundo. (José Paulo Paes, Prosas seguidas de Odes mínimas. Companhia das Letras, 1992) Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas de trecho adaptado da segunda estrofe, de tal forma que seja expressa a ideia de possibilidade, hipótese. A comida suculenta que eles __________ à nossa frente nós a __________ toda com os olhos. a) puseram / comemos b) põem / comíamos c) punham / comêramos d) punham / comíamos e) pusessem / comeríamos   20. (Vunesp – TJ-SP - Técnico em Informática) Assinale a alternativa em que a forma verbal destacada está no modo imperativo, assim como em: Sorria!. a) ... passeie pelo Facebook... (primeiro parágrafo) b) ... os retratos pintados pediam poses longas... (segundo parágrafo) c) Mas resta que nossos antepassados recentes... (terceiro parágrafo) d) Em tese, a valorização ajuda a alcançar o que é valori zado... (penúltimo parágrafo) e) De que se trata? (último parágrafo)   21. (Vunesp – TJ-SP – Advogado) Como executivo de um fundo de hedge, ele havia apostado contra as ações da Berkshire. No contexto em que está empregada, a oração – … ele havia apostado contra as ações da Berkshire. – pode ser correta- mente substituída por: a) … ele apostara contra as ações da Berkshire. b) … contra as ações da Berkshire foi apostado por ele. c) … as ações da Berkshire tinham sido apostadas por ele. d) … ele apostaria contra as ações da Berkshire. e) … ele teria apostado contra as ações da Berkshire.   22. (Técn. Judic. / PA) Caso a professora tratasse o aluno por tu, sua fala seria, corretamente: a) Escrevas na lousa a palavra Ética! b) Escrevei na lousa a palavra Ética! c) Escreveis na lousa a palavra Ética! d) Escrevais na lousa a palavra Ética! e) Escreve na lousa a palavra Ética!   23. (Fiscal / ICMS) Na frase do texto “A liberdade supõe a operação sobre alternativas”, o verbo irregular foi flexionado corretamente. Assinale a alternativa em que se apresenta flexão incorreta da forma verbal. a) Eles impunham condições para que o acordo fosse assinado. b) O julgador interveio na polêmica sobre os critérios de seleção. c) Não foi confirmado se a banca quereria dar à redação caráter eliminatório. d) Se os autores se disporem a ratear o valor, a publicação da revista será certa. e) É necessário que atentemos para a questão da mudança de paradigma científico.   24. (Aux. Oper. / Docas-SP) Oh! Santos És linda demais! Caso o tratamento dado à cidade de Santos fosse vós, o verso seria: a) És lindas demais! b) Sois lindas demais! c) Sois linda demais! d) Eres linda demais! e) Eres lindas demais!   25. (Guarda Port. / Docas-BA) Assinale a alternativa em que o tratamento tu tenha se construído em concordância com a norma culta. a) Querido, venhas ver a novela. b) Querido, vem ver a novela. c) Querido, vens ver a novela. d) Querido, vinde ver a novela. e) Querido, vindes ver a novela.   26. (Economista / Docas) Assinale a alternativa em que, não se manteve adequação à norma culta. a) Vós não conseguis fazer nada como vos solicito?! b) Tu não consegues fazer nada como te oriento?! c) Você não consegue fazer nada como lhe solicito?! d) Você não consegue fazer nada como o oriento?! e) Você não consegue fazer nada como o peço?!   27. (Economista / Docas) Dai-nos a Graça Divina. Assinale a alternativa em que se fez corretamente a passagem do verso acima para a forma negativa. a) Não nos deis a Graça Divina. b) Não nos dês a Graça Divina. c) Não nos dai a Graça Divina. d) Não nos dê a Graça Divina. e) Não nos dais a Graça Divina.   28. (Fiscal / ICMS) “Tá bom, então quando você voltar, traga um copo de água bem gelada para mim.” Assinale a alternativa em que a alteração da fala do homem NÃO tenha sido feita com adequação à norma culta. Não leve em conta possível alteração de sentido. a) Quando tu voltares, traz um copo de água bem gelada para mim! b) Quando vós voltardes, trazei um copo de água bem gelada para mim! c) Quando tu voltares, não tragas um copo de água bem gelada para mim! d) Quando vós voltardes, não tragais um copo de água bem gelada para mim! e) Quando vós voltardes, não trazeis um copo de água bem gelada para mim!   29. (Cepel / NCE) Sabemos que verbos são uma classe de palavras que apresenta variações em pessoa, número, tempo e modo; as formas verbais “elaborou” e “está distribuindo” são semelhantes somente em: a) pessoa, número, tempo e modo. b) pessoa, número e tempo. c) pessoa, número e modo. d) número, tempo e modo. e) pessoa e número.   30. (Minc / NCE) “...e de impedir que se consume o desastre...”; a forma verbal consume é cognata de: a) consumismo b) consumidor c) consumação d) consumo e) consumista   31. (Eletrobrás / NCE) “E tantas vezes vim aqui...”; a frase abaixo que apresenta uma forma INADEQUADA do verbo VIR é: a) Hoje vimos aqui para visitar a velha casa. b) Amanhã virão outros a visitar a mesma casa antiga. c) Quando virem outros, a casa não será a mesma. d) Antigamente vinha muito a esta casa. e) Eles não têm vindo a esta casa.   32. (CVM) “Se ele lesse, eu também leria”; a alternativa que apresenta uma frase com essa mesma estrutura, mas com forma verbal EQUIVOCADA é: a) Se ele trouxesse, eu também traria. b) Se ele aprovasse, eu também aprovaria. c) Se ele pusesse, eu também poria. d) Se ele viesse, eu também viria. e) Se ele mantesse, eu também manteria.   33. (CVM) A alternativa que completa corretamente as lacunas da seguinte frase é: “Quando __________ mais barato, o carro __________ um bem muito mais popular.” a) estivesse – era b) estiver – será c) esteja – era d) estivesse – será e) estiver – seria   34. (Docas Sant.) “...com o que sobrevém.”; a alternativa em que se encontra uma forma ERRADA do verbo vir ou de um de seus compostos é: a) Essas imagens não convêm à nossa campanha. b) Os filósofos intervieram na ideia de futuro paradisíaco. c) Essa concepção de futuro adveio da filosofia clássica. d) Todos esses dados proviram de uma pesquisa governamental. e) Vimos todos os dias a essas reuniões.   35. (Eletrobrás) “Medo de que a máquina nos telefone de volta e nos xingue...”; a forma verbal abaixo que, por não apresentar uma forma correta de presente de subjuntivo, NÃO poderia substituir as formas telefone ou xingue é: a) requeira – requerer b) provenha – provir c) proveja – prover d) intervinha – intervir e) refaça – refazer   36. (AGU) Em “não desmereçam valores sociais ou provoquem discriminação”, as formas verbais destacadas estão no presente do subjuntivo. O item em que há um erro na forma de presente do subjuntivo do verbo indicado é: a) averigue (averiguar) – traga (trazer) b) provenha (provir) – mantenha (manter) c) requeira (requerer) – intervenha (intervir) d) reaveja (reaver) – atue (atuar) e) detenha (deter) – caiba (caber)   37. (Comiss. Inf. Juv. / NCE) “Até lá, que o menos abandonado não chateie...”; se colocarmos o verbo sublinhado na primeira pessoa do plural, do mesmo tempo verbal, a forma correta é: a) chateiemos b) chatiemos c) chateemos d) chatiamos e) chateiamos   38. (CEPL / NCE) Extinto é uma das formas de particípio do verbo extinguir; o verbo abaixo que NÃO possui duas formas possíveis de particípio é: a) escrever b) matar c) morrer d) gastar e) pegar   39. (Finep / NCE) Na frase “O autor do texto pensa que a Terra se tornará inviável”, criada a partir do tema do texto, a correspondência de tempos verbais INADEQUADA correspondente, respectivamente, a pensa e se tornará é: a) pensou / se tornaria b) tinha pensado / se tornaria c) pensava / tornará d) pensará / se tornará e) teria pensado / se tornaria   40. (Antt / NCE) “Onde havia estado anteriormente e morara algum tempo”; se quiséssemos substituir a primeira forma verbal sublinhada a fim de que tivesse a mesma forma simples da segunda, deveríamos escrever: a) estava b) estaria c) esteve d) estivera e) tinha estado   41. (CVM) Entre as mensagens abaixo, a única que está de acordo com a norma escrita culta é: a) Veja os celulares fantásticos reservados para você. Telefona já! b) Mostra que você trabalha com a cabeça. Invista em ações! c) Pensa primeiro em ti mesmo e seja feliz! d) Não desconsidere o inimigo. Trate sempre de sua proteção. e) Em caso de dirigir, não beba. Fala com um amigo para te levar em casa.   42. (Eletronorte / NCE) A oração abaixo em que a forma sublinhada NÃO corresponde ao gerúndio é: a) A hipocrisia vem crescendo no seio das elites. b) Falando sobre qualquer coisa, os homens querem parecer mais do que são. c) Nem todos os exemplos de hipocrisia têm vindo das elites. d) Partindo dos argumentos apresentados, o autor se posiciona contra a hipocrisia. e) Nem todos os artigos deste livro estão tratando de problemas sociais.   43. (Técn. Judic.) “...não se sabendo onde acaba a administração pública e começa a sociedade.”; o verbo saber é verbo irregular, com alterações no radical e nas desinências, em comparação com os parâmetros de sua conjunção. O item cuja forma é de formação regular é: a) soubermos. b) sabido. c) saiba. d) soubesse. e) sei.   44. (Cetro / Prefeitura de Campinas - Administrador) Leia as orações abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas. I. Não se ________ e contou a surpresa para o aniversariante. II. O chefe ________ na discussão dos colegas de departamento. III. Se eu quisesse desta forma, eu mesma ________ feito. IV. Depois de muita balburdia, a mulher ________ seus pertences. a) conteu / interviu / tinha / reaveu. b) conteve / interviu / tinha / reaviu. c) conteve / interveio / teria / reouve. d) conteve / interveio / teria / reaveu.   45. (MPE / Técn. Sup.) Os verbos da frase “Se eles se casarem e vierem para cá com os filhos, serão bem-vindos”, estão no futuro simples. Uma das opções abaixo transpõe corretamente os três verbos para suas formas compostas equivalentes. Assinale-a: a) tiverem casado – houverem vindo – terão sido b) tivessem casado – houvessem vindo – hão sido c) houverem casado – tiverem vindo – serão tidos d) estiverem casados – forem vindos – ficarão sendo e) houvessem casado – tivessem vindo – teriam sido   46. (MPE) Uma das regras do emprego do gerúndio recomenda que ele seja empregado quando indicar “contemporaneidade entre a ação expressa pelo verbo principal e o gerúndio”; observe as seguintes frases: I. “Quero registrar a triste situação por que passam milhões de crianças brasileiras, em sua maioria desassistidas, desnutridas, sem educação básica, CAMINHANDO rumo a um futuro incerto e infeliz.” II. “Os menores do Brasil, desassistidos em seus lares, ganham as ruas em busca de uma forma de vida, CAINDO nas malhas da prostituição...” III. “Mesmo assim, tal atividade deve ser reconhecidamente leve, EXCLUINDO-se, por exemplo, o trabalho exercido nas indústrias, nas oficinas e na agricultura.” A(s) frase(s) em que essa norma foi desrespeitada é (são): a) I – III b) I – II c) II – III d) I e) II   (Cespe-UnB) Julgue as alternativas a seguir, com C (certo) ou E (errado). Acredita-se, também, que exista somente uma língua de sinais no mundo, mas há várias. Brasil e Portugal, por exemplo, possuem línguas de sinais diferentes. 47. Em “Acredita-se, também, que exista somente uma língua de sinais no mundo, mas há várias” a substituição da forma verbal “exista”, no presente do subjuntivo, pela forma verbal “existe”, no presente do indicativo, manteria a correção gramatical do período. O mundo do trabalho tem mudado numa velocidade vertiginosa e, se os empregos diminuem, isso não quer dizer que o trabalho também. Só que ele está mudando de cara. Como também está mudando o perfil de quem acaba de sair da universidade, da mesma forma que as exigências da sociedade e – por que não? – do mercado, cada vez mais globalizado e competitivo.   48. A opção pelo emprego das formas verbais “tem mudado” e “está mudando” indica que a argumentação do texto mostra as mudanças do “trabalho” como durativas, estendidas no tempo. O crescimento mundial da consciência ambiental está aumentando na sociedade o desejo de consumir produtos ambientalmente saudáveis.   49. Na linha 2, a forma verbal “consumir” poderia estar flexionada no plural – consumirem –, sem prejuízo para a correção gramatical do texto. Do ponto de vista do “pai de família pobre” da década de 1920 ou 1930, o Estado aparece como aquele que deve prover os cidadãos do conforto material mínimo à sobrevivência, na forma de emprego ou de outras condições mais diretas, como moradia, saúde ou educação. Não se trata de emitir um juízo de valor sobre esta concepção, mas de constatar sua existência.   50. O infinitivo verbal “emitir” não admite emprego na flexão plural por concordar com “um juízo”.   Gabarito: 1. d; 2. c; 3. e; 4. e; 5. d; 6. d; 7. a; 8. c; 9. e; 10. a; 11. d; 12. c; 13. d; 14. e; 15. e; 16. e; 17. a; 18. e; 19. d; 20. a; 21. a; 22. e; 23. d; 24. c; 25. b; 26. e; 27. a; 28. e; 29. c; 30. c; 31. c; 32. e; 33. b; 34. d; 35. d; 36. d; 37. c; 38. a; 39. c; 40. d; 41. d; 42. c; 43. b; 44. c; 45. a; 46. e; 47. errado; 48. certo; 49. errado; 50. errado.   Bons estudos!
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PRONOMES   O primeiro conceito importante que se deve saber sobre pronomes é que eles podem desempenhar funções adjetivas, quando se referirem a substantivos (pronomes adjetivos), ou funções substantivas, quando ocuparem o lugar do substantivo (pronomes substantivos). É exatamente assim: um pronome, além de ser classificado como relativo, demonstrativo, possessivo etc., pode ser substantivo ou adjetivo. Exemplo: Este produto é importado_____________Isto é importado pronome adjetivo___________________pronome substantivo Observe uma questão de concurso que trabalhou essa nomenclatura.   1. (TRT/RJ) A alternativa em que o pronome indefinido exerce função substantiva é: a) de uma etnia e de uma cultura. b) que exterminassem as demais. c) depois de vários séculos. d) marcada muitas vezes. e) nenhum grupo pode. Comentários: Na letra A, uma refere-se a etnia e cultura, sendo artigo indefinido; na letra C, vários acompanha o substantivo séculos, classificando-se como pronome indefinido em função adjetiva; na letra D, muitas se refere a vezes, é pronome indefinido adjetivo também; na letra E, o pronome indefinido nenhum se refere ao substantivo grupo, e exerce, portanto, função adjetiva. Apenas na letra B, o pronome indefinido demais não acompanha substantivo: aparece no lugar dele, antecedido pelo artigo as. Daí exerce uma função substantiva. Resposta: B. Os pronomes podem ser: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e relativos.   9.1. PRONOMES PESSOAIS Designam as três pessoas do discurso. Classificam-se em retos e oblíquos. Pessoa Caso reto Caso oblíquo Átono Tônico 1ª eu me mim, comigo 2ª tu te ti, contigo 3ª ele se, o, a, lhe si, consigo, ele, ela∗ 1ª nós nos * nós, conosco 2ª vós vos * vós, convosco 3ª eles se,os, as, lhes si, eles, elas* *Ele, nós, vós, eles: quando oblíquos sempre preposicionados. Ex.: Ora se dirigia a nós, ora a eles. Observação: Quando os verbos terminam em r, s, z e os pronomes pedidos são o(s), a(s), ocorre a queda daquelas terminações, acrescentando-se o l (lo(s), la(s)); quando os verbos terminarem em som nasal (m ou til), acrescenta-se o n (no(s), na(s)). Ex.: Quero comprá-las. (= comprar + as) / Expusemo-la. (Expusemos + a) / Fê-los com rapidez. (Fez + os) / Trouxeram-no (Trouxeram + o).   9.1.1. Retos Funcionam, na maior parte dos casos, como sujeito ou predicativo. Ex.: Tu não és eu. / O fato de ele reconhecer o erro... suj. p.s. suj. 9.1.2. Oblíquos Funcionam, geralmente, como complemento (objeto direto, objeto indireto, complemento nominal). Ex.: Vi – o na rua. / Obedeci-lhe. / A decisão lhe foi favorável. o.d. o.i. c.n Agora vamos a alguns exercícios de fixação para apreender a teoria exposta sobre os pronomes pessoais retos e oblíquos. Nas questões de prova, observamos que esse assunto aparece por meio de reescritura, daí a importância de se associar a classe à função que ela desempenha na frase. Lembre-se: os pronomes pessoais retos funcionam, em geral, como sujeito, e os oblíquos como complementos de verbo ou de nome. I. Use eu/tu, mim/ti. 1. Você só sairá se _________ permitir. Comentários: aqui aparecem dois verbos. Para todo verbo, temos de achar um sujeito. O sujeito de sairá é Você. Fica faltando o sujeito para o verbo permitir, daí o uso do pronome pessoal reto eu. Resposta: eu.   2. Nenhum problema surgiu entre ______ e o teu chefe. Comentários: nesta frase observamos que aparece apenas um verbo – surgiu – com seu respectivo sujeito Nenhum problema. Logo, teremos de usar o complemento mim. Resposta: mim.   3. Entre ________ pedir e você atender... Comentários: neste período aparecem dois verbos: pedir e atender. O sujeito de atender é você. Ficaria faltando o sujeito do verbo pedir, por isso, teremos de completar a lacuna com o pronome pessoal reto eu. Resposta: eu.   4. Houve muitos desentendimentos entre _____ e _____. Comentários: aqui aparece apenas o verbo Houve, com o sentido de existir. Quando o verbo haver aparece com esse sentido, temos um caso de oração sem sujeito, logo não poderemos completar as lacunas com sujeito, e sim com complementos mim e ti. Respostas: mim e ti.   II. Substitua o termo em destaque pelo pronome correspondente.   1. O movimento visa encontrar soluções. Comentários: o termo destacado exerce a função de objeto direto de encontrar. Ao se reescrever a frase, o objeto, que é um complemento de verbo, será substituído por um pronome oblíquo correspondente – las. Lembre-se de que quando o verbo termina em r, s ou z e os pronomes pedidos são o(s), a(s), cortam-se aquelas terminações e acrescenta-se o l. Resposta: encontrá-las.   2. Deixaram as chaves no carro. Comentários: outra vez o termo destacado funciona como complemento de verbo, portanto, usaremos o pronome oblíquo átono correspondente. Como a terminação é em som nasal, acrescenta-se o n. Resposta: Deixaram-nas.   3. Faltaram os aplausos no fim do espetáculo. Comentários: repare que nesta frase a expressão destacada funciona como sujeito do verbo faltar. Por isso, o uso do pronome reto correspondente – eles – na função de sujeito. Resposta: Faltaram eles ou, na ordem direta, Eles faltaram.   4. A violência começa a gerar expectativas. Comentários: nesta frase as expressões destacadas funcionam, respectivamente, como sujeito e objeto direto. Reescrevendo o sujeito A violência, temos o pronome reto ela; reescrevendo o objeto direto expectativas, o pronome oblíquo correspondente -las. Respostas: Ela e gerá-las.   9.1.2.1. Colocação dos pronomes oblíquos átonos me – te – se – o(s) – a(s) – lhe(s) – nos – vos Próclise: quando o pronome átono aparece antes do verbo. Ex.: Eu o ajudei naquela difícil tarefa. Mesóclise: quando o pronome átono aparece no meio do verbo. Ex.: Ajudá-lo-ei naquela difícil tarefa. Ênclise: quando o pronome átono aparece após o verbo. Ex.: Ajudei-o naquela difícil tarefa. Observamos que a possibilidade de se usar o oblíquo átono é muito maior do que a proibição. Portanto, estudaremos aqui os casos em que o uso do pronome átono é proibido.   É proibido: a) iniciar oração com oblíquo átono; Exs.: Me espere hoje às seis horas. (errado) Espere-me hoje às seis horas. (certo) b) colocá-los após futuros e particípio. Exs.: Direi-te a verdade. (errado) Havia falado-me a verdade. (errado) Dir-te-ei a verdade. (certo) Havia-me falado a verdade. (certo) Observações: 1. Havendo palavra invariável (palavra que não tem feminino nem plural – que, quem, caso, se, em, ninguém, alguém, tudo...) antes do verbo, próclise. Ex.: Para me responder... / Não te ouvi. Na locução verbal, se aparecer palavra invariável e o pronome vier preso ao auxiliar por hífen, estará errada a construção. Ex.: Ninguém queria-me ouvir. (errado) Ninguém me queria ouvir. (certo) Ninguém queria me ouvir. (certo: mesmo havendo palavra indefinida, o pronome pode ficar proclítico ao verbo principal) 2. Após infinitivo, sempre certo o uso do pronome átono. Ex.: Para responder-me... Ninguém queria ouvir-me. 3. Com conjunção coordenativa (e, ou, mas, ...): próclise ou ênclise. Ex.: Chegou e se deitou ou Chegou e deitou-se. Antes das questões de concursos, vamos fixar as regras de colocação pronominal. Use o pronome oblíquo átono entre parênteses em todas as posições possíveis. Quando houver caso de mesóclise, escreva ao lado a forma correta. 1. _____ dize _____ com quem andas, _____ direi _____ quem és. (me/te) Comentários: observe que nas duas passagens os verbos dão início às orações. Como não podemos iniciar oração com pronome oblíquo átono, usaremos a ênclise no primeiro caso e a mesóclise no segundo. Resposta: Dize-me e dir-te-ei. 2. _____ caberia _____ mostrar patriotismo (lhe). Comentários: neste caso, não podemos usar a próclise por ser início de oração, mas também não podemos usar a ênclise já que o verbo aparece no futuro, o que, nos dois casos, consistiria erro. Aqui a única possibilidade é a mesóclise. Resposta: Caber-lhe-ia. 3. O dinheiro que _____ entreguei _____ era meu. (lhe) Comentários: nesta frase, a palavra que, invariável, atrai o pronome oblíquo átono. Resposta: que lhe entreguei. 4. Os falantes de português _____ tornaram _____ maioria no litoral brasileiro. (se) Comentários: aqui as duas formas estão corretas porque não há nenhuma proibição. Não é início de oração, o verbo não está no futuro nem há palavra invariável antes do verbo que obrigaria uso da próclise. Portanto, próclise ou ênclise. Resposta: se tornaram ou tornaram-se. Agora, algumas questões de concursos anteriores comentadas.   Bons estudos!
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Exercícios   1. (FCC/TRF-SP) Devaneios, quem não tem devaneios? Têm devaneios as crianças e os jovens, dão aos devaneios menos crédito os adultos, mas é impossível abolir os devaneios completamente. Evitam-se as indesejáveis repetições da frase anterior substituindo-se os elementos em destaque, na ordem dada, por: a) os tem – Têm-lhes – dão-lhes – abolir-lhes b) tem eles – Têm-nos – dão-lhes – abolir-lhes c) os tem – Têm eles – dão-nos – aboli-los d) tem a eles – Os têm – dão a eles – abolir a eles e) os tem – Têm-nos – dão-lhes – aboli-los Comentários: Vimos na teoria que questões de reescritura por meio de pronome pessoal obedecem a um padrão: o sujeito é substituído por pronome pessoal reto e o complemento, por pronome pessoal oblíquo. Além disso, quando os pronomes pedidos são o(s), a(s) (objetos diretos), dependendo das terminações, viram lo(s), la(s) ou no(s), na(s). Nesta questão, devaneios, em todas as passagens, funciona como objeto dos respectivos verbos. Nas 1ª e 2ª ocorrências, é objeto direto de tem. Na 3ª, é objeto indireto de dão (veja a presença da preposição) e na 4ª, objeto direto de abolir. Como os pronomes usados são os oblíquos átonos, além do uso, temos de atentar para a colocação. No primeiro caso, o não atrai o pronome (não os tem). Nos segundo e terceiro casos, iniciam oração (Têm-nos) e (dão-lhes). Na quarta ocorrência, nada proíbe o uso da próclise ou da ênclise (... impossível os abolir ou aboli-los). Resposta: E.   2. (FCC/TRT – 18ª Região) As eleições são importantes, mas não se empreste às eleições um valor absoluto, ainda que muitos ainda vejam as eleições como finalidade última do processo democrático, sem falar nos que consideram as eleições uma aborrecida obrigação. Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os elementos destacados, respectivamente, por: a) se lhes empreste – as vejam – as consideram b) se as empresta – as vejam – lhes consideram c) se empreste-lhes – vejam-nas – lhes consideram d) se empreste a elas – lhes vejam – as consideram e) se lhes empreste – vejam-lhes – consideram elas Comentários: Aqui, logo pela primeira passagem, ao usar o oblíquo átono, por causa da palavra invariável se, ficaríamos apenas com duas opções: A e E. Lembre que o pronome átono lhe, como complemento de verbo, substitui o objeto indireto (emprestar um valor absoluto às eleições). Nas outras ocorrências, eleições funciona como objeto direto dos respectivos verbos. Quanto à colocação, próclise nos dois casos, pois as palavras invariáveis ainda e que atraem os pronomes átonos. Na letra D, estaria correto o uso do oblíquo tônico a elas, já que substitui o objeto indireto, com preposição, pois. Mas a passagem lhes vejam estaria errada. Resposta: A.   3. (FCC/PMSAL – Guarda Municipal )O autor explica ao leitor mais jovem quem eram os guardas-noturnos, como a população admirava os guardas-noturnos, como confiava aos guardas- noturnos a tarefa de velar pelo sono de todos, como tomava os guardas-noturnos como exemplo de dedicação profissional. Evita-se o uso abusivo de repetições na frase acima substituindo-se os elementos destacados, respectivamente, por: a) admirava eles – confiava neles – os tomava b) os admirava – lhes confiava – os tomava c) lhes admirava – os confiava – tomava a estes d) admirava-os – confiava-lhes – tomava-lhes e) admirava-lhes – lhes confiava – lhes tomava Comentários: Nas primeira e terceira passagens, guardas-noturnos aparece como objeto direto (sem preposição) dos verbos admirar e tomar. Na primeira, como nada proíbe (veja a teoria) a próclise ou a ênclise, caberiam “... a população os admirava” ou “... a população admiravaos”, mas na terceira a palavra como (invariável) atrai o pronome átono (como os tomava). Na segunda ocorrência, esse mesmo vocábulo aparece como objeto indireto, daí a substituição por lhe. A próclise se dá por causa da presença da palavra como (invariável). Resposta: B.   9.1.2.2. Reflexivos Referem-se à mesma pessoa, correspondendo a a mim mesmo, a si mesmo etc. Exs.: Eu me cortei. / Ele se feriu. / Olhou-se no espelho. / Trazia consigo as lembranças do passado. 9.1.2.3. Recíprocos Indicam ideia mútua, recíproca, correspondendo a um ao outro. Exs.: Eles se abraçaram. Os namorados olhavam-se apaixonadamente.   Vejamos um exemplo de questão. 1. (NCE/TJ – Analista Judiciário) “As verdades filosóficas se contradizem...” O item a seguir em que o SE apresenta valor idêntico àquele que possui nesse segmento da frase acima: a) Procura-se um meio de fazer o homem menos cético. b) Os homens modernos esconderam-se da verdade. c) Pascal se declarou irracionalista. d) A ciência e a fé se digladiam. e) As doutrinas filosóficas queixam-se do ceticismo moderno. Comentários: A partícula se do enunciado funciona como pronome recíproco (uma verdade contradiz a outra). Na letra A, o se é pronome apassivador (um meio é procurado). Em vozes verbais falaremos sobre ele. Nas opções B e C, o pronome funciona como reflexivo (“esconderam a si mesmos” e “declarou ele mesmo irracionalista”). Na opção D, é recíproco, pois uma se digladia com a outra. Na E, o verbo em questão é queixar-se (pronominal), sendo o pronome parte integrante do verbo. Resposta: D.   9.2. PRONOMES DE TRATAMENTO Certos vocábulos ou locuções valem por pronomes pessoais. São os pronomes pessoais de tratamento. Referem-se à segunda pessoa, mas o verbo e os pronomes correspondentes vão para a 3ª pessoa. Exs.: Você, Senhor, Senhora, Vossa Excelência, Vossa Eminência etc.   Vejamos um exemplo de questão. 1. (FCC/TRT – 2ª Região – Téc. Judic.) Considere o final de uma reivindicação dos moradores de um bairro, dirigida ao prefeito da cidade: “Esperamos que ________, senhor prefeito, _______ verificar as condições por nós apontadas, e que sejam tomadas as medidas necessárias no sentido de solucionar tais problemas... A _______ dispor, atentos às providências, Os moradores.” As lacunas estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por: a) V.Sa. – mandeis – vosso b) V.Exa. – mande – seu c) V.Exa. – mandeis – seu d) V.Sa. – mande – vosso e) V.Exa. – mande – vosso Comentários: Esta é uma questão que trata do emprego dos pronomes de tratamento. Usamos V.Exa para altas autoridades (presidentes, governadores, ministros, prefeitos...). Além disso, os verbos e os pronomes correspondentes vão para a 3ª pessoa (mande e seu). Resposta: B.   9.3. PRONOMES POSSESSIVOS São aqueles que indicam a posse em referência às três pessoas do discurso: 1ª pessoa: meu(s), minha(s), nosso(s), nossa(s) 2ª pessoa: teu(s), tua(s), vosso(s), vossa(s) 3ª pessoa: seu(s), sua(s) Quanto aos pronomes possessivos, atenção: Há duas maneiras de indicar a posse no discurso: utilizando-se de um pronome possessivo ou por meio de um pronome oblíquo átono com valor possessivo. Assim, teríamos: Beijou-lhe a face. (Beijou a sua face) Beijou-me a face. (Beijou a minha face) À noite, apareceram-lhe em casa alguns amigos. (em sua casa) É exatamente isso: um pronome oblíquo átono pode ter o mesmo valor semântico que um pronome possessivo. A seguir, alguns exemplos. Assinale as opções em que o pronome lhe apresenta o mesmo valor significativo que possui em “uma espécie de riso sardônico e feroz contraía-lhe as negras mandíbulas.”: Observe que aqui o que se pede é o pronome oblíquo átono com valor de posse. Nesse caso, ele irá sempre se referir a um substantivo e poderá ser substituído por um outro pronome possessivo. a) A mãe apalpava-lhe o coração. (Isso é o mesmo que a mãe apalpava o seu coração, o coração dele.) b) Aconteceu-lhe uma desgraça. (Aconteceu uma desgraça a ele, e não dele.) c) Tudo lhe era indiferente. (Tudo era indiferente a ele.) d) Afastou-lhe os cabelos. (Afastou os seus cabelos, os cabelos dele.) e) Ao inimigo, não lhe nego perdão. (Não nego perdão a ele, e não o perdão dele.) f) Não lhe contei o segredo. (Não contei o segredo a ele.) g) Apertou-lhe gentilmente a mão. (Apertou a sua mão, a mão dele.) Resposta: as alternativas que apresentam pronomes oblíquos com valor possessivo são A, D e G.   Vejamos como esse assunto aparece nas provas. 1. (Cespe/UnB/MTE) Assinale a opção em que o pronome “lhe” não tem o mesmo sentido que em: “O tempo arrebata-lhe a garganta”. a) Afagou-lhe os cabelos com amor. b) A luz sempre lhe afugenta o sono. c) O marido sempre lhe nega a resposta. d) Ajeitou-lhe o colar e saiu mansamente. Comentários: O pronome oblíquo da frase do enunciado possui valor possessivo – pode ser trocado por outro possessivo (“O tempo arrebata a sua garganta”). Na letra A, o pronome lhe equivale a seus (“Afagou os seus cabelos com amor”). Na letra B, o pronome oblíquo lhe pode também ser substituído por um possessivo ( “O tempo afugenta o seu sono”). A letra C traz um pronome oblíquo que funciona como complemento do verbo, e não possui valor possessivo (“O marido sempre nega a resposta a ela”). Já a letra D apresenta um pronome oblíquo com valor possessivo: ajeitou o seu colar e saiu... Resposta: C.   2. (Cespe-UnB) Assinale a única frase em que o pronome lhe NÃO tem sentido possessivo. a) O tempo mudou-lhe o rosto. b) Não lhe pude conhecer a generosidade. c) O sabor das balas de tangerina encheu-lhe a boca. d) O entusiasmo abriu-lhe os olhos. e) Deram-lhe um emprego perto de casa. Comentários: Nas letras A, B, C e D, os pronomes oblíquos têm valor possessivo: referem-se a substantivos e podem ser substituídos por outros possessivos. Assim, teríamos: o tempo mudou o seu rosto; não pude conhecer a sua generosidade; o sabor das balas de tangerina encheu a sua boca; o entusiasmo abriu os seus olhos. Apenas na letra E o pronome oblíquo não tem sentido possessivo, ele é complemento do verbo: “deram um emprego a ele – e não um emprego dele – perto de casa”. Resposta: E.   Bons estudos!
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PRONOMES INDEFINIDOS   Agora, vamos falar sobre os pronomes indefinidos. Estes têm sentido vago ou indeterminado. Aplicam-se à 3ª pessoa: algum, nenhum, todo, outro, muito, certo, vários, tanto, quanto, qualquer, alguém, ninguém, tudo, outrem, nada, cada, algo, mais, menos, que, quem. Veja os exemplos: “Todo dia ela faz tudo sempre igual.” (Chico Buarque) Havia muita preocupação no Congresso. Chegarão mais livros na próxima semana. Observe que os pronomes indefinidos referem-se a substantivos, como todos os pronomes fazem, indicando ideia vaga, generalizando: essa é a função de um pronome indefinido. Além dos pronomes indefinidos, existem também as locuções pronominais indefinidas, que são um grupo de vocábulos com valor de pronome indefinido: cada um, cada qual, qualquer um etc. Os pronomes indefinidos, muitas vezes, interrogam e, nesse caso, são chamados de pronomes indefinidos interrogativos ou, simplesmente, pronomes interrogativos. Vamos conhecê-los?   9.5. PRONOMES INTERROGATIVOS São os pronomes indefinidos que, quem, qual, e quanto, usados nas interrogações (diretas ou indiretas). Exemplos: Quem precisa de um novo Fidel? Nesse caso, o pronome indefinido quem está inserido em uma frase interrogativa direta: com ponto de interrogação. Desconheço quem organizou a festa. Observe que, aqui, o pronome também é interrogativo, mas se insere em uma frase interrogativa indireta, sem ponto de interrogação. Aqui, vale um recado: Frase interrogativa indireta é aquela que vem sem ponto de interrogação, mas que também espera uma resposta. São as conjecturas. Utilizam-se de informações do tipo: desconheço, gostaria de saber, não sei... Os pronomes indefinidos e interrogativos podem se confundir com adjetivos ou advérbios. Isso porque eles também se referem a substantivos – como os adjetivos fazem. Além disso, muitas palavras que aparecem como adjetivos ou advérbios também podem ser pronomes indefinidos: muito, vários, todo... Falaremos do substantivo, adjetivo e advérbio em concordância, mas já podemos definir essas classes agora, a fim de não confundi-las com os pronomes indefinidos. Adjetivo é a classe de palavra que se refere ao substantivo, indicando-lhe qualidade, condição ou estado. É classe de palavra variável. Advérbio é a classe de palavra que modifica verbo, adjetivo ou o próprio advérbio. Indica circunstância (tempo, intensidade, lugar etc.) e é normalmente invariável. Pronome indefinido modifica substantivo ou entra no lugar dele. Semanticamente, indica ideia vaga. Na maioria das vezes, é classe de palavra variável (algum, qualquer, todo...), ainda que alguns pronomes indefinidos não variem (alguém, ninguém...). Atenção: Dizer que uma classe de palavra é variável significa dizer que ela se flexiona em gênero (masculino/feminino) e número (singular/plural).   Vamos treinar? Complete as lacunas de acordo com o código abaixo: (1) Adjetivo ou locução adjetiva (2) Advérbio ou locução adverbial (3) Pronome indefinido a) ( ) Maria é muito calma. Aqui, a palavra muito se refere a calma; calma é adjetivo; muito é advérbio. Observe que ele não se flexionou; o que ratifica que é um advérbio, classe de palavra invariável. b) ( ) Precisou de muita calma para resolver o impasse. Calma agora é substantivo. Ora, se muita se refere a um substantivo, indicando ideia vaga, é pronome indefinido. c) ( ) Precisou de muito dinheiro para comprar a casa. Muito se refere ao substantivo dinheiro, indicando sentido vago, indeterminado. É pronome indefinido. d) ( ) Beijo pouco, falo menos ainda. Menos modifica o verbo falo, indicando intensidade. É advérbio. e) ( ) Hoje disponho de pouco tempo para diversão; e o que é pior, de menos disposição. Pouco se refere a tempo, substantivo; menos se refere a disposição, também um substantivo. Ambos indicam ideia vaga, generalizam. São pronomes indefinidos. f) ( ) Cantava bem baixo para ninguém ouvi-lo. Baixo modifica o verbo cantava, indicando ideia de modo. É advérbio. g) ( ) Tinha bastante orgulho da irmã. Bastante se refere ao substantivo orgulho. É o mesmo que muito orgulho. Indica valor vago: pronome indefinido. h) ( ) Era uma pessoa bastante orgulhosa. Bastante refere-se ao adjetivo orgulhosa, intensificando esse adjetivo. É advérbio de intensidade; tanto é advérbio que, se flexionássemos as informações para o plural, essa palavra se manteria invariável: eram pessoas bastante orgulhosas. i) ( ) Depositava confiança bastante no bom senso da filha. Agora, bastante, que se refere a um substantivo, está o qualificando. É o mesmo que suficiente. É, portanto, adjetivo. j) ( ) Tenha mais paciência. Mais se refere ao substantivo paciência, indicando ideia vaga, indeterminada. É o mesmo que muita paciência. É pronome indefinido. k) ( ) Seja mais paciente. Mais se refere a paciente, que é adjetivo, intensificando-o. É advérbio de intensidade. l) ( ) Sempre leio os jornais da manhã. Essa expressão se refere ao substantivo jornal, caracterizando-o. É uma locução adjetiva. Nesse caso, poderíamos inclusive trocar essa locução por outro adjetivo: matutinos. m) ( ) Sempre leio os jornais de manhã. A expressão se refere ao verbo, dando-lhe ideia de tempo: leio de manhã, pela manhã. É locução adverbial de tempo. Gabarito: a) 2; b) 3; c) 3; d) 2; e) 3; f) 2; g) 3; h) 2; i) 1; j) 3; k) 2; l) 2; m) 1 e 2. Tendo visto os pronomes indefinidos e em que eles diferem dos advérbios e adjetivos, resta-nos falar dos pronomes demonstrativos. É neste assunto que vamos aprender a diferenciá-los e a detectar as funções que eles desempenham no texto.   Bons estudos!
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PRONOMES DEMONSTRATIVOS.   Antes de tudo, é preciso entender que os pronomes demonstrativos podem indicar a posição dos elementos em relação a três hipóteses distintas: tempo, espaço, texto. Assim: O pronome demonstrativo pode apontar para objetos localizados no espaço, perto ou distante do falante. O pronome demonstrativo pode fazer referência ao tempo presente, passado ou futuro. O demonstrativo pode também retomar informações já mencionadas no texto ou que virão a seguir na sequência textual. Para cada situação, existem regras que farão você optar por qual demonstrativo utilizar. Preparamos um quadro resumido que irá ajudá-lo a organizar esses conceitos: No espaço No tempo No texto Isto / este(s) / esta(s) Apontam para o que está perto do falante. Ex.: Este material aqui é meu. Momento presente. Ex.: Estes dias têm sido agradáveis. Momento futuro próximo. Ex.: Nestas férias viajarei. Apontam para uma informação que virá adiante no texto. Ex.: Este número é a dica do teste – sete. Isso / esse(s) / essa(s) Apontam para o que está perto do ouvinte. Ex.: Esse material aí é meu. Passado não distante. Ex.: Nesse domingo fui ao Maracanã. Indicam uma informação que já apareceu no texto. Atenção: se a informação já foi mencionada e está próxima, modernamente, costuma se utilizar Isto/Este/Esta. Ex.: “Dois” – Esse/Este número é a dica do teste. Aquilo / aquele(s) aquela(s) Apontam ao que está distante de ambos. Ex.: Aquele material ali é meu. Passado ou futuro distante. Ex.: Aquelas férias de 2000/2020 foram/serão maravilhosas. Com dois antecedentes: “este” para o mais próximo; “aquele” para o mais distante. “Esse” traria ambiguidade. Ex.: José e João estudaram. Este (João)/Aquele (José) foi aprovado. Lembre-se: para estabelecer a distinção entre duas coisas ou pessoas anteriormente citadas, usamos este(s), esta(s), isto para o termo mais próximo e aquele(s), aquela(s), aquilo para o mais distante. Veja um exemplo: “Há que se fazer a distinção entre acidentes do trabalho e doença do trabalho. Enquanto esta é inerente a determinados ramos de atividade, aqueles ocorrem pelo exercício do trabalho, provocando lesão corporal.”   Mais treinamento? Complete as lacunas com os demonstrativos adequados. 1. ________________ livro que estás lendo é infantil? Comentários: Espaço: perto do ouvinte. Resposta: Esse. 2. Não. ________________ livro que estou lendo é sobre política. Comentários: Espaço: perto do falante. Resposta: Este. 3. Guilherme, traga-me ________________ CD que ficou lá no seu quarto. Comentários: Espaço: distante de ambos. Resposta: Aquele. 4. Um dia ________________ visitarei o seu pai. Comentários: Tempo: futuro não distante. Resposta: destes. 5. Guilherme, dê-me ________________ CD que está aí. Comentários: Espaço: perto do ouvinte. Resposta: Esse. 6. “Qual é a relação entre dialética e retórica? A ________________ pergunta Aristóteles responde desde a primeira frase do seu livro.” Comentários: Texto: retomando o que foi dito anteriormente. Resposta: Essa. 7. ________________ é a pergunta que Aristóteles responde desde a primeira frase do seu livro: qual é a relação entre dialética e retórica? Comentários: Texto: apontando para o que será dito adiante. Resposta: Esta. 8. Luísa, ________________ é o Eduardo? Comentários: Espaço: perto do ouvinte. Resposta: Esse. 9. ________________ ano que passou foi muito proveitoso para mim. Comentários: Tempo: passado não distante. Resposta: Esse. 10. ________________ mês que passou choveu muito. Para ________________ mês que começa, porém, a previsão é de tempo bom. Comentários: Tempo: passado não distante e futuro próximo. Resposta: Nesse / este. 11. ________________ aqui são meus primos. Comentários: Espaço: perto do falante. Resposta: Estes. 12. Ao comparar os diversos rios do mundo com o Amazonas, defendia com azedume e paixão a proeminência ________________ sobre cada um ________________. Comentários: Texto: fazendo distinção entre o mais próximo e o mais distante. Resposta: deste / daqueles. 13. Atentem para ________________: o que se guarda no coração jamais se esquece. Comentários: Texto: apresentando o que será dito a seguir. Resposta: Isto. 14. Homens e mulheres participaram das festividades. ________________, simpáticas e elegantes. ________________, sérios e tímidos. Comentários: Texto: diferenciando o elemento mais próximo – mulheres – do mais distante – homens. Resposta: Estas e aqueles. 15. O que foi combinado aqui não pode sair ________________ sala. Comentários: Espaço: perto do falante. Resposta: desta. Observações: a) O pronome o (a, os, as) é demonstrativo quando equivale a aquele(s), aquela(s), aquilo, isso. Veja o exemplo: Alguém, antes que Wilson o fizesse, teve vontade de falar o que foi dito. Nesse caso, a palavra o, em suas duas ocorrências, pode ser substituída por um outro demonstrativo. b) Aparecem ainda como demonstrativos os vocábulos tal, mesmo, próprio e semelhante. Veja exemplos: Tal atitude não se esperava dele. / Ele mesmo/próprio fez o pedido. Aqui, vale mais um recado: A palavra o – e suas variações – pode ser: 1. Artigo (quando anteceder um substantivo): “O menino chegou”. 2. Pronome pessoal oblíquo (quando puder ser substituído por outro pronome pessoal): “Cumprimentei-o na festa”. (É o mesmo que se dizer “cumprimentei a ele”). 3. Pronome demonstrativo (quando puder ser substituído por outro demonstrativo, normalmente antes do pronome relativo QUE ou da preposição DE): “Quero o que você comprou”/”Prefiro a de tampa azul”. Veja uma questão de prova que abordou tal assunto: 1. (Cespe-UnB/TJ – Analista) Assinale a opção em que a partícula “o” sublinhada aparece com o mesmo emprego que se apresenta no seguinte trecho do texto: “A primeira é o que queremos dizer.” a) Eles devem realizar logo o projeto do grupo. b) Responda-me: o que você tem com isso? c) Seu sucesso depende de o livro ser aceito. d) É preciso conhecer a rotina do laboratório. e) Este livro foi o que você indicou. Comentários: Preliminarmente, a palavra o do enunciado classifica-se como pronome demonstrativo (“A primeira é aquilo que queremos dizer”). Nas letras A, C e D, a palavra o está antecedendo substantivos, funcionando, portanto, como artigos. Logo, restam as alternativas B e E. Na letra B, observamos um pronome interrogativo antecedido de um artigo perfeitamente dispensável – poderíamos simplesmente perguntar: “que você tem com isso?”. No entanto, na letra E, observamos a presença de um o que pode ser trocado por outro demonstrativo (“Este livro foi aquele que você indicou”). Resposta: E.   Bons estudos!
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AS FUNÇÕES TEXTUAIS DOS PRONOMES   Os pronomes podem apontar para algo que já foi ou que ainda vai ser mencionado no texto. Trata-se de uma característica que todos os pronomes têm (pronomes pessoais, possessivos etc.) Com relação aos demonstrativos, como forma mais adequada, pede-se usar esse(s)/essa(s)/isso para o que já foi mencionado anteriormente (anafórico) e este(s)/esta(s)/isto para algo que vai ser mencionado (catafórico). Veja exemplos: “A previsão do tempo não era muito favorável. O vento aumentara um pouco e decidi reduzir as velas para o primeiro rizo. Conversávamos no convés sobre esses problemas.” Nesse caso, o pronome esses tem a função de retomar informações que foram citadas anteriormente: função anafórica. Isto é o que mais incomoda os homens honestos: o ciúme. Aqui, o pronome exerce o papel de apontar para uma informação que será dita a seguir no texto. Diz-se que ele tem, portanto, função catafórica. Tanto a função anafórica quanto a catafórica indicam, portanto, informações que foram ou serão mencionadas dentro do texto, informações que fazem parte do corpo textual. Daí, ambas também ser chamadas de funções endofóricas. Cada banca organizadora utiliza a nomenclatura que melhor lhe convém. No entanto, se o pronome se referir a uma informação que não foi mencionada no texto, mas que pode ser deduzida a partir do que foi lido, diz-se que ele tem função exofórica (o que, para algumas bancas organizadoras de concursos, é sinônimo de função dêitica). O pronome que tem função exofórica, para ser compreendido na sua totalidade, necessita de informações que estão vinculadas à situação de produção textual: o local de produção textual, o momento de produção do texto ou o enunciador textual. Observe exemplos: “Nesta casa todos são felizes.” Aqui, o pronome demonstrativo está vinculado ao local onde o texto foi produzido. “Nessas férias, encontramos velhos amigos na praia.” Nesse caso, o leitor, para saber de que férias se trata, precisa conhecer o momento em que o texto foi produzido. “Meu filho fez algumas tatuagens pelo corpo.” O pronome possessivo em destaque está vinculado ao enunciador do texto: para saber de quem é o filho, é preciso identificar a pessoa que produziu o texto. Ora, se anteriormente no texto o autor tivesse se identificado, o pronome deixaria de ter função exofórica, para ter função endofórica/anafórica: “Sou Maria. Meu filho fez algumas tatuagens pelo corpo”. Resumindo: O pronome terá função exofórica toda vez que buscar informações que devem ser deduzidas a partir do texto: Quem? (autor do texto) Quando? (quando o texto foi produzido) Onde? (onde se produziu o texto) Antes de resolvermos algumas questões de concursos anteriores, vamos fixar os conceitos estudados. Classifique os pronomes em destaque segundo a função textual que eles desempenham, com a ajuda do código abaixo: (a) função anafórica (b) função catafórica (c) função exofórica   1. “[...] a habitação conjugal, e a essa se recusa a voltar.” (Art. 234 – Código Civil) Comentários: O pronome retoma informação que foi dita anteriormente – a habitação conjugal. Resposta: função anafórica.   2. Este sempre foi seu objetivo – a aprovação. Comentários: O pronome menciona uma informação que virá adiante no texto – a aprovação. Resposta: função catafórica.   3. “Salvo disposição especial deste código e não tendo sido ajustado da época para o pagamento, o credor pode exigi-lo imediatamente.” Comentários: A palavra deste está vinculada ao código onde se encontra tal artigo – depende de informação que está fora do texto: função exofórica. Já o pronome o (-lo) remete ao vocábulo pagamento. Resposta: função anafórica.   4. “A cessão de crédito não vale em relação ao devedor, senão quando a este notificada [...]” Comentários: O pronome retoma o que foi dito anteriormente – o devedor. Resposta: função anafórica.   5. Este país não tem mais jeito, é o que repetem usualmente nossos conterrâneos. Comentários: O pronome depende do local de produção do texto. Resposta: função exofórica.   6. “Cabe ao juiz suprir a outorga da mulher, quando esta a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível dá-la (arts. 235, 238 e 239).” (Art. 237 – Código Civil) Comentários: O pronome retoma informação do texto – a mulher. Resposta: função anafórica.   7. “... o alerta do Departamento de Estado americano a agências de turismo dos Estados Unidos, divulgado no início deste mês...” Comentários: A palavra deste está vinculada ao momento em que o texto foi produzido. Resposta: função exofórica.   Bons estudos!
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PRONOMES RELATIVOS   Os pronomes relativos referem-se a um termo anterior chamado antecedente (um substantivo ou pronome substantivo). Dão início às orações adjetivas – restritivas ou explicativas, assunto que estudaremos mais detalhadamente no Capítulo 12 (Predicação verbal). Ex.: O livro que você ganhou é novo. Oração subordinada adjetiva restritiva “O homem, que é mortal, tem alma imortal.” Oração subordinada adjetiva explicativa Aparecem como pronomes relativos: • Que, o qual (e flexões): quando o antecedente for coisa ou pessoa; • Quem: quando o antecedente for pessoa. Sempre antecedido de preposição; • Cujo (e flexões): entre dois substantivos indicando ideia de posse; não deve vir seguido de artigo; • Onde: quando o antecedente indica lugar; • Como: quando o antecedente forem as palavras modo, maneira... • Quando: quando o antecedente dá ideia de tempo; • Quanto: quando o antecedente dá ideia de quantidade. Importante: Ao usar os relativos, devemos observar dois pontos importantes: a) quando usar os relativos que, quem, cujo etc. (veja acima); b) reparar se o termo que vem após o relativo pede preposição. Este é o livro que ganhei. (que = o livro; eu ganhei o livro) Este é o livro a que me referi. (que = ao livro; eu me referi ao livro) Vamos fixar as regras de uso dos pronomes relativos?   Sublinhe a(s) forma(s) que completa(m) a lacuna: 1. O assunto ________________ me referi não foi este. (que – a que – ao qual – o qual – a quem) Comentários: O relativo que é usado para coisa ou pessoa: “o assunto que...”. Como o verbo referir-se pede preposição a, temos “O assunto a que me referi”. Lembre-se: que e quem podem ser trocados por o qual, a qual, os quais, as quais. Como o antecedente do relativo é masculino singular (assunto), usaremos o qual. Com a preposição do referir-se, ao qual. As duas formas estão corretas. Resposta: a que, ao qual.   2. Aí está a pessoa ________________ me apaixonei. (quem – por quem – pela qual – que – a quem) Comentários: Como o antecedente é pessoa, de preferência usa-se quem. O verbo apaixonar-se rege preposição por: eu me apaixonei pela pessoa, por alguém. Resposta: por quem, pela qual.   3. Chegou o diretor ________________ relatório ninguém gostou. (que – de que – cujo – o qual – de cujo) Comentários: Aqui, aparecem dois substantivos (diretor e relatório). Há, entre eles, uma ideia de posse (o relatório do diretor). Com isso, o relativo a ser usado só pode ser cujo. Como o verbo da oração (gostar) pede preposição de, temos a forma de cujo. Resposta: de cujo.   4. Esta é a cidade ____________ eu morei. (onde – aonde – em que – na qual – donde) Comentários: A palavra cidade indica o lugar. De preferência usaremos onde, mas, como esse vocábulo também pode se encaixar em “coisa” e não “pessoa”, que e a qual também respondem à questão. Quanto à regência, o verbo morar pede preposição em. Nesses casos, quando o relativo a ser usado for onde e o verbo da oração pedir essa preposição, usaremos onde e não aonde. Repare que, com os relativos que e a qual, teremos em que e na qual, já que com esses pronomes o procedimento é igual ao dos exercícios anteriores. Resposta: onde, em que, na qual   5. Esta é a cidade ________________ gosto de ir sempre. (onde – aonde – a qual) Comentários: Agora, o verbo ir pede preposição a (gosto de ir sempre a). Como o antecedente indica lugar, usaremos onde (a + onde = aonde). Resposta: aonde.   6. Esta é a cidade ________________ vêm os visitantes. (onde – aonde – donde – em que) Comentários: Nessa construção, teríamos, na ordem direta, “Os visitantes vêm de...” (de + onde = donde). Resposta: donde. Obs.: Uso de onde, aonde e donde: Onde: usaremos esse conectivo se a preposição exigida for em. Aonde: usaremos esse conectivo se a preposição exigida for a. Donde ou de onde: usaremos esse conectivo se a preposição exigida for de.   Bons estudos!
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (COM GABARITO NO FINAL) I. Substitua os termos sublinhados pelos pronomes pessoais adequados. Lembre-se: o pronome reto substitui o sujeito. Já o oblíquo substitui o complemento. 1. Entregou os documentos necessários? (os / eles / lhes) 2. Continuam as acusações ao Judiciário. (nas / elas) 3. Os processos muito demorados constituem afastamento da regra geral. (no / ele) 4. De seu esforço e força de vontade emergem os trabalhadores. (nos / eles) 5. Pagaram ao funcionário as suas férias? (lhe / a ele / ele) 6. Encontrou um grupo de desconhecidos. (o / ele / lhe) 7. Pusemos o livro na estante. (lo / ele) 8. Brotam as flores por toda parte. (nas / elas / lhes) 9. É necessário fechar suas fronteiras. (las / elas) 10. O país toma medidas protecionistas. (as / elas) 11. É fundamental defender o contribuinte. (lo / ele / lhe) 12. Estamos obrigados a liquidar a fatura. (la / ela / lhe) 13. A enorme variedade de canções de Noel, quase todas produzidas em cerca de seis anos, havia conferido genialidade ao artista. (ela / a ela) 14. Uma vez que tal medida implica transformações lesivas ao egoísmo do “establishment”. (as / elas) 15. Pobre é a vida de um homem. (ela / a ela) 16. Na favela, tal como está organizada, reproduz-se semelhante estrutura. (na / lhe / ela) 17. Foi então que surgiu o problema. (o / ele / lhe) 18. Esses momentos históricos apresentam facetas negativas. (nas / elas / lhes) 19. Mandei o mordomo entrar. (ele / o) 20. Fez o amigo pagar a conta. (lo / ele) II. Complete com eu / mim / tu / ti. 1. Para ________ nada mais interessa. 2. Para ________ chegar a tempo, peguei um táxi. 3. Por ________ todos hão de se classificar. 4. Aquele livro é para ________ leres. 5. Entre ________ e você tudo acabou. 6. Entre ________ e os teus amigos, já não há divergências. 7. Entre ________ pedir e você acatar, que distância! 8. Ela é mais aplicada do que ________. 9. Ele chegou antes de ________ sair. 10. Não sei se ela sentiu a mesma estranheza que ________. 11. Isto não é trabalho para ________ fazer. 12. É difícil para ________ acreditar em tuas palavras. 13. As reivindicações chegaram até ________. 14. Até ________ acreditei nas palavras do nosso ministro. 15. Para ________, arranjar patrocinador não será difícil. 16. Para ________ compreender o filme, tive de assistir a uma nova sessão. III. Supondo-se que você queira se dirigir a um juiz, utilizando uma linguagem correta e adequada, faça as devidas alterações nos trechos a seguir: 1. Meritíssimo Juiz, Sua Excelência deveis saber que o réu é pessoa que goza de merecido prestígio entre empresários, pois já tomastes conhecimento pelos órgãos da imprensa de seus inúmeros empreendimentos. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 2. Pelo que dizeis em vossa bem escrita sentença, foram os meus atos que vos deram o discernimento que manifestastes em vossa decisão. _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ IV. Classifique os pronomes em destaque como reflexivos ou recíprocos. 1. Olhou-se no espelho e assustou-se com seu olhar doentio. 2. Os namorados olhavam-se apaixonadamente. 3. Eles se vestiram rapidamente. 4. Eles se cumprimentaram na rua. 5. As mulheres se afastaram das mesas. 6. O médico vê-se estendido no chão. 7. Os meninos sempre se ajudam. V. Use o pronome oblíquo entre parênteses de todas as formas possíveis. Havendo caso de mesóclise, escreva ao lado a forma correta. 1. A torcida ________ aplaudiu ________ com entusiasmo. (o) 2. Ele ________ trancou ________ no quarto. (se) 3. ________ explicarei ________ todo o serviço. (te) 4. ________ seria ________ muito útil usar esse argumento. (me) 5. Gritei para ________ alertar ________. (os) 6. Não ________ vá ________ tão cedo; ________ custa ________ ficar mais? (se / lhe) 7. Quem ________ chamou ________? (te) 8. Se você chegar agora, ________ encontrará ________ satisfeito. (me) 9. Deus ________ pague ________! (lhe) 10. Se ninguém ________ disse ________ a verdade, e se precisei lutar para ________ encontrar ________, nada ________ falou ________ a respeito. (me / a / se) 11. Maria, ________ diga ________ a verdade. (me) 12. ________ Informaram ________ da decisão.(me) 13. ________ Revelarias ________ o sonho de Maria? (nos) 14. ________ Encontraremos ________ com Maria. (nos) 15. Ninguém ________ falou ________ de Maria. (nos) 16. Quem ________ teria ________ contado ________ o segredo? (lhe) 17. ________ Teriam ________ contado ________ o segredo? (lhe) 18. Se ________ reporta ________ a crimes comuns, o impeachment ________ reduz ________ a uma espécie de licença para o julgamento do presidente pelo Supremo Tribunal Federal. (se / se) 19. Não é o PT que ________ vai ________ ensinar ________ oposição. (me) 20. Se eu vou lá na comissão, de visita, garanto que ________ não ________ transmitem ________ informações. (me) 21. No caso do motorista, o senhor não ________ está julgando ________? (o) 22. ________ Diriam ________ vocês a verdade, se ________ perguntasse ________ sobre o procedimento de certos políticos? (me / lhes) 23. Já o mesmo não ______ pode ______ dizer ______ de um serviço de bondes. (se) 24. Já o mesmo não ________ deveria ________ dizer ________ de um serviço de bondes. (se) 25. Ninguém ________ daria ________ bem naquele emprego. (se) VI. Identifique nas frases a seguir os antecedentes dos pronomes relativos em destaque: 1. Agora mesmo está nas telas uma risonha Regina Duarte grata à confiança que a população deposita nos Correios. (_____________) 2. O festival de autocongratulação consumiu boa parte dos 120 milhões de reais que o governo (só a administração direta) gastou no ano passado. (_____________) 3. Há muitas comparações que não deixam dúvidas sobre o que produz melhores resultados. (_____________) 4. ... ou muito menos para anunciar a existência de uma Ouvidoria que acolhe queixas da população contra barbaridades policiais? (_____________) 5. Basta dar uma espiada no panorama nacional, em que pululam temas para campanhas... (_____________) 6. Canudos nasceu com o nome de Belo Monte, fundada por Antônio Conselheiro, a quem os sertanejos de toda a região atribuíam poderes de cura, poderes divinos. (_____________) 7. A cidade, cuja infraestrutura de saneamento era quase inexistente, chegou a abrigar 25 mil pessoas em 5.200 casas, segundo o levantamento do Exército, feito após a guerra. (_____________) 8. Formou-se ao seu redor um importante e complexo polo religioso e comercial que atraía gente de todas as partes. (_____________) 9. “A televisão é a amiga dos entrevados, dos abandonados, dos que a vida esqueceu para um canto.” (_____________) 10. Os fonemas de uma língua costumam ser representados por uma série de sinais gráficos denominados letras, cujo conjunto forma a palavra. (_____________) 11. “... há no meu corpo um incêndio que queima sem esperança / a própria terra que piso vira um abismo e me come / corre em meu sangue um veneno, veneno que tem teu nome.” (Ferreira Gullar) 1o que – _____________ 2o que – _____________ 3o que – _____________ 12. Noel Rosa procurou escrever sobre tudo quanto expressasse o jeito de ser carioca. (_____________) 13. Não se pode transmitir o que a mente não criou. (_____________)   VII. Sublinhe a(s) forma(s) que completa(m) a lacuna. 1. “Existe alguém esperando por você _____________ vai comprar sua juventude.” (que – a que – ao qual – o qual – a quem) 2. “Recebia em casa dois jornais locais, _____________ leitura demorava mais de uma hora.” (cuja – em cuja – em que) 3. “O que lhe movia o coração era o amor, a quase obsessão pelo Brasil e seu povo, _____________ futuro sempre acreditou com veemência e combatividade...” (que – em que – cujo – em cujo – onde) 4. “Tudo é belo naquilo _____________ amamos. Tudo o _____________ amamos tem espírito.” (que – quem – quanto – como – cujo) (que – onde – como – quando) 5. Compreendo a maneira _____________ ele se mostra. (em que – onde – quando – cujos – como) 6. “Estava sentado numa mesa _____________ havia uma pilha de livros.” (que – onde – sobre a qual – à qual – aonde) 7. Marcelo é o professor _____________ sempre admirei. (que – quem – a quem – a qual – a que) 8. “Na casa dela mora um quadro _____________ eu pintei.” (quem – por quem – pela qual – que – a quem) 9. “Tinha entre os dentes um alvíssimo palito _____________ ponta mastigava.” (que – de que – cuja – o qual – de cujo) 10. Foi demitido o analista _____________ ideias não concordava. (cujo – cujas – com cujas – cujas as – com cuja as) 11. Aquela é a livraria _____________ Ana trabalhava e _____________ sou cliente. (onde – aonde – em que – na qual – donde) (onde – de que – da qual – cujo) 12. Búzios é a cidade _____________ gosto sempre de ir. (onde – aonde – a qual – para a qual – que) 13. Não se descobriu o esconderijo _____________ os sequestradores escaparam. (onde – aonde – donde – em que – do qual) 14. “O caso que vou relatar comprova, como disse alguém _____________ nome não recordo, que a verdade é mais estranha que a ficção.” (onde – o qual – cujo – de cujo) 15. “O caso que vou relatar comprova, como disse alguém _____________ nome não lembro, que a verdade é mais estranha que a ficção.” (onde – o qual – cujo – de cujo) 16. “O caso que vou relatar comprova, como disse alguém _____________ nome não me esqueci, que a verdade é mais estranha que a ficção.” (onde – o qual – cujo – de cujo) 17. “O crime para Forrester é o silêncio ou o ‘discurso lacunar’ _____________ se valem os donos do poder para preservar suas riquezas.” (de que – de quem – cujo – de cujo) 18. “A prioridade não é o bem-estar ou a sobrevivência das populações, mas sim o ‘andamento dos mercados’, o lucro e seu horror, _____________ só interessa ou só é ‘útil’ o homem que for rentável.” (no qual – em que – ao qual – onde) 19. Deram-me ontem um novo endereço da loja, _____________ referências não foram boas. (que – cujas – cujas as – a que) 20. “... como em Santa Marta, _____________ quadra ministros das várias religiões e líderes comunitários vão estar reunidos...” (onde – aonde – cuja – em cuja – com cuja) Gabarito: I – 1. Entregou-os; 2. Continuam elas, ou, na ordem, Elas continuam; 3. constituem-no; 4. emergem eles ou Eles emergem; 5. Pagaram-lhe ou Pagaram a ele; 6. Encontrou-o; 7. Pusemo-lo; 8. Brotam elas ou Elas brotam; 9. fechá-las; 10. tomas-as; 11. defendê-lo; 12. liquidá-la; 13. Ela; 14. Implica-as; 15. Ela; 16. reproduz-se ela ou ela se reproduz; 17. surgiu ele ou ele surgiu; 18. apresentam-nas; 19. Mandei-o; 20. Fê-lo. II – 1. mim; 2. eu; 3. mim; 4. tu; 5. mim; 6. ti ou mim; 7. eu; 8. eu; 9. eu; 10. eu; 11. eu; 12. mim; 13. mim; 14. eu; 15. mim; 16. eu. III – 1. Vossa Excelência deve saber... já tomou; 2. Pelo que diz em sua... que lhe deram... manifesta em sua. IV – 1. pron. reflexivo / pron. reflexivo; 2. pron. recíproco; 3. pron. reflexivo ou recíproco (depende do contexto); 4. pron. recíproco; 5. pron. reflexivo; 6. pron. reflexivo; 7. pron. recíproco. V – 1. o aplaudiu ou aplaudiu-o; 2. se trancou (mais adequado. ou... trancou-se; 3. Explicar-te-ei; 4. Ser-meia; 5. para os alertar ou alertá-los; 6. Não se vá; custa-lhe; 7. Quem te chamou?; 8. encontrar-me-á; 9. Deus lhe pague! (próclise com expressões que indicam desejo); 10. me disse / para a encontrar ou encontrá-la / nada se falou...; 11. diga-me; 12. Informaram-me; 13. Revelar-nos-ias; 14. Encontrar-nos-emos; 15. Ninguém nos falou; 16. Quem lhe teria ou Quem teria lhe contado; 17. Terlhe- iam ou Teriam lhe contado; 18. Se se reporta... / se reduz ou reduz-se; 19. que me vai ou que vai me ensinar ou que vai ensinar-me; 20. que me não ou que não me transmitem; 21. não o está ou não está julgando-o; 22. Dir-me-iam / se lhes perguntasse...; 23. não se pode ou não pode se dizer ou não pode dizer-se; 24. não se deveria ou não deveria se dizer ou não deveria dizer-se; 25. Ninguém se daria. VI – 1. confiança; 2. milhões; 3. comparações; 4. Ouvidoria; 5. panorama; 6. Antônio Conselheiro; 7. cidade; 8. polo; 9. os (= pron. demonstrativo); 10. sinais; 11. incêndio / terra / veneno; 12. tudo; 13. o (= pron. demonstrativo). VII – 1. que / o qual; 2. em cuja; 3. em cujo; 4. que / que; 5. como; 6. sobre a qual; 7. que / a quem; 8. que; 9. cuja; 10. com cujas; 11. onde / em que / na qual; de que /da qual; 12. aonde / para a qual; 13. donde / do qual; 14. cujo; 15. cujo; 16. de cujo; 17. de que; 18. ao qual; 19. cujas; 20. em cuja.   Bons estudos!
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QUESTÕES DE CONCURSOS COMENTADAS   1. (Cesgranrio) Na oração: ‘Certos amigos não chegaram a ser jamais amigos certos.’ Os termos em destaque são respectivamente: a) adjetivo e pronome adjetivo. b) pronome adjetivo e adjetivo. c) pronome substantivo e pronome adjetivo. d) pronome adjetivo e pronome indefinido. e) adjetivo anteposto e adjetivo posposto. Comentários: Em sua primeira ocorrência, a palavra certos se refere a um substantivo, indicando ideia vaga, generalizando. É o mesmo que alguns amigos. Logo, é um pronome adjetivo indefinido (adjetivo porque vem ao lado do substantivo). Na sua segunda ocorrência, a palavra certos continua se referindo a um substantivo, só que vem qualificando-o: é o mesmo que amigos corretos, verdadeiros. É, portanto, adjetivo. Resposta: B. (Observe que, na letra B, a banca teve a “maldade” de não dizer pronome adjetivo indefinido, e sim pronome adjetivo, o que dá no mesmo...)   2. (Cesgranrio) Considere as afirmações a seguir sobre o emprego dos pronomes nas frases. I. “O vento da noite cortava-lhes o lombo.” – Pronome pessoal com sentido possessivo. II. “Os pescadores de largo curso olhavam para eles com certo desprezo.” – Pronome indefinido atenuando o sentido do substantivo desprezo. III. “Era como se todo o mundo se aproximasse para aconchegá-los.” – Pronome indefinido todo equivalendo a qualquer. É(São) verdadeira(s), APENAS, a(s) afirmação(ões): a) I b) II c) III d) I e II e) II e III Comentários: No item I, o pronome oblíquo refere-se ao substantivo lombo, indicando valor de posse. É o mesmo que “O vento da noite cortava o seu lombo”. No item II, o pronome certo tem valor de algum, indica ideia vaga e, semanticamente, dá leveza ao substantivo desprezo, atenuando seu valor negativo. Já no item III, o pronome todo não equivale a qualquer, e sim a inteiro. O que se quer afirmar na frase é que o mundo inteiro se aproximava para aconchegá-los , e não qualquer pessoa se aproximava para aconchegá-los. O pronome todo teria sentido de qualquer se não fosse seguido do artigo o (“todo mundo se aproximasse para aconchegá-los”). Resposta: D. Atenção: Não confunda todo mundo com todo o mundo. Nesse caso, a inserção do artigo muda o sentido da frase! Todo o mundo quer dizer o mundo inteiro e todo mundo quer dizer qualquer pessoa.   3. (TRT) A colocação das palavras e das expressões na construção frasal leva o leitor a perceber, em alguns casos, significados diversos. É o caso das expressões assinaladas, nas frases abaixo. O candidato leu todo o Edital do concurso. Todo Edital de concursos deve ser lido pelos candidatos. O significado correto, respectivamente, dessas expressões está em: a) O Edital inteiro/parte do Edital. b) Parte do Edital/o Edital inteiro. c) Qualquer Edital/parte do Edital. d) O Edital inteiro/qualquer Edital. e) Parte do Edital/o Edital inteiro. Comentários: Conforme o enunciado, a inserção de palavras na frase é capaz de modificar por completo o seu sentido. Foi o que ocorreu nas frases do enunciado, em que a inserção do artigo implicou alteração semântica na frase. Resposta: D.   4. (Petrobras) “em todas as épocas e em todo o mundo”; a alternativa em que houve troca indevida entre as expressões “todo mundo” e “todo o mundo” é: a) O jogador percorreu todo o mundo. b) O atleta falou com todo mundo para pedir desculpas. c) Ele conhecia todo o mundo na festa. d) Via todo o mundo em seus filmes. e) Todo o mundo está poluído. Comentários: Como vimos, todo o mundo quer dizer o mundo inteiro e todo mundo é o mesmo que todas as pessoas. Na letra A, diz-se que o jogador percorreu o mundo inteiro. Na letra B, o atleta falou com todas as pessoas para se desculpar. Já na letra C, não é possível conhecer o mundo inteiro em uma única festa, e sim qualquer pessoa. Na letra D, vê-se o mundo inteiro nos filmes e, na letra E, diz-se que o mundo todo está poluído. Resposta: C.   5. (NCE/TJ) “O hábito arraigado de separar o econômico do social, do político, do ético e do legal, de que é o exemplo de contrapor o ‘mercado’ ao ‘social’ – quase sempre denegrindo o primeiro e enaltecendo o segundo – é uma das causas...”; mantendo-se o sentido original, os termos sublinhados poderiam ser corretamente substituídos, respectivamente, por: a) este / aquele b) este / esse c) aquele / este d) aquele / esse e) esse / este Comentários: O numeral ordinal primeiro retoma o substantivo mercado, que é o elemento mais distante no texto. Já o numeral segundo refere-se ao substantivo social, que é o elemento mais próximo. Lembre-se de que esse, com dois elementos, para fazer diferenciação entre o mais próximo e o mais distante, nunca deve ser utilizado! Resposta: C. Violência no Campo José Saramago No dia 17 de abril de 1996, no estado brasileiro do Pará, perto de uma povoação chamada Eldorado dos Carajás (Eldorado: como pode ser sarcástico o destino de certas palavras...), 155 soldados da polícia militarizada, armados de espingardas e metralhadoras, abriram fogo contra uma manifestação de camponeses que bloqueavam a estrada em ação de protesto pelo atraso dos procedimentos legais de expropriação de terras, como parte do esboço ou simulacro de uma suposta reforma agrária na qual, entre avanços mínimos e dramáticos recuos, se gastaram já cinquenta anos, sem que alguma vez tivesse sido dada suficiente satisfação aos gravíssimos problemas de subsistência (seria mais rigoroso dizer sobrevivência) dos trabalhadores do campo. Naquele dia, no chão de Eldorado dos Carajás ficaram 19 mortos, além de umas quantas dezenas de pessoas feridas. (...) “Naquele dia, no chão de Eldorado dos Carajás...”.   6. O emprego de naquele, neste contexto: a) indica que o dia referido na frase não deve ser confundido com outro. b) mostra que o dia referido está distante no tempo. c) assinala uma distância de lugar. d) identifica o dia como algo a ser esquecido. e) refere-se a um dia que o leitor desconhece. Comentários: Trata-se de uso do pronome demonstrativo que faz referência a uma informação, que está distante no tempo (dia 17 de abril de 1996). Logo, naquele está sendo usado para indicar um passado distante. Muitos alunos, ao errar, marcariam a letra A, que só caberia se houvesse dois dias anteriormente referidos no texto, o que não foi o caso. Resposta: B.   7. (FCC/ANS – Técnico) ... os peixes morrem e boiam na superfície. Quem chega muito perto fica com os olhos ardendo e algumas pessoas têm dificuldade para respirar. Esses são alguns dos efeitos das marés vermelhas... Ao introduzir a frase transcrita acima, o pronome demonstrativo grifado: a) antecipa a conceituação necessária para o fenômeno que é o assunto do texto. b) estabelece uma repetição enfática, porém desnecessária, dos fenômenos já citados. c) especifica o tempo e o espaço em que ocorrem os fenômenos antes citados. d) indica a retomada dos fenômenos antes relacionados, em uma referência única. e) redistribui as consequências dos fenômenos assinalados, acentuando seu efeito nas pessoas. Comentários: Trata-se de uso do pronome demonstrativo que se refere a informações citadas anteriormente no texto. Assim, eliminam-se automaticamente as letras C e E. A letra B apresenta erro quando menciona que a repetição dos fenômenos citados é desnecessária – ela é um recurso coesivo bastante útil no texto. Resposta: D.   8. (FCC / TRT – Técn. Judic.) Assinale, entre as frases abaixo, elaboradas a partir do tema do texto, aquela em que se deveria usar ESTE(A) ou NESTE(A), em vez de ESSE(A) ou NESSE(A): a) Li a regulamentação publicitária. E, nesse instante, compreendi-a melhor. b) Ainda repercute aqui, nesse cérebro, a culpa de ter feito o anúncio prejudicial. c) As leis foram publicadas e contra essa publicação se voltaram os anunciantes. d) Se vocês, publicitários, conhecessem melhor essa regulamentação que está diante de seus olhos, não teriam errado. e) As recomendações aí estão e são essas a que devemos obedecer. Comentários: Na letra A, o pronome demonstrativo nesse está adequadamente retomando o que foi dito anteriormente no texto. Já na letra B, o pronome, por apontar para algo que está perto do falante – trata-se do seu cérebro – deveria ser neste e não nesse. Na letra C, o pronome está adequadamente retomando o que foi dito anteriormente, daí utilizar-se essa. Na letra D, o pronome aponta para o que está perto do ouvinte – essa regulamentação...diante de seus olhos e, na letra E, a mesma situação se repete – as recomendações aí estão. Resposta: B.   9. (NCE / TJ) O vocábulo atual, presente na primeira frase do texto, tem seu significado dependente do momento de produção do texto; a frase em que NÃO aparece um elemento do mesmo tipo é: a) “Recentemente, porém, trata-se da independência da ciência e da técnica.” b) “Agora, esta realidade se estende a todo o Terceiro Mundo.” c) “Agora mundializado, o espaço geográfico redefine-se pela combinação desses signos.” d) “é frequentemente chamada de período técnico-científico.” e) “De um lado, o período atual vem marcado por uma verdadeira unicidade técnica...” Comentários: Pela leitura do enunciado, percebe-se que a banca busca um vocábulo com função exofórica, quando diz que tal vocábulo tem seu significado dependente do momento de produção do texto. Ora, o que se quer é a única frase que não apresente um vocábulo do mesmo tipo. Na letra A, o advérbio recentemente está vinculado ao momento em que o texto foi produzido. Nas letras B e C, o mesmo ocorre com o advérbio agora: ele possui, em ambas, função exofórica. Na letra D, o advérbio frequentemente não depende de quando se produziu o texto – trata-se de algo que ocorre com bastante frequência, independentemente do tempo. No entanto, a letra E apresenta o adjetivo atual, vinculado à época de produção do texto. Resposta: D. 10. (FGV / Pol. Civil) Em texto da Folha de São Paulo, um morador das margens de uma grande rodovia declarava o seguinte: “Hoje já passaram por aqui milhares de caminhões e automóveis, mas eu e minha família já estamos habituados com isso; os garotos até brincam, jogando pedra nos pneus.” Há, nesse texto, um conjunto de palavras cujo significado depende da enunciação, ou seja, da situação em que o texto foi produzido. Entre as alternativas abaixo, aquela que indica um termo que não está nesse caso é: a) hoje b) aqui c) eu d) minha família e) isso Comentários: Pelo que se depreende do enunciado, todas as alternativas – exceto uma – apresentam vocábulos com função exofórica. Na letra A, o advérbio hoje depende do momento de produção textual. Na letra B, o advérbio aqui está vinculado ao local onde o texto foi produzido. Nas letras C e D, eu e minha família dependem do enunciador do texto, logo possuem também função exofórica. Já a letra E apresenta o pronome demonstrativo isso que retoma informação anteriormente mencionada no texto – “hoje já passaram por aqui milhares de caminhões e automóveis”, possuindo, portanto, função anafórica, e não exofórica. Resposta: E.   11. (FCC / Anac) O segmento do texto em que o termo destacado se refere textualmente a um elemento anteriormente expresso, e não a um elemento posterior, é: a) Parece possível distinguir duas tendências fundamentais na reação ao grupo estranho: uma de admiração e aceitação, outra de desprezo e recusa. Aparentemente, quase todos os seres humanos apresentam essas duas tendências fundamentais. b) ... pois supomos entender que os que falam a nossa língua têm um passado comum conosco ... c) e também sabem o que esperar de nós... d) Sentimos que aqueles que mais nos conhecem... e) ... capazes de ignorar o que de melhor trazemos. Comentários: Podemos observar, pelo enunciado, que a banca busca um vocábulo com função anafórica (um elemento anteriormente expresso), e não catafórica (um elemento posterior). A letra A apresenta um demonstrativo que retoma as duas tendências citadas na primeira linha do trecho, tendo, portanto, função anafórica. Nas alternativas seguintes, os pronomes demonstrativos destacados apontam para informações que vêm logo a seguir no texto: os aponta para que falam a nossa língua; o indica que esperar de nós; aqueles aponta para que mais nos conhecem e o, para que de melhor trazemos. Todos, exceto um, têm função catafórica. Resposta: A.   12. (TRF – Analista Judiciário) Dentre as frases a seguir, aquela em que o pronome relativo está mal-empregado é: a) A pesquisa histórica é tarefa cuja realização se deve aos grandes historiadores. b) O estudo das fontes históricas, o qual tanto atrai os historiadores, é tão importante quanto o da própria História. c) Analisou tantos fatos quantos pudessem interessar à pesquisa histórica. d) Às vezes, verificam-se fatos históricos que os historiadores não conseguem determinar suas causas. e) O modo como a pesquisa histórica evolui às vezes surpreende o próprio historiador. Comentários: Ao se usar o pronome relativo devemos, antes de tudo, observar o antecedente, como vimos na teoria. Na letra A, o relativo cuja aparece entre dois substantivos indicando posse (realização da tarefa). Na B, o pronome relativo o qual vem antecedido do núcleo estudo (coisa). Na letra C, o pronome relativo quantos vem antecedido de tantos (indicando quantidade). Na letra D, o pronome relativo que não está adequado ao sentido da frase. Nela observamos a ideia de posse (causas dos fatos). Logo, a frase correta seria: “Às vezes, verificam-se fatos históricos cujas causas os historiadores não conseguem determinar”. Na letra E, o antecedente do relativo como é a palavra modo. Nesses casos, quando os antecedentes são as palavras modo, maneira, forma, o relativo adequado é como. Resposta: D.   Bons estudos!
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QUESTÕES DE CONCURSOS PROPOSTAS (COM GABARITO NO FINAL)   1. (FGV / Anal. Leg.) Outra dificuldade encontrada por quem lida com a língua diariamente é o emprego dos pronomes, uma vez que o uso popular consolidou formas que não têm respaldo na gramática. Assinale a alternativa em que ocorra erro no uso do pronome. a) Para mim, é difícil entender a gramática. b) Essa gramática não é para eu estudar. c) Ele sempre carrega a gramática consigo. d) Entre mim e ti não há diferenças. e) Vou dividir os produtos entre eu e você.   2. (FCC / TRT) Considere as afirmações a seguir sobre o emprego dos pronomes nas frases. I. “O vento da noite cortava-lhes o lombo” – Pronome pessoal com sentido possessivo. II. “Os pescadores de largo curso olhavam para eles com certo desprezo” – Pronome indefinido atenuando o sentido do substantivo desprezo. III. “Era como se todo o mundo se aproximasse para aconchegá-los” – Pronome indefinido todo equivalendo a qualquer. É(São) verdadeira(s), apenas, a(s) afirmação(ões): a) I b) II c) III d) I e II e) II e III   3. (FCC / TRT) Assinale a única frase em que o pronome lhe NÃO tem sentido possessivo. a) O tempo mudou-lhe o rosto. b) Não lhe pude conhecer a generosidade. c) O sabor das balas de tangerina encheu-lhe a boca. d) O entusiasmo abriu-lhe os olhos. e) Deram-lhe um emprego perto de casa.   4. (FCC / TRT) As palavras em destaque não podem ser substituídas pelos pronomes à direita em: a) José suspendeu o envio da correspondência. (suspendeu-o) b) João viu o relatório antes da reunião. (viu-o) c) A concessionária vendeu os carros em poucas horas. (vendeu-os) d) Os congestionamentos trazem danos para os empresários. (trazem-Ihes) e) O diretor convidou os funcionários para um evento. (convidou-lhes)   5. (FCC / Anal. Jud.) Indique a opção em que a expressão em destaque pode ser substituída por “lhe”, assim como em “... uma parte do mérito lhe cabe”. a) O economista chamou o colega de benfeitor da natureza. b) A Fundação convidou o professor para o cargo de diretor. c) O projeto pertence ao renomado cientista. d) O governo criou recentemente o Bolsa-Floresta. e) A diretora gosta muito de sua assistente.   6. (FCC / TRE) A alternativa abaixo em que não se realiza de forma conveniente a junção do verbo com o pronome pessoal enclítico é: a) “traz uma reportagem” = trá-la b) “doar 85% de sua fortuna” = doá-los c) “indicam um caminho” = indicam-lo d) “estimula a filantropia” = estimula-a e) “fazer filantropia” – fazê-la   7. (FCC / TRT) “É quase impossível enxergá-lo”. Na frase, foi empregado corretamente o pronome oblíquo “o”. A frase que não se completa com esse pronome é: a) Abracei- _______ com entusiasmo. b) Vi- _______ ontem na esquina da rua. c) Felicitei- _______ pela aprovação. d) A ele, devolvi- _______ o documento. e) O livro, entreguei- _______ ao aluno.   8. (FCC / TRT) Conforme determina o padrão culto da Língua Portuguesa, a frase “ou a empresa ouve ele ou não” deveria ter a forma: a) ou a empresa ouve ou não. b) ou a empresa o ouve, ou não. c) ou a empresa lhe ouve ou não. d) ou a empresa lhe ouve, ou não.   9. (FCC / TRE) A substituição do termo destacado pelo pronome está incorreta em: a) Viram a moça./ Viram-na. b) Pedi a elas o material./Pedi-lhes o material. c) Tocou o hino completo. / Tocou-o completo. d) Parti em pedaços o bolo. / Parti-lo em pedaços. e) Deixou para o filho a herança./ Deixou-a para o filho.   10. (NCE / Assemb. Leg.) Nos itens abaixo, dando continuidade ao que se diz na primeira frase, empregou-se com erro o pronome átono em: a) Os nobres intensificavam suas atividades predominantemente ociosas. Eles intensificavam-nas quase sempre, depois que... b) Os artesãos e os camponeses seguiam o ritmo da natureza. Eles o seguiam obrigatoriamente, uma vez que... c) A deficiente iluminação não permitia aos artesãos e camponeses outra escolha. Ela não lhes permitia outra escolha, sobretudo quando... d) A semente exige o tempo de plantio. Se ela o exige, é claro que não se podia... e) A diminuição da jornada de trabalho acabou por criar o tempo liberado. Ao criar-lhe, tornou mais fácil para todos...   11. (NCE / UFRJ) Observe os pronomes oblíquos destacados no texto abaixo. Como já se sabia, o ser humano adapta-se rapidamente a novas condições de vida. O que a pesquisa da felicidade nos ensinou foi o fato de a nossa capacidade de adaptação ser ainda maior do que se imaginava. Acostumamo-nos a quase tudo e há coisas das quais nunca nos enfadamos. Segundo a norma culta, é possível inverter a colocação do pronome apenas em: a) sabia-se b) se adapta c) imaginava-se d) nos acostumamos e) enfadamo-nos   12. (NCE / UFRJ) Observe as mudanças de colocação de pronomes propostas abaixo. I. Só 46 delegados compareceram ao Parlamento, o que os tinha deixado em minoria – o que tinha deixado-os. II. Um historiador acredita que o Brasil poderia ter se desintegrado em três diferentes países – se poderia ter desintegrado. III. Antes da mudança da corte portuguesa, os conflitos regionais da colônia estavam se aprofundando – se estavam aprofundando. IV. As colônias no Brasil estariam perdidas para Portugal, pois os ingleses queriam ocupá-las – os ingleses as queriam ocupar. Tais mudanças são possíveis apenas em: a) I e II b) II e IV c) I, II e III d) I, III e IV e) II, III e IV   13. (FGV / Anal. Leg.) Das alterações feitas abaixo na posição do pronome pessoal átono, é INCORRETA, de acordo com a norma culta da língua, a que foi feita na opção: a) “... e o jogo dos rapazes elegantes transformara-se, então em um grande fenômeno de massas.” / ... e o jogo dos rapazes elegantes se transformara, então, em um grande fenômeno de massas. b) “... que desde os primeiros anos do século vinha se difundindo rapidamente pela cidade...” / ... que desde os primeiros anos do século vinha difundindo-se rapidamente pela cidade... c) “... onde se realizavam os jogos em honra a Apolo...” / ... onde realizavam-se os jogos em honra a Apolo... d) “... nos quais pudessem reunir-se e praticar o esporte.” / ... nos quais se pudessem reunir e praticar o esporte. e) “... Paulo Barreto mostrava a grandiosa impressão que a popularização do futebol lhe causava.” / Paulo Barreto mostrava a grandiosa impressão que a popularização do futebol causava-lhe.   14. (TCU) Na oração “(...) embora se trate, por exemplo, de um expediente assinado (...)” foi aplicado o seguinte princípio de colocação pronominal: a) não se pospõe pronome átono a verbo, modificado por advérbio. b) não se inicia período por pronome átono. c) não se inicia período por ênclise. d) não se pospõe pronome átono em locuções. e) não se pospõe pronome átono a verbo flexionado em oração subordinada.    15. (TRT / Anal. Jud.) O segmento do texto em que o termo destacado se refere textualmente a um elemento anteriormente expresso, e não a um elemento posterior, é: a) Parece possível distinguir duas tendências fundamentais na reação ao grupo estranho: uma de admiração e aceitação, outra de desprezo e recusa. Aparentemente, quase todos os seres humanos apresentam essas duas tendências fundamentais. b) ... pois supomos entender que os que falam a nossa língua têm um passado comum conosco... c) e também sabem o que esperar de nós... d) Sentimos que aqueles que mais nos conhecem... e) ... capazes de ignorar o que de melhor trazemos.   16. (FCC / Téc. Jud.) Em 1970 e 1971, houve, no Nordeste brasileiro, uma enorme procura por sapos, que eram caçados para que suas peles fossem exportadas para os Estados Unidos. Lá elas eram usadas para fazer bolsas, cintos e sapatos. Isso levou a uma drástica diminuição da população de sapos nessa região. Nesse primeiro parágrafo do texto os elementos em destaque se referem a outros elementos do mesmo parágrafo; assinale a correspondência errada: a) suas – dos sapos; b) Lá – Estados Unidos; c) elas – as peles dos sapos; d) Isso – bolsas, cintos e sapatos; e) nessa região – Nordeste brasileiro.   17. (FCC / Anal. Jud.) O pronome que faz referência exófora, isto é, referência a elemento pertencente ao universo extratextual, encontra-se destacado em: a) “mas permito-me fazer algumas ponderações e reflexões”. b) “Existem situações clínicas em que a morte é claramente inevitável”. c) “Nesses casos, o médico tem de conviver com incertezas”. d) “No meu íntimo, é como se eu quisesse entendê-la”. e) “Procuro respeitar sua vontade”.   18. (FCC / Téc. Jud.) Assinale a opção em que é possível substituir, de acordo com a norma culta, a expressão grifada pela palavra “onde”. a) O cinema em que nos encontramos passa bons filmes. b) Vejo você às 11 horas, quando iremos almoçar. c) Se o tempo melhorar, então vamos à praia. d) A situação que ele criou não é aceitável. e) Lembrei-me do tempo no qual íamos juntos trabalhar.   19. (ANS – Técnico) Sua ideia de que as espécies variam... O segmento grifado acima preenche corretamente a lacuna da frase: a) Não havia ainda poderosos instrumentos __________ a ciência pudesse basear-se e desenvolver-se, como ocorre atualmente. b) Os dados __________ se reportavam alguns cientistas permitiram o nascimento de teorias interessantes a respeito da vida no planeta. c) Nem sempre as informações __________ dispõem os pesquisadores são suficientes para justificar complexas teorias científicas. d) Durante muito tempo as explicações para a origem da vida, __________ todos sonhavam, eram fornecidas pela religião. e) É necessário considerar-se __________ o desenvolvimento tecnológico atual foi o grande passo na descoberta de fatos biológicos.   20. (PM – BA) Está correto o emprego da expressão sublinhada na frase: a) A aversão com que alguns demonstram pela preservação é incompreensível. b) A prevenção é uma medida de cujos bons efeitos todos devem apoiar. c) É injustificável a má vontade de que muitos manifestam diante da prevenção. d) A prevenção, em que muitos fazem questão de ignorar, é imprescindível. e) Medidas preventivas provocam efeitos de cuja eficácia ninguém duvide.   21. (FCC) Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase: a) A diferenciação entre profissionais, à que o autor faz referência, tem como critério um padrão ético, de cujo depende o rumo do processo civilizatório. b) Se há apenas avanço técnico, numa época onde impera a globalização, as demandas sociais ficarão sem o atendimento a que são carentes. c) As razões porque a globalização não distribui a riqueza prendem-se à relação mecânica entre oferta e demanda, cuja a crueldade é notória. d) Os tecnocratas maliciosos imputam para o exercício da democracia os desajustes econômicos em que assolam os excluídos da globalização. e) O aumento da produção, de cuja necessidade não há quem discorde, deve prever qualquer impacto ecológico, para o qual se deve estar sempre alerta.   22. (FCC) As palavras em destaque pertencem à mesma classe gramatical exceto na opção: a) “Não seria isso que falta hoje a todos nós nas empresas?” b) “... palestras que estão acontecendo neste exato momento.” c) “... já dizia o poeta que o tempo não para...” d) “... aos padrões que nos impedem de crescer, ampliar e inovar.” e) “Acreditar naquilo que nossa voz interior diz...”   23. (FGV) Os pronomes relativos destacados substituem a palavra ou expressão que se encontra ao final de cada opção, exceto em: a) “Está aí uma coisa que eu não sabia...” – coisa; b) “Chefe de um país ou de um exército que preside...” – exército; c) “E sempre desconfiei que ‘esdrúxulo’ foi inventada por um antigo dicionarista que sentia falta de uma palavra...” – antigo dicionarista; d) “... sentia falta de uma palavra que descrevesse coisas” – uma palavra; e) “figuras históricas que nunca foram” – figuras históricas.   24. (FGV) Em “O não marca que a decisão era reativa”, a palavra negritada pertence à mesma classe gramatical da destacada em: a) “... reveja os caminhos que você percorreu...”. b) “... para defender-se de algo que ameaça a integridade física...”. c) “Então, muitas das decisões que tomamos...”. d) “Entenda que o mapa da infância...”. e) “A pergunta que tanto fazem...”.   25. (NCE) Indique a opção na qual a palavra que, destacada na coluna da esquerda, não substitui a palavra que a antecede, transcrita na coluna da direita. a) “um quinto da energia que ingerimos...” energia b) “Sem carne, que é uma fonte...” carne c) “... conhecemos vegetais que substituem a carne...” vegetais d) “... ir atrás da caça que estava no quintal...” caça e) “É fato que somos onívoros” fato   (Cespe/UnB) Julgue as alternativas a seguir, com base no texto: Efeitos da ameaça, no bem e no mal. Enquanto os nimbos da guerra toldam o horizonte, a vigília sugere pensamentos esparsos, de calibre diverso no bem e no mal. Por exemplo, transparece, com veemência dolorosa, o fato de que a arma atômica é o mais eficaz instrumento de poder. A unidade de medida. A prova. Quem não tem arma atômica não se estabelece, está fora do grande jogo. Donde a conclusão grave, atemorizante: só a bomba é a última e definitiva garantia de segurança. E aqui trafegamos pelo domínio do mal. Há compensações. Por exemplo, as marchas a favor da paz, a apinhar avenidas e praças ocidentais. Comovem o mundo islâmico. Porta-vozes muçulmanos celebram a resistência cristã à ameaça da guerra. E a interpretam no melhor sentido, como demonstração de que o Ocidente não quer, antes ainda do ataque ao Iraque de Saddam, um confronto entre civilizações. Mino Carta. Carta Capital, 19/03/2003 (com adaptações).   26. Mantém-se a coerência do texto e a sua correção gramatical ao substituir o pronome “Quem” por Países.   27. O advérbio “aqui” remete, no texto, ao lugar, ao país onde o autor está ao escrever.   28. A inserção de qualquer antes de “ameaça da guerra” preserva a coerência e a correção gramatical do texto. Nossos projetos de vida dependem muito do futuro do país no qual vivemos. E o futuro de um país não é obra do acaso ou da fatalidade. Uma nação se constrói. E constrói-se no meio de embates muito intensos – e, às vezes, até violentos – entre grupos com visões de futuro, concepções de desenvolvimento e interesses distintos e conflitantes. Para muitos, os carros de luxo que trafegam pelos bairros elegantes das capitais ou os telefones celulares não constituem indicadores de modernidade. Modernidade seria assegurar a todos os habitantes do país um padrão de vida compatível com o pleno exercício dos direitos democráticos. Por isso, dão mais valor a um modelo de desenvolvimento que assegure a toda a população alimentação, moradia, escola, hospital, transporte coletivo, bibliotecas, parques públicos. Modernidade, para os que pensam assim, é sistema judiciário eficiente, com aplicação rápida e democrática da justiça; são instituições públicas sólidas e eficazes; é o controle nacional das decisões econômicas. Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.). Identidade nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).   29. Na linha 1, mantendo-se a correção gramatical do texto, pode-se empregar em que ou onde em lugar de “no qual”.   30. O trecho “os que pensam assim” retoma, por coesão, o referente de “muitos”, bem como o sujeito implícito da oração “dão mais valor a um modelo de desenvolvimento”.   (Cespe/UnB) O texto é para as questões 31 e 32. A visão do sujeito indivíduo – indivisível – pressupõe um caráter singular, único, racional e pensante em cada um de nós. Mas não há como pensar que existimos previamente a nossas relações sociais: nós nos fazemos em teias e tensões relacionais que conformarão nossas capacidades, de acordo com a sociedade em que vivemos. A sociologia trabalha com a concepção dessa relação entre o que é “meu” e o que é “nosso”. A pergunta que propõe é: como nos fazemos e nos refazemos em nossas relações com as instituições e nas relações que estabelecemos com os outros? Não há, assim, uma visão de homem como uma unidade fechada em si mesma, como Homo clausus. Estaríamos envolvidos, constantemente, em tramas complexas de internalização do “exterior” e, também, de rejeição ou negociação próprias e singulares do “exterior”. As experiências que o homem vai adquirindo na relação com os outros são as que determinarão as suas aptidões, os seus gostos, as suas formas de agir. Flávia Schilling. Perspectivas sociológicas. Educação & psicologia. In: Revista Educação, vol. 1, p. 47 (com adaptações).   31. Na linha 3, para se evitar a sequência “nós nos”, o pronome átono poderia ser colocado depois da forma verbal “fazemos”, sem que a correção gramatical do trecho fosse prejudicada, prescindindo-se de outras alterações gráficas. 32. Na linha 10, a flexão de plural em “próprias e singulares” estabelece relações de coesão tanto com “rejeição” quanto com “negociação” e indica que esses substantivos têm referentes distintos e não podem ser tomados como sinônimos. A lenda urbana surge com a oportunidade do inusitado, do espetacular, do fantasioso. É o momento em que se pode romper com a realidade e crer que existe algo além do que se conhece. Em primeiro lugar, a lenda urbana apresenta personagens quase sempre construídos em busca do indivíduo comum: desperta-se o interesse do ouvinte. Também se espalha por meios muito próximos dos simples mortais, seja oralmente, seja por e-mail, seja até em jornais sensacionalistas. As lendas urbanas se inserem no fenômeno chamado folk comunicação, segundo o qual a expressão das classes mais baixas ou marginalizadas encontra vazão na produção de cultura popular e, muitas vezes, na cultura de massa. Esse folclore – em seu sentido mais amplo – traz à luz a compreensão de determinados povos sobre o meio que os cerca, mas de maneira bastante particular. As manifestações populares trazem tanto seus medos cotidianos quanto as influências sofridas por aquela população. As lendas urbanas são, assim, resultantes da criação contemporânea, modernamente adaptadas ao universo do século XXI e seus problemas. Hoje o homem comum conhece a ciência (ou a pseudociência, como diz Carl Sagan) e se utiliza dela em seu cotidiano. Também por isso, as representações mais fantásticas ganham, muitas vezes, aspectos científicos. Surgem assim narrativas completas, em certa medida críveis, sobre o universo urbano moderno. Andréa Neiva e Luciano R. Segura. Sem mistério: discutindo língua portuguesa, ano 2, nº 12, p. 26-32 (com adaptações).   33. (Cespe/UnB) O pronome “se” refere-se a “lenda urbana” em: a) “se pode” b) “se conhece” c) “desperta-se” d) “se espalha” e) “se utiliza” Gabarito: 1. e; 2. d; 3. e; 4. e; 5. c; 6. c; 7. d; 8. b; 9. d; 10. e; 11. b; 12. e; 13. c; 14. e; 15. a; 16. d; 17. a; 18. a; 19. c; 20. e; 21. e; 22. c; 23. b; 24. d; 25. e; 26. errado; 27. errado; 28. errado; 29. certo; 30. certo; 31. errado; 32. certo; 33. d.   9.12. RESUMO São muitos os pronomes... Pessoais, possessivos, indefinidos, relativos... Vamos resumir tudo que é mais relevante sobre pronomes? • Pronome indefinido é classe que se refere a substantivo. Indica ideia vaga, generaliza. • Tanto o pronome indefinido quanto o adjetivo referem-se a substantivo. A diferença entre eles é semântica: o adjetivo qualifica o substantivo e o pronome indefinido indica ideia indefinida, vaga. Atenção aos vocábulos “certo”, “vários”, “bastante”: quando se referem ao substantivo e vêm antes, são pronomes indefinidos; quando vêm depois do substantivo, são adjetivos. • Pronome pessoal reto substitui sujeito. Para substituir complementos, use o pronome pessoal oblíquo. • Os pronomes oblíquos o, a, os, as substituem objetos diretos, complementos sem preposição. Os pronomes oblíquos lhe e lhes substituem objetos indiretos, complementos com preposição. • Já os curingas (me, te, se, nos, vos) podem ser objetos diretos ou indiretos. Tudo vai depender da regência do verbo. • Pronomes de tratamento são pronomes de 2ª pessoa do discurso (com quem se fala), mas carrega o verbo e os demais pronomes para a 3ª pessoa do discurso (= você). • Em colocação pronominal, lembre-se de que há 3 proibições, 1 regra e 2 exceções. Ao julgar uma frase como certa ou errada, comece pensando nas proibições. Parta do princípio de que o que não é proibido está correto • Ao utilizar os demonstrativos em frases, não se esqueça de perguntar primeiramente se ele se refere ao espaço/tempo/texto. • Quando o pronome remete o leitor para uma informação que está dentro do texto, diz-se que ele tem função endofórica. Tal função pode se subdividir em anafórica (o pronome retoma) ou catafórica (o pronome avança no texto). • O pronome terá função exofórica quando remeter o leitor para uma informação fora do texto: algo que tem de se deduzido. É a função do “onde”, “quando”, “quem. • Pronomes relativos têm sempre função anafórica. Lembre-se de que o pronome cujo não pode ser substituído por nenhum outro relativo. • Para saber a preposição que antecederá o relativo, basta colocar a oração que vem após o relativo na ordem direta, verificando se há ali verbo ou nome que peça preposição.   Bons estudos!
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PREPOSIÇÃO   10.1. TEORIA E EXEMPLOS COMENTADOS É palavra invariável que liga vocábulos ou orações, subordinando um ao outro. Caracteriza-se, assim, por ser um conectivo. Veja os exemplos: Casa de José Nesse caso, a preposição liga dois termos, dois substantivos. Correu para chegar a tempo. Já nesse exemplo, a preposição liga duas orações. É exatamente isso: preposição é conectivo que pode ligar termos ou orações. Classificam-se as preposições em: a) essenciais: apresentam-se sempre como preposição: a, ante, até, após, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás. b) acidentais: são aquelas que originalmente pertencem a outra classe gramatical (conjunções, advérbios...), mas, em determinadas frases, passam a usar-se como preposição. como (= na qualidade de), durante (= por), conforme, segundo (= de acordo com) etc. Veja os exemplos: Tinha-o como amigo. Nesse exemplo, a palavra como, que, normalmente é conjunção, funciona como preposição acidental, pois equivale a uma outra preposição (“na qualidade de”). Segundo as previsões, teremos sol neste domingo. Aqui, a palavra segundo, que pode ser numeral ou conjunção, funciona como preposição acidental. Basta trocá-la por uma locução prepositiva (“de acordo com”) e você verá o valor de preposição que ela possui na frase. Locução prepositiva: conjunto de palavras que funciona como preposição. Termina sempre por preposição. Exs.: abaixo de, antes de, de acordo com, a respeito de, devido a, apesar de, a despeito de, em virtude de, em razão de, graças a etc.   10.2. VALOR RELACIONAL E NOCIONAL DA PREPOSIÇÃO Diz-se que a preposição pode apresentar valor relacional ou nocional. A preposição possui valor relacional quando aparece na frase por uma exigência gramatical do termo anterior. Nesse caso, ela é resultado de regência verbal ou nominal. Necessito de sua ajuda imediata. Aqui, a preposição aparece na frase em função do verbo necessitar, que a exigiu: regência verbal. Tenho necessidade de sua ajuda imediata. Nesse caso, a preposição veio à frase por solicitação gramatical do substantivo que a antecede. Trata-se de regência nominal (regência do nome). O que os dois exemplos anteriores têm em comum é o fato de a preposição ter aparecido na frase por exigência gramatical. É o valor relacional da preposição, ou, como muitas vezes é chamado nas provas, valor gramatical. No entanto, as preposições, ao ligarem vocábulos ou orações, podem estabelecer valor semântico. Nesse caso, elas aparecem na frase, não por serem exigidas gramaticalmente pelo termo anterior, mas para indicar uma nova noção. É o chamado valor nocional ou semântico. Nos exemplos a seguir, as preposições estabelecem valores semânticos: Desenho a lápis. (instrumento) Chegou com a namorada. (companhia) Estremeceu com a notícia. (causa) Falar de futebol. (assunto) Viver de renda. (meio) Correr de medo. (causa) Ir para a rua. (direção) Treina muito para vencer. (finalidade) Como o valor gramatical será estudado em regência, ficaremos neste capítulo apenas com os valores semânticos que as preposições podem estabelecer. É preciso treinar muito para se habituar à nomenclatura utilizada nas provas. Vamos apresentar uma ampla lista de valores nocionais das preposições e, ao longo dos exercícios, você irá se deparar também com outros. Vamos lá? Numere os parênteses abaixo de acordo com as relações semânticas que as preposições ou locuções prepositivas estabelecem. 1. causa 7. posse 13. tempo 2. companhia 8. assunto 14. acréscimo 3. finalidade 9. direção 15. concessão 4. origem 10. instrumento 16. ausência 5. lugar 11. matéria 17. conteúdo 6. meio 12. modo 1. ( ) “Para seres amado, ama.” Comentários: É o mesmo que “a fim de seres amado”. Resposta: 3. 2. ( ) Viemos de Brasília de avião. Comentários: Brasília é a origem de onde viemos e avião é o meio de transporte utilizado. Resposta: 4 e 6. 3. ( ) Foi direto para a casa de Maria. Comentários: Foi em direção à casa de Maria; Maria possui a casa. Resposta: 9 e 7. 4. ( ) É preciso que além de uma sólida base filosófica de valores exista a parceria com os pais. Comentários: Precisa-se não só de base filosófica; precisa-se também de parceria com os pais. Resposta: 14. 5. ( ) Devido à falta de luz, não haverá aula hoje. Comentários: Não haverá aula em função, por causa da falta de luz. Resposta: 1. 6. ( ) Fez de tudo para não ser olhado com medo. Comentários: Não queria ser olhado deste modo, desta forma: com medo. Resposta: 12. 7. ( ) Abriu a porta com a chave. Comentários: A chave foi o instrumento utilizado para abrir a porta. Resposta: 10. 8. ( ) À tardinha, voltamos ao local combinado. Comentários: Voltamos ao local combinado durante a tardinha. Resposta: 13. 9. ( ) Conversamos muito sobre política. Comentários: Política é o assunto sobre o qual conversamos. Resposta: 8. 10. ( ) Para quem mora na favela, o medo é constante. Comentários: Favela é onde se mora, o local. Resposta: 5. 11. ( ) Foi detido por desacato. Comentários: Desacato foi a causa para sua detenção. Resposta: 1. 12. ( ) “Muitas vezes você é obrigado a amar o Botafogo, apesar do Botafogo.” Comentários: Amar o Botafogo é uma concessão aos problemas que o time traz, é algo contraditório. Resposta: 15. 13. ( ) Gostei da sala de visitas. Comentários: É uma sala com a finalidade de receber visitas. Resposta: 3. 14. ( ) Ela se afastou com um súbito choro. Comentários: Chorando foi a forma, o modo como ela se afastou. Resposta: 12. 15. ( ) Tinha empobrecido com a seca. Comentários: A seca foi a causa para a sua pobreza. Resposta: 1. 16. ( ) Deve-se rir com alguém, não de alguém. Comentários: Deve-se rir em companhia de alguém. Resposta: 2. 17. ( ) Ele se confundiu com a minha resposta. Comentários: A minha resposta foi a causa para a confusão dele, ela fez com que ele se confundisse. Resposta: 1. 18. ( ) Copo de vinho. Comentários: Aqui, aceitam-se duas respostas, dependendo do contexto em que essa frase esteja inserida. Ou o vinho é o conteúdo do copo, ou se trata de um copo para servir vinho, com a finalidade de. Resposta: 17 ou 3. 19. ( ) Comprou um chapéu de palha. Comentários: Palha é a matéria com que é feito o chapéu, seu material. Resposta: 11. 20. ( ) A árvore caiu com o vento. Comentários: O vento é a causa para a queda da árvore. Resposta: 1. 21. ( ) O coração batia de alegria. Comentários: A alegria fazia com que o coração batesse, era a causa para tal. Resposta: 1. 22. ( ) Óculos sem aro. Comentários: São óculos que não possuem aro: o aro é ausente nos óculos. Resposta: 16. Vamos treinar esse assunto em questões de concursos anteriores.   10.3. QUESTÕES DE CONCURSOS COMENTADAS 1. (FCC) A substituição da locução em destaque pela que se encontra à direita alteraria sensivelmente o sentido do enunciado no trecho: a) “declino minha solidariedade em relação a sua preocupação” / no que concerne a. b) “o médico tem [...] de administrar seu posicionamento em função das características da doença” / sem embargo de. c) “Tento entender a posição do paciente diante de sua doença” / em face de. d) “Procuro respeitar sua vontade, colocando-a à frente da tecnologia” / adiante de. e) “devem também participar do encaminhamento das soluções médicas, em prol de posições mais humanas” / em favor de. Comentários: Na letra A, ambas as locuções prepositivas apresentam valor semântico de assunto. Na letra C, o valor semântico é de causa; na letra D, a noção que se expressa é de lugar, posicionamento. Na letra E, as locuções estão com valor semântico de favor e se reescrevem. Apenas na letra B as expressões não se substituem: em função das indica causa e sem embargo de indicaria concessão. Resposta: B.   2. (NCE) O valor relacional da preposição em destaque está indicado com erro na alternativa: a) “prolongar vidas de pacientes de forma inacreditável” / modo. b) “conviver com incertezas” / companhia. c) “discutir os inerentes aspectos técnicos sem desvinculá-los do lado emocional” / motivo. d) “refletir sobre o sentido da vida” / assunto. e) “preparar para a viagem final” / fim. Comentários: Mais uma vez, o que a banca espera é que o aluno identifique os valores semânticos das preposições e assinale o único que esteja incorretamente identificado. Na letra A, prolongam-se vidas de pacientes de determinada forma, modo; na letra B, convive-se na companhia de incertezas. Já na letra C, o valor é de modo e não motivo: discutem-se os aspectos técnicos dessa forma – sem desvinculá-los do lado emocional. Na letra D, o sentido da vida é o assunto sobre o qual se discute e, na letra E, a viagem final é a finalidade da preparação. Resposta: C.   3. (NCE) Em “Procuro respeitar sua vontade, colocando-a à frente da tecnologia, por entender que a morte, assim como a vida, merece dignidade”, a preposição por está empregada com o mesmo valor relacional que em: a) Inês, dama de rara beleza, morreu por amor. b) Examinaremos toda a questão, mas por partes. c) Vagamos, distraídos, por toda a cidade. d) A casa tem dois pavimentos, ligados por uma escada. e) Ele sempre lutou por conseguir um bom emprego. Comentários: Na frase do enunciado, a preposição possui valor semântico de causa ( é o mesmo que “porque entendo que a morte, assim como a vida...”). Na letra A, Inês morreu por causa do amor: o valor semântico é de causa. Na letra B, a questão será examinada deste modo: por partes; na letra C, a cidade é o lugar por onde vagamos distraídos; na letra D, a escada é o meio de ligação entre os dois pavimentos e, na letra E, a conquista de um bom emprego é a finalidade da luta dele. Resposta: A.   4. (NCE/Ministério Público) A frase abaixo em que a preposição DE tem seu valor corretamente indicado é: a) pulseira de plástico = qualidade b) morreu de cansaço = causa c) rosto de anjo = origem d) tampa da panela = matéria e) viagem de longe = parte Comentários: Na letra A, o valor semântico da preposição é de matéria: plástico é o material com que foi feita a pulseira. Na letra B, o valor é mesmo de causa: o cansaço foi a causa para a morte. Na letra C, anjo não é a origem do rosto, o valor é de semelhança: tem-se um rosto à semelhança de um anjo; na letra D, o valor semântico é de posse: a panela é da tampa e, na letra E, o valor é de origem, e não de parte. Resposta: B.   5. (FCC/TRF) Alterou-se sensivelmente o sentido do trecho a seguir na opção: “O Mercosul (...) é, no momento, o mais notável bloco do Sul, devido ao peso específico das economias nele contidas e pelo seu rápido avanço”. a) O Mercosul é, no momento, o mais notável bloco do Sul, em virtude do peso específico das economias nele contidas e pelo seu rápido avanço. b) Pelo peso específico das economias nele contidas e pelo seu rápido avanço, o Mercosul é, no momento, o mais notável bloco do Sul. c) O Mercosul é, no momento, o mais notável bloco do Sul, por causa do peso específico das economias nele contidas e do seu rápido avanço. d) Devido ao peso específico das economias nele contidas e pelo seu rápido avanço, o Mercosul é, no momento, o mais notável bloco do Sul. e) O Mercosul é, no momento, o mais notável bloco do Sul, apesar do peso específico das economias nele contidas e pelo seu rápido avanço. Comentários: A locução prepositiva que aparece na frase do enunciado (devido a) tem valor de causa. Na letra A, tem-se a locução em virtude de com o mesmo valor causal. Na letra B, as duas ocorrências da preposição pelo indicam também causa. Na letra C, mais uma locução com valor causal: por causa de. Na letra D, duas preposições com valor de causa: devido a e pelo. Somente na letra E, a locução apesar de não indica causa, e sim concessão. Resposta: E.   6. (FCC) Em “Por ser antes de tudo uma máquina de vender e, mais que isso, de vender o prazer do consumo e o consumo do prazer, ela atira contra nós mesmos o nosso desejo de consumir ao máximo...”, a preposição sublinhada expressa uma relação com o sentido de: a) causa b) condição c) consequência d) concessão e) posse Comentários: Tem-se, na frase do enunciado, uma relação de causa e consequência: o fato de ser uma máquina de vender o prazer e o consumo é a causa para se atirar contra nós mesmos o nosso desejo de consumir muito. Logo, a preposição tem o valor semântico de causa. Resposta: A.   Bons estudos!
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A PALAVRA QUE Pronome Quando substitui ou determina um substantivo.    a) Indefinido – tem um sentido vago. Que felicidade! Que diferença de preço!    b) Interrogativo – aparece em orações interrogativas.  Que professor me substituirá? (interrogativa direta) Não sei que professor me substituirá. (interrogativa indireta)     c) Relativo – retoma um antecedente, evitando sua repetição. “Eu preparo uma canção que faça acordar os homens e adormecer as crianças.” (Carlos Drummond de Andrade)    Preposição Quando equivale à preposição de. Aparece no meio de uma locução verbal. “A gente não tem que fazer tudo o que a gente tem que fazer.    Interjeição Aparece em construções que denotam admiração, espanto. Quê! Ela te contou isso?    Advérbio Modifica um adjetivo ou um advérbio, denotando intensidade. Que simpático é Guilherme!    Conjunção É um conectivo que dá início às orações coordenadas (conjunções coordenativas) ou às subordinadas (conjunções subordinativas).   Coordenativa - Aditiva: Grita que grita. - Explicativa: Vá dormir, que já é tarde.    Subordinativa Integrante – dá início às orações substantivas. “A crise mostra que a velha esquerda não tem programa.”    Adverbial -  dá início às orações: - consecutiva: Estava tão emocionado que chorava a cada homenagem que recebia. - comparativa: Esforçava-se mais que o irmão. - concessiva: Que trouxesse o presente mais caro, não o perdoaria. - causal: Chegarei tarde, que tenho trabalho a fazer. - final: Emprestei-lhe o casaco que não sentisse frio.    Partícula expletiva ou de realce Serve para dar expressividade ao que se quer enunciar. Pode ser retirada da frase, sem prejuízo sintático ou semântico. Quase que caí da árvore. Nós é que chegamos primeiro.(expressão de realce é que)    Substantivo Quando vem determinado (geralmente por artigo ou pronome). Sempre acentuado. Este quê tem a função de sujeito.    Exercícios de fixação:    Dê a classificação da palavra QUE nas frases abaixo:     1. Quê! Ela fez isso?  (Interjeição) 2. Encontrei sete quês naquele período.  (Substantivo) 3. Que beleza!  (Pronome Indefinido) (Que equivale a Quanta) 4. Sinto um quê de satisfação.  (Substantivo) 5. Que bela é Fernanda.  (Advérbio de Intensidade) (Que equivale a muito) 6. Que longe de casa estamos!   (Advérbio de Intensidade) (Que equivale a muito) 7. Não me disseram que desejavam ali. (Pronome Interrogativo) 8. Há dias que não o vejo.  (Palavra de Realce) 9. Temos que fazer algo que resolva o problema.  (Preposição Acidental) (Pronome Relativo) 10. Quase que caí da escada.  (Palavra de Realce) 11. A prova a que fiz referência foi fácil.  (Pronome Relativo) 12. Reclama que reclama.  (Conjunção Coordenativa Aditiva) (Que equivale a E)                                                                                                                  13. Levante-se, que já é tarde!  (Conjunção Coordenativa Explicativa) (Que equivale a POIS) 14. Dirija o insulto ao diretor, que não a mim.  (Conjunção Coordenativa Adversativa) (Que equivale a Mais e a Porém) 15. Dizem que vai gear.  (Conjunção Integrante) 16. Comeu a manga, verde que estivesse.  (Conjunção Subordinativa Adverbial Concessiva) (Que equivale a Embora) 17. Não trabalhamos ontem, que estávamos muito cansados.  (Conjunção Subordinativa Adverbial Causal) 18. Era tal seu medo que desmaiou.  (Conjunção Subordinativa Adverbial Consecutiva) 19. Faço votos que sejas feliz.  (Conjunção Subordinativa Adverbial Final) (Que equivale a Para Que) 20. Mais vale descansar que trabalhar sem resultados positivos. (Conjunção Subordinativa Adverbial Comparativa) 21. Que ele insistisse, eu não iria à festa. (Conjunção Subordinativa Adverbial Concessiva) (Que equivale a Mesmo Que)   Questões de Provas de concursos:   01. VUNESP – CÂMARA DE COTIA - SP – CONTADOR  - 2017 Dado que as pessoas, nas redes sociais, tendem a se agregar por afinidade de crenças, não é difícil que os rumores se disseminem sem serem confrontados por crítica ou contraponto.       A palavra “que” pode ser empregada como pronome relativo, ou seja, aquele que retoma um termo anterior no texto, como ocorre em “...é a própria liberdade de expressão, que tende a encontrar formas de se autocorrigir”. O “que” tem esse mesmo emprego no seguinte trecho do texto: (A) ... murmurou-se durante anos que o presidente Tancredo Neves fora vítima de um atentado... (2º parágrafo) (B) A novidade é que as redes sociais da internet se mostram o veículo ideal... (3º parágrafo) (C) Estimuladas pelos algoritmos das empresas que integram o oligopólio da internet... (4º parágrafo) (D) Dado que as pessoas, nas redes sociais, tendem a se agregar por afinidade de crenças... (5º parágrafo) (E) ... não é difícil que os rumores se disseminem sem ser confrontados por crítica... (5º parágrafo) Resolução: (A) Errado: Conjunção Integrante (B) Errado: Conjunção Integrante (C) Certo: Pronome Relativo (Que retoma a palavra empresas, retoma o antecedente substantivo) (D) Errado: Conjunção Causal (Dado Que equivale a Visto Que e a Já Que) (E) Errado: Conjunção Integrante (o Que inicia uma Oração Substantiva)   02. FCC – TRT 2ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO  -2018 As Três Peneiras       Um rapaz procurou Sócrates e disse-lhe que precisava contar-lhe algo sobre alguém. Sócrates ergueu os olhos do livro que estava lendo e perguntou:     − O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?     − Três peneiras? − indagou o rapaz.     − Sim! A primeira peneira é a VERDADE. O que você quer me contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido falar, a coisa deve morrer aqui mesmo. Suponhamos que seja verdade. Deve, então, passar pela segunda peneira: a BONDADE. O que você vai contar é uma coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a fama do próximo? Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar ainda pela terceira peneira: a NECESSIDADE. Convém contar? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta?     Arremata Sócrates:     − Se passou pelas três peneiras, conte! Tanto eu, como você e seu irmão iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos, colegas do planeta. Nas cinco ocorrências de “que”, em destaque no texto, verificam-se, respectivamente, as seguintes funções: (A) pronome relativo, pronome interrogativo, pronome interrogativo, pronome interrogativo, pronome relativo. (B) conjunção integrante, pronome relativo, pronome interrogativo, pronome interrogativo, pronome relativo. (C) conjunção integrante, pronome relativo, conjunção integrante, conjunção integrante, pronome relativo. (D) conjunção integrante, pronome relativo, pronome interrogativo, pronome interrogativo, conjunção integrante. (E) pronome relativo, conjunção integrante, conjunção integrante, pronome interrogativo, conjunção integrante.  Resolução: Um rapaz procurou Sócrates e disse-lhe que precisava contar-lhe algo sobre alguém. (O Que está iniciando uma Oração Substantiva, o Que é uma Conjunção integrante) Sócrates ergueu os olhos do livro que estava lendo e perguntou: (Que está retomando a palavra livro, esse Que é um Pronome Relativo) − O que você vai me contar já passou pelas três peneiras? (Que é um Pronome Interrogativo) O que você quer me contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido falar, a coisa deve morrer aqui mesmo. (Que é um Pronome Interrogativo) Suponhamos que seja verdade. (O Que está iniciando uma Oração Substantiva, o Que é uma Conjunção integrante) Resposta: Letra D   03. FCC – SEGEP - MA – AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO AGROPECUÁRIA – 2018 O militar e nobre português exigiu que Diogo Leite fosse responsável pela exploração do litoral norte. (4° parágrafo). Assim como nessa frase, o vocábulo que está empregado com função de conjunção em:   (A) Esse homem foi o comandante da primeira expedição que colonizou a região. (4° parágrafo)   (B) Não existem relatos feitos com exatidão a respeito das primeiras expedições que exploraram a costa maranhense. (2° parágrafo)   (C) Lá os franceses trocavam com os indígenas produtos da região por objetos que traziam da Europa. (3° parágrafo)   (D) Com o tempo, no século XVIII, diversas tribos do Piauí entraram no Maranhão, tentando evitar que os brancos as caçassem. (1° parágrafo)   (E) Um ano depois, o monarca português concedeu a terra a três fidalgos que eram homens de sua confiança. (5° parágrafo) Resolução: O militar e nobre português exigiu que Diogo Leite fosse responsável pela exploração do litoral norte. (Que é uma Conjunção integrante) (A) Errado: Que está retomando a palavra expedição. Que é um Pronome Relativo. (B) Errado: Que está retomando a palavra expedições. Que é um Pronome Relativo. (C) Errado: Que está retomando a palavra objetos. Que é um Pronome Relativo. (D) Certo: (Que é uma Conjunção integrante) (E) Errado: Que está retomando a palavra fidalgos. Que é um Pronome Relativo.   04. FGV – TJ - AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – 2018    Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da internet, que se ressente ainda da falta de uma legislação específica que coíba não somente os usos mas os abusos deste importante e eficaz veículo de comunicação”. Sobre as ocorrências do vocábulo que, nesse segmento do texto, é correto afirmar que: (A) são pronomes relativos com o mesmo antecedente; (B) exemplificam classes gramaticais diferentes;   (C) mostram diferentes funções sintáticas; (D) são da mesma classe gramatical e da mesma função sintática; (E) iniciam o mesmo tipo de oração subordinada. Resolução:   Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da internet, que se... (Que está retomando a palavra internet, esse Que é um Pronome Relativo). ...falta de uma legislação específica que coíba... (Que está retomando a palavra legislação, esse Que é um Pronome Relativo). (A) Errado: Tem antecedentes diferentes. (B) Errado: O Que é Pronome Relativo nas duas classes. (C) Errado: Tem a mesma função sintática. (D) Certo: Na primeira frase o Que tem Função Sintática de Sujeito, na segunda frase o Que tem a Função Sintática de Sujeito. O Que tem a mesma classe gramatical nas duas frases (Pronome Relativo). (E) Errado: A primeira frase é Oração Subordinada Adjetiva Explicativa e segunda frase é Oração Subordinada Adjetiva Restritiva .   05. FGV – CÂMARA DE SALVADOR BAHIA – ANALISTA LEGISLATIVO MUNICIPAL – 2018 “Estudar é semelhante ao trabalho de um detetive que investiga um determinado assunto. O bom detetive é aquele que considera o maior número de hipóteses e escolhe aquelas que julgar mais convincentes. Para fazer isso, ao contrário do que se pode pensar, é importante ter dúvidas. Todos têm dúvidas. Do mais importante cientista ao mais humilde trabalhador. O que faz um trabalho de investigação ser bom é a capacidade de organizar essas dúvidas e tentar solucionar o maior número delas”.    Nesse segmento do texto 3 há cinco ocorrências do vocábulo QUE, que se encontram sublinhadas. Sobre essas ocorrências, é correto afirmar que: (A) pertencem a duas classes gramaticais diferentes; (B) relacionam-se a vocábulos anteriores de valor substantivo; (C) exemplificam casos de anáfora e de catáfora; (D) substituem palavras ou orações anteriores;   (E) introduzem segmentos de valor adjetivo ou adverbial. Resolução:  Estudar é semelhante ao trabalho de um detetive que investiga... (Que está retomando a palavra detetive, esse Que é um Pronome Relativo). O bom detetive é aquele que considera o maior número de hipóteses... (Que está retomando o Pronome Substantivo aquele, esse Que é um Pronome Relativo). ...e escolhe aquelas que julgar mais convincentes. (Que está retomando o Pronome Substantivo aquelas, esse Que é um Pronome Relativo). Para fazer isso, ao contrário do que se pode pensar,... (Que está retomando o Pronome Demonstrativo o (de=d + o) (o=aquilo) esse Que é um Pronome Relativo). O que faz um trabalho de investigação ser bom é a capacidade de organizar... (Que está retomando o Pronome Demonstrativo o (o=aquilo) (aquilo é Pronome Substantivo) esse Que é um Pronome Relativo). Resposta: Letra B relacionam-se a vocábulos anteriores de valor substantivo. Todos os Ques são Pronomes Relativos.   Bons estudos!
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11 CONJUNÇÕES 11.1. TEORIA E EXEMPLOS COMENTADOS 11.1.1. Conjunções coordenativas A s conjunções coordenativas são aquelas que ligam orações de sentido completo, independente, que não exercem função sintática entre si: uma não é sujeito, objeto direto... da outra. Essa é a principal diferença entre as conjunções coordenativas e as subordinativas: a relação sintática que não existe entre as primeiras ocorre com as últimas. Mas você deve estar se perguntando: vou ter de pensar nisso tudo na hora de classificar as conjunções? Fique tranquilo, a resposta é não. Para identificar as conjunções, não será preciso pensar em análise sintática. Basta entender o que cada conjunção indica: o que é adicionar, opor, o que é causa, concessão, efeito etc. Assim, comecemos pelas coordenativas, que integram o primeiro bloco, entendendo cada ideia que elas iniciam, aproveitando também para conhecer as conjunções e, se possível, memorizar, ao menos, meia dúzia de cada uma delas, para poupar futuramente seu tempo de resolução de prova. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas.   As conjunções aditivas são aquelas que ligam orações ou palavras, expressando ideia de acrescentamento ou adição. São elas: e, nem (= e não), além das expressões correlativas, que vêm em pares e também somam: não só... mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda. Veja a frase: A sua pesquisa é clara e objetiva. Aqui, a conjunção aditiva liga termos (adjetivos) e não orações (sim, porque não se engane achando que a conjunção só pode ligar orações). Tais informações se adicionam, acrescentam. Observe ainda: Ele não só entrou na sala como também dirigiu-se aos pais. Nesse caso, temos as expressões correlativas, que ligam duas orações, indicando ações que se somam.   As conjunções adversativas são aquelas que ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. São elas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante. Em relação às conjunções adversativas, é interessante frisar que elas nem sempre opõem, mas podem também compensam, ressalvam. Veja: Tentei chegar mais cedo, porém não consegui. Aqui, a conjunção adversativa opõe, o que podemos observar pelas expressões “tentei chegar” e “não consegui”. Logo, esse exemplo nos traz uma conjunção adversativa com valor de oposição, contraste. Agora, observe: Seu discurso foi breve, mas violento. Nesse caso, temos palavras que não se contrastam: breve não é contrário de violento, mas é sua compensação. Logo, temos aqui conjunção adversativa com valor de ressalva, compensação.   As conjunções alternativas são aquelas que ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou, ora...ora, já... já, quer... quer, seja... seja. O que é interessante evidenciar nesse conceito é que elas podem, então, indicar, basicamente, duas ideias: Ou saio eu, ou sai ele desta sala. (exclusão, escolha) O cavalo avançava ora para a esquerda, ora para a direita. (alternância) Você deve estar se perguntando: por que é preciso saber que a conjunção alternativa indica duas ideias (alternância ou exclusão)? Por dois motivos: primeiro, porque assim você não se engana achando que, se a conjunção é alternativa, só pode indicar alternância. Depois porque, em algumas questões, o examinador pode exigir um conhecimento mais específico: não que se diga apenas o nome da conjunção, mas que se explique o valor semântico que ela traz.   As conjunções conclusivas são aquelas que ligam à anterior uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (dica importante: quando deslocado na oração, depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim. Veja um exemplo: Ele estava bem preparado para o teste, portanto, não ficou nervoso. Aqui, o fato de não ficar nervoso é o resultado de ele ter se preparado bem para o teste. É a sua conclusão. As conjunções explicativas são aquelas que justificam a ideia da oração a que se referem. São elas: que, porque, pois (dica importante: quando iniciar a oração, antes do verbo), porquanto. Assim, temos: Venha para casa, pois está começando a chover. Não demore, que o filme vai começar. Interessante observar que as conjunções explicativas normalmente vêm ligadas a orações com verbos no imperativo – ordem, pedido, conselho (“venha para casa”, “não demore”). Isso ocorre porque é uma questão de educação dar a ordem e, na sequência, explicar, justificar o porquê daquele comando. Essa é uma boa dica para reconhecer as conjunções explicativas com mais rapidez nas frases. Eis uma notícia boa: ao ver uma oração com verbo no imperativo, ligada a um porque, pois, porquanto, normalmente a conjunção será explicativa. A notícia ruim é que a conjunção explicativa pode vir também ligada a oração sem verbo no imperativo. Mas aí, para identificá-la facilmente, é só se lembrar do seu conceito: ela indica a explicação, a justificativa para o que foi dito anteriormente. Assim, “Fazia tudo para ser agradável, pois não deixava uma pergunta sem respostas.” (E. Bechara) Aqui, a segunda oração explica, justifica aquilo que se disse na primeira. A conjunção é, então, explicativa.   Uma prova que tratou da conjunção explicativa ligada a verbo no imperativo foi a de Perito Criminal da Polícia Civil, Fundação Getulio Vargas, realizada em 2009. Veja: Quase Nada 1. No quarto quadrinho, a palavra que introduz uma: a) causa. b) consequência. c) explicação. d) condição. e) concessão. Comentários: A conjunção que aparece ligada a verbo no imperativo – acorda – indicando uma explicação para o que se disse na outra oração. Poderíamos até trocar o que por outra conjunção explicativa – porque, pois. Observe que a banca não se preocupa tanto se a conjunção é coordenativa ou subordinativa, e sim com o valor semântico que ela indica – explicação. É uma tendência das bancas atuais: não cobrar do aluno memorização da nomenclatura, mas compreensão das ideias expressas pelos conectores. Resposta: C. Antes de partirmos à análise de outras questões de concursos, vamos fixar os conceitos por meio de frases curtas, para verificar se você entendeu a teoria.   Classifique as conjunções coordenativas das frases abaixo. 1. Fale baixo, porque todos estão dormindo. Comentários: Ordem seguida da explicação. Resposta: conjunção explicativa.   2. Não só passeia, mas ainda cumpre a obrigação. Comentários: As duas ações se somam, ele passeia e cumpre a obrigação: “não só, mas ainda”. Resposta: conjunções aditivas.   3. Estudou muito e não foi aprovado. Comentários: Apesar de a conjunção “e” ser normalmente aditiva, aqui ela contrasta, não segue o esperado: o que se esperava seria estudar e ser aprovado. Resposta: conjunção adversativa.   4. Estudou muito e foi aprovado. Comentários: Nesse caso, a conjunção não soma nem opõe, ela indica o resultado, a conclusão. Resposta: conjunção conclusiva.   5. Você leu as cláusulas do contrato; não reclame, pois, das dificuldades que surgirem. Comentários: Observe bem: a conjunção pois veio após o verbo, entre vírgulas, o que indica o seu deslocamento; além do mais, traz ideia de resultado. Resposta: conjunção conclusiva.   6. Nem estuda nem deixa os outros estudarem. Comentários: Dizer que nem estuda nem deixa os outros estudarem é o mesmo que dizer que não se fazem as duas coisas: não estuda e não deixa os outros estudarem. Resposta: conjunção aditiva. Cuidado para não confundir com as alternativas: não são ações que se alternam e sim que se somam.   7. Analisamos o projeto com muita atenção, estamos, pois, aptos a executá-lo. Comentários: Novamente, o pois deslocado. As vírgulas são uma preciosa dica. Ideia de resultado, conclusão. Resposta: conjunção conclusiva.   8. O regulamento era bastante claro a esse respeito; no entanto, muitas pessoas teimavam em fingir que não sabiam de nada. Apesar da clareza do regulamento, pessoas fingiam não saber de nada: oposição, contraste. Resposta: conjunção adversativa. Além do mais, as conjunções entretanto, porém, no entanto serão sempre adversativas!   9. Ou não entendeu, ou fingiu-se de tolo. Comentários: Duas opções que se excluem. Resposta: as conjunções são alternativas e o valor semântico é de exclusão, escolha: uma coisa ou outra.   10. As autoridades levantaram-se e aplaudiram o velho professor. Comentários: Finalmente um e que soma: duas ações que se adicionam. Resposta: conjunção aditiva.   11. Saia da varanda, que está muito frio. Comentários: Aproveite a estruturação da frase: temos a ordem (verbo no imperativo), seguida da explicação. Resposta: conjunção explicativa.   12. Ele agradeceu a mim bem como a todos os presentes pela ajuda recebida. Comentários: Ele agradeceu a mim e a todos. Resposta: conjunção aditiva.   Vamos resolver algumas questões? Mas antes uma dica importante: nas provas atuais de concursos públicos, podemos observar duas tendências de questões em relação ao assunto que estamos abordando. Entenda: Existem as questões que retiram um trecho do texto e pedem que você classifique a conjunção destacada ou, simplesmente, indique o valor semântico que ela representa. Há também as questões de reescritura, em que se retira um trecho de um texto, com determinada conjunção em destaque, para que o aluno julgue que outras conjunções seriam capazes de substituíla, mantendo-se o sentido original da frase. Para resolver as questões do primeiro tipo, é preciso que você identifique a conjunção na frase em destaque, analisando a ideia que ela indica. Eis um exemplo:   1. (FCC/TRF – 2ª Região) No texto, o segmento “... podem ora ser consideradas como orientação geral, ora como disposição...” expressa ideias de ações: a) opostas. b) repetidas. c) alternadas. d) simultâneas. e) concomitantes. Comentários: O que temos na frase são ações que se alternam. Os próprios conectivos ora, ora confirmam essa ideia. A letra A seria a resposta, caso se tratasse de conjunção adversativa. Quanto à letra B, imaginamos que a banca esteja tratando de ações que se somam (aditivas). Já as letras D e E referem-se às conjunções temporais, que podem indicar ações que ocorrem ao mesmo tempo (simultâneas, concomitantes). Conclusão: para resolver uma questão como essa, basta que você leia a frase com cuidado para entender o valor semântico indicado pela conjunção. Resposta: C.   2. (FCC/TRF-SP) O emprego do elemento sublinhado compromete a coerência da frase: a) Cada época tem os adolescentes que merece, pois estes são influenciados pelos valores socialmente dominantes. b) Os jovens perderam a capacidade de sonhar alto, por conseguinte alguns ainda resistem ao pragmatismo moderno. c) Nos tempos modernos, sonhar faz muita falta ao adolescente, bem como alimentar a confiança em sua própria capacidade criativa. d ) A menos que se mudem alguns paradigmas culturais, as gerações seguintes serão tão conformistas quanto a atual. e) Há quem fique desanimado com os jovens de hoje, porquanto parece faltar-lhes a capacidade de sonhar mais alto. Comentários: O enunciado busca a alternativa que apresente uma conjunção mal escolhida, ou seja, que não expresse a ideia que ela deveria indicar. A alternativa B traz o conectivo por conseguinte, cuja ideia é de conclusão. No entanto, esse conectivo está introduzindo uma oposição: os jovens perderam a capacidade de sonhar alto, mas alguns ainda resistem ao pragmatismo moderno. Assim, a conjunção que deveria unir essas duas orações deveria ser adversativa (mas, porém, contudo, todavia etc.), e não conclusiva. A letra A apresenta uma afirmativa seguida de sua explicação, confirmada pelo conectivo pois. A letra C apresenta duas informações que adicionam, o que se percebe pela conjunção aditiva bem como. A letra D introduz uma condição para que a outra oração ocorra, o que estudaremos nas conjunções adverbiais condicionais. Finalmente, a letra E traz um porquanto, que estabelece uma explicação para a outra oração. Resposta: B. Atenção: não confunda a conjunção porquanto com portanto. Porquanto é o mesmo que porque.   Conclusão: nesse tipo de questão, além de entender a ideia que cada conjunção está veiculando, é necessário ter memorizado uma lista básica de conjunções para cada classificação. Isso agiliza o tempo de resolução da questão. De outra forma, além de ler cada frase e entender a sua mensagem, o aluno teria de fazer um certo esforço para lembrar o que cada uma das conjunções normalmente indica. Aqui, então, você precisaria entender a ideia estabelecida por cada conjunção e memorizar uma lista mínima de conectores. São duas questões que necessitam que detectemos em cada frase o valor semântico que a conjunção expressa (oposição, ressalva, explicação etc.). Há também as questões que buscam reescritura de frases, ou seja substituições de conjunções por outras que expressem a mesma ideia, entendemos que a memorização da lista das conjunções seja mais importante do que a compreensão do que está escrito na frase. Veja um item de uma prova para o Ministério das Relações Exteriores, da banca organizadora Cespe/UnB, ocorrida no ano de 2009. Nela, esperava-se que o candidato julgasse a assertiva como certa ou errada.   1. “Essas disputas, contudo, podem ter mais relação com o perfil de potência regional do Brasil, uma vez que suas empresas multinacionais competem de modo mais agressivo por negócios além das fronteiras brasileiras.” a) A expressão “uma vez que” pode, sem prejuízo para a correção gramatical do período e sem alteração das informações originais, ser substituída por qualquer uma das seguintes: visto que, já que, pois, porque, porquanto. Comentários: Nesse caso, o mais importante não era entender a frase do texto, e sim ter memorizado as conjunções. Consulte a lista de conjunções explicativas que você possui e veja se não estão todas lá. Simples, não é? Já para o aluno que não memorizou... Resposta: certa. Mais uma questão do mesmo concurso: pedia-se o de sempre, ou seja, julgar a alternativa como certa ou errada.   2. “Com isso, a partir de janeiro de 2009, a produção terá redução total de 4,2 milhões de barris diários. A medida, que foi acompanhada por países fora do cartel, não conseguiu, no entanto, segurar o preço da commodity, que caiu abaixo dos US$ 40.” (O Globo, 18/12/2008.) a) O termo “no entanto” pode, sem prejuízo para a correção gramatical do período e sem alteração das informações originais, ser substituído por qualquer um dos seguintes: porém, contudo, conquanto, contanto que. Comentários: A conjunção no entanto é adversativa. Na lista das coordenativas adversativas só aparecem as duas primeiras: porém e contudo. Conquanto é uma conjunção concessiva, que, apesar de indicar a mesma ideia de contrariedade, levaria o verbo para o subjuntivo. Logo, tal conjunção até manteria a ideia da adversativa “no entanto”, mas prejudicaria a correção gramatical do período. Contanto que é conjunção condicional, que nada tem de semelhança com a conjunção adversativa do texto. Resposta: errada. Você deve estar se perguntando: então, para resolver as questões de conjunções, basta que eu decore a lista de cada uma delas? Infelizmente, não. Ainda que para algumas questões a memorização baste, entender as relações semânticas que as conjunções estabelecem nas frases é fundamental por alguns motivos: 1. Algumas conjunções estabelecem mais de uma ideia, aparecem em mais de uma lista. Você vai aprender que um porque pode ser causal, explicativo ou final. Um pois pode ser conclusivo, explicativo ou causal. Além dessas conjunções, há outras que podem ter mais de uma classificação (desde que, que, se...). Assim, só uma leitura cuidadosa da frase permitiria a classificação da conjunção. Nesse caso, ter memorizado as conjunções ajuda, mas não resolve a questão. 2. Há questões que pedem que se identifique o valor semântico da conjunção, e não simplesmente que dê a sua classificação. Vimos, por exemplo, que a conjunção adversativa mas pode indicar adversidade ou ressalva: haverá questões que vão buscar que você identifique qual das duas ideias a conjunção indica. Decorar a lista, aqui, resolveria o seu problema?   Bons estudos!
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Conjunções subordinativas Vamos agora ao estudo das conjunções adverbiais, que estatisticamente são aquelas que mais aparecem nas provas de concursos públicos de variadas bancas. Conjunção subordinativa é a palavra ou locução conjuntiva que liga duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração dependente, introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração subordinada. Ex.: O baile já tinha começado quando ele chegou. or. principal ↑ or. subordinada conj. subord. As conjunções subordinativas subdividem-se em adverbiais e integrantes. Vamos a elas... As conjunções adverbiais são aquelas que indicam circunstâncias. Lembre-se de que circunstância é uma ideia que se adiciona à frase sem ser necessária. É a história do fofoqueiro: onde?, como?, por quê?, para quê?... Certa vez, o professor Evanildo Bechara comentou, em uma palestra, que circunstância é algo que a frase não pede, só a nossa curiosidade... Pois bem, cabe ao aluno conhecer as ideias circunstanciais que se acrescentam à ideia principal de um texto, desenvolvendo-a. Podem ser causais, consecutivas, concessivas, condicionais, comparativas, conformativas, finais, temporais e proporcionais. Primeiramente, temos as conjunções causais (porque, que, como (= porque), pois que, uma vez que, visto que, porquanto, já que etc.), que são aquelas que indicam um fato que faz com que o outro ocorra. Logo, para cada causa haverá um efeito. Se você não achar o efeito, então não havia causa. Daí, o exemplo: Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. O fato de ele não dispor de meios é que fez com que ele não fizesse a pesquisa. Agora, cuidado! Não confunda a causa com o efeito. Antes de classificar a conjunção, lembre-se de que a conjunção recebe o nome da ideia que vem depois dela, não antes. Se o que vem depois do porque é que fez com que ele não fizesse a pesquisa, então porque é uma conjunção causal. Aqui, valem dois recados: Atenção: 1. Tenha em mente, ao resolver a questão, o conceito de causa: ela é um fato que faz com que o outro ocorra. 2. Antes de classificar a conjunção, cuidado para não olhar para o lugar errado: a conjunção recebe a classificação do que ela inicia, não do que veio antes dela. Você deve estar perguntando: e se a conjunção iniciasse a oração ele não fez a pesquisa e não a outra oração? Aí, ela seria consecutiva, pois estaria iniciando o efeito, a consequência. Assim, surge a conjunção consecutiva, que é aquela que introduz uma oração que expressa a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modo que, de forma que, sem que (= que não), que (tendo como antecedente na oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho) etc. Portanto, temos a frase: Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame. O primeiro passo é reconhecer que há, nessa frase, uma relação de causa e efeito. Triste é quando a gente sequer enxerga isso no texto... Em seguida, organizar, na frase, o que é causa e o que é o efeito. Lembre-se de que: 1. Na linha do tempo, a causa antecede o efeito: acontece antes. 2. A conjunção recebe o nome da ideia que ela inicia. Assim, temos: O fato de estudar tanto durante a noite aconteceu antes de ter dormido na hora do exame: estudar muito fez com que dormisse na prova. Logo, estudar é a causa e dormir é o efeito. Ora, se a conjunção inicia o fato de ter dormido na hora do exame, que é a consequência, ela é consecutiva e não causal. As conjunções concessivas introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização. São elas: ainda que, apesar de que, embora, mesmo que, conquanto, se bem que, por mais que, posto que etc. Observe: Embora fosse tarde, fomos visitá-lo. O fato de ser tarde não impediu que fôssemos visitá-lo. São informações contrárias, que não se excluem. Além do mais, o verbo está no subjuntivo (fosse), o que acaba sendo uma característica marcante das conjunções concessivas. Atenção: 1. As conjunções concessivas indicam contrariedade, oposição. 2. A fim de não confundi-las com as coordenativas adversativas, que também contrastam, não deixe de memorizar as conjunções de cada lista e de lembrar que a conjunção concessiva, normalmente, leva o verbo para o subjuntivo, o que não ocorre com as adversativas. Mais um exemplo para você fixar: Eu não desistirei desse plano mesmo que todos me abandonem. O fato de todos me abandonarem não impedirá que eu desista desse plano: ideia de concessão. Atenção ao verbo “abandonem”, que está no presente do subjuntivo. As conjunções condicionais introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para a ocorrência da principal. São elas: se, contanto que, salvo se, desde que, a menos que, a não ser que, caso etc. Veja o exemplo: Se precisar de minha ajuda, telefone-me. A ação de me telefonar só ocorrerá caso seja necessária a minha ajuda. É a hipótese para a ocorrência da outra oração. Observe que o verbo está no subjuntivo – precisar, o que enfatiza a ideia hipotética que a oração traz. As conjunções conformativas introduzem uma oração em que se exprime a conformidade de um fato com outro. São elas: conforme, como (= conforme), segundo, consoante etc. Pense sempre assim: a conjunção conformativa indica um fato que se realiza de acordo com outro, em conformidade com outro. Assim: Arrume a exposição segundo as ordens do professor. A exposição será arrumada em conformidade, de acordo com o que o professor ordenar. As conjunções finais introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal. São elas: para que, a fim de que, porque (= para que), que etc. É mais uma conjunção que, por também indicar hipótese, apresenta, em geral, o verbo no subjuntivo. Veja: Toque o sinal para que todos entrem no salão. A finalidade, o objetivo da primeira oração (“toque o sinal”) é de que todos entrem no salão. Veja como a finalidade é uma consequência desejada, almejada, hipotética. A s conjunções proporcionais introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência principal. São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que e as combinações quanto mais... (mais), quanto mais... (menos), quanto menos... (mais), quanto menos... (menos) etc. É simples: uma ideia que se realiza proporcionalmente à outra. Assim: O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam. Eis o que a conjunção proporcional indica: quanto mais o preço fica caro, mais os produtos escasseiam. São ações diretamente proporcionais. Podemos ter até ações inversamente proporcionais: Quanto mais reclamava, menos atenção recebia. Na sequência, temos as conjunções temporais, que são aquelas que introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal. São elas: quando, enquanto, assim que, logo que, todas as vezes que, desde que, depois que, sempre que, mal (= assim que) etc. Essa ideia de tempo pode iniciar um tempo simultâneo, concomitante: A briga começou assim que saímos da festa. As duas ações ocorrem ao mesmo tempo. É conjunção temporal que indica tempo simultâneo. Mas não será sempre assim. Veja: A cidade ficou mais triste depois que ele partiu. A conjunção é temporal, indicando tempo anterior. Que interessante: a locução conjuntiva depois que está iniciando uma oração com valor de anterioridade (ele partiu aconteceu antes de a cidade ficar mais triste) e não de posterioridade. Por isso, é tão importante você se adestrar e, antes de classificar a conjunção, olhar para a oração que vem depois dela, não antes! Agora, vêm as que consideramos mais fáceis: as conjunções comparativas. As conjunções comparativas introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, tal, qual, tal qual, que (combinado com menos ou mais) etc. Assim, temos: O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem. Vemos aqui ações que se comparam. Observe: o verbo das orações comparativas normalmente vem implícito, por ser o mesmo da outra oração. É como se eu dissesse: o jogo de hoje será difícil como o de ontem foi difícil. Observe mais um exemplo: Ele é preguiçoso tal como o irmão. É como se disséssemos: ele é preguiçoso como o irmão é preguiçoso. Atenção: A oração comparativa vem com verbo implícito, contando, portanto, como uma oração. Se houver uma questão que pergunte quantos verbos há no período, não deixe de contar com o verbo da oração comparativa, embora ele não esteja explícito. Por fim, temos as conjunções integrantes. Deixamos essas conjunções para o final, porque elas não integram o bloco das adverbiais, não trazem ideia circunstancial. O seu papel é iniciar oração substantiva, a oração que vale por um substantivo. Lá na escola, a professora nos aconselhava a substituir a oração substantiva por isto, que é um pronome substantivo, só para ter certeza de que ela é substantiva. Assim, teríamos: Espero que ele traga os documentos necessários. A conjunção integrante que integra a oração substantiva (que ele traga os documentos necessários), oração que vale por um substantivo, que pode ser trocada por isto. Veja que ela não tem nenhum dos valores semânticos que estudamos anteriormente (causa, condição, concessão...), apenas inicia uma oração substantiva. Mais um exemplo: Não sei se José foi aprovado. Eis um exemplo de conjunção integrante se: ela inicia uma oração que vale por um substantivo (aprovação de João). É a conjunção integrante. Atenção: 1. As conjunções subordinativas dividem-se em dois blocos: integrantes (sem valor semântico) e adverbiais (que indicam ideia circunstancial, apresentando os valores de causa, condição, concessão etc.) 2. Reconhecer a conjunção integrante é simples: basta trocar a oração que ela inicia por um substantivo, ou, simplesmente, por isto. Que tal treinarmos um pouco antes de encararmos as questões de concursos? A seguir, apresentamos algumas frases para fixarmos os conceitos. Classifique as conjunções subordinativas destacadas nas frases a seguir: 1. Não vieram porque chovia muito. Comentários: O fato de chover muito fez com que não viessem: inicia a causa. Resposta: conjunção causal. 2. Por mais que estude, corre o risco de ser reprovado. Comentários: O esperado seria que, estudando muito, fosse aprovado. Tem-se a ideia de oposição. Resposta: conjunção concessiva. Atenção ao verbo no subjuntivo. 3. Como todos sabem, tenho um nome respeitado. Comentários: A conjunção como tem valor de conforme, de acordo com. Resposta: conjunção conformativa. 4. Ninguém sabe se ele está vivo ou morto. Comentários: Ninguém sabe isto. Resposta: a conjunção inicia oração substantiva, integrante. 5. Estava tão cansado, que adormeceu na poltrona. Comentários: Lá vem ela: a relação de causa e efeito. Organize o seu raciocínio: o fato de estar cansado fez com que ele adormecesse na poltrona. A causa é o cansaço, o efeito é adormecer na poltrona. Resposta: a conjunção que inicia o efeito, ela é consecutiva. Além do mais, quem já memorizou sabe que um que antecedido de tão normalmente é consecutivo. 6. Menti porque precisava. Comentários: O fato de precisar fez com que eu mentisse. Precisar é a causa, mentir é a consequência. Resposta: a conjunção inicia a causa: ela é causal. 7. Menti porque não fosses punido. Comentários: Esse porque pode ser trocado por para que, a fim de que. O verbo, além disso, está no subjuntivo, indicando hipótese. Resposta: conjunção final. 8. Ainda que me ameaces, nada revelarei. Comentários: Relação de oposição, contrariedade, um fato que não impede que o outro ocorra: o fato de me ameaçar não vai impedir que eu nada revele. E o verbo no subjuntivo. Resposta: conjunção concessiva. 9. Como ele se despedisse, acompanhamo-lo à porta. Comentários: Relação de causa e efeito: o fato de ele se despedir fez com que o acompanhássemos até a porta. Resposta: inicia a causa, a conjunção é causal. 10. Sempre que estou estudando, não gosto que façam barulho. Comentários: Indica ideia de tempo. Não gosto que façam barulho quando estou estudando. Resposta: conjunção temporal. 11. Caso ela me beije, pensarei no caso. Comentários: A ação de pensar no caso só ocorrerá se ela me beijar. Valor de hipótese, condição. E verbo no subjuntivo – beije. Resposta: conjunção condicional. 12. Quanto mais trabalho, menos tempo tenho para ganhar dinheiro. Comentários: Ações inversamente proporcionais: quanto mais se trabalha, menos se ganha dinheiro. Resposta: conjunção proporcional. 13. Se bem que estude muito, não aprende tudo. Comentários: O verbo no subjuntivo – estude – e uma ideia de oposição: o fato de estudar muito não garante o aprendizado da matéria. Resposta: conjunção concessiva. 14. Desde que saiu, não consigo raciocinar direito. Comentários: A ação de não ________________raciocinar direito ocorre desde o momento em que alguém saiu. Ideia de tempo anterior. Resposta: conjunção temporal. 15. Como seu irmão, Mariana sabia se comportar. Comentários: A conjunção como equivale a do mesmo modo que. É como se disséssemos: Mariana sabe se comportar do mesmo modo que seu irmão sabe se comportar. O verbo vem implícito, por ser o mesmo da outra oração. São ideias que se comparam. Resposta: conjunção comparativa. Devidamente treinados em relação às conjunções subordinativas? Esperamos que sim. Agora, chegamos ao momento mais importante deste capítulo: a mistura das conjunções coordenativas e subordinativas. O aluno que sabe mesmo não se confunde quando vêm todas juntas. As dicas são muito simples: Não se preocupe com a nomenclatura coordenativa ou subordinativa. O mais importante é a ideia que cada conjunção traz. Exemplo: se a conjunção iniciar uma ideia de explicação e não de causa, será coordenativa, e não subordinativa. O mais importante é identificar o valor semântico da oração que a conjunção inicia. Não deixe de memorizar uma lista mínima para cada bloco de conjunções: isso poupará tempo de resolução de prova. Exemplo: o aluno que não memoriza que conquanto será sempre conjunção concessiva, pode perder muito tempo pensando sobre as outras ideias (causal, explicativa, conformativa...). Não deixe de olhar para o que vem depois da conjunção, não para o que vem antes. Na dúvida, procure também substituir a conjunção por outras que tenham o mesmo sentido, para ter certeza da resposta certa. E o mais importante: procure lidar com a frase da forma como ela está no texto. Não imagine situações, não extrapole o que está escrito. Exemplo: diante de uma conjunção condicional, que é a hipótese para a ocorrência da outra oração, não fique imaginando um contexto em que essa hipótese viesse a ocorrer. Se fosse assim, ela seria causal e não condicional. Dessa forma, você acaba errando porque pensou em outra coisa.   Classifique as conjunções a seguir: 1. Convém que tomes cuidado. Comentários: Convém isto. A conjunção inicia oração substantiva. Resposta: conjunção subordinativa integrante. 2. Mesmo que me peça, não atenderei. Comentários: Algo que não se espera, contraditório. Verbo no subjuntivo. É o mesmo que embora, ainda que. Resposta: conjunção subordinativa adverbial concessiva. 3. Nem canta nem assovia. Comentários: Não realiza as duas ações: cantar e assoviar. Nem é o mesmo que e não. Resposta: conjunção coordenativa aditiva. 4. Ora canta, ora assovia. Comentários: Ações que se alternam: algumas vezes canta, outras assovia. Resposta: conjunções coordenativas alternativas. 5. Quanto mais canta, mais feliz fica. Comentários: Ações diretamente proporcionais. É o mesmo que à medida que. Resposta: conjunção subordinativa adverbial proporcional. 6. Vai logo, que chegarás atrasado. Comentários: Ordem seguida da sua explicação. Atente ao verbo da primeira oração no imperativo. Que, aqui, equivale a pois. Resposta: conjunção coordenativa explicativa. 7. Ele se complicou, por isso foi repreendido. Comentários: Ser repreendido é a conclusão de ele ter se complicado. Não confunda com a subordinativa consecutiva: por isso pertence à lista das conclusivas. É o mesmo que logo, portanto. Resposta: conjunção coordenativa conclusiva. 8. Ele falou tanto que foi repreendido. Comentários: O fato de muito ter falado fez com que ele fosse repreendido. Atenção ao que antecedido de tanto. Resposta: conjunção subordinativa adverbial consecutiva. 9. Vem, que eu te abraçarei. Comentários: Pedido seguido de sua explicação. O que, aqui, equivale ao pois. Resposta: conjunção coordenativa explicativa. 10. Conversa mais que trabalha. Comentários: Comparam-se as ações de conversar e trabalhar. Resposta: conjunção subordinativa adverbial comparativa. 11. Estudou, logo foi aprovado. Comentários: Ser aprovado é a conclusão de ter estudado. É o mesmo que por isso, por conseguinte, portanto. Resposta: conjunção coordenativa conclusiva. 12. Estava tão cansado, que adormeceu na poltrona. Comentários: Que antecedido de tão. Adormecer na poltrona é a consequência de estar muito cansado. Resposta: conjunção subordinativa adverbial consecutiva. 13. Que eu saiba, Luís não é casado. Comentários: É o mesmo que conforme eu saiba, de acordo com o que eu sei. Resposta: conjunção subordinativa adverbial conformativa. 14. Sem que eu tenha este documento nas mãos, nada poderei fazer. Comentários: Ter o documento nas mãos é a condição para que eu faça algo. Atenção ao verbo tenha, no presente do subjuntivo. Resposta: conjunção subordinativa adverbial condicional. 15. Comprei as mangas, verdes que estivessem. Comentários: O fato de as mangas estarem verdes não impediu que as comprasse. É o mesmo que embora, ainda que estivessem verdes. Resposta: conjunção subordinativa adverbial concessiva. 16. No elogio há sempre menos sinceridade que na censura. Comentários: Ações que se comparam. Observe que o verbo da segunda oração está implícito: “No elogio há sempre menos sinceridade que há sinceridade na censura”. Resposta: conjunção subordinativa adverbial comparativa. 17. Entre em silêncio que as crianças não acordem. Comentários: As crianças não acordarem é a finalidade de se entrar em silêncio. Veja o verbo acordem no subjuntivo. É o mesmo que a fim de que, para que as crianças não acordem. Resposta: conjunção subordinativa adverbial final. 18. Foi ao clube, porém não tinha ânimo. Comentários: Ideia de adversidade, oposição. É o mesmo que mas, contudo, todavia. Não confunda com a conjunção concessiva, que possui a mesma ideia de contrariedade, mas leva o verbo para o subjuntivo. Resposta: conjunção coordenativa adversativa. 19. Embora não tivesse ânimo, foi ao clube. Comentários: Agora sim: o verbo está no subjuntivo. Ideia de oposição, contrariedade. Um fato (não ter ânimo) que não impede que o outro (ir ao clube) ocorra. É o mesmo que ainda que não tivesse ânimo. Resposta: conjunção subordinativa adverbial concessiva.   Bons estudos!
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Valores semânticos das principais conjunções Antes de treinarmos as questões de concursos, uma pausa para uma boa sistematização. Pelos exercícios anteriores, você já deve ter percebido que determinadas conjunções aparecem em mais de uma lista. Exemplo: o conector porque, que você conhecia como causal ou explicativo, pode ser também final. Assim, pensamos que seria didático sistematizar as conjunções que aparecem em mais de uma lista, de modo que você saiba tudo que cada uma pode ser. Fica mais fácil na hora de estudar. Vamos lá? • E: A conjunção e pode indicar as seguintes ideias: Ele trabalha e estuda. (aditiva) Estudou, e não passou. (= mas: adversativa) Estudou, e passou em 1º lugar. (= logo: conclusiva) • POIS: Quando inicia a oração pode ser causal ou explicativa. Se deslocada, será sempre conclusiva. Estude bastante, pois tudo correrá bem. (explicativa) Ele passou em 1º lugar, pois muito se esforçou. (causal) Ele muito se esforçou; passou, pois, em 1º lugar. (conclusiva) • OU: Como conjunção alternativa, pode excluir ou retificar. Pode ser também conjunção aditiva. João ou José casará com Maria. (um ou outro; alternativa com valor de exclusão) O professor ou os professores dirigiram-se ao departamento. (“os professores” corrige a informação anterior; alternativa com valor de retificação). O fumo ou a bebida fazem mal à saúde. (= e: aditiva) • DESDE QUE Desde que acordou, não parou de estudar. (= desde que: temporal) Desde que se esforce, tudo correrá bem. (= caso: condicional) • QUE Fala, que fala, que fala, que fala. (= e: aditiva) Entre, que estamos atrasados. (= pois: explicativa) Sei que serei aprovado. (Sei isto: integrante) Choveu, que o dia foi muito quente. (= porque; causal) O dia foi tão quente, que choveu. (que antecedido de tão: consecutiva) Que ele insistisse, eu não iria à festa. (= embora: concessiva) Esforce-se que tudo corra bem. (= para que: final) • SE Não sei se ele foi aprovado. (Não sei isto: integrante) Se ele foi aprovado, não sei. (Não sei isto: só houve mudança da ordem da frase: integrante) Se ele for aprovado, seus pais ficarão contentes. (= caso ele seja: condicional) Se vocês já estão aqui, então, vamos começar a reunião. (= já que: causal) Se eles eram felizes, não demonstravam contentamento. (= embora: concessiva) • COMO Ele fala como o irmão. (= do mesmo modo que: comparativa) Como morava perto do amigo, resolveu visitá-lo. (= já que: causal) Viajaremos como combinamos. (= conforme: conformativa) 11.1.4. Como estudar as conjunções Sabemos que estudar as conjunções é tarefa que compreende as seguintes etapas: • Entender o valor semântico que cada conjunção expressa: saber o que é adição, alternância, adversidade etc. • Sistematizar as conjunções que podem apresentar mais de uma ideia. A conjunção alternativa, por exemplo, não indica só alternância, pode indicar também escolha ou exclusão. • Memorizar uma lista básica de conjunções para cada grupo (aditivas, explicativas...). • Apresentar as conjunções que podem aparecer em mais de uma lista. A conjunção e, por exemplo, pode ser aditiva, adversativa ou conclusiva. Sistematizar essas conjunções poupará ao aluno tempo de raciocínio para resolução da questão. • Treinar, treinar e treinar.   Bons estudos!
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (COM GABARITO NO FINAL) I. Classifique as conjunções coordenativas seguindo este código. (1) aditiva (2) adversativa (3) alternativa (4) conclusiva (5) explicativa 1. ( ) Foi transferido, logo não nos veremos com muita frequência. 2. ( ) Agora verificamos um trabalho mais efetivo com a palavra não apenas como meta para o desenvolvimento, mas como um trabalho de resgate do próprio homem. 3. ( ) Podem me acusar, pois estou com a consciência tranquila. 4. ( ) “Esforço-me para aproximá-lo de Jesus, no entanto o senhor acerca-se do Papa.” 5. ( ) O atleta teve um ótimo desempenho e não conseguiu vencer a prova. 6. ( ) O futebol já é o quarto maior mercado de capitais do mundo, todavia só agora a Receita começa a prestar atenção nos jogadores. 7. ( ) “Tente não se tornar um homem de sucesso, e sim um homem de valores.” 8. ( ) Eles merecem perdão ou reparação total? 9. ( ) Sente aqui, que precisamos conversar. 10. ( ) “A água lhe bate nos olhos. Percebe, entretanto, que a água o está levando para o lado das pedras.” 11. ( ) Você participou do debate; diga-me, pois, as novidades. 12. ( ) “Já não era a flor do bairro, senão de toda a cidade.” 13. ( ) “Você não entendeu meu bilhete, portanto não cumprirá minhas orientações.” 14. ( ) “Tanto ele como o irmão são meus amigos.” 15. ( ) “Não achou os documentos nem as fotocópias.” 16. ( ) Queria estar atento à palestra, contudo o sono chegou. 17. ( ) Peguei um táxi e fui à casa do Wilson. 18. ( ) Conhecemos pessoas materialmente ricas, porém pobres espiritualmente. 19. ( ) “Você se prepara para o futuro corretamente ou fica metade do tempo se preocupando e nada mais?” 20. ( ) Não insista, porque não irei ao jogo. II. Classifique as conjunções ou locuções subordinativas destacadas usando este código. (1) causal (2) concessiva (3) condicional (4) conformativa (5) final (6) proporcional (7) temporal (8) comparativa (9) consecutiva (10) integrante 1. ( ) ( ) A crise mostra que o Brasil progride enquanto dorme. 2. ( ) Não sabia se voltaria para casa. 3. ( ) “Se você sentir saudade, por favor não dê na vista.” 4. ( ) “Como escreveu o divino Dante: ‘Percam todas as esperanças. Estamos todos no inferno’.” 5. ( ) Como estivesse doente faltei à escola. 6. ( ) Ainda que chova, sairei de casa. 7. ( ) Serás aprovado desde que estudes. 8. ( ) “Como nas novelas, vemos que o Brasil está se dividindo entre babacas e psicopatas.” 9. ( ) “A crise ensina que nossa política é tão medíocre, que nos últimos anos bastou a economia.” 10. ( ) “Quando terminei a inspeção do que estava feito, eu não me senti bem.” 11. ( ) “A roupa tinha certa decência, posto que não fosse absolutamente nova.” 12. ( ) “Escrevi este texto enquanto assistia à morte do papa na TV.” 13. ( ) Ao perceber o que tinham feito com seus livros, gritou que parecia um louco. 14. ( ) ( ) “O poeta é um fingidor. Finge tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente.” 15. ( ) Conquanto os cavalos fossem a trote largo, longa pareceu a viagem ao doutor.” 16. ( ) “Os ricos são tão pobres que não percebem a triste pobreza em que usufruem suas malditas riquezas.” 17. ( ) “Uma vez que o ser humano olha só a aparência fica preso apenas à forma.” 18. ( ) “Ninguém ignora que a corrupção é geral em todos os setores.” 19. ( ) “Quanto mais juntamos dinheiro, mais difícil se torna a sua entrada.” 20. ( ) Mal a novela teve início, iniciou-se a polêmica. 21. ( ) São dilemas tão rotineiros quanto escolher o que comer. 22. ( ) Oremos porque tudo termine bem. 23. ( ) Foram feitas algumas exigências para que obtivesse crédito. 24. ( ) “A sordidez do que acontece no Brasil é tal que até criticar o governo só serve para legitimá-lo.” 25. ( ) “Os olhos de uma pessoa se iluminarem quando ela tem uma percepção nova não é um clichê literário, é a luz deste alvorecer saindo pelos olhos.” 26. ( ) “Se permitirmos que o preconceito nos domine, seremos em breve o mais atrasado no círculo dos povos atrasados.” 27. ( ) A vida dos deficientes físicos é mais difícil do que a vida da maioria de nós. 28. ( ) “Os lampiões acendiam à medida que a noite aos poucos se acentuava.” 29. ( ) Recebemos a notícia de que o melhor jogador do mundo virou espanhol. 30. ( ) A língua, como os costumes, segue uma evolução. III. Complete as lacunas com o conectivo (conjunção ou locução conjuntiva, preposição ou locução prepositiva) mais adequado. 1. O Botafogo foi o time que fez a melhor campanha do campeonato. Teria, _____________, que ser o campeão este ano. (no entanto / portanto / isto é) 2. _____________ Sabesp estar tratando a água da represa de Guarapiranga, o gosto da água nas regiões sul e oeste não melhorou. (Pela / Apesar de a / Devido a) 3. _____________ não saia de casa, você pode dar grande contribuição à preservação ambiental. (Contanto que / Mesmo que / Uma vez que) 4. Ele não merece crédito ____________ suas mentiras. (apesar de / devido a / não obstante) 5. _____________ os deputados deponham na CPI e ajudem a elucidar os episódios obscuros do caso dos precatórios, a confiança na instituição foi abalada. (Uma vez que / Para que / Mesmo que) 6. _____________ recursos públicos investidos na área, nas últimas décadas vem se formando ali um cinturão de prosperidade. (Graças aos / Apesar dos / De acordo com os) 7. Todo texto está aberto a uma atribuição de significados, que depende da experiência prévia de leitura de quem o lê._____________, qualquer significado que seja atribuído ao texto, independentemente de quão ambíguo ou provisório, é sempre adequado, _____________ vai ao encontro das expectativas de um leitor específico. (Portanto / No entanto / E) (porém / pois / e) 8. A negociação de acordos bilaterais é suficientemente importante para justificar uma abertura do governo com vistas a discutir essa questão com o setor privado, sobretudo agora, diante da perspectiva da desaceleração das economias desenvolvidas e do crescimento do comércio mundial, _____________ crise de crédito que vem dos Estados Unidos. (apesar da / não obstante a / em consequência da) Gabarito: I – 1. (4); 2. (1); 3. (5); 4. (2); 5. (2); 6. (2); 7. (2); 8. (3); 9. (5); 10. (2); 11. (4); 12. (2); 13. (4); 14. (1); 15. (1); 16. (2); 17. (1); 18. (2); 19. (3); 20. (5). II – 1. (10) (7); 2. (10); 3. (3); 4. (4); 5. (1); 6. (2); 7. (3); 8. (8); 9. (9); 10. (7); 11. (2); 12. (7); 13. (9); 14. (9) (10); 15. (2); 16. (9); 17. (1); 18. (10); 19. (6); 20. (7); 21. (8); 22. (5); 23. (5); 24. (9); 25. (7); 26. (3); 27. (8); 28. (6); 29. (10); 30. (8). III – 1. portanto; 2. Apesar de a; 3. Mesmo que; 4. devido a; 5. Mesmo que; 6. Graças aos; 7. Portanto / pois; 8. em consequência da.
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QUESTÕES DE CONCURSOS COMENTADAS   Vejamos questões de concursos anteriores. 1. (FCC/CADEP) Na frase “mudamos de vontade como muda de cor o camaleão”, o autor: a) estabelece uma comparação entre seres, sendo a volubilidade o termo comum. b) se vale de duas formas do mesmo verbo para estabelecer uma oposição de sentido entre as ações representadas. c) estabelece uma relação de causa e efeito entre duas ações. d) emprega as palavras vontade e cor de modo estranho ao seu sentido literal. e) emprega a palavra como para acentuar a ideia de uma proporção. Comentários: Na frase retirada do texto, temos o conectivo como para estabelecer uma relação de comparação (“mudamos de vontade como o camaleão muda de cor”, ou seja, compara-se a mudança da nossa vontade com a mudança de cor do camaleão). Observe que, em quatro opções, a linguagem usada é a seguinte: comparação na letra A, oposição na B, causa e efeito na C e proporção na E. A letra D fala dos valores semânticos (sentido) das palavras vontade e cor de forma errada, pois os sentidos não são estranhos ao que representam esses vocábulos. Resposta: A.   2. (FCC/TRT – 18ª Região) Pensador consequente, a Cícero não importavam as questões secundárias, interessavam-lhe os valores essenciais da conduta humana. O sentido da frase acima permanecerá inalterado caso ela seja introduzida por: a) conquanto fosse. b) muito embora sendo. c) ainda quando fosse. d) por ter sido. e) mesmo que tenha sido. Comentários: Nesta questão, pede-se usar um conectivo no início do período. Repare que, embora não haja elemento coesivo na frase, temos uma relação de causa e consequência (“as questões secundárias não lhe interessavam porque Cícero era um pensador consequente, coerente, racional. Interessavam-lhe os valores essenciais”). Nesta aula, vimos que as preposições também podem estabelecer valores semânticos de modo, companhia, causa etc. Em quatro opções (A, B, C e E), os conectivos expressam ideia de concessão. Na letra D, a preposição por, na forma reduzida por ter sido, confirma a ideia de causa. Resposta: D.   3. (FCC/TRF) Um deles é o tipo A, que acelera o envelhecimento da pele, por penetrar em camadas mais profundas. O trecho destacado indica, em relação ao restante do período, valor semântico de: a) causa. b) condição. c) consequência. d) finalidade. e) temporalidade. Comentários: Apresentamos mais uma questão em que aparece a relação de causa e consequência (“acelera o envelhecimento porque penetra em camadas mais profundas”). Aqui, também, a preposição por confirma essa ideia. Lembre-se: o mais importante é guardar os nomes das relações existentes no texto – causa, condição, consequência, concessão, conclusão, explicação etc. –, já que a mesma preposição pode estabelecer vários sentidos. Resposta: A.   4. (FCC/TRF) O estudo do cérebro conheceu avanços sem precedentes nas últimas duas décadas, com o surgimento de tecnologias que permitem observar o que acontece durante atividades. A frase destacada acima introduz, no contexto, noção de: a) causa. b) conclusão. c) ressalva. d) temporalidade. e) finalidade. Comentários: Esta questão reforça os Comentários feitos na anterior. A preposição com só confirma a relação de causa que se estabelece com a oração “O estudo do cérebro conheceu avanços sem precedentes nas últimas duas décadas”. Ou seja, foi por causa do surgimento de tecnologias que permitem observar o que acontece durante atividades..., é que o estudo do cérebro conheceu avanços sem precedentes. Resposta: A.   5. (FCC/TRF) Mas, passada a crise do petróleo, as pressões dos produtores por reajustes voltaram. O sentido do segmento destacado acima está transposto corretamente, em outras palavras, em: a) No entanto, conforme se passava a crise de petróleo... b) Caso, contudo, se passasse a crise de petróleo... c) Senão, enquanto se passava a crise de petróleo... d) À medida, conquanto, que se passava a crise de petróleo... e) Porém, depois que passou a crise de petróleo... Comentários: Antes de olhar as opções, observe as relações existentes nesta frase, na ordem direta: “Mas as pressões dos produtores por reajustes voltaram, passada a crise do petróleo”. A conjunção mas introduz, em relação ao que foi dito no texto, uma ideia de adversidade (aqui não há necessidade de conhecermos a oração que antecede esse período). Logo, só poderíamos considerar as opções A e E (no entanto e porém são adversativas). Na última oração (“passada a crise”) temos a ideia de tempo posterior (as pressões voltaram quando/depois que a crise do petróleo passou). Resposta: E.   6. (FCC/METRO) ... ainda que à custa do sacrifício das finanças das estradas. A última frase do texto introduz, no período, noção de: a) temporalidade. b) consequência. c) proporcionalidade. d) ressalva. e) causa. Comentários: Nesta frase retirada do texto, não haveria necessidade de se retornar a ele, pois a locução conjuntiva ainda que é concessiva, portanto, a ideia que se tem é de ressalva, exceção. Lembre-se de que a memorização de alguns conectivos é essencial para a resolução de algumas questões que buscam exatamente o conhecimento de tal assunto por parte do candidato. Resposta: D.   7. (FCC/TCE-AL) Nossa história e nosso passado não são nem cargas indesejadas, nem determinações absolutas. Mantêm-se o sentido e a correção da frase acima substituindo-se o segmento sublinhado por: a) nem tanto cargas indesejadas quanto determinações absolutas; b) cargas indesejadas, nem ao menos determinações absolutas; c) cargas indesejadas, assim como não são determinações absolutas; d) nem cargas indesejadas, quando não determinações absolutas; e) nem mesmo cargas indesejadas, quanto mais determinações absolutas. Comentários: Neste período, se “nossa história e nosso passado não são nem cargas indesejadas, nem determinações absolutas” é porque não são as duas coisas, adição, portanto. Nas letras A e D, são s ó determinações absolutas, pois as expressões nem tanto e nem retiram o valor aditivo de cargas indesejadas. Na letra B, nem ao menos exclui as determinações absolutas. Na letra C, são cargas indesejadas e determinações absolutas, adição. Na letra E, a palavra mesmo denota uma ideia de inclusão que não aparece na frase original, cuja finalidade é apenas somar, adicionar. Resposta: C.   8. (FCC/METRO) Não apenas a construção, mas também a operação das ferrovias dependeu de subsídios estatais. O sentido correto da afirmativa acima está, em outras palavras, em: a) Não apenas a construção, nem também a operação das ferrovias dependeram de subsídios estatais. b) Tanto a construção quanto a operação das ferrovias dependeram de subsídios estatais. c) Não era apenas a construção, mas somente a operação das ferrovias que dependeu de subsídios estatais. d) Não foi apenas a construção, nem a operação das ferrovias, que dependeram de subsídios estatais. e) Apenas a construção, e não somente a operação das ferrovias, dependeu de subsídios estatais. Comentários: Nas conjunções coordenativas aditivas, vimos que uma delas é a expressão não apenas...mas também, chamada correlativa. Na frase em questão, entendemos, pois, que as duas coisas dependeram de subsídios estatais. Nas letras A e D, não há soma e sim exclusão das duas. Na letra C, a palavra somente produz incoerência, pois a intenção é a de somar e não de excluir. Na letra E, diz-se que apenas a construção dependeu de subsídios estatais. Resposta: B.   9. (FCC/TRT – 2ª Região – Tec. Judic.) Identifica-se relação de causa e consequência em: a) A população rural ainda deve aumentar nos próximos dez anos, antes de entrar em declínio gra dativo. b) Desde cedo, a cidade teve o mérito de dar ao homem a possibilidade de evoluir além da luta pela sobrevivência pura e simples. c) Sua primeira função foi de local de proteção, de armazenagem de alimentos e de entreposto de trocas. d) praticamente todo o crescimento populacional do planeta ocorrerá nas cidades, nas quais viverão sete em cada dez pessoas em 2050. e) mas o trânsito pode ser tão congestionado que se torna difícil usufruir as ofertas. Comentários: Nas opções A e B, os conectivos antes de e desde estabelecem uma relação de tempo. Na letra C, temos a conjunção e adicionando termos na oração (conjunção aditiva). Na letra D, o conectivo que aparece é o pronome relativo as quais antecedido de preposição (nas quais). Sabemos que o pronome relativo dá início às orações adjetivas. Temos aqui, portanto, uma oração adjetiva explicativa, já que vem antecedida de vírgula. Na letra E, a relação entre as orações é de causa e consequência (o fato de o trânsito ser congestionado leva à dificuldade de se usufruírem as ofertas). Resposta: E.   10. (FCC/TRF – 2ª Região – Aux. Adm.) ... os alimentos orgânicos, que ignoram os pesticidas e fertilizantes químicos em nome de integrar a lavoura à natureza. O segmento grifado está reescrito com outras palavras e sem alteração do sentido original em: a) de modo que as plantações estejam bem cuidadas. b) com escolha de terras naturalmente férteis para a lavoura. c) sem que se cultivem alguns produtos com adubos naturais. d) visto que os produtos tóxicos podem surgir no ambiente natural. e) para que se façam plantações com respeito e proteção ao meio ambiente. Comentários: Esta é a típica questão que valoriza a ideia e não a memorização dos conectivos. Devemos entender dessa afirmação que os alimentos orgânicos que não contêm pesticidas e fertilizantes químicos integram a lavoura à natureza, ou seja, fazem isso com a finalidade de integrar a lavoura à natureza. Na letra A, de modo que é consecutivo. Na B, a preposição com levaria à ideia de causa. Na letra C, sem que é condicional. Na D, visto que é causal. Na letra E, para que é uma locução conjuntiva que estabelece ideia de finalidade. Resposta: E.   11. (FCC/TRF – 2ª Região – Aux. Adm.) Eles não são terríveis só contra os insetos que destroem lavouras, mas também contra borboletas, pássaros e outras formas de vida. A sequência grifada na frase acima assinala, considerando-se o contexto, a noção de: a) oposição, já que os pesticidas destroem insetos prejudiciais à lavoura, preservando as borboletas, pássaros e outras formas de vida. b) alternativa, tendo em vista que os pesticidas destroem apenas os insetos, ou ainda, somente as borboletas, pássaros e outras formas de vida. c) adição, pois os pesticidas, além de destruir os insetos prejudiciais às lavouras, destroem ainda borboletas, pássaros e outras formas de vida. d) conclusão, por informar o emprego específico das substâncias referidas, como solução final dos problemas das lavouras. e) explicação, pois insiste no sentido da palavra pesticidas, como destruidores apenas das pragas das lavouras. Comentários: Mais uma vez uma questão que traz a expressão correlativa não só... mas também, que denota adição (elas são terríveis contra os insetos e contra borboletas, pássaros e outras formas de vida). Resposta: C.   12. (FCC/TRF – 5ª Região) “Naquele período era preciso definir quem pertencia à família ou não, e com quem se deveriam compartilhar os alimentos. Portanto era necessário criar regras específicas”. O sentido que a conjunção destacada acima introduz no contexto é o de: a) temporalidade, que caracteriza as ações humanas na época abordada. b) restrição, acerca da época em que tais fatos ocorreram. c) condição, que vai justificar determinadas ações dos homens nessa época. d) causa, que determina certo tipo de comportamento da humanidade. e) conclusão, adequada e coerente, diante da situação exposta. Comentários: A conjunção destacada nesta frase indica conclusão (portanto, por conseguinte, logo...). As opções trazem os valores de tempo, restrição, condição, causa e conclusão. Essa é mais uma questão que resolvemos pelo conhecimento dos conectivos. A conjunção negritada no texto indica conclusão. Resposta: E.   Bons estudos!
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QUESTÕES DE CONCURSOS PROPOSTAS (COM GABARITO NO FINAL)   1. (FCC) O valor relacional da preposição em destaque está indicado com ERRO na alternativa: a) “prolongar vidas de pacientes de forma inacreditável” – modo. b) “conviver com incertezas” – companhia. c) “discutir os inerentes aspectos técnicos sem desvinculá-los do lado emocional” – motivo. d) “refletir sobre o sentido da vida” – assunto. e) “preparar para a viagem final” – fim.   2. (FCC) A conjunção e a preposição, sublinhadas no período “Para uns, o objeto final, a mira de todo esforço, o ponto de chegada, assume relevância tão capital, que chega a dispensar, por secundários, quase supérfluos, todos os processos intermediários.” Foram usadas em valores semânticos que correspondem, respectivamente, aos valores de uso nas frases: a) Não esqueçam os seus ideais, que são eles que impulsionam o homem em seu trabalho / Passar por vexames para obter resultados, é determinação de poucos. b) Tamanho era o esforço dos aventureiros que os obstáculos viraram trampolim / Por ser do interesse das grandes corporações, o governo autorizou o projeto. c) A sociedade espera que todos cumpram seus deveres profissionais e humanitários / Deixou de ganhar muito dinheiro por lhe faltar celebridade. d) Era tal desafio que esperava o aventureiro, que ele esteve a ponto de desistir / O cidadão era aguardado por um grupo de pesquisadores. e) Havia no porto de embarque muitos estrangeiros que aguardavam o navio / não abandono meus ideais por nada desse mundo.   3. (FCC) O período que pode ser introduzido por à medida que, sem que o sentido fundamental do enunciado se altere, encontra-se em: a) “Mas os mitos são misteriosos, contêm segredos insondáveis.” b) “A celebração é mais importante que o conteúdo.” c) “Cada ato mágico é singular, único, devendo ser meticulosamente encenado.” d) “Para que as coisas dêem certo, é necessário realizá-lo da maneira mais adequada possível.” e) “Quanto mais os planos sucumbem, mais acreditamos no seu encantamento.”   4. (FCC) Dentre as frases abaixo, a que é transformada com perda da noção semântica de finalidade é: a) E começaram a preparar o cavalheiro para enfrentar o dragão. E começaram a preparar o cavalheiro porque enfrentasse o dragão. b) O cavalheiro foi preparado para responder à altura. O cavalheiro iria equipado a fim de que respondesse à altura. c) O cavalheiro iria equipado para resistir ao fogo. O cavalheiro iria equipado de tal sorte que resistisse ao fogo. d) Precisavam de alguém para enfrentar o dragão. Precisavam de alguém que enfrentasse o dragão.   5. (FCC) Eles não são terríveis só contra os insetos que destroem lavouras, mas também contra borboletas, pássaros e outras formas de vida. A sequência grifada na frase acima assinala, considerando-se o contexto, a noção de: a) oposição, já que os pesticidas destroem insetos prejudiciais à lavoura, preservando as borboletas, pássaros e outras formas de vida. b) alternativa, tendo em vista que os pesticidas destroem apenas os insetos, ou ainda, somente as borboletas, pássaros e outras formas de vida. c) adição, pois os pesticidas, além de destruir os insetos prejudiciais às lavouras, destroem ainda borboletas, pássaros e outras formas de vida. d) conclusão, por informar o emprego específico das substâncias referidas, como solução final dos problemas das lavouras. e) explicação, pois insiste no sentido da palavra pesticidas, como destruidores apenas das pragas das lavouras.   6. (FCC) “Acontece que este clima de desconfiança, insatisfação e pavor não se nota só entre cientistas e sábios...”; após um segmento textual em que está presente a expressão “não só”, pode-se prever um segmento seguinte com valor de: a) oposição. b) concessão. c) causa. d) adição. e) comparação.   7. (Aux. Adm. / Câm. Mun.) Tomando-se a frase “Poucos ramos da ciência avançaram tão rápido nos últimos anos quanto a astronomia”, pode-se afirmar que a conjunção destacada está empregada com o mesmo valor que em: a) Quanto mais se estuda o céu, mais se descobrem novidades. b) Tanto quanto Galileu, os cientistas brasileiros se esforçam para revolucionar a astronomia. c) Tudo quanto já se estudou sobre os planetas é pouco em relação ao que ainda se desconhece. d) Quantas descobertas novas no ramo da astronomia impressionam o homem. e) Não se pode negar que quanto mais o homem penetra nos segredos do universo mais se impressiona com a sua insignificância.   8. (FCC) “Mas as necessidades dos seres humanos não são apenas de ordem material...”; a presença do segmento “não são apenas de ordem material” indica que, na continuidade do texto, haverá: a) um termo de valor aditivo e pertencente a uma outra ordem. b) um termo de valor adversativo e pertencente a uma ordem diferente da citada. c) um termo de valor explicativo e pertencente à mesma ordem já referida. d) um termo de valor concessivo e pertencente a uma ordem diversa. e) um termo de valor conclusivo e pertencente à ordem citada anteriormente.   9. (FCC) “As mulheres envolvidas nesses crimes têm distúrbios psíquicos / e tratam as crianças como objetos descartáveis.” A segunda oração desse período, em relação à primeira, expressa uma circunstância de: a) adição. b) causa. c) comparação. d) consequência. e) explicação.   10. (FCC) Em todas as alternativas abaixo aparecem dois elementos ligados pela conjunção E; a alternativa em que o segundo elemento mostra uma evolução temporal em relação ao primeiro é: a) “A evolução de suas armas começa pelos dentes e punhos.” b) “Indumentária e casas são extensões...” c) “O acocorar-se e sentar-se no chão...” d) “... lentes, televisão, telefones e livros...” e) “... através do tempo e do espaço...”   11. (FCC) “Se o acesso à escola melhorou muito na última década, a qualidade de ensino do nosso país vem se mostrando muito aquém das nossas exigências.”; a primeira oração em relação à segunda tem valor de: a) condição. b) temporalidade. c) comparação. d) modo. e) concessão.   12. (Aux. Judic.) Vocábulos que iniciam parágrafos como “mas”,“para que” colaboram para que se mantenha no texto: a) a coerência argumentativa. b) a coesão formal. c) a argumentação lógica. d) a organização narrativa. e) a estruturação enunciativa.   13. (FCC) A frase em que a conjunção estabelece, entre as orações, uma relação de sentido coerente é: a) O homem se afastou de Deus, embora tenha se tornado materialista. b) O homem atual é materialista, no entanto só acredita naquilo que vê. c) Como o homem se afastou das leis de Deus, tornou-se profundamente infeliz. d) O homem se afastou da Lei do Universo, por isso almeja a felicidade. e) O homem tornou-se prisioneiro da ambição, ainda que tenha se afastado de Deus. Assinale a opção que altera fundamentalmente o seu sentido:   14. (FCC) “Se eles entram nos trilhos, rodam que é uma beleza.” a) Caso eles entrem nos trilhos. b) Desde que eles entrem nos trilhos. c) Uma vez que eles entrem nos trilhos. d) Contanto que eles entrem nos trilhos. e) Mal eles entrem nos trilhos.   15. (FCC) “O marido não veio; não queria ver os irmãos”: a) Como não queria ver os irmãos, o marido não veio. b) Por não querer ver os irmãos, o marido não veio. c) Não querendo ver os irmãos, o marido não veio. d) O marido não veio, por isso não queria ver os irmãos. e) O marido não veio, já que não queria ver os irmãos.   16. (FCC) “Pouco a pouco, foram aparecendo as desvantagens do uso de inseticidas industriais, embora seu consumo continue alcançando cifras impressionantes.” a) Apesar de seu consumo continuar alcançando cifras impressionantes. b) Desde que seu consumo continue alcançando cifras impressionantes. c) Ainda que seu consumo continue alcançando cifras impressionantes. d) Não obstante seu consumo continuar alcançando cifras impressionantes. e) Conquanto seu consumo continue alcançando cifras impressionantes.   17. (FCC) “Uma observação mais cuidadosa revela, porém(A), que Ciência e Tecnologia não se comportam como(B) mercadorias, mas(C) como bens culturais; é por isso, talvez, que toda tentativa de transferência de tecnologia fracasse e resulta no(D) que não passa de alguma(E) forma efêmera de prestação de serviço.”: a) “porém” / (portanto). b) “como” / (do mesmo modo que). c) “mas” / (e sim). d) “no” / (naquilo). e) “alguma” / (uma).   18. (FCC) No trecho a seguir, assinale, em relação ao termo destacado, aquele que poderia substituí-lo, sem alteração de sentido: “Avançamos muito na tecnologia, mas a perplexidade fundamental é a mesma.” a) por conseguinte b) ainda assim c) portanto d) logo e) pois   19. (FCC) Texto – A aventura pode ser louca, mas o aventureiro tem que ser lúcido. (Chesterton) a) Já que a aventura é louca, o aventureiro tem que ser lúcido. b) Visto que a aventura é louca, o aventureiro tem que ser lúcido. c) Caso a aventura seja louca, o aventureiro tem que ser lúcido. d) Embora a aventura seja louca, o aventureiro tem que ser lúcido. e) Se a aventura é louca, o aventureiro tem que ser lúcido.   20. (FCC) A nota do Brasil, embora mude de ano para ano, sempre oscila entre dois e três,... a) Mesmo que a nota do Brasil mude de ano para ano permanece entre dois e três. b) A nota do Brasil sempre oscila entre dois e três, já que as notas sempre mudam de ano para ano. c) Visto que a nota do Brasil muda de ano para ano, oscila sempre entre dois e três. d) A nota do Brasil, contanto que mude de ano para ano, oscila sempre entre dois e três. e) O Brasil sempre tem sua nota oscilando entre dois e três, no entretanto elas mudam de ano para ano.   21. (Aux. Oper./Docas-SP) “Santos das ruas antigas À beira do cais Que escondem segredos”. A palavra Que classifica-se como: a) conjunção integrante. b) conjunção coordenativa. c) preposição. d) pronome relativo. e) pronome interrogativo.   22. (Aux. Oper./Docas-SP) “Pô! Eu vi, você fingiu...” Pô! se classifica como: a) preposição. b) adjetivo. c) advérbio. d) conjunção. e) interjeição.   23. (Técn. Oper./Docas-SP) Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a variação foi melhor do que a do País (30,65%), que somou US$ 77,56 bilhões. As duas ocorrências da palavra QUE no período acima classificam-se, respectivamente, como: a) conjunção e conjunção. b) pronome relativo e conjunção. c) pronome relativo e pronome relativo. d) substantivo e pronome adjetivo. e) conjunção e pronome relativo.   24. (Assist. Técn. Adm./Docas-BA) “Eu queria que essa fantasia fosse eterna...” A palavra que classifica-se como: a) pronome relativo. b) conjunção integrante. c) substantivo. d) pronome indefinido. e) conjunção subordinativa final.   25. (Guarda Port./Docas-BA) No primeiro módulo, que termina no dia 19/11, foram repassadas noções de primeiros socorros, defesa pessoal, relações humanas e segurança. A palavra QUE no período acima classifica-se como: a) preposição. b) conjunção integrante. c) conjunção subordinativa. d) pronome relativo. e) adjetivo.   26. (Economista/Docas) Aos teus pés que nos deste o Direito. Aos teus pés que nos deste a Verdade. A palavra QUE classifica-se como: a) pronome relativo. b) conjunção subordinativa. c) partícula expletiva. d) preposição. e) conjunção integrante.   27. (Fiscal/ICMS) É certo que a mudança do enfoque sobre o tema, no âmbito das empresas – principalmente as transnacionais –, decorrerá também de ajustamentos de postura administrativa decorrentes da adoção de critérios de responsabilização penal da pessoa jurídica em seus países de origem. Tais mudanças, inevitavelmente, terão que abranger as práticas administrativas de suas congêneres espalhadas pelo mundo, a fim de evitar respingos de responsabilização em sua matriz. No trecho acima, as ocorrências da palavra QUE classificam-se, respectivamente, como: a) pronome relativo e preposição. b) conjunção integrante e preposição. c) conjunção integrante e conjunção integrante. d) pronome relativo e conjunção integrante. e) preposição e pronome relativo.   28. (Técn. Op. Port.) A economia sul-africana varia da agricultura de subsistência até a moderna atividade industrial e mineral, tornando-a a mais forte economia do continente, com Produto Interno Bruto na ordem de US$ 255 bilhões. No período acima, há: a) cinco preposições. b) oito preposições. c) seis preposições. d) sete preposições. e) quatro preposições.   29. (Técn. Op. Port.) No caso da Baixada Santista, os números são amplificados naturalmente devido à proximidade com o Porto de Santos, pelo qual empresas e órgãos públicos de cada município podem promover despachos e desembaraços de mercadorias, conforme suas necessidades e contando com maior facilidade. No período acima, há quantos verbos em forma nominal? a) Cinco. b) Quatro. c) Dois. d) Seis. e) Três.   30. (Guarda Port./Docas-BA) O treinamento com armas será realizado nos estandes de tiro da Cactos, empresa vencedora da licitação. No período acima há: a) 1 artigo e 3 preposições. b) 4 artigos e 3 preposições. c) 3 artigos e 4 preposições. d) 3 artigos e 4 preposições. e) 4 artigos e 5 preposições.   31. (Téc. Judic./PA) Aliás, o melhor para a democracia seria separar os fundos partidários dos destinados às campanhas eleitorais. A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir: I. Há três preposições. II. Há quatro artigos. III. Há um pronome demonstrativo. Assinale: a) se todas as afirmativas estiverem corretas. b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. c) se nenhuma afirmativa estiver corretas. d) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. e) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.   32. (Fiscal/ICMS) Diga que você me adora Que você lamenta e chora A nossa separação Às pessoas que eu detesto Diga sempre que eu não presto. No trecho acima há quantas ocorrências, respectivamente, de pronomes e conjunções? a) Sete e cinco. b) Cinco e cinco. c) Seis e cinco. d) Sete e quatro. e) Seis e quatro.   (Cespe-UnB) Julgue as alternativas a seguir: Com a pressão vinda de todos os lados, é natural que, em um dado momento ou em outro, passe pela cabeça da maioria das pessoas a ambição de largar tudo e ir viver uma vida tranquila em outro lugar. Mudar de vida pode ser uma excelente solução para a tensão, dependendo evidentemente da vida que se leva. Qualquer decisão nesse sentido, porém, deve levar em conta um fato da natureza: ninguém pode evitar completamente situações estressantes. O estresse não é doença, e, sim, uma reação instintiva ao perigo real ou imaginário ou a uma situação de desafio. “Uma cascata bioquímica que prepara o corpo para lutar ou fugir”, na definição do manual de técnicas para aliviar o estresse, elaborado pela Escola de Medicina de Harvard, um centro de excelência nos Estados Unidos da América.   Veja, fev./2004 (com adaptações). 33. Preservam-se a coerência textual e a correção gramatical ao substituir “porém” por “mas”. 34. O valor adversativo da conjunção “e” permite sua substituição por “mas”, sem que a argumentação do texto seja prejudicada. Embora não se possa falar de supressão do trabalho assalariado, a verdade é que a posição do trabalhador se enfraquece, tendo em vista que o trabalho humano tende a tornar-se cada vez menos necessário para o funcionamento do sistema produtivo. 35. Caso se substituísse “Embora” por “Apesar de”, a ideia de concessão atribuída a essa oração seria mantida, assim como a correção gramatical do período. Hoje o sistema isola, atomiza o indivíduo. Por isso seria importante pensar as novas formas de comunicação. Mas o sistema também nega o indivíduo. Na economia, por exemplo, mudam-se os valores de uso concreto e qualitativo para os valores de troca geral e quantitativa. Na filosofia aparece o sujeito geral, não o indivíduo. Então, a diferença é uma forma de crítica. 36. O conectivo “Então” estabelece uma relação de tempo entre as ideias expressas em duas orações. À medida que assimila criticamente os conteúdos (momento em que entra em ação a diretividade do professor, selecionando, sistematizando e apresentando os conteúdos), o aluno realiza o diálogo cognitivo com seu objeto. A assimilação crítica ocorre quando os conteúdos são confrontados com os dados da realidade empírica, quando são historicizados, relativizados no contexto que os gerou, remetidos às suas condições de produção, quando são apreendidos através da relação, tão conhecida na obra de Freire, entre leitura da palavra e leitura do mundo. Aparecida de Fátima Tiradentes dos Santos. Desigualdade social e dualidade escolar: conhecimento e poder em Paulo Freire e Gramsci. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000, p. 89. 37. O conectivo “À medida que” liga orações e estabelece entre elas relação semântica que poderia ser expressa pelo conectivo Enquanto. Segundo dados da ONU, dois terços da população mundial não se sente representada por seus governos e tem uma péssima opinião sobre a honestidade e sentido público dos políticos, muitas vezes sendo o voto uma manifestação “mais contra o que se teme, do que a favor do que se espera”. 38. A conjunção “e”, além de ter o valor semântico de adicionar uma ideia a outra, tem, no texto, também o valor de introduzir uma consequência para a oração anterior.   Gabarito: 1. c; 2. b; 3. e; 4. d; 5. c; 6. d; 7. b; 8. a; 9. d; 10. c; 11. e; 12. b; 13. c; 14. e; 15. d; 16. b; 17. a; 18. b; 19. d; 20. a; 21. d; 22. e; 23. e; 24. b; 25. d; 26. c; 27. b; 28. d; 29. e; 30. e; 31. a; 32. d; 33. errado; 34. certo; 35. errado; 36. errado; 37. certo; 38. certo. Conjunções é assunto certo em qualquer que seja a prova. É importante também para a interpretação e produção textual, pois dá ao texto coesão e coerência. Vamos resumir o que foi estudado no capítulo?   11.5. RESUMO • Conjunções coordenativas relacionam orações, podendo indicar cinco ideias: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas. • Conjunções subordinativas podem ser integrantes – sem valor adverbial (=isto) ou adverbiais (com valor semântico). • Conjunções subordinativas adverbiais podem indicar nove valores semânticos (6 Cs + FTP): causais, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, comparativas, finais, temporais, proporcionais. • Na hora de classificar a conjunção, lembre-se de olhar a oração que vem após ela, não antes. • A causa e o efeito são ideias que sempre caminham juntas. Se a conjunção iniciar a causa, será causal. Se iniciar a consequência, será consecutiva. Lembre-se de que, na linha do tempo, a causa antecede a consequência. • As conjunções consecutivas e conclusivas, bem como as adversativas e concessivas são paráfrases: indicam a mesma ideia. Para não confundi-las, é essencial memorizar suas listas.   Bons estudos!
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PREDICAÇÃO VERBAL 12.1. TEORIA E EXEMPLOS COMENTADOS É a relação de dependência entre o verbo e seus complementos. Os verbos transitivos e intransitivos exprimem, normalmente, ação, fenômeno e movimento.   12.1.1. Verbo intransitivo Não necessita de um termo (objeto) que complete o seu sentido. Exs.: a) Correm os dias, os meses, os anos. b) O outono chegou. c) O marido desapareceu entre as ruelas. d) O rapaz chegou gravemente ferido ao hospital. e) Falei bastante ontem. f) Estudou bastante. Comentários: Em A, a frase está invertida. Na ordem, seria: “Os dias, os meses, os anos correm”. O verbo não pede complemento (= objeto). Na B, o verbo encerra o período, também sem pedir objeto. Nas frases de C a F, aparecem adjuntos adverbiais e predicativo após os respectivos verbos, e não objeto: c) “entre as ruelas” (= adjunto adverbial de lugar); d) “ferido” (= predicativo do sujeito); “ao hospital” (= adjunto adverbial de lugar); e) “bastante” (= adjunto adverbial de intensidade); “ontem” (= adjunto adnominal de tempo); f) “bastante” (= adjunto adverbial de intensidade). Portanto, para a gramática, verbo intransitivo é aquele que denota ação, movimento, e não pede complemento (= objeto).   12.1.2. Verbo transitivo O sentido do verbo é completado por um termo (objeto). O objeto direto completa o verbo sem preposição obrigatória (amar, ajudar, adorar, namorar etc.). Exs.: a) Essa atitude implicou sua demissão. b) Falei a verdade. Comentários: Agora, aparecem verbos que pedem complemento direto (= objeto direto), sem preposição (verbos transitivos diretos): “sua demissão” (= objeto direto) “a verdade” (= objeto direto) Já o objeto indireto completa o verbo com preposição obrigatória (obedecer, desobedecer, aludir, anuir, referir-se etc.). Exs.: a) Obedece aos mais velhos. b) Gostava de música. c) Falei aos filhos. Comentários: Verbos como obedecer e gostar regem, obrigatoriamente, preposição. São transitivos indiretos. Em “Falei aos filhos”, o verbo falar, nessa frase, pede preposição a. Não teria sentido dizer “Falei os filhos”. “Obedecia aos mais velhos.” (= objeto indireto) “Gostava de música.” (= objeto indireto) “Falei aos filhos.” (= objeto indireto) O verbo pode pedir dois complementos. Trata-se do objeto direto e indireto. Um sem preposição e o outro com preposição (avisar, comunicar, certificar, informar, proibir etc.). Exs.: a) Comuniquei o ocorrido aos pais. b) Falei a verdade aos filhos. Comentários: Quando o verbo pede dois complementos, é chamado de transitivo direto e indireto (um termo sem preposição, o outro, com preposição): “o ocorrido (= objeto direto) aos pais (= objeto indireto)” “a verdade (= objeto direto) aos filhos (= objeto indireto)”   12.1.3. Verbo de ligação O verbo estabelece uma ligação entre o sujeito e seu atributo ou característica (= predicativo). Exs.: a) Eu sou feliz. (predicativo do sujeito) b) Estava cansado. (predicativo do sujeito) c) Ele acha-se triste. (predicativo do sujeito) Comentários: O verbo de ligação, que, diferentemente dos transitivos e intransitivos – que denotam ação, movimento – traz uma ideia de estado. Geralmente são os verbos ser, estar, ficar, parecer, continuar, achar-se etc. Fundamentalmente, o seu papel é o de ligar o sujeito a sua característica, qualidade, a seu atributo (= predicativo do sujeito). Logo, se o verbo é de ligação, não temos objeto na frase, e sim predicativo do sujeito. Nas frases A, B, C, feliz, cansado e triste são adjetivos que caracterizam o sujeito, e os verbos ser, estar e achar-se, indicam estado, de ligação. Importante: Na maioria das vezes, a predicação do verbo só pode ser determinada na frase, e não isoladamente. O mesmo verbo que em um contexto possui uma determinada transitividade, em outro vem com transitividade diferente. Observe que mostramos isso com o verbo falar: Falei bastante ontem. (verbo intransitivo) Falei a verdade. (verbo transitivo direto) Falei aos filhos. (verbo transitivo indireto) Falei a verdade aos filhos. (verbo transitivo direto e indireto) Vamos fixar os conceitos? Dê a predicação dos verbos nas frases seguintes. 1. As crianças brincavam alegremente no pátio. Comentários: O verbo brincar, nesta frase, não pede complemento. Após esse verbo aparecem circunstâncias (adjuntos adverbiais) de modo – alegremente – e de lugar – no pátio. Resposta: verbo intransitivo. 2. Muitos amigos chegaram cedo. Comentários: A palavra cedo indica o tempo da chegada, adjunto adverbial. Não há objeto (= complemento). Resposta: verbo intransitivo. 3. O salão estava todo pintado. Comentários: O verbo estar liga o sujeito (salão) a seu predicativo (pintado), indicando estado. Resposta: verbo de ligação. 4. Márcia deu um brinde a cada participante. Comentários: Nessa frase, o verbo dar pede dois complementos: “... deu um brinde...” (sem preposição – objeto direto) “... deu a cada participante (com preposição – objeto indireto) “Márcia deu um brinde a cada participante.” Resposta: verbo transitivo direto e indireto. 5. Muitas pessoas receberam donativos. Comentários: O vocábulo donativos completa o sentido do verbo sem preposição, é objeto direto. Resposta: verbo transitivo direto. 6. Confiei em suas palavras. Comentários: Repare que, nesse período, se retirarmos a preposição em, a frase fica sem sentido. É porque o verbo confiar pede obrigatoriamente essa preposição (“Confiei em suas palavras”). Resposta: verbo transitivo indireto. 7. Ficamos contentes com seu retorno. Comentários: Em “Ficamos contentes”, o termo destacado não é objeto, porque mostra um estado do sujeito (Nós). Palavra que indica estado, qualidade, característica do sujeito é predicativo. Além disso, o verbo ficar mostra uma mudança de estado e não uma ação, um movimento. Resposta: verbo de ligação. 8. Ofereci uma recompensa aos funcionários. Comentários: Mais um verbo que pede, na frase em que se encontra, dois complementos: um sem preposição, o outro com preposição: “Ofereci uma recompensa...” (sem preposição – objeto direto) “Ofereci aos funcionários...” (com preposição – objeto indireto) Resposta: verbo transitivo direto e indireto. 9. Pedi a conta e saí do restaurante. Comentários: Esse período traz dois verbos com transitividades diferentes: “Pedi a conta...”, “...saí do restaurante”. Na primeira passagem, o complemento do verbo aparece sem preposição (a conta – objeto direto); na segunda, temos uma ideia circunstancial (do restaurante – adjunto adverbial de lugar), e não objeto indireto. Resposta: verbo transitivo direto e verbo intransitivo. 10. O mar parecia traiçoeiro naquela manhã. Comentários: Mais um verbo cuja finalidade é ligar o sujeito a sua característica (predicativo). O vocábulo traiçoeiro é um adjetivo que se refere ao sujeito, é, portanto, um predicativo do sujeito. Como o verbo não indica ação nem movimento, não pode ser transitivo nem intransitivo. Resposta: verbo de ligação. 11. Trouxe a lembrança de Natal. Comentários: Aqui, temos um complemento do verbo trazer sem preposição (a lembrança) e uma locução que indica o lugar, a origem (de Natal), que funciona como adjunto adverbial. Resposta: verbo transitivo direto. 12. Não existem mais sentimentos verdadeiros. Comentários: Observe, primeiro, que a frase está invertida. Na ordem, teríamos: “Sentimentos verdadeiros não existem mais”. Com isso, nos certificamos de que o verbo existir não pede complemento (= objeto), já que mais acrescenta ao verbo uma ideia de tempo, adjunto adverbial, pois. Resposta: verbo intransitivo. 13. A moça vivia preocupada. Comentários: O verbo vivia, nesta construção, indica um estado permanente, ligando o sujeito (A moça) ao seu predicativo (preocupada). Resposta: verbo de ligação. 14. Ela ficou esperançosa. Comentários: Mais um verbo que tem o papel de ligar o sujeito a seu estado, característica, qualidade (predicativo). Resposta: verbo de ligação. 15. Ela ficou no escritório. Comentários: Veja agora a diferença: no escritório indica o lugar onde ela ficou. Nesse caso, o verbo não liga nada. Não há predicativo nem objeto, e sim adjunto adverbial de lugar. Resposta: verbo intransitivo. 16. Fomos a Fortaleza. Comentários: Outra frase que mostra uma expressão (a Fortaleza) cuja finalidade é se referir ao verbo indicando uma circunstância (adjunto adverbial). Resposta: verbo intransitivo. 17. Lembrou-se dos amigos. 18. Lembrei a data do seu aniversário. Comentários: Em regência, vimos que o verbo lembrar pode aparecer com ou sem o pronome. Se vi er com o pronome (lembrar-se) pede preposição; sem o pronome (lembrar), não pede preposição. Respostas: 17. verbo transitivo indireto; 18. verbo transitivo direto. 19. Surgem os primeiros raios de sol. Comentários: Assim como na frase 12, essa também mostra uma inversão dos termos. Na ordem, seria: “Os primeiros raios de sol surgem”. Logo, não pede nenhum tipo de complemento, o sentido fica completo. Resposta: verbo intransitivo. 20. Ninguém reparou nos maus modos daquela menina. 21. O pedreiro reparou o muro parcialmente destruído. Comentários: Esses períodos são exemplos de verbos que, dependendo do sentido, mudam a predicação. Na frase 20, o reparar (= dar atenção, dar importância), pede preposição. Já na 21, esse mesmo verbo equivale a restaurar, fazer conserto. Nesse caso, não pede preposição. Respostas: 20. verbo transitivo indireto; 21. verbo transitivo direto. Já que você consegue detectar a classificação de um verbo, o próximo passo é aprender os tipos de predicado.   Tipos de predicado Predicado: é o que se declara acerca do sujeito. Divide-se em verbal, nominal e verbo-nominal. Verbal: não tem predicativo. O verbo não indica estado. Ex.: O funcionário chegou. Nominal: tem predicativo. O verbo indica estado. Ex.: O funcionário estava contente. Verbo-nominal: o verbo não indica estado. Tem predicativo (do sujeito ou do objeto). Ex.: O funcionário chegou contente.   Vamos treinar? Separar o sujeito e classificar o predicado. 1. Os jovens cantavam uma bela canção. Sujeito: Os jovens Predicado: cantavam uma bela canção Comentários: O predicado não possui predicativo. Quando isso ocorre o predicado só pode ser verbal. Resposta: predicado verbal. 2. Os jovens pareciam felizes. Sujeito: Os jovens Predicado: pareciam felizes Comentários: Agora, temos no predicado a presença de um verbo de ligação (indica estado) e de predicativo (felizes). Resposta: predicado nominal. 3. Os jovens cantavam uma bela canção felizes. Sujeito: Os jovens Predicado: cantavam uma bela canção felizes Comentários: Nesse período, há um verbo que não indica estado (cantavam) e predicativo (felizes). Se o verbo não indica estado, o predicado é verbal; se há predicativo, o predicado é nominal. Como nessa construção há as duas ocorrências, o predicado é verbo-nominal. Resposta: predicado verbo-nominal. 4. Achei-o competente. Sujeito: (Eu) Predicado: Achei-o competente Comentários: Observe que o adjetivo competente se refere ao objeto direto (o), qualificando-o. Esse adjetivo, sintaticamente, funciona como predicativo do objeto. Aparecendo predicativo do objeto no predicado, só pode ser classificado como verbo-nominal. Resposta: predicado verbo-nominal. 5. O desenvolvimento depende da produtividade. Sujeito: O desenvolvimento Predicado: depende da produtividade Comentários: O verbo depende não indica estado e não há predicativo na frase. Resposta: predicado verbal. 6. O desenvolvimento é um processo complexo. Sujeito: O desenvolvimento Predicado: é um processo complexo Comentários: Agora temos um verbo de ligação (é – indicando estado) e predicativo do sujeito. Resposta: predicado nominal.   Bons estudos!
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (COM GABARITO NO FINAL)   Dê a predicação dos verbos sublinhados seguindo este código: (1) verbo intransitivo (4) verbo transitivo direto e indireto (2) verbo transitivo direto (5) verbo auxiliar (usado na locução verbal) (3) verbo transitivo indireto (6) verbo de ligação: (6a) estado permanente (6b) estado passageiro (6c) mudança de estado (6d) continuidade de estado (6e) aparência 1. ( ) Ela ligou o ferro silenciosa. 2. ( ) Impecável, transitava o marido pelo tempo. 3. ( ) Paulo está adoentado. 4. ( ) Paulo está no hospital. 5. ( ) As discussões continuaram pela noite. 6. ( ) Permaneciam abertas as listas de adesão às emendas. 7. ( ) Um congressista compareceu à sessão preocupado. 8. ( ) Deve chover bastante. 9. ( ) Eu sou sempre a estrela matutina. 10. ( ) Surgiu, pela esquina, assobiando. 11. ( ) Os operários perfuravam a rocha com suas brocas e picaretas. 12. ( ) Existe em Nova Lima uma importante mina de ouro. 13. ( ) Contou-me um amigo uma história exemplar. 14. ( ) Uma das janelas vivia aberta. 15. ( ) Estava, naquele dia, em Friburgo. 16. ( ) Ela parece triste. 17. ( ) Distribuímos as cartas na mesa. 18. ( ) Chegamos alegres. 19. ( ) José caiu doente. 20. ( ) “Aquela estrela no peito é uma predestinação, símbolo ao mesmo tempo de fulgor e solidão.” Gabarito: 1. (2) ferro: objeto direto / silenciosa: predicativo do sujeito; 2. (1) impecável: predicativo do sujeito / pelo tempo: adjunto adverbial; 3. (6b) adoentado: predicativo do sujeito; 4. (1) no hospital: adjunto adverbial; 5. (1) pela noite: adjunto adverbial; 6. (6d) abertas: predicativo do sujeito; 7. (1) à sessão: adjunto adverbial / preocupado: predicativo do sujeito; 8. (5); 9. (6a) estrela: predicativo do sujeito; 10. (5); 11. (2) rocha: objeto direto / com suas brocas e picaretas: adjunto adverbial (instrumento); 12. (1) em Nova Lima: adjunto adverbial; 13. (4) história: objeto direto / me: objeto indireto; 14. (6a) aberta: predicativo do sujeito; 15. (1) naquele dia: adjunto adverbial / em Friburgo: adjunto adverbial; 16. (6e) triste: predicativo do sujeito; 17. (2) as cartas: objeto direto / na mesa: adjunto adverbial; 18. (1) alegres: predicativo do sujeito; 19. (6c) doente: predicativo do sujeito; 20. (6a) predestinação/símbolo: predicativo do sujeito.   12.3. QUESTÕES DE CONCURSOS COMENTADAS A seguir, observe como são trabalhadas as questões de predicação verbal nas provas de concursos públicos. 1. (MPU – FCC) ... elas também causam impactos significativos na agricultura e na saúde humana. O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima está na frase: a) ... grandes pinheiros brotam por toda parte. b) ... mas que chegaram ao Brasil... c) ... e aqui encontraram espaço... d) ...o búfalo e o pinus são apenas espécies exóticas. e) ... e competindo com elas por alimento. Comentários: O verbo da frase do enunciado é transitivo direto, vem seguido de seu objeto direto impactos significativos. Observe que a expressão na agricultura e na saúde humana não pode ser considerada objeto do verbo, é seu adjunto adverbial de lugar (responde à pergunta onde?). Na letra A, tem-se um verbo intransitivo, seguido de um adjunto adverbial de lugar (por toda parte). Na letra B, o mesmo acontece: o verbo chegar é intransitivo, porque não vem seguido de complemento, e sim de circunstância lugar (ao Brasil), que, na sintaxe, é chamada de adjunto adverbial de lugar. É na letra C que encontramos um outro verbo transitivo direto, seguido de seu objeto direto espaço. Na letra D, temos um verbo de ligação, que liga o sujeito o búfalo e o pinus ao seu predicativo espécies exóticas. Por fim, a letra E, que traz um verbo transitivo indireto, com seu objeto indireto com elas e seu adjunto adverbial de causa por alimento. Resposta: C.   2. (Cesgranrio) O verbo virar foi usado da mesma maneira que em “... o trabalho vira dinheiro.” Em: a) O pintor tropeça e vira a lata de tinta. b) O mar, que estava de ressaca, virou o barco. c) O petróleo, depois de devidamente processado, vira gasolina. d) O mecânico, quando faz uma boa revisão, vira o carro do avesso. e) Os policiais viraram todo o carro à procura de novas pistas. Comentários: A transitividade de um verbo é algo relativo, depende da frase. O verbo da frase do enunciado indica mudança de estado: o trabalho se transforma em dinheiro; é, portanto, verbo de ligação. Nas letras A, B, D e E, o verbo virar indica ação, movimento, sendo, nas quatro frases, transitivo direto. Apenas na letra C, o verbo virar vem indicar, mais uma vez, mudança de estado, sendo, portanto, classificado como verbo de ligação, com seu predicativo gasolina. Resposta: C.   Bons estudos!
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