ANGELA KLEIMAN
formou-se como professora de inglês na Universidad de Chile, fez seu Mestrado em TESL na University of Illinois, EUA, e seu Ph.D. em Linguística na mesma Universidade. Atualmente é Professora Titular no Departamento de Linguística Aplicada da UNICAMP e é autora de numerosos trabalhos sobre leitura e alfabetização de adultos.
INÊS SIGNORINI
professora titular do Depto de Linguística Aplicada do Instituto de Estudos da Linguagem da UNICAMP. Possui graduação em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais (1975), mestrado em Letras Modernas - Universite de Montpellier III (Paul Valery) (1977), doutorado em Letras Modernas - Universite de Montpellier III (Paul Valery) (1980), e pós-doutorado pela Université de Montréal (1985) e pela Toronto University (2002). Tem experiência na área de Linguística Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: letramento; formação do professor; linguagem e identidade; linguagens e tecnologias; Linguística Aplicada e transdisciplinaridade.
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KLEIMAN
O letramento segundo a autora não é um método utilizado para o ensino da escrita, mas envolve a imersão do sujeito no mundo escrito, a partir de práticas diárias de leitura em sala.
Letramento não é alfabetização, mas associa-se a ele. Segundo Kleiman, a alfabetização constitui-se como uma das práticas de letramento, que faz parte do conjunto de práticas sociais de uso da escrita da instituição escolar. Ao passo que o letramento, envolve um conjunto de habilidades e competências, abrange também múltiplas capacidades e conhecimentos e alguns deles não têm relação com a leitura.
As práticas de letramento dentro e fora da escola, e lembra que as que acontecem fora da escola são denominadas de práticas situadas, pois os participantes se diferenciam segundo as características da situação, e elas já estão influenciando a prática escolar.
O trabalho didático precisa levar em conta os textos que circulam entre os diversos grupos, no dia a dia, visando ao ensino da escrita como deve ser feito.
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SIGNORINI
Letramentos multi-hipermidiáticos como conjuntos de práticas socioculturais caracterizadas pelo uso de linguagens multimodais (verbais, visuais, sonoras) associadas à hipermodalidade, ou seja, aos recursos de design e navegação próprios dos ambientes de hipermídia, plugados ou não às redes computacionais.
O que significa dizer que além de plurais, essas práticas são contextualmente variáveis, envolvem a mídia eletrônica e as chamadas novas tecnologias de informação e comunicação (as TIC), as quais dão à hipermidia um caráter híbrido, interativo, não linear e metamórfico: linguagens multimidiáticas em arquiteturas hipertextuais.
São práticas em transformação acelerada, não podendo ser reduzidas a um conjunto específico e acabado de conteúdos, saberes ou habilidades, nos moldes das práticas escolares estabelecidas.
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Os letramentos multi-hipermidiáticos integram o conjunto maior dos multiletramentos, termo cunhado em meados dos anos 1990 por um grupo de estudiosos dos letramentos para “descrever” traços de uma nova ordem cultural, institucional e global emergente e suas implicações para a “pedagogia do letramento”.
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Em seu “manifesto programático”, apresentado como um ponto de partida para a discussão, o New London Group (1996), como foi chamado, aponta os seguintes principais traços identificadores dessa nova ordem emergente:
1. importância crescente da diversidade cultural e linguística (migração, multiculturalismo e globalização no campo da economia, do trabalho e das comunicações);
2. influência crescente das novas tecnologias de informação e comunicação e dos modos multimodais de produção de sentidos;
3.mudança acelerada da dinâmica organizacional e tecnológica em ambientes de trabalho e, consequentemente, nas demandas para a vida profissional dos indivíduos;
4.mudança acelerada dos padrões de sociabilidade e cidadania (pluralismo). Em função dos processos de globalização, a diversidade linguístico-cultural se verifica também em nível local, mas está, inevitavelmente, em conexão com o global; e em função das TIC, a letra/escrita passa a ser um componente dentre outros que se articulam em padrões multimodais de produção de sentidos.