A Europa medieval e a civilização islâmica

O período histórico como Idade Média está associado á ideia de violência ou atraso. A Idade Média corresponde a um longo período, de aproximadamente mil anos dividido, para fins didáticos, em Alta Idade Média e Baixa Idade Média. Durante esse período ocorreu muitas inovações tecnológicas, políticas e sociais. O início da Idade Média foi a partir do enfraquecimento do Império Romano.

A idade média

Os germânicos praticavam a agricultura e o pastoreio, a tribo era comandada pelo rei. Logo depois houve um excessivo aumento de levas migratórias em direção ao Império Romano. Em parte pela chegada do hunos, que partiram da região centro-asiática em direção a Europa e acabaram deslocando outras tribos germânicas, que não viviam em territórios romanos, para dentro do Império. Assim a desagregação do Império Romano do Ocidente permitiu o surgimento de diversos reinos germânicos na Europa, entre esses reinos o mais significativo foi o dos francos.

Os Povos Germânicos

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Clóvis o primeiro rei dos francos a ser coroado reinou 30 anos. Em 496 o Clóvis converteu-se ao cristianismo e iniciou um processo de expansão territorial pela região da Gália. E com os problemas políticos e internos a dinastia esfraqueceu, dando início a dinastia carolíngia. O primeiro rei carolíngio foi Pepino, logo veio Carlos Magno, filho de Pepino.

Os francos

Durante o governo de Carlos Magno houve o aumento das produtividades agrícolas. Foi no seu reino que ocorreu o renascimento carolíngio. Com a morte de  Carlos Magno seu filho Luís assumiu seu cargo.

Renascimento carolíngio e a divisão do Reino Franco

A desestruturação do Império Romano possibilitou a formação de novas formas de relação de trabalho, entre elas o colonato. A movimentação dos escravos está associado a tentativa de fuga. A sociedade romana ruralizou-se e passou a ter uma divisão entre proprietários e camponeses, e esse processo levou a um crescente enrijecimento da hierarquia social. Outro fator que contribui para a reclusão social foi a difusão do cristianismo, que a partir do momento em que o cristianismo se tornou a crença oficial de Roma o clero ganhou mais forças.

Feudalismo

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Da forma em que o poder central de Roma enfraquecia, os proprietários de terras se fortaleçam. Na sociedade as relações de dependência iam-se solidificando. A vassalagem teve uma ampla difusão durante o Império Carolíngio, derivada de um costume germânico. A vassalagem consistia em estabelecer um laço de fidelidade entre dois homens o vassalo e o suserano.

Relações Feudais

No feudalismo a base econômica era a agricultura, e cada domínio agrícola buscava manter seu caráter de subsistência e autossustentável. Já nos feudos o castelo e a residência da família senhorial eram o centro da propriedade, o resto estava divido em três partes o manso comum, o manso senhorial e manso servil.

Economia e organização do feudo

A estrutura social feudal era organizada em três ordens o clero, a nobreza e o campesinato. A hierarquia social, alguns valores e práticas eram controlados pela igreja católica, e ela exercia grande autoridade não só na vida religiosa mas também em negócios,  educação, e a vida cotidiana.

Sociedade feudal

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As mulheres elas ocupavam uma posição bem inferior na sociedade feudal. Pois eram consideradas frágeis e também carregavam a culpa do pecado original, praticado por Eva. Então para salva-se elas deveriam seguir o exemplo da Virgem Maria.

Mulheres e crianças

Quando o feudalismo se consolidava, na Europa Ocidental, um novo império se formava impulsionado o nascimento de uma nova religião monoteísta: o Islamismo. A cidade de Meca era o ponto de paradas das caravanas e era também o centro religioso, na qual os povos árabes eram politeístas. E foi em Meca, no ano de 570 quando nasceu Maomé, fundador do islamismo.

Surgimento do Islã

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Com um grande números de seguidores, Maomé começou a ser perseguido por sacerdotes. Em 622, Maomé com seus seguidores saíram de Meca a destino de Yatrib. Essa saída ficou conhecida como Hégira, que foi o evento que marcou o início do calendário islâmico. Meca passou a ser chamada de Medina, a cidade do profeta, e ali Maomé ganhou forças políticas e religiosas.

O estabelecimento do islã

Os sucessores de Maomé registraram o seus ensinamentos, dessa forma foram criados dois documentos o alcorão e a suna. O alcorão era o registro das palavras de Deus reveladas a Maomé, e a suna era o registro da vida de Maomé. Segundo isso, os islâmicos devem seguir cinco pilares: a crença, a oração, a caridade, o jejum e a peregrinação.

Doutrina islâmica

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Maomé não elegeu sucessor, pois segundo alguns povos os sucessores deveriam ser a sua geração de parentes, e segundo alguns outros povos o sucessor deveria ser elegido pelos povos, conforme manda a tradição antiga. Mas os povos que queriam eleger o sucessor venceram e elegeram Abu Bark que foi sucedido por Omar, Otman e Ali.

Sucessão do profeta e expansão do islã

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O apogeu do desenvolvimento cultural islâmico aconteceu durante o governo de Harun Al-Rashid. O califa fundou a Casa da Sabedoria em Bagdá. Esse conhecimento chegou na Europa Ocidental, assim os estudiosos islâmicos que lá viviam introduziram na Europa os algarismos indianos, o conceito do número zero, a trigonometria e a álgebra.

Desenvolvimento científico e cultural islâmico

Os abássidas governaram o Império Islâmico até o ano de 1258, quando o Império Mongol conquistou a cidade de Bagdá. Apesar da sua conquista os mongóis não tiveram domínio sobre a região, então abriram espaço para os turcos otomanos, os povos nômades. Em 1453, os otomanos conquistaram o último Império Bizantino, e ele foi avançando cada vez mais, e o Império teve uma grande longevidade, pois haviam povos de todo lugares e com religiões diferentes e eram livres para atuar sua religião.

O fim do Império Islâmico e a ascensão otomana

A civilização islâmica teve  maior desenvolvimento sociocultural do que o ocidente europeu, mas isso não significa que a Europa Ocidental tenha ficado em estagnação. A organização política, econômica e social da Europa Ocidental vivia seu apogeu. As transformações sociais e econômicas tiveram como consequência fatores que provocaram desestabilização e o declínio do feudalismo.

Baixa Idade Média: transformações do feudalismo

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A mudança da sociedade medieval se deu do crescimento demográfico ocorrido no Ocidente europeu. Como consequência: a ausência de epidemias, o fim das guerras contra os bárbaros e o aumento da produção agrícola. A grande mudança ocorrida na produção agrícola possibilitou a substituição do arado de madeira pela charrua de ferro e aprimoraram-se os moinhos hidráulicos. Mas a grande inovação foi a técnica de dividir a área agrícola em três partes.

Aumento da produção agrícola e crescimento demográfico

Na Alta Idade Média os comerciantes e os artesãos habitavam os lugares chamados Burgos, por isso eram chamados burgueses. Os Burgos sugiram nos domínios do  senhorio mas logo conquistaram autonomia, muitos deles se transformaram em cidades importantes. Dessa forma ocorreram mudanças no trabalho, algumas obrigações servis foram abolidas e os camponeses passaram a pagar os tributos com dinheiro ou com o excedente agrícola. Com isso alguns servo abandonaram as lavouras. O aumento populacional, a produção de excedentes agrícolas, a especialização do trabalho e o aumento das atividades manufatureiras provocaram uma grande expansão comercial, um fato que contribui para o crescimento urbano na Europa Ocidental.

Crescimento urbano, especialização do trabalho e expansão comercial

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As cruzadas elas foram expedições militares organizadas com o objetivo de reconquistar os territórios ocupados pelos islâmicos. O movimento das cruzadas revela a união existente entre a igreja e a aristocracia feudal. A primeira cruzada ocorreu entre 1096 e 1099, os cristãos conquistaram Jerusalém. A segunda foi entre 1147 e 1149 com a intenção de fortalecer os territórios adquiridos e conquistar Damasco, porém fracassaram. A terceira ocorreu entre 1189 e 1192, eles buscavam reaver Jerusalém, a expedição fracassou, mas os cruzados fizeram um acordo com os saladinos permitindo que os cristãos circulacem na região. A quarta foi entre 1202 e 1204, nao tentaram reconquistar Jerusalém. E no total foram realizadas oito cruzadas, e os objetivos dos religiosos não foram alcançados.

As cruzadas

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Os contatos entre os cruzados e as civilizações bizantina e islâmica possibilitou que os povos pudessem tomar conhecimentos dos estudos islamicos. Apesar de que os cristãos não conseguiram conquistar Jerusalém.

Consequências das Cruzadas

Para os cristãos as Cruzadas proporcionaram um intercâmbio cultural muito proveitoso, para os islâmicos o evento foi totalmente diferente, foram uma obra de um povo não civilizado, com uma sociedade bem atrasada culturalmente e cientificamente.

As cruzadas na visão islâmica

Apesar da contribuição islâmica para a cultura ocidental, a igreja e o pensamento religioso cristão não devem ser esquecidos, como agentes fundamentais para o desenvolvimento nos campos intelectual, artístico e cultural da sociedade europeia. Sob a orientação do igreja foi criada a Universidade de Bolonha. Já a partir do século 13 a escolástica começou a ser aplicada como método de ensino nas universidades, e na arquitetura foram dois estilos principais: o românico e o gótico.

O pensamento e a arte europeia na Baixa Idade Média

O modelo feudal acabou disseminado-se por meio de guerras e conquistas territoriais na Inglaterra, Oriente Médio e Península Ibérica. No século 14 logo depois de um longo período de relativa paz e prosperidade, a Europa enfrentou uma grave crise que culminou na desestabilização do sistema feudal. Como: alterações climáticas, fome, peste negra e a guerra.

Crise do sistema feudal

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No campos vazios, os camponeses que sobreviveram a fome e a peste começaram a exigir mais trabalho e maior parcela de produção. Os senhores impuseram medidas restritivas para dificultar a saída dos servos dos senhorios, ao mesmo tempo várias leis foram estabelecidas.

O agravamento da crise e as transformações sociais