Imperialismo norte-americano é uma expressão frequentemente utilizada para descrever um histórico de ações e doutrinas da política externa dos Estados Unidos que demonstram uma inequívoca intenção de controlar eventos em todo o mundo, de maneira que favoreça seus próprios interesses econômicos, políticos e estratégicos.
As raízes desta prática já são encontradas logo após a consolidação da independência do país, no início do século XIX. Naquela época, o litoral do Mediterrâneo, próximo a Argélia, Tunísia e Líbia era infestado por piratas financiados pelos governos locais, sendo que ambos dividiam os lucros dos ataques realizados. Para evitar ataques, todas as grandes potências da época pagavam tributos anuais aos três territórios africanos, referidos então como Berbéria.
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Pouco depois, em 1823, surge a Doutrina Monroe, anunciada pelo presidente James Monroe. Esta é geralmente resumida na frase “América para os americanos”, expressando a ideia de que todos os territórios do continente possuem direito à independência. Na prática, a Doutrina Monroe serve para “expulsar” gradualmente Grâ-Bretanha e França, potências ainda com alguma influência nas Américas, colocando em seu lugar os Estados Unidos, que acabam por “apadrinhar” econômica e politicamente todos os países da área.
O próximo movimento importante do imperialismo norte-americano é a Doutrina do “Big Stick”, (ou porrete, em português), levada a cabo pelo presidente Theodore Roosevelt, onde os EUA passam a agir através de guerras, ou fomento de revoluções ou ainda mediante influência econômica, para aumentar sua influência no planeta. O país naquela época já se tornara uma potência industrial, e prova sua superioridade na Guerra Hispano-Americana de 1898, ao tomar Cuba, Porto Rico e Filipinas da Espanha.
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As duas guerras mundiais contribuem definitivamente para o enfraquecimento das potências europeias e o crescimento dos EUA, que saem vencedores dos dois conflitos, sem ter seu território ocupado em qualquer ocasião. A partir daí, o imperialismo se torna um veículo para recrutar outros países e fazer frente à nova ameaça do período da Guerra Fria, a União Soviética.
Atualmente, em momento de crise econômica global e de contenção de gastos, os EUA procuram exercer sua influência de modo mais discreto, sem despertar grande reprovação da opinião pública em geral.