Nessa época o perfil de adoecimento era marcado pela presença de doenças transmissíveis (DT), tanto as originais do país quanto as importadas. São exemplos a malária, introduzida em 1549
Do descobrimento do Brasil até a chegada da família real
Presença de doenças transmissíveis (DT), tais como: a malária, introduzida em 1549, a varíola, em
1561, a febre amarela e a hanseníase, por volta de 1680.
A assistência à saúde não existia. Quem tinha dinheiro ia à Europa ou
trazia médicos de lá para se tratar. Quem não tinha procurava a
medicina popular, a fim de cuidar do espírito e fazer uso de ervas.
A situação da saúde no país passou a mudar por volta do séc. XVIII, quando houve um maior
afluxo de médicos e nobres portugueses para cá e as cidades começaram a aumentar. A
grande preocupação nas cidades era com o lixo, que se acumulava nas vias públicas. Por
isso foram criados órgãos que cuidavam da limpeza e da higiene das cidades, mas nada era
feito ainda em relação à saúde das pessoas.
Da Proclamação da República até 1930
Grandes epidemias assolavam o Brasil, como febre amarela, varíola, peste, entre outras, e ameaçavam
a economia, tendo em vista que ela estava calcada na exportação de café e outros produtos nacionais,
os quais deviam ser escoados por via marítima.
Dois médicos formados a partir da teoria bacteriológica foram chamados para sanear as ci- dades que possuíam
os maiores e mais importantes portos: Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, e Emílio Ribas, em Santos (SP).
Entre as medidas tomadas, estavam a vacinação obrigatória contra a varíola, o controle dos ratos e
dos locais de procriação de mosquitos.
Até a década de 1930, a saúde pública funcionou principalmente na forma de campanhas e com o
apoio da polícia sanitária, e por isso ficou conhecida como campanhista, sempre voltada para
problemas de saúde que afetavam a população, mas principalmente motivada por interesses econô-
micos.
A Era Vargas
Durante a Segunda Guerra Mundial, um convênio com os EUA foi acordado e
assim nasceu o SESP (Serviço Especial de Saúde Pública).
O direito à saúde permanecia como um privilégio para os ricos e os trabalhadores que
tinham a carteira de trabalho assinada, pois somente assim era possível ter acesso
aos serviços de saúde oferecidos por alguns IAP.
Do final da Ditadura Vargas até o Golpe Militar
A assistência à saúde continuava dividida em campanhas para os problemas coletivos, e a assistência
individual curativa, ligada aos IAP, os quais, nessa época, passaram a oferecer esse tipo de assistência à saúde.
O Ministério da Saúde foi criado em 1953, resultado do desmembramento do Ministério da Saúde e da
Educação, mas com pouca influência e capacidade para a tomada de decisões.
O Brasil abriu-se ainda mais para os grupos estrangeiros, e, na área da saúde, isso se refletiu na entrada dos
grupos de medicina privada, que começaram a administrar diversos hospitais (cons- truídos e equipados com
dinheiro do Estado).
Do golpe militar à VIII Conferência Nacional de Saúde
Em 1975 foi criado o Sistema Nacional de Saúde, pela Lei no 6.229, de 17 de julho, a qual apenas reforçou o
que já estava em vigor: a previdência social continuava responsável pela assis- tência médica individual e
curativa, enquanto o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais se responsabilizavam
pelos cuidados preventivos.
Em 1986 aconteceu a VIII Conferência Nacional de Saúde,que teve como proposta final a saúde como direito, com
a universalização do acesso aos serviços de saúde (todos os cidadãos brasileiros têm direito à saúde, não impor-
tando o vínculo empregatício) e a garantia da participação popular no processo de planejamento, implantação e
avaliação do sistema de saúde.
O sistema de saúde foi reestruturado a partir desses princípios, resultando no SUS (Sistema Único de Saúde),
regulamentado pela Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, a
proteção e a recuperação da saúde, a organização e o funciona- mento dos serviços correspondentes e dá outras
providências.