Maior reserva corporal de Energia
Proteção contra traumatismo; Isolamento
térmico; Carreadores de vitaminas A, D, E e
K; Síntese de Hormônios.
Os fosfolípides formam a estrutura
básica das membranas celulares,Além
disso, também compõem os sais biliares
atuando como agentes emulsificantes
ÁCIDO
GRAXO
Nota:
Os ácidos graxos são classificados pelo comprimento da
cadeia de carbono, por número de duplas ligações na
cadeia de carbono e pela configuração das duplas ligações.
Cadeia curta: 2 a 5 átomos de C;
Cadeia média: 6 a 11 átomos de C;
Cadeia longa: 12 a 19 átomos de C;
Cadeia muito longa: ≥ 20 átomos de C.
Saturado
Nota:
De maneira geral, a gordura saturada (C12:0, C14:0 e C16:0)
eleva a concentração plasmática de colesterol, especialmente o
C14:0, enquanto o C18:0 é neutro em seus efeitos sobre o
colesterol
Intolerância à glicose e
resistência à insulina.
Diversos mecanismos são propostos para essa alteração, entre eles:
redução dos receptores de LDL hepáticos;
maior atividade da ACAT (acilcolesterilaciltransferase),aumentando a
esterificação do colesterol das lipoproteínas contendo apo B17;
aumento na quantidade de colesterol esterificado transportado nas LDL,
devido à conformação química retilínea dos ácidos graxos saturados
Os ácidos graxos saturados podem ser
divididos em dois grupos: cadeia média
(entre 8 e 12 átomos de carbono na cadeia)
e cadeia longa (acima de 14 átomos de
carbono).
Asorção
Nota:
Os ácidos graxos saturados podem ser divididos em dois
grupos:
cadeia média (entre 8 e 12 átomos de carbono na cadeia) e
cadeia longa (acima de 14 átomos de carbono).
São transportados ligados à albumina, pela veia porta, diretamente
para o fígado, onde são metabolizados, não sendo responsáveis pelo
aumento do colesterol sérico
Insaturado
Nota:
A localização da primeira dupla ligação da cadeia carbônica a partir do grupo
metila identifica a série do ácido graxo, por meio da letra ω, sendo os
principais ω-3, ω-6 e ω-9.
Os ácidos graxos insaturados são
classificados em razão do número de
dupla ligações, em mono ou
poli-insaturado São encontrados
especialmente na configuração cis da
dupla ligação
TRANS
Nota:
Na configuração Trans, os dois átomos de hidrogênio
ligados ao carbono na dupla ligação estão localizados
em lados opostos, formando uma molécula mais rígida
e com configuração retilínea, assemelhando-se, assim,
ao ácido graxo saturado
Ácidos graxos Trans estão presentes em diversos produtos
industrializados que utilizam esse tipo de gordura, tendo como
exemplos mais frequentes os biscoitos — incluindo de maizena e
de polvilho—sorvetes cremosos e tortas. Podem ser encontrados
também em diversos produtos de panificação, como pão francês,
folhados, pão de batata e pão de queijo
Os ácidos graxos Trans
são Isômeros
geométricos dos ácidos
graxos insaturados,
produzidos a partir da
fermentação de
bactérias em
ruminantes, sendo
encontrados em
quantidades
insignificantes na carne
e no leite.
Monoinsaturado
Nota:
O conceito mais defendido é de
que o consumo de MUFA não
afeta significativamente os níveis
de colesterol total circulantes,
enquanto o consumo de SFA
aumenta os níveis de colesterol
A localização da primeira dupla ligação da cadeia
carbônica a partir do grupo metila identifica a
série do ácido graxo, por meio da letra ω, sendo os
principais ω-3, ω-6 e ω-9.
Atividade antioxidante, protegendo as células endoteliais;
abaixa a oxidação das LDL-colesterol; São antitrombóticos e
inibem a agregação plaquetária; abaixa o Colesterol Total;
abaixa o LDL-colesterol
Polinsaturado
ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA 3
Nota:
Esses exercem inúmeros efeitos sobre diferentes aspectos fisiológicos e do
metabolismo que podem influenciar a chance de desenvolvimento de
doenças cardiovasculares, tais como:
o melhora da função autonômica,
o antiarrítmico,
o diminuição da agregação plaquetária e da pressão arterial,
o melhora da função endotelial,
o estabilização da placa de ateroma e de triglicérides.
Importante no desenvolvimento do sistema nervoso central (SNC) e no
funcionamento do mesmo;
Deficiência:
Alterações na capacidade de aprendizagem;
Menor acuidade visual;
Diminuição na tolerância ao etanol e a anestésicos.
A principal fase em que é necessário haver AG ômega 3 na dieta é
quando há desenvolvimento rápido do cérebro:
3 trimestre de gestação até 18 meses após nascimento
São compreendidos por: • ácido
docosaexaenoico (DHA) • ácido
eicosapentaenoico (EPA) ) de origem
marinha • alfalinolênico (ALA) de origem
vegetal
O efeito sobre trigliceridemia se deve à ação
desse ácido graxo na redução da síntese de
APO-B e aumento do seu catabolismo,
simultaneamente pode acelerar o catabolismo
dos quilomícrons por estimular a atividade da
enzima lipoproteína lípase.
ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA 6
Nota:
O Ômega-6 é necessário para muitas funções fisiológicas no ser humano.
Embora as quantidades mínimas de Ômega-6 a serem ingeridas diariamente
por adultos saudáveis não estejam ainda bem estabelecidas, estimativas
derivadas de vários estudos sugerem um consumo de pelo menos 5%-10% de
energia total a ser consumida ao dia, devendo ser considerado que sua
ingestão varia de acordo com o país
Os Ômega-6 são chamados de
essenciais porque não podem ser
sintetizados pelos seres humanos e
outros mamíferos; portanto, só
podem ser obtidos mediante
ingestão
O Ácido Linoleico (AL), um ácido graxo
de 18 carbonos com duas duplas
ligações (18:2 Ômega-6), é o principal
ácido graxo Ômega-6, encontrado
especialmente em óleos vegetais como
os de soja, cártamo, milho e canola
Nota:
Após a ingestão, o AL pode sofrer alterações de dessaturação e alongamento
para formar outros ácidos graxos poli-insaturados Ômega-6, tais como os
ácidos gamalinolênico e di-homogamalinolênico, e este último é
metabolicamente convertido para o ácido araquidônico (AA; 20:04 Ômega-6),
que serve de substrato para uma grande variedade de importantes
metabólitos, especialmente de algumas moléculas pró-inflamatórias
Colesterol
Nota:
O colesterol alimentar encontra-se nas gorduras de
origem animal, quase que totalmente na forma livre
(não esterificado).
Sabe-se, no entanto, que Há sugestões de que a absorção intestinal de
colesterol seja governada pelo genótipo das apoE-LP; indivíduos portadores do
alelo E-4 apresentam maior absorção do colesterol alimentar, e os alelos E-2,
menor absorção desse, quando submetidos a dieta rica em colesterol
Em razão da controvérsia sobre efeito colesterolemizante do
colesterol alimentar, diversas diretrizes internacionais
recomendam a restrição de gorduras totais e do colesterol da
dieta, objetivando redução e controle do colesterol e LDL-c
plasmáticos
essencial na formação das membranas das
células, na produção de hormônios sexuais,
da vitamina D e de sucos digestivos, além de
desempenhar papel importante nos tecidos
nervosos e originar sais biliares.
Principais fontes
gema de ovo, leite e derivados, camarão,
carne bovina, pele de aves e vísceras.
Digestão e absorção
Apenas uma pequena quantidade de lipídios é digerida
na boca (lipase lingual); • No estômago (lipase gástrica),
também digere apenas uma pequena parte dos lipídeos;
• A digestão dos lipídios, propriamente dita, ocorre no
duodeno, através da ação da bile e da enzima lipase
pancreática; • Os ácidos graxos livres e monoglicerídios
irão formar complexos com os sais biliares.
Sais biliares fazem emulsificação da gordura;
lipase pancreática quebra triglicerídeos em
diglicerídeos e ácidos graxos livres,
diglicerídeos sofrem hidrólise originando,
ácidos graxos livres e glicerol; absorvidos na
mucosa intestinal
Boca
Uma enzima Lipase produzida na base da língua, e
chamada também de Lipase Lingual, atua
principalmente sobre os Triglicerídeos que contém
Ácidos Graxos de cadeia curta, que continua ativa
no estômago onde torna-se a Lipase Gástrica;
Intestino
No Duodeno, as partículas emulsificadas (Micelas)
sofrem a ação das enzimas hidrolíticas do Pâncreas
(Lipase Pancreática e outras enzimas), o que permite a
posterior absorção pelos Enterócitos.
- As principais enzimas secretadas pelo pâncreas
Lipase Pancreática, Colesterol Esterase e a Fosfolipase
A2; - O movimento de peristalse do Intestino é
fundamental para formação das Micelas; - Nelas, as
enzimas pancreáticas atuam na interface de contato
entre a água do meio e a camada lipídica propriamente
dita da Micela.
Nota:
Micela de Lipídeos na
Mucosa Intestinal
Razão para uma micela facilitar a ação das enzimas pancreáticas: Nesta estrutura anfipática, as ligações éster dos Triglicerídeos e dos outros lipídeos (Ex. Colesterol Esterificado) ficam orientadas para fora desta estrutura, tornando os lipídeos mais suscetíveis pois as enzimas encontram-se solúveis no meio aquoso.
A Lipase Pancreática catalisa a quebra da
molécula de Triglicerídeo nas posições 1 e 3,
liberando 2 moléculas de Ácidos Graxos Livres; -
Forma-se também um 2-Monoacilglicerol.
A enzima Colesterol Esterase (ou Colesteril Esterase)
hidrolisa as moléculas de Colesterol Esterificado,
resultando em Colesterol Livre + Ácido Graxo Livre.
A enzima Fosfolipase A2 hidrolisa os
Fosfolipídeos da dieta, retirando 1 Ácido
Graxo da posição 2 da molécula, resultando
num Lisofosfolipídeo
Os Ácidos Graxos Livres (AGL), Colesterol Livre, os
Lisofosfolipídeos e os 2-Monoacilgliceróis são incorporados pelo
enterócito e sofrem ações diferentes: Ácidos Graxos Livres -
Podem seguir dois destinos
Colesterol Livre
O Colesterol Livre é reesterificados
com um Ácido Graxo cadeia longa, pela
ação da Enzima Acil-CoA Colesterol
Aciltransferase (ACAT) ,Posteriormente
liberados nos Quilomícrons.
Lisofosfolipídeos
São reesterificados com um Ácido
Graxo Livre, pela ação do complexo
enzimático Aciltransferase
(Posteriormente liberados nos
Quilomícrons), o que reconstitui os
Fosfolipídeos.
Ácidos Graxos Livres
AGL de cadeia curta e média
são liberados para a circulação
sanguínea ,carreados pela Albumina
plasmática e seguem ao fígado para
servirem como fonte energética, via
Circulação Porta
Nota:
Absorção não depende da micela Passam direto para veia porta hepática micela mista
AGL de cadeia longa
são reesterificados aos
2-Monoacilgliceróis, pela ação do
complexo enzimático Triacilglicerol
Sintase, recriando Triglicerídeos
(Posteriormente liberados nos
Quilomícrons).
Quilomícrons e então
liberados no sist. Linfático e
em seguida na corrente
sanguínea
Nota:
Lipases intestinais hidrolisam os triacilgliceróis. • Os ácidos graxos são absorvidos pela mucosa intestinal e reconvertidos em triacilgliceróis. • Os triacilglicerós juntamente com o colesterol e as apoliproteinas Formam o quilomícrom. • Os quilomicrons migram para o sistema linfático, depois para a corrente sanguinea e seguem para os tecidos. • Ativada pelo APO-II 9 lipoproteina lipase), libera ácido graxo e glicerol. • Os ácidos graxos entram nos adipócitos ou miócitos. Os ácidos graxos são oxidados em combustíceis ou reesterificados para a armazenagem.
As células intestinais
empacotam os triglicerídeos
junto com as proteínas e os
fosfolipídeos na Quilomicra;
A Quilomicra também
contém colesterol e vitaminas
lipossolúveis, mas seu maior
componente são os
tiglicerídeos derivados da
dieta;
Nota:
A Quilomicron começa a entrar no sangue
dentro de 1 a 2 horas após o início
de uma refeição, e, conforme essa
vai sendo digerida e absorvida, elas
continuam a entrar no sangue, por
muitas horas
Inicialmente, as partículas
são chamadas de Quilomicra nascente, mas quando,
dentro da linfa ou do
sangue, recebem PTN
provenientes da HDL,
tornam-se Quilomicra madura;
A HDL transfere para a Quilomicra nascente, particularmente a
apoproteína E (apoE) e
apoproteína CII (apoCII)
Metabolismo dos lipídeos
Os triglicerídeos dos quilomicrons são
hidrolisados pela lipase lipoproteica
que se encontra ligada a parede interna
dos vasos sanguíneos, liberando ácidos
graxos para o tecido. Os ácido graxos
liberados podem ser oxidado para
produção de energia no músculo e em
outros tecidos ou armazenados na
forma de triglicerídeos no tecido
adiposo
Nota:
O glicerol liberado dos triglicerídeos da Quilomicra pela Lipase lipoprotéica pode ser usado para a
síntese de TAG no fígado no
estado alimentado;
Os quilomicrons remanescentes são retirados da
circulação pelo fígado e seus componentes são
incorporados em lipoproteína de muito baixa
densidade ( VLDL)
Nota:
VLDL são liberados na circulação e representam a principal
lipoproteína transportadora de triglicerídeos
Por meio da ação da lipase
lipoproteica as VLDLs perdem um
pouco de TG e são transformadas em
lipoproteínas de densidade
intermediária( IDL) e finalmente em
lipoproteína de baixa densidade (
LDL)
O objetivo maior do transporte de gorduras pelas lipoproteínas é
fornecer aos diferentes tecidos do organismo o colesterol e os
ácidos graxos necessários para o metabolismo
Nota:
A lipoproteína consiste em um conjunto composto
por proteínas e lipídeos, organizados de modo a facilitar o
transporte dos lipídeos pelo plasma sanguíneo.
São classificadas quanto a quantidade de lipídeos e proteínas
LIPOPROTEÍNAS Classificação
São macromoléculas sintetizados no fígado e
intestino delgado, que transportam colesterol e
triglicerídeos na corrente sangüínea.
Quilomícrons Lipoproteínas de Alta Densidade –
HDL Lipoproteínas de Baixa Densidade - LDL
Lipoproteínas de Muito Baixa Densidade - VLDL
Para serem transportados no sangue, os lipídeos
devem combinar-se com compostos solúveis em
água, como fosfolipídeos e proteínas.
FUNÇÕES DAS LIPOPROTEÍNAS
Quilomícron = transportadora de
triglicerídeo exógeno no sangue; VLDL
= transporta triglicerídeo endógeno
LDL = principal transportadora de
colesterol; níveis aumentados no
sangue aumentam o risco de infarto
agudo do miocárdio HDL = retira
colesterol do sangue; níveis
aumentados associados a diminuição
do risco de infarto agudo do miocárdio.
TRANSPORTE DE LIPÍDIOS
Os VLDL levam triglicerídeos do fígado
para tecidos, com absorção de
triglicérides a VLDL aumenta densidade
ate chegar a LDL; HDL troca colesterol
por triglicérides com os tecidos e volta
para o fígado; Também recolhe colesterol
dos quilomicrons; O excesso de
colesterol que foi recolhido é excretado
na forma de sais biliares.