Diferenciação e desdiferenciação celular

Diferenciação celular
1. É um conjunto de processos que transformam e especializam as células embrionárias.
  1. Devido a essas transformações, a morfologia e a fisiologia são definidas, o que as tornam capazes de realizar funções específicas.
2. Célula diferenciada
  1. Apesar de serem diferenciadas, continuam com o mesmo código genético da primeira célula, e a diferença entre elas está na inibição ou na ativação de determinados grupos de genes.
    1. O que determina quais são os genes das células que serão ou não ativados?
      1. O desenvolvimento embrionário começa a partir de uma célula, o zigoto, nele há proteínas pequenas denominadas fatores de transcrição flutuando no citoplasma, os percussores destes fatores de transcrição também estão presentes e, são denominados de RNA mensageiro.
      2. Estes fatores de transcrição ativam certos genes e, os mesmos serão expressos. Isso ocorre nas células tronco para se diferenciarem em células específicas. As células tronco ativam alguns genes e inativam outros no DNA e, a partir disto começam a produzir proteínas específicas para dar a forma e a função da célula.
        Depois de especializadas estas células não podem se diferenciar mais
  2. Célula especializada, que exerce determinada função
Desdiferenciação celular
1. Processo no qual uma célula adulta, já diferenciada, regride para um estágio indiferenciado, sendo capaz de originar novos tipo de células.
2. Este fenômeno ocorre em tecidos vegetais, no entanto já há evidências de sua ocorrência natural em alguns grupos de animais.
  1. Apesar da regressão em animais ser possível, ela é limitada, uma vez que as células animais não conseguem em geral retornar naturalmente a estágios bem iniciais do desenvolvimento, não sendo, portanto, capazes de gerar todos os tecidos.
    1. Além disso, nem todos os tecidos do animal são capazes de se desdiferenciarem.
3. Célula desdiferenciada
  1. Célula que era diferenciada e volta a ser tronco
Célula indiferenciada
1. São as denominamos células-tronco, capazes de dividir-se e diferenciar-se em distintos tipos celulares.
  1. Totipotentes
    1. Células que podem diferenciar-se em qualquer uns dos tipos celulares existentes no organismo.
    2. Podem formar qualquer célula imaginável, incluindo tecidos extraembrionários
      1. caso da placenta
    3. Plantas
  2. Pluripotentes
    1. Não pode originar tecidos extraembrionários
    2. Possui a capacidade apenas de gerar as células dos folhetos embrionários
      1. ectoderma
      2. mesoderma
      3. endoderma
      4. Esses folhetos são os primórdios de todos os tecidos e órgãos do nosso corpo
    3. Animais
  3. Tratam de um tipo muito específico de células que são capazes de dar origem a outras células, desempenhando um importantíssimo papel na reposição celular e na regeneração tecidual.
  4. Para uma célula ser considerada célula tronco ela deve, obrigatoriamente, apresentar duas características
    1. Divisão contínua
      1. Auto-replicação, é a capacidade que essas células têm de se multiplicar, gerando células iguais a si.
    2. Capacidade de diferenciação
Meristema
1. É um tecido vegetal responsável pelo crescimento da planta e pela formação de outros tipos de tecidos vegetais
  1. É constituído de células indiferenciadas, capazes de realizar sucessivas divisões mitóticas e, com isso, formar os diferentes tecidos adultos da planta.
  2. Um dos aspectos mais fascinantes dos tecidos meristemáticos é a sua totipotência, ou seja, a partir de sucessivas mitoses, todas as demais células são formadas.
    1. Esse processo de formação de diferentes células a partir dos meristemas denomina-se diferenciação celular e é coordenado pelos hormônios de crescimento produzidos pelos meristemas.
2. Durante o processo de divisão celular, as células iniciais permanecem indiferenciadas no meristema.
3. As células derivadas crescem, passam por novas divisões e pelo processo de diferenciação.
  1. Na diferenciação as células sofrem alterações químicas, fisiológicas e morfológicas. Assim são originadas as células especializadas que formam os diversos tecidos e estruturas.
  2. Algumas células (por exemplo, as parenquimáticas) mantém um menor grau de diferenciação de modo que podem voltar a se dividir e originar novas células.
    1. Isso é particularmente importante para a recuperação de lesões na planta.
4. Meristema secundário
  1. Os meristemas secundários se originam a partir dos meristemas primários, incorporando novas células aos tecidos existentes.
  2. O engrossamento da planta, que ocorre para suprir a maior necessidade de sustentação, denomina-se crescimento secundário.
  3. Esse crescimento ocorre a partir da atividade dos meristemas secundários, um conjunto de células que resultam da desdiferenciação dos tecidos adultos.
  4. Os tecidos meristemáticos secundários são o câmbio e o felogênio
    1. O Câmbio Vascular se diferencia em xilema e floema secundários
    2. O Felogênio origina a periderme.
      1. É o tecido de revestimento que substitui a epiderme
        Ela formará o súber ou cortiça (na parte mais externa) e o feloderma ou córtex secundário
5. Meristema primário
  1. Após a germinação da semente, verifica-se o crescimento primário.
  2. Para que esse crescimento seja possível, a planta deve iniciar a absorção de nutrientes do solo e a captação de luz para a fotossíntese.
  3. Esse crescimento é realizado pelas células embrionárias dos meristemas primários e ocorre para baixo e para cima, determinando o aumento do comprimento das raízes e caules, respectivamente.
  4. Na fase embrionária, todas as células são meristemáticas primárias. À medida que a planta se desenvolve, esses meristemas se localizam apenas em certos locais do corpo vegetal.
  5. Existem três tipos de tecidos meristemáticos primários
    1. Protoderme
      1. Se diferenciará em epiderme, tecido de revestimento da planta
    2. Procâmbio
      1. Originará o xilema e o floema primários, tecidos que formam o sistema vascular
    3. Meristema Fundamental
      1. Se diferenciará formando os tecidos fundamentais: parênquima, colênquima e esclerênquima

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