São nutrientes fundamentais para
a manutenção do corpo, porém
são necessários em menor
quantidade.
Sua carência é um fator de risco para
provocar doenças e disfunções, no entanto
a suplementação de vitaminas pode ser
uma opção para suprir os déficits
nutricionais da alimentação.
De acordo com a Política Nacional de
Alimentação e Nutrição, entre os anos 1989
e 2006, o Brasil alcançou as metas relativas à
redução da desnutrição infantil do primeiro
"Objetivo de Desenvolvimento do Milênio",
no entanto, apesar da melhoria do acesso à
saúde e à renda da população, os
indicadores relativos às deficiências de
micronutrientes permaneceram elevados. Os
dados da pesquisa nacional de demografia e
saúde da criança e da mulher (2006)
reiteram que as carências de ferro e
vitamina A apresentam-se como problemas
de saúde no país.
Fazem parte do grupo:
Vitaminas e Minerais
Vitamina A: Micronutriente Lipossolúvel que
possui propriedades antioxidantes que possui
funções importantes no corpo.
Fontes: Alimentos de origem animal, exemplo:
Leite, fígado, Gema de ovo; E de origem vegetal
na forma de provitamina A, vegetais folhosos
escuros e amarelos, frutas amarelo-alaranjadas,
óleos e principalmente frutas oleaginosas.
Benefícios: funcionamento adequado do
processo visual, atua na diferenciação
celular, na integridade do tecido epitelial,
na proteção contra o estresse oxidativo, na
reprodução e no sistema imunológico. Além
de importância significativa nos períodos de
gestação, neonatal e a infância. É também
considerada o micronutriente melhor
associado à prevenção de doenças
infecciosas
Sua carência pode causar: a principal
causa de cegueira evitável na infância,
sendo a faixa etária pré-escolar de
maior risco, alterações no crescimento,
maior predisposição a infecções,
alterações cutâneas, alterações
oculares(cegueira noturna, xerose
conjuntival, manchas bitot, xerose
corneal, ulceração corneana e
queratomalácia).
Em regiões com grande
deficiência de vitamina A, a
OMS, o Ministério da Saúde
e a Sociedade Brasileira de
Pediatria (SBP)
determinam que haja a sua
suplementação através de
medicamento entre os 6 a
72 meses de vida na forma
de megadoses por via oral.
Vitamina D: engloba um grupo de
moléculas secosteroides derivadas do
7-DHC, apresentando-se como metabólito
ativo e seus precursores. É produzida pela
pele humana com auxílio dos raios
ultravioleta e pouca quantidade é
proveniente da dieta.
Fontes: vitamina D2 - obtida pela irradiação
ultravioleta do ergosterol vegetal e em
produtos comerciais; vitamina D3 - exposição
solar; e o 7- DHC pode ser encontrado em óleo
de fígado de bacalhau, atum, cação, sardinha,
gema de ovo, manteiga e peixes gordos.
Benefícios: regular a fisiologia osteomineral,
em especial o metabolismo do cálcio;
modulação da autoimunidade e síntese de
interleucinas inflamatórias; controle da
pressão arterial; e regulação dos processos de
multiplicação e diferenciação celular
essencial para o crescimento infantil e
aquisição de massa óssea.
Sua carência pode causar: hipocalcemia,
hipofosfatemia, tetania, osteomalácia, raquitismo,
alargamento das epífises, arqueamento de ossos
longos, baixa estatura, sulco de Harrison, fraturas
torácicas, atraso da erupção de dentes, alteração do
esmalte dentário, hipotonia generalizada e fraqueza
muscular.
De acordo com o Departamento de Nutrologia da SBP, a
suplementação profilática oral de vitamina D na
infância deve ser realizada a partir da primeira semana
de vida até os 12 meses, inclusive para as crianças em
aleitamento materno exclusivo independente da região
do país. A SBP recomenda exposição ao sol no primeiro
ano de vida de 30 minutos/semana para lactentes
apenas com fraldas, ou de duas horas semanais
Ferro: Micromineral vital para a
homeostase. É essencial para o
transporte de oxigênio, metabolismo
energético e a síntese de DNA.
Fontes: Nas formas heme: em carnes vermelhas,
vísceras. E na forma não heme: em leguminosas e
verduras de folhas verde-escuras; e por meio da
reciclagem de hemácias senescentes. além de cereal,
farinha de trigo/milho e leite que podem ser ricos ou
fortificados com ferro.
Benefícios: Transporte de oxigênio, metabolismo
energético, síntese de DNA, atua como um cofator
para enzimas da cadeia respiratória mitocondrial e
na fixação do nitrogênio. Em nosso organismo é
utilizado na síntese da hemoglobina nos
eritroblastos, da mioglobina nos músculos e dos
citocromos no fígado.
Sua carência causa: Anemia ferropriva.
Anteriormente à instalação da anemia, o
comprometimento dos estoques de ferro
desencadeia alterações em diversos processos
metabólicos. Além de causar os sintomas de
palidez cutânea e de mucosas, seguido por apatia,
astenia, atraso no desenvolvimento
neuropsicomotor e cognitivo, retardo do
crescimento pôndero-estatural e maior
suscetibilidade a infecções
Devido a epidemiologia da anemia carencial
ferropriva, a OMS preconiza a suplementação
oral profilática de ferro medicamentoso para
lactentes de forma universal, em regiões com
alta prevalência de anemia ferropriva.
Zinco: O zinco é o segundo
micromineral mais abundante do
corpo humano. É primariamente
um íon intracelular que não está
envolvido nas reações de
óxido-redução, o que permite ser
transportado e utilizado de forma
rápida sem submeter o organismo
a ações oxidativas prejudiciais.
Fontes: Carnes bovina e de frango, peixe,
laticínios, camarão, ostras, fígado, grãos
integrais, castanhas, cereais, legumes e
tubérculos.
Benefícios: relacionado à regeneração óssea e muscular, ao
desenvolvimento ponderal e à maturação sexual, síntese
proteica, auxílio ao metabolismo de DNA, RNA,
carboidratos, lipídios e energético. Atuação enzimática,
atuando como componente da estrutura da enzima ou
através de ações regulatórias ou catalíticas no organismo.
necessário para a atividade de nucleoproteínas envolvidas
na expressão gênica, como as RNA-polimerases e da
timulina. Função regulatória, atuando na atividade
neuronal e memória, além de fator de crescimento.
Sua carência causa: Imunossupressão, com redução de linfócitos T,
timulina e da ação citolítica das células T e NK. Atraso no
crescimento, alterações neurossensoriais, anorexia, redução dos
níveis séricos de testosterona. Ainda, letargia, pele áspera e
espessa, dificuldade de cicatrização, retardo na velocidade de
crescimento e da maturação sexual e acrodermatite enteropática.
A deficiência de zinco afeta cerca de 30% das crianças e
adolescentes no Brasil, sendo desencadeada pela sua ingestão ou
biodisponibilidade inadequadas na dieta, o que ocorre com maior
frequência em dietas vegetarianas e na desnutrição
energéticoproteica.
O Departamento de Nutrologia da SBP
delineia que as recomendações diárias de
zinco são de 8 a 11 mg/dia, sendo a
alimentação balanceada fundamental para
promover o máximo crescimento durante o
período do estirão puberal.
vitamina K: Atua como cofator para a
carboxilação de resíduos específicos de ácido
glutâmico para formar o ácido gama
carboxiglutâmico, aminoácido presente nos
fatores de coagulação. A carboxilação da
vitamina K está envolvida, na homeostase,
metabolismo ósseo e crescimento celular.
Fontes: Vitamina K1: Vegetais verdes
folhosos, tomate, espinafre, couve-flor,
repolho e batata; Vitamina K2: sintetizada
pelas bactérias intestinais; Vitamina K3:
forma sintética
Benefícios: Cofator de formação da ácido gama
carboxiglutâmico, aminoácido presente nos
fatores de coagulação e que se apresenta ligado
ao cálcio, podendo regular a disposição do
elemento cálcio na matriz óssea como parte da
osteocalcina. Há evidências que seja importante
no desenvolvimento precoce do esqueleto e na
manutenção do osso maduro sadio.
Sua carência pode causar: Sangramentos,
dificuldade ou falta de coagulação sanguínea.
A concentração de vitamina K no leite humano é baixa,
independentemente da dieta materna, a SBP recomenda a
sua suplementação ao nascimento com de vitamina K, por
via intramuscular, a fim de prevenir a doença hemorrágica
do recém-nascido.