Cada vez mais as cidades apresentam-se como o centro da
organização da sociedade e da economia no mundo contemporâneo.
Alguns poucos centros urbanos concentram interesses corporativos
e neles se efetivam as diretrizes do espaço econômico global. Da
evolução da ideia de cidade, ao longo do tempo, derivaram diversos
conceitos fundamentais à sociedade contemporânea.
A noção grega de polis deu origem ao termo política, do
termo em latim civis, que designa cidade, provêm as palavras
cidadão, cidadania e civilização. Igualmente veio do latim a
palavra urbano, cujo significado transformou-se ao longo do
tempo, originalmente, urbanum designiava o arado, que, por
derivação de sentido, passou a designar a povoação, ou seja,
a ocupação do espaço demarcada pelo traçado do arado
(puxado por bois que, para essa cultura, eram animais
sagrados), delimitando o território do povo romano.
O mundo urbano atual
O mundo urbano da atualidade origina-se do processo de
industrialização de meados do século XVIII (18). Antes do
aparecimento e da difusão das fábricas, que se concentraram
inicialmente em grandes cidades europeias, prevalecia ainda o
modelo da cidade medieval, ou seja, poucos núcleos urbanos
que sediavam o poder político ou eram importantes mercados.
Com o processo de de industrialização, o campo, geralmente
independente e autossuficiente, subordinou sua produção às necessidades
da economia industrial e urbana. Hoje, as grande cidades enfrentam sérios
problemas. Enquanto o mundo se urbaniza, os desafios de formulação de
políticas públicas sustentáveis serão cada vez maiores, particularmente
nas cidades dos países em desenvolvimento, onde o ritimo da urbanização
é mais rápido.
Em 2025, entre as dez cidades mais populosas do mundo, somente
Tóquio e Nova York se localizarão em países desenvolvidos. Isso
significa que o crescimento das maiores cidades do mundo está
acontecendo nos países em desenvolvimento, onde acompanhar esse
crescimento requer grandes investimentos, nem sempre disponíveis.