-A princípio, a agricultura ocupava uma função complementar na
alimentação, sendo assim colocada como outra via de
sobrevivência paralela à caça e a busca de frutos ou plantas.
-Após a última glaciação, por volta de 10000 anos a.C., foi que as
alterações do clima foram dando maior espaço para o
desenvolvimento da técnica agrícola.
-Enquanto os homens saiam para caçar, as mulheres ficavam esperando,
geralmente comendo frutas. E ao cuspir as sementes no chão, com o
passar do tempo descobriram que as plantas germinavam e com isso
deixaram de ser nômades e passaram a cultivar.
-As primeiras tribos passaram a ser
comandadas por um patriarca.
Liderando a população tribal e
garantindo a organização das colheitas.
As colheitas eram preparadas com a
força de trabalho de todos os
indivíduos. A economia possuía um
caráter eminentemente subsistente,
impossibilitando o acúmulo de
excedentes.
PERÍODO NEOLITICO
IDADE ANTIGA
-A prática da agropecuária foi desenvolvida na proximidade de grandes
rios, notadamente o Tigre e Eufrates, além do Nilo, o Ganges e outros.
-Ocasionalmente, foram nessas localidades que surgiram as primeiras grandes
civilizações que se teve notícia, pois a prática da agricultura permitiu o
desenvolvimento do comércio graças à produção de excedente.
-As técnicas agrícolas desenvolvidas foram se tornando mais
complexas. O domínio sobre os períodos de chuva e estiagem,
as técnicas de irrigação e o invento do arado-semeador
aumentaram significativamente a produção agrícola. Com isso,
as populações aumentaram e as primeiras trocas comerciais
começaram a surgir a partir dos excedentes gerados pelas
melhores colheitas. Com isso, as primeiras diferenciações
sócio-econômicas surgiam no interior dessas sociedades.
IDADE MÉDIA
O período de mil anos entre a queda de
Roma, no século V, e o começo do
Renascimento no século XV, é conhecido
como a Idade Média.
-Os arados, as enxadas, as foices e outras ferramentas fabricadas com o ferro e o
aço provenientes dos novos fornos, combinados com o aumento da população rural
livre, provocaram um decisivo aumento da produção agropecuária. Desta forma,
puderam-se lavrar os solos pedregosos dos altos planaltos, os sopés das montanhas
e os terrenos puderam ser desflorestados. O aço das novas ferramentas da lavoura
acabava com todos os obstáculos.
-A sociedade medieval baseou a sua economia num
tipo de agricultura de subsistência bastante
primitiva face à produção agrícola moderna.
-A agricultura tornou-se mais produtiva, porque novas terras foram cultivadas e porque
houve uma melhoria nas técnicas de plantação e na variedade das safras. Pouco a
pouco as instituições de uma sociedade feudal levaram a uma economia de capital.
-Os trabalhadores e servos do campo começaram a ganhar pequenos salários. O
trabalho no feudalismo era exclusivo dos servos que não eram escravos,
-Na Idade Média a economia esteve praticamente
centrada na agricultura em que os feudos produziam
grande parte dos produtos que necessitavam de
consumir. -A Idade Média foi também responsável
por importantes avanços, sobretudo no que diz
respeito à produção agrícola: inventaram-se o moinho,
a charrua (um arado mais eficiente) e técnicas de
adubamento e rodízio de terras.
Nota:
-Umas das técnicas agrícolas surgidas na Idade Média consistia na alternância dos campos utilizados de forma a, garantir a recuperação da fertilidade das diferentes áreas de cultivo.
-A produção agrícola medieval foi deveras influênciada pelos mionhos de vento e água. Pois, tais elementos permitiam um acréscimo de produtividade agrícola não negligenciável, especialmente no que concerne à produção de farinhas o que em última análise poderia fazer a diferença entre o povo/servos passarem fome ou não.
-Um outro elemento/ferramenta que contribuiu de forma decisiva para o incremento da produtividade agrícola medieval foi a invenção do arado de ferro que permitiu pela primeira vez que, solos ditos "pesados" pudessem ser cultivados.
-O sistema medieval de produção agrícola baseava-se em duas faixas nas quais uma
era utilizada para o plantio de um cereal e na
outra faixa plantavam-se legumes da família das ervilhas ou dos feijões.
Porém, numa sociedade agrícola sem máquinas
(pré-industrializada), pouco instruída,
extremamente dependente do clima e das
vontades e desejos das classes sociais
dominantes (nobreza e o clero) a "fome" , a
"doença" e a "morte" escureciam o cenário da
Idade a que muitos designaram por "Idade das
Trevas".
IDADE MODERNA
-Os monges, em particular os beneditinos,
dedicaram-se com inventividade a seus campos,
drenando pântanos, elaborando novas técnicas e
plantando seus próprios cereais, pomares e
vinhedos. Além disso, copiaram e conservaram
muitos documentos antigos e contemporâneos sobre
a agricultura.
-A agricultura de Flandres, no final da Idade Média, deu um exemplo altamente expressivo
do que pode o esforço humano ante condições adversas. Os solos dessa região ou
eram arenosos ou eram argilosos, pesados, difíceis de trabalhar pelo arado e duros na
estação seca.
-Não obstante, desde o século XIV aboliu-se o sistema de rotação trienal em Flandres,
e as terras de pousio foram substituídas por pastos artificiais e culturas de nabos.
Os lavradores aplicavam toda espécie de adubo a seu alcance: a lama dos canais,
restos de comida, estrume de gado e sobretudo dejetos humanos adubo tão
representativo de Flandres quanto da China. Assim, no século XVII, às culturas de
verão (cereais ou linho) sucediam as culturas de inverno, constituídas
sobretudo de raízes, como o nabo e a cenoura.
-Enquanto a Europa central e a ocidental nem sequer vislumbravam um rompimento com
a tradição da rotação trienal, já a agricultura intensiva dos Países Baixos apresentava
um mosaico de campos de beterraba, linho, fumo, chicória, favas, feijão, batata,
entremeados de ricas pastagens para gado leiteiro.
-A decadência do sistema de rotação trienal da Idade Média teve como causa básica a
industrialização urbana, iniciada com a criação de manufaturas. A burguesia mercantil que nelas
se apoiava passou a adquirir madeira, lã e outros produtos do campo em quantidades cada
vez maiores. Os nobres interessaram-se em participar dos negócios explorando diretamente
as florestas, impedindo que os camponeses aí cortassem lenha e caçassem, e começaram a
tomar e a cercar os pastos.
-Na Inglaterra, onde o processo se evidenciou, a nobreza se interessou em vender lã às
manufaturas de Flandres e, mais tarde, à burguesia do próprio país. O fechamento dos
campos comuns, que deu origem na Inglaterra às chamadas enclosures, teve uma
evolução rápida: 121.500 hectares foram cercados de 1710 a 1760, e desse ano até 1840
cercaram-se aproximadamente 2.800.000ha. Com isso se consolidava o latifúndio, um
dos marcos no estabelecimento da agricultura moderna.
-Intensificando-se a exploração da terra, na Idade Moderna,
intensificaram-se também as preocupações científicas em relação
à vida das plantas e ao melhor aproveitamento do solo. Já em
meados do século XVI, o naturalista e ceramista francês Bernard
Palissy projetou-se como pioneiro da agronomia ao enfatizar que
os cuidados com o solo e a adubação eram essenciais à
racionalização dos cultivos. Em palestras e escritos que marcaram
época, Palissy procurou converter em leis o saber de ordem
prática que os lavradores detinham; assinalou por exemplo como
as cinzas da palha queimada restituíam à terra os sais que as
plantas tinham extraído para com eles nutrir seu crescimento.
Grande influência sobre o progresso agrícola teve também Olivier
des Serres, que substituiu em sua granja-modelo de Pradel os
métodos tradicionais de pousio pela adubação verde.
-Teorias como a dos "sucos próprios da terra", sustentada por
Jan Baptista van Helmont e Francis Bacon, segundo a qual o
nutriente mais importante das plantas era a água, foram
difundidas na mesma época.
IDADE CONTEMPORÂNEA
-O fenômeno historicamente conhecido como revolução industrial foi o
impulso que gerou a modernização da agricultura inglesa, a partir da
segunda metade do século XVIII. Ao mesmo tempo, deu em linhas gerais o
modelo de produtividade em constante fomento que seria o grande trunfo
do ocidente moderno e em etapas graduais se aplicaria às regiões mais
diversas. -Sob o aspecto do imediatismo da prática, a indústria nascente
influenciou a agricultura ao fornecer-lhe as primeiras máquinas realmente
eficazes. Sob o aspecto econômico, forneceu-lhe mercados urbanos em
expansão, não só pelo número maior de habitantes, mas também por seu
poder aquisitivo igualmente maior.
Nota:
O campo, com a introdução de novas máquinas, tornou-se mais dependente da cidade
-Na mesma época, outras inovações foram concebidas no próprio
meio rural, como a substituição do boi pelo cavalo na tração do
arado. -Em Norfolk fazia-se a correção dos solos arenosos com
argila e marga. A rotação de culturas usual era a quatro termos: nabo,
cevada, trevo e trigo, com variações. Na essência, faziam-se cultivos
sucessivos de cereais de inverno (sobretudo trigo, centeio ou
cevada), raízes (beterraba, nabo ou batata) e forragens (como o
trevo). Evitava-se que duas colheitas de cereais se sucedessem
imediatamente. Entre uma colheita e o plantio seguinte, o solo era
arroteado e adubado com esterco ou composto.
-Após a Revolução Industrial no mundo houve a entrada
dos maquinários e o avanço da tecnologia na agricultura,
possibilitando ter produções agrícolas em alta escala, pois
havia uma preocupação com o aumento da população no
mundo e como os alimentar. A tecnologia nos propiciou a
ter plantas com maior resistência aos fatores climáticos,
pragas, doenças e plantas com maior rentabilidade de
produção e diminuição de perdas. Hoje com a utilização de
tecnologia ela nos permite cultivar produtos praticamente o
ano todo, com a utilização de técnicas de cultivo protegido,
plantio direto e agricultura de precisão.
-A agricultura de precisão é uma técnica que vem se destacando no agronegócio, que é
a utilização de tecnologia e maquinários na agricultura, seja na adubação, plantio,
pulverização e colheita
-Hoje o Brasil é considerado o celeiro do agronegócio do mundo, sendo um dos maiores
exportadores de grãos do mundo, as perspectiva para daqui alguns anos é que o Brasil
seja responsável por abastecer o mercado alimentício do mundo, pois o Brasil possui
um grande território para cultivo e um clima favorável.
-Os benefícios que a tecnologia e a utilização de
maquinários trouxeram para o agronegócio foram muitos,
mas também houve conseqüências, pois com a entrada da
agricultura mecanizada, a demanda por mão-de-obra
diminui, pois uma máquina faz o trabalho de vários
homens, obrigando o trabalhador rural a se deslocar para
os centros urbanos.
Nota:
O que se observa ao longo dos anos é que quanto mais se moderniza o cultivo
mecânico na agricultura, a demanda por mão-de-obra é menos necessária para realizar
as atividades rurais. O êxodo rural aumenta a taxa de desemprego nas cidades,
aumenta o surgimento de favelas, ocasionando a falta de saneamento básico para a
população.