É descrever um objeto, uma pessoa, um lugar. Requer observação cuidadosa, para tornar o que vai
ser descrito em um modelo inconfundível, porém, não se trata de enumerar uma série de elementos,
mas transmitir sensações, sentimentos.
É criar o que não se vê, mas se percebe ou imagina; é não copiar friamente uma imagem, mas
deixá-la rica, pois o ser e o ambiente são aspectos importantíssimos na descrição.
Existem duas possibilidades de descrição:
a) Descrição objetiva:
Quando o objeto, o ser, a cena, são apresentadas no seu sentido real.
Exemplo: "Sua altura é 1,85m. Seu peso, 70Kg. Aparência atlética, ombros largos, pele bronzeada.
Moreno, olhos negros, cabelos negros e lisos".
b) Descrição subjetiva:
Quando há maior participação da emoção, ou seja, quando o objeto, o ser, a cena, a paisagem são
apresentados em sentido figurado.
Exemplo: "Nas ocasiões de aparato é que se podia tomar pulso ao homem. Não só as condecorações
gritavam-lhe no peito como uma couraça de grilos. Ateneu! Ateneu! Aristarco todo era um anúncio;
os gestos, calmos, soberanos, calmos, eram de um rei..." ("O Ateneu", Raul Pompéia)
Estrutura:
a) Introdução:
A perspectiva do observador focaliza o ser ou objeto e distingue seus aspectos gerais.
b)Desenvolvimento:
Capta os elementos numa ordem coerente com a disposição em que eles se encontram no espaço,
caracterizando-os objetiva e subjetivamente, física e psicologicamente.
c)Conclusão:
Não há um procedimento específico para conclusão. Considera-se concluído o texto quando se
completa a caracterização.
Características:
a) Presença de Substantivos e Adjetivos.
b) Frases curtas dão um tom de rapidez ao texto.
c) Sensibilidade para combinar e transmitir sensações física (cores, formas, sons, gestos, odores)
e psicológicas (impressões subjetivas, comportamentos).
d) Verbos de estado .
e) Linguagem metafórica .
b) Narração:
Narrar é relatar fatos e acontecimentos, reais ou fictícios, vividos por indivíduos, envolvendo ação e
movimento.
Estrutura:
a) Introdução:
Apresenta as personagens, localizando-as no tempo e no espaço.
b) Desenvolvimento:
Através das ações das personagens, constrói-se a trama e o suspense que culmina no clímax.
c) Conclusão:
Existem várias maneiras de se concluir uma narração, por exemplo, esclarecer a trama.
Características:
a) Verbos de ação, discursos direto, indireto e indireto livre.
Obs.: Tipos de Discursos:
a) Discurso Direto
As principais características do discurso direto são: a utilização dos sinais gráficos travessão,
exclamação, interrogação, dois pontos, aspas; bem como dos verbos da categoria "dicendi", ou seja,
aqueles que têm relação com o "dizer", chamados de "verbos de elocução", a saber: falar, responder,
perguntar, indagar, declarar, exclamar, dentre outros.
Isso ocorre porque no discurso direto a reprodução da fala das personagens é feita fielmente e sem
interferência do narrador.
b)Discurso Indireto
No discurso Indireto o narrador da história interfere na fala do personagem donde profere suas
palavras. Aqui não encontramos as próprias palavras da personagem e, por isso, o discurso é
narrado em terceira pessoa.
Algumas vezes são utilizadas os verbos de elocução, por exemplo: falar, responder, perguntar,
indagar, declarar, exclamar, contudo não há utilização do travessão.
c)Discurso Indireto Livre
O discurso indireto livre é narrado em terceira pessoa donde há uma fusão dos tipos de discurso
(direto e indireto), ou seja, há intervenções do narrador bem como da fala das personagens
entretanto, sem a utilização do sinal gráfico travessão.
b) Imaginação para compor uma história cativante que entretenha o leitor, provocando
expectativa. Pode ser romântica, dramática ou humorística.
c) A narrativa deve tentar elucidar os acontecimentos, respondendo às seguintes perguntas
essenciais:
O QUÊ? - o(s) fato(s) que determina(m) a história;
QUEM? - a personagem ou personagens;
COMO? - o enredo, o modo como se tecem os fatos;
ONDE? - o lugar ou lugares da ocorrência;
QUANDO? - o momento ou momentos em que se passam os fatos;
POR QUÊ? - a causa do acontecimento.
c) Argumentação:
Nota:
Dissertação-Argumentação
Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. Caracteriza-se pela progressão lógica de ideias. Geralmente utiliza linguagem denotativa. É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e revistas.
Textos argumentativos são aqueles que tentam agir sobre o receptor. Ou seja, além de informar
algo, num texto argumentativo, o autor busca convencer o leitor, fazê-lo crer na informação
veiculada ou induzi-lo a agir de uma certa forma.
A palavra-chave para definir um texto argumentativo é a persuasão.
Contudo, o ato de persuadir pode tomar muitas faces, uma vez que cada receptor está mais
propenso a aceitar argumentos de um tipo ou de outro.
Da mesma forma, os recursos linguísticos usados com o objetivo de convencer vão ser inúmeros.
Argumentos podem se fundamentar, por exemplo:
Na autoridade
Quando o emissor cita autores ou personalidades que contam com notório saber em alguma área.
No consenso
Quando certas proposições são consideradas e aceitas como verdadeiras.
Na lógica
Em que relações de causa e efeito são levadas em conta.
Em evidências
Sendo que provas concretas constituem uma das mais eficazes formas de persuasão
d) Injução:
Os textos injuntivos, são aqueles que indicam procedimentos a serem realizados.
Nesses textos, as frases, geralmente, estão no modo imperativo.
É o tipo de texto que leva o leitor a mais que uma simples informação. Instrui o leitor! Não é o texto
que argumenta, que narra, que debate, mas que leva o leitor a determinada orientação
transformadora.
O texto injuntivo-instrucional pode ter o poder de transformar o comportamento do leitor.