Luto e o cuidado em saúde

O Luto é um processo complexo associado à perdas e inerente a existência humana.
1. Todos os sujeitos são suscetíveis, inclusive os profissionais que prestam cuidados
  1. Pessoa que recebe um diagnóstico doença crônica, limitadora de vida ou terminal
  2. Pessoa que perde alguém ou algo de muito valor pessoal, seja por separação, morte ou qualquer interrupção de vínculo
  3. Familiares, amigos e profissionais que convivem com sujeitos que receberam diagnóstico de doença crônica, terminal e/ou que carrega estigmas sociais.
    1. Doenças como, por exemplo o câncer, a infecção pelo HIV, a esclerose lateral amiotrófica (ELA).
2. O luto normal inclui 5 estágios que devem ser conhecidos por todos os profissionais de saúde. Cada sujeito possui uma maneira de passar pelos estágios, mas estes ajudam a delinear o luto normal e o luto patológico/complicado.
  1. Segundo Parkes (apud Onari, 2011:3) o luto patológico pode ser agrupado em:
    1. Luto crônico: prolongamento indefinido do luto
    2. Luto inibido: ausência dos sintomas do luto normal
    3. Luto adiado: sem reações imediatas à morte, apresentando mais tarde sintomas de luto distorcido
    4. Luto não reconhecido: ídolos, amantes e aborto
3. O ciclo da vida inclui perdas e é esperado que estas perdas afetem a vida dos sujeitos
A formação dos profissionais em saúde é apontado como um dos pilares fundamentais para diminuição do sofrimento vivenciados pelos sujeitos
1. Profissionais com amparo teórico-técnico têm maior domínio sobre as ferramentas para abordagem e enfrentamento do luto.
2. Existe maior resiliência frente aos desafios e melhor manejo emocional no cotidiano de trabalho associados ao morte, morrer e o luto.
3. Intervenções profissionais ao sujeito e família se tornam mais resolutivas, embasadas teoricamente, são facilitados
4. Oferecer suporte psicossocial e/ou indicar serviços em que os sujeitos e familiares podem obter esse auxilio é importante!
  1. Os serviços que podem ser acionados para apoio ao enlutamento podem ser:
    1. Referências:
      1. Marques, Camila Aparecida; Busato, Manuela; Rodrigues, Natália Domingos. Luto e profissionais da saúde [recurso eletrônico].Curitiba: Laboratório de Psicopatologia Fundamental UFPR, 2020. Acesso em 26/05/2021. Disponível em: https://ufprvirtual.ufpr.br/pluginfile.php/636331/mod_resource/content/1/Luto_e_Profissionais_da_Saude.pdf
      2. Onari, Pedro. O luto na Estratégia Saúde da Família. Especialização em Saúde da Família. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo, 2011. Acesso em 26/05/2021. Disponível em: https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/casos_complexos/Samuel/Complexo_07_Samuel_Luto.pdf
      3. Hospital de Clínicas de Porto Alegre. 3.3 Luto. TelePsi COVID-19. Porto Alegre: Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 2020. Acesso em 26/05/2021. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=vLEqTaO0lCk.
O Hospital de Clinicas de Porto Alegre reforça os dados aqui apontados e agrega informações ao debate

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