A nitroglicerina é um vasodilatador muito utilizado nos quadros agudos
de descompensação de doença coronariana, insuficiência cardíaca e no
edema de agudo pulmonar.
Mecanismo de ação: a nitroglicerina é convertido em óxido nítrico (NO), o que
estimula a produção de GMP cíclico, levando a um relaxamento da musculatura
lisa vascular. Causa venodilatação sistêmica, com redução da pré-carga.
Contra-indicações: alergia a nitroglicerina ou aos componentes da fórmula.
Uso recente de inibidor de fosfodiesterase V, como sildenafil (< 24hs); ou uso
de ergotamínicos. Evitar o uso em pacientes com tamponamento cardíaco,
cardiomiopatia restritiva ou pericardite constritiva, já que o débito cardíaco é
dependente do retorno venoso. Evitar em glaucoma de ângulo fechado.
Este medicamento apresenta ação rápida além de permitir um ajuste
controlado da dose ao ser administrado na veia, ou seja, a dose é ajustada de
acordo com a resposta clínica que o paciente apresentar garantindo maior
segurança de uso em casos de reações adversas. Por isso, o medicamento é
administrado em hospitais para que o profissional de saúde possa monitorar
os sinais vitais (pressão arterial, frequência cardíaca) e tratar uma situação
de emergência caso ela ocorra.
As infusões de nitroglicerina somente devem ser administradas
através de uma bomba que possa manter uma velocidade
controlada de infusão.
Os efeitos nocivos da nitroglicerina podem ser caracterizados
por manifestações sistêmicas, inclusive o aumento da pressão
intracraniana seguida de cefaleia persistente, tonturas e febre
moderada, vertigem, palpitação, distúrbios visuais, náusea e
vômitos (possivelmente com cólica e até mesmo diarreia
sanguinolenta); síncope (especificamente na postura ereta);
falta de ar e dispneia, posteriormente seguida de menor
esforço ventilatório; diaforese com pele ruborizada ou fria e
pegajosa; bloqueio cardíaco e bradicardia, paralisia, coma,
desmaios e óbito.