Os catadores de resíduos e a responsabilidade socioambiental: A percepção sobre seu lugar social
Descripción
Enfermagem Mapa Mental sobre Os catadores de resíduos e a responsabilidade socioambiental: A percepção sobre seu lugar social, creado por Vanessa André el 12/07/2021.
Os catadores de resíduos e a
responsabilidade socioambiental:
A percepção sobre seu lugar social
O trabalho do lixeiro
* Surgiu na França - séc XIX *
Passou a receber remuneração
e cuidados próprios - 1846 *
Essa atividade passou a se
concentrar nos moradores de
rua, mendigos e até
trabalhadores desempregados,
como meio de complementar
sua sobrevivência.
Processo Industrial
* Agravou o problema dos resíduos sólidos
* Sociedade do consumo - séc XX
Lixo
25 a 30% é reciclável,
65 a 70% são materiais
biodegradáveis e 5%
de rejeitos
Consequências do
esgotamento de
espaço para aterros
* Contaminação dos lençóis freáticos
* Poluição do ar, mares *
Periculosidade de enfermidades, etc
Lixo no
Brasil
* Apenas 1/3 dos municípios apresentam
uma coleta convencional em 100% da cidade
* De 2,9 milhões de resíduos gerados em um
ano apenas 600 mil toneladas são tratadas *
Apenas 2% do lixo produzido passa por
seleção antes do seu destino final - IBGE
Os catadores e a cultura do lixo
* Redes formais: Setor
público e empresas privadas
* Semi-informais:
Organizações formais e
associações independentes *
Informais: Catadores
individuais
Série de lógicas que
estruturam o trabalho:
Associação, cooperação,
competição (desde que o lixo
passa a ser compreendido
como mercadoria),
hierarquia e reputação
Tipos de catadores: De usina ou
aterro sanitário (selecionam o lixo da
coleta urbana), de rua ou predatório
de rua (antecipam a coleta e espalham
o que não interessa), cooperado ou
não (são mais disciplinados) e
carroceiros (além de atividade de
frete recolhem recicláveis)
As formas associativas
e as construções de
redes de solidariedade
Ordem do aproveitamento e
transformação em mercadorias:
Catador de lixo, donos de
caminhões, sucateiros,
atravessadores e indústrias
ASMARE: Incluiu a formação de uma rede com
empresas privadas, organizações públicas e
associações do terceiro setor, o que possibilitou aos
associados alfabetização, restaurante, espaço
cultural e equipamentos para diminuir os riscos
21 catadores de lixo entrevistados
Perfil do catador
19,05% sempre estiveram desempregados;
80,95% já tiveram experiências no mercado
(comércio, indústrias e serviços); 57%
viraram catadores por conta do
desemprego; 14% foram indicados por
alguém que já era catador; 10% tem de 10 a
25 anos; 38% tem de 41 a 55 anos; 43% tem
de 26 a 40 anos; 71% do sexo masculino e
29% do sexo feminino
Remuneração da
atividade dos catadores
10% ganham até um salário
mínimo; 52% ganham entre um
e dois salários mínimos; 33%
ganham entre três e cinco
salários mínimos; 5% ganham
acima de cinco salários mínimos
Contam com a ajuda de alguém
14,29% trabalham com a ajuda dos
filhos; 14,29% trabalham com a
ajuda da esposa/marido; 19,05%
trabalham com a ajuda de familiares;
33,33% trabalham com a ajuda de
amigos; 19,05% trabalham sozinhos
Tempo de serviço
10% atuam a menos de seis mês;
10% atuam de seis meses a um ano;
57% atuam de um a cinco anos;
24% atuam a mais de cinco anos
Volume de lixo coletado por mês
24% coletam de 100 a 500kg;
48% coletam de 500 a 1000kg;
24% coletam de 1000 a 5000kg;
5% coletam acima de 5000kg
Relação com a sociedade
* 43% dos catadores afirmam que
são valorizados pela sociedade
porque as pessoas reconhecem que
seu trabalho ajuda o meio ambiente;
* 57% dos catadores afirmam que
não são valorizados porque eles os
associam a pessoas sujas, e existe
muito preconceito, deboche e
humilhação
Em relação aos perigos
nessa atividade
48% afirmam que não há qualquer perigo neste trabalho;
52% afirmam que há muitos perigos, como: cortes com
vidros, alumínio, entre outros, pegar doenças, ser
roubados, atropelados ou atacados por animais
Relação com as empresas
Todos os catadores disseram que nem
as empresas que entregam e nem as que
recolhem o lixo dão algum tipo de apoio
a eles, seja financeiro, de treinamento
ou equipamentos de proteção
Se pretendem continuar nesta atividade
52% disseram que sim porque
melhoraram de vida e pretendem crescer
e comprar equipamentos e 48% disseram
que não porque pioraram suas condições
de trabalho e que quando surgir
oportunidades pretendem mudar