TUTORIAL 10: ALTERAÇÕES DO NIVEL DE CONSCIENCIA

CAUSAS
1. ESTRUTURAIS
  1. Massas intracranianas, Acidente vascular, hemorragias
2. METABÓLICAS
  1. Hipoglicemia, hiperglicemia, sepse, intoxicão, overdose
FISIOPATOLOGIA
1. Lesões no SARA ou no córtex bilateral
ABORDAGEM INICIAL
1. medidas visam manter a viabilidade do tecido nervoso, enquanto procede-se à investigação clínica e laboratorial da causa do coma
  1. tecido nervoso depende, para sua sobrevivência, de três substratos: oxigênio, glicose e co-fatores
2. Avalie a possibilidade de traumatismo, dispa o paciente completamente e verifique sinais vitais
3. Assegure a oxigenação
4. Verifique a circulação e obtenha acesso venoso
5. Colha exames laboratoriais e faça eletrocar-diograma (ECG)
6. Dê tiamina (vitamina B1)
  1. Na suspeita de alcoolismo e desnutrição, ou na ausência de informações, é obrigatório o uso de tiamina
    1. necessidade de se tratar ou prevenir uma encefalopatia de Wernicke
7. Dê glicose hipertônica
8. Considere antídotos
9. Trate convulsões
10. Mantenha o equilíbrio acidobásico e hidroeletrolítico
11. Diminua a pressão intracraniana
CONSCIÊNCIA
1. representa um estado de perfeito conhecimento de si próprio e do ambiente
COMA
1. representa uma situação clínica de diminuição extrema do nível de consciência
CONCEITOS - NIVEIS
1. ALERTA
  1. acordado e consciente, responde adequadamente as perguntas da conversa
2. OBNUBILAÇÃO
  1. sonolento e dificil de despertar, lento para responder e retorna a dormir rapidamente
3. SONOLENTO
  1. sonolento, mas facilmente despertado fala e responde devagar
4. TORPOR
  1. desperta por meio de estimulos dolorosos, sem resposta verbal, nao se apresenta totalmente acordado
5. COMA
  1. nenhuma resposta a estimulos dolorosos, sem reflexos ou tonus muscular
ESCALA DE COMA DE GLASGOW
1. PARAMETROS
  1. ABERTURA OCULAR - 4
  2. RESPOSTA VERBAL - 5
  3. RESPOSTA MOTORA - 6
  4. REFLEXO PUPILAR - 0 -1 -2
RITMO RESPIRATORIO
1. valor relativo
2. Apnéia pós-hiperventilação
  1. testada pedindo-se ao paciente para realizar cinco respirações profundas (levando à queda da pCO2) e observando se o paciente demora (até 30 segundos) para reiniciar a respiração
3. Ritmo de Cheyne-Stokes
  1. respiração em que períodos de apnéia se alternam com períodos de hiperventilação de amplitude inicialmente crescente e posteriormente decrescente
4. Hiperventilação neurogênica central
  1. Consiste de hiperventilação mantida, levando a pH alcalino, pCO2 baixa e pO2 alta.
5. Respiração apnêustica
  1. Consiste em períodos de inspiração rápida com parada respiratória em inspiração profunda
6. Respiração periódica de ciclo curto
  1. duas respirações com amplitude respiratória aumentada, seguidas por duas a quatro rápidas e, então, uma ou duas com amplitude decrescente
7. Respiração atáxica
  1. Ritmo completamente irregular, alternando períodos de apnéia com respirações superficiais e profundas.
8. Apnéia
  1. Indica falência dos mecanismos de respiração situados no bulbo
MOVIMENTAÇÃO OCULAR EXTRÍNSECA (MOE)
1. A análise pode indicar níveis de disfunção em vários pontos sistema nervoso
  1. Observação dos movimentos oculares espontâneos
  2. Manobra dos olhos de boneca
  3. Manobra oculovestibular
ETIOLOGIA
1. COMPARTIMENTO SUPRATENTORIAL
  1. inclui as estruturas situadas acima da tenda do cerebelo, ou seja, o diencéfalo e o telencéfalo.
    1. Lesões Destrutivas Subcorticais e Rinencefálicas Infarto talâmico
2. COMPARTIMENTO INFRATENTORIAL
  1. inclui as estruturas situadas abaixo da tenda do cerebelo, ou seja, o tronco encefálico e o cerebelo.
    1. Lesões Isquêmicas ou Destrutivas
      1. Hemorragia pontina
    2. Lesões Compressivas
      1. Hemorragia cerebelar

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