LOCAIS DE INFECÇÃO:
Pele, sistema nervoso
periférico, vias aéreas
superiores, olhos e
testiculos.
TRANSMISSÃO: Incerta.
Propaga-se
provavelmente de
pessoa para pessoa por
meio de gotfículas
respiratórias.
ASPECTOS
DEMOGRÁFICO:
Países em
desenvolvimento.
PATOGÊNESE: O microorganismo é capaz de invadir e se
multiplicar nos nervos periféricos e de infectar e de
soobreviver nas celulas endoteliais e fagocíticas de
muitos orgãos
EPIDEMIOLOGIA: Incidência: 10 A 20 anos de idade.
Prevalência: 30 a 50 anos, suscetibilidade nos
africanos negros.
CLASSIFICAÇÕES: Para os casos diagnosticados,
deve-se utilizar a classificação operacional de
caso de hanseníase proposta pela OMS, visando
definir o esquema de tratamento com
poliquimioterapia, e que se baseia no número de
lesões cutâneas de acordo com os seguintes
critérios: Paucibacilar (PB): casos com até cinco
lesões de pele. Multibacilar (MB): casos com
mais de cinco lesões de pele.
PAUCIBACILAR (PB): Hanseníase indeterminada: Estágio
inicial da doença, com um número de até cinco manchas
de contornos mal definidos e sem comprometimento
neural. Tuberculóide: Manchas ou placas de até cinco
lesões, bem definidas, com um nervo comprometido.
Podendo ocorrer neurite (inflamação do nervo).
MULTIBACILAR (MB): Hanseníase dimorfa: Manchas e placas, acima de cinco lesões,
com bordos às vezes bem ou pouco definidos, com comprometimento de dois ou
mais nervos, e ocorrência de quadros reacionais com maior frequência.
Virchowiana: Forma mais disseminada da doença. Há dificuldade para separar a
pele normal da danificada, podendo comprometer nariz, rins e órgãos
reprodutivos masculinos. Pode haver a ocorrência de neurite e eritema nodoso
(nódulos dolorosos) na pele.
O Ministério da Saúde do Brasil definiu como caso de hanseníase o
indivíduo que apresente um ou mais dos seguintes sinais cardinais e
que necessita de tratamento poliquimioterápico: lesão(ões) e/ou
área(s) da pele com alteração da sensibilidade térmica e/ ou dolorosa
e/ou tátil; ou espessamento de nervo periférico, associado a
alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas; ou presença de
bacilos M. leprae, confirmada na baciloscopia de esfregaço
intradérmico ou na biópsia de pele.
DIAGNÓSTICO: Clínico e epidemiológico, realizado por meio da anamnese,
exame geral e dermato-neurólogico para identificar lesões ou áreas da pele
com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos,
com alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas. : Manchas pálidas
(hipocrômicas) ou avermelhadas na pele; Sensação de formigamento em mãos
e pés; Dor ou sensibilidade na topografia dos nervos periféricos; Aumento do
volume facial ou dos lóbulos da orelha; Feridas indolores em mãos e pés.
TRATAMENTO: Paucibacilar - em que existem até 5 lesões na
pele: Rifampicina: 2 doses de 300 mg em um mês Dapsona: 1
dose mensal de 100 mg + dose diária 6 meses Multibacilar -
em que existem mais de 5 lesões na pele, podendo também
haver sinais e sintomas mais sistêmicos Rifampicina: 2 doses
de 300 mg em um mês Clofazimina: 1 dose mensal de 300 mg
+ dose diária de 50 mg Dapsona: 1 dose mensal de 100 mg +
dose diária 1 ano ou mais. Pessoas com lesões únicas sem
comprometimento do nervo e que não podem tomar Dapsona
podem tomar a combinação de Rifampicina, Minociclina e
Ofloxacina nos centros de tratamento específicos.
PROFILAXIA: Como medida de profilaxia, está indicado o exame de todos os contatos intradomiciliares
de casos novos de hanseníase e a vacinação com BCG de todos os contatos sem qualquer
dependência do fato de apresentarem cicatriz vacinal
LESHIMANIOSE TEGUMENTAR
AMERICANA
ETIOLOGIA: A doença é causada por protozoários do gênero
Leishmania. No Brasil, há sete espécies de leishmanias
envolvidas na ocorrência de casos de LT. As mais
importantes são: Leishmania (Leishmania) amazonensis, L.
(Viannia) guyanensis e L.(V.) braziliensis.
TRANSMISSÃO: A doença é transmitida ao ser humano pela picada
das fêmeas de flebotomíneos (espécie de mosca) infectadas. Os
insetos pertencentes à ordem Diptera, família Psychodidae,
subfamília Phlebotominae, gênero Lutzomyia, conhecidos
popularmente, dependendo da localização geográfica, como
mosquito palha, tatuquira e birigui, são os principais vetores da
Leishmaniose Tegumentar.
ASPECTOS
DEMOGRÁFICO:Todos os
continentes, exceto na
australia. Regiões
tropicais, subtropicaise
Europa meridional. Areas
rurais e urbanas.
LOCAIS DE INFECÇÃO: São mais acometidas as cavidades
nasais, faringe, laringe e cavidade oral. As queixas mais
comuns no acometimento nasal são obstrução, epistaxes,
rinorréia e crostas; da faringe, odinofagia; da laringe,
rouquidão e tosse; da cavidade oral, ferida na boca.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO. ÃO: No
homem, o período de incubação,
tempo que os sintomas começam
a aparecer desde a infecção, é
de, em média, 2 a 3 meses,
podendo apresentar períodos
mais curtos, de 2 semanas, e
mais longos, de 2 anos.
EPIDEMIOLOGIA: A LTA constitui um
problema de saúde pública em 85 países,
distribuídos em quatro continentes
(Américas, Europa, África e Ásia), com
registro anual de 0,7 a 1,3 milhão de casos
novos. No Brasil, a LTA apresenta grande
crescimento em todas as regiões do Brasil,
tanto no número de casos como em
disposição geográfica, observando-se surtos
epidêmicos, na maioria das vezes
relacionados ao processo predatório de
ocupação das matas. As regiões norte e
centro-oeste concentram o maior número
de casos seguidas das regiões sudeste e
nordeste. No Sul, o estado do Para
PREVENÇÃO: População humana:
adotar medidas de proteção
individual, como usar repelentes e
evitar a exposição nos horários de
atividades do vetor (crepúsculo e
noite) em ambientes onde este
habitualmente possa ser
encontrado; Vetor: manejo
ambiental, por meio da limpeza de
quintais e terrenos, para evitar o
estabelecimento de criadouros
para larvas do vetor; Atividades de
educação em saúde: devem ser
inseridas em todos os serviços que
desenvolvam as ações de vigilância
e controle da LT, com o
envolvimento efetivo das equipes
multiprofissionais e
multinstitucionais, para um
trabalho articulado nas diferentes
unidades de prestação de serviços.
DIAGNÓSTICO CLINICO: O diagnóstico clínico-epidemiológico é presuntivo. Na
circunstância de lesões típicas de leishmaniose, o mesmo pode ser exercido
especificamente se o paciente procede de áreas endêmicas ou esteve presente
em lugares onde há casos de leishmaniose e, eventualmente, pela resposta
terapêutica do paciente.
DIAGNOSTICO LABORATORIAL: O diagnóstico laboratorial da LTA é
confirmado, com encontro do parasito, pela pesquisa direta por
aposição de tecido em lâmina, cultura em meio específico e
inoculação em hamster, além de exame histopatológico e reação
em cadeia de polimerase (PCR). Exames imunológicos, como
intradermorreação de Montenegro (IDRM) e imunofluorescência
indireta, são métodos indiretos que também ajudam na definição
diagnóstica.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: com outras doenças sempre deve ser
visto, principalmente, com sífilis, hanseníase, tuberculose,
micobacterioses atípicas, histoplasmose, granuloma facial de linha
média, lúpus eritematoso discoide, psoríase, infiltrado linfocítico de
Jessner, vasculites, carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular,
histiocitoma, linfoma cutâneo, outros tumores, etc.
CASO DESCARTADO: Quando o caso se
apresentar suspeito, mas o diagnóstico
laboratorial apresentar-se negativo, ou caso
seja suspeito, mas o diagnóstico laboratorial
seja positivo para outro tipo de patologia.
Considerar que os casos descartados deverão
ser investigados tendo em conta outras
possibilidades diagnósticas. Vide diagnostico
diferencial.
TRATAMENTO: A droga de primeira escolha para
tratamento de lesões cutâneas e/ou mucosas é o
antimoniato de N-metilglucamina, em frascos de 5
ml com 81mg de antimônio por cada ml. Prescrever
cuidados locais de acordo com o aspecto da lesão.
Se não houver cicatrização completa em até 12
semanas após o término do primeiro esquema de
tratamento, repetir o esquema apenas uma vez, por
30 dias. Em caso de não resposta, encaminhar o
paciente para o serviço de referência.
CLASSIFICAÇÃO: A leishmaniose
tegumentar americana (LTA)
pode apresentar as seguintes
formas clínicas:
CUTÂNEA (LC) caracterizada por uma
pápula eritematosa que evolui para uma
úlcera geralmente indolor, que aparece no
local da picada do vetor;
a DISSEMINADA (LD), caracterizada pelo
aparecimento de múltiplas lesões papulares e
de aparência acneiforme que acometem
vários segmentos corporais, envolvendo com
frequência a face e o tronco;
a MUCOSA (LM), que é uma lesão secundária que atinge principalmente a
orofaringe, com comprometimento do septo cartilaginoso e demais áreas
associadas;
e a forma CLINICA DIFUSA (LCD), que inicia de maneira
insidiosa, com lesão única e má resposta ao tratamento,
evoluindo de forma lenta com formação de placas e múltiplas
nodulações não ulceradas recobrindo grandes extensões
cutâneas.(4)
PATOGÊNIA: A ação patogênica
do parasito está relacionada
com a destruição celular
provocada pela reprodução das
formas amastigotas. Na fase
inicial da doença, a multiplicação
do protozoário nas
proximidades do ponto de
inoculação provoca uma reação
inflamatória caracterizada pela
formação de um pequeno
nódulo
Leishmaniose cutânea: duas a
três semanas após a picada pelo
flebótomo aparece uma
pequena pápula (elevação da
pele) avermelhada que vai
aumentando de tamanho até
formar uma ferida recoberta
por crosta ou secreção
purulenta. A doença também
pode se manifestar como
lesões inflamatórias nas
mucosas do nariz ou da boca.Os
sintomas da Leishmaniose
Tegumentar (LT) são lesões na
pele e/ou mucosas. As lesões de
pele podem ser única,
múltiplas, disseminada ou
difusa. Elas apresentam aspecto
de úlceras, com bordas
elevadas e fundo granuloso,
geralmente indolor. As lesões
mucosas são mais frequentes
no nariz, boca e garganta.
Quando atingem o nariz, podem
ocorrer: entupimentos;
sangramentos; coriza;
aparecimento de crostas;
feridas. Na garganta, os
sintomas são: dor ao engolir;
rouquidão; tosse.
HANSENÍASE E LTA: ambas podem afetar o tecido
submucoso, provocar resposta granulomatosa
crônica e epidemiológicamente acometer
populações vulnerávenotificações compulsória.is
e são de notificação omplusória. Tanto os bacilos
de Hansen quanto os protozoários do gênero
Leishmania , ao entrarem noorganismo, são
fagocitados por macrófagos.