Respeito à ciências, o conceito de cultura sempre foi um alvo de
discussões. Com o advento do Iluminismo, tornou-se uma das
questões mais importantes para os pensadores da época, que
adotaram uma perspectiva que considerava a racionalidade, a
autonomia e a liberdade como partes inerentes a essência do ser
humano.
A vinculação do Conselho de Cultura com o conceito de civilização
ganha recordes mais científicos, apartir do século XIX, com o
estabelecimento da Antropologia comi uma ciência autônoma. A
partir do século XIX o conjunto de formações foi sistematizado
com rigor científico analisado a Antropologia como ciência
autônoma. A questão central para os antropólogos era entender
os homens da história humana, o material utilizado nessa
empreitada foi oriundo dos vastos registros acumulados desde o
período das grandes navegações.
Nessa época, a perspectiva mais aceita pelos intelectuals mais
respeitados no circulo antropológico era a de que toda a
humanidade compartilhava de uma mesma linha evolutiva que se
iniciava nas sociedades consideradas mais "primitivas" e tinha seu
ápice naquelas consideradas "civilizadas", como a europeia, tendo
como principais representantes como o Lewis Henry Morgan, o
inglês Edward Burnett Tylor e o escocês James George Frazer
A noção de Cultura, entre os intelectuais aristocratas franceses
estava ligada ao cultivo de alguma faculdade específica, como o
intelecto, artes, etiqueta social. A cultura era considerada um
atributo individual, ligada as realizações materiais de um povo.
Essa visão de Cultura defendida pelos franceses, elite intelectual e
aristocrática alemã do século XIX, propunha uma concepção de
cultura mais particularista. Cultura seria um atributo ligado à
especificidade de um grupo ou povo, algo que o diferencia dos
demais.
A definição proposta por Taylor possui duas características
marcantes que merecem destaque: consideração de cultura e
civilização civilização como sinônimos e o autor considerar os
traços como sendo atributos exclusivos dos seres humanos
enquanto membros da sociedade, quer dizer que a cultura não é
uma característica biológica do ser humano ou seja ela surge na
vida coletiva em sociedade
Morgan apresentou uma divisão em três grandes etapas de
evolução das sociedades, começando pela selvageria, seguida
da barbárie e atingindo o último grau do progresso a civilização
SELVAGERIA: contempla a época entre os seres humanos
aprenderam a caçar, dominar o fogo EA criação de instrumentos
de caça.
BARBÁRIE: é a fase de desenvolvimento na qual os povos
dominaram a arte da cerâmica, a domesticação de animais,
criação da agricultura, fundição de metais e uso de ferramentas
advindas dessas técnicas.
CIVILIZAÇÃO: é marcada pela invenção do alfabeto fonético e o
uso da escrita, estendendo-se até os dias atuais
A perspectiva doa antropólogos de gabi e, desenvolvimento da
humanidade seria como olhar para o passado das sociedades
mais avançadas. O povo considerado "atrasado" como uma
espécie de museu, com uma visão que os infantilizava.
Defender uma teoria que colocava todas as sociedades
humanas em uma mesma escala desenvolvimento teve como
consequência a crença de que o avanço ou não dos povos e
resume ao seu grau de comprometimento com o progresso de
suas instituições sociais, políticas, culturais e tecnológicas. É
como se a sociedades consideradas "selvagens" não tivessem se
esforçado o suficiente para tornar-se civilizadas. Outra
conclusão retirada do pensamento evolucionista foi a de que se
todos os povos seguiram as mesmas etapas de
desenvolvimento, caberia aquele civilizados a tarefa de guiar os
mais "atrasados".
Essa visão beneficiou sobre todos os europeus e
estadunidenses, comentando uma atitude etnocêntrica em
relação aos demais povos. De certa forma todos nós já fomos
etnocentricos, em uma postura em que cada grupo acredita ser
o detentor da Verdade encontro aquilo que é diferente é errado.
Essas teorias sofreram duras críticas e refutações posteriores,
sendo consideradas um capitulo polêmico do desenvolvimento
das Ciências Sociais, em especial, da Antropologia. Mesmo que a
perspectiva de uma evolução única da cultura tenha sido
superada, Morgan, Tylor e Frazer foram pioneiros em seus
estudos, não podendo ser omitidos seus papéis na
institucionalização da Antropologia como uma ciência
autônoma.