PENSAMENTO FRANCÊS -
Alícia Beatriz, Janne Vytoria,
João Pedro, Laís Fagundes e
Vitória de Almeida
França - Século XX
Referência filosófica
Inenquadráveis
Paul Ricoeur (1913-2005)
Hermenêutica em oposição ao
estruturalismo
A interpretação como foco
em contextos de simbolismo
e duplo sentido
"Via longa" da hermenêutica: filosofia
realizada juntamente com conceitos
provenientes da interpretação,
teologia, psicanálise e da crítica
literária
Conflito das interpretações
A natureza da narrativa
A natureza do discurso religioso
A natureza da metáfora
"[...] há significado da
existência."
Fenomenologia e
Hermenêutica
"O problema do mal"
A falibilidade humana
Atos maus como
resultado da má
utilização de nossa
vontade e liberdade
Há responsabilidade pelos
atos
Há a possibilidade do mal
atrelada a constituição frágil e
natureza limitada do ser
humano
Mas ainda é distante da
realização/concretização do
mal
A desproporção entre
infinitude da
racionalidade e finitude da
vida corpórea exige uma
mediação do homem em
si
A simbologia do
mal
O símbolo chama a
interpretação
A palavra, o discurso e a
metáfora
O uso da
imaginação
o processo metaforial
para redescrever a
realidade
Autoconhecimento
Não há aquele que saiba tudo de
si, que se conheça por completo
A trajetória do
autoconhecimento é
longa e não linear
Foco na ação
O voluntário e o involuntário
Poder participar de
sua existência, decidir
por si
Ser incorporado,
não agir
Emmanuel Levinas (1906-1995)
Ética como filosofia
primeira
Interpretar a existência e experiência
humana sob a perspectiva da ética
Alteridade é o centro de suas
discussões
Filosofia voltada para o outro
Para a existência/infinitude
do "eu" o "outro" e a
interação são essenciais
Filosofia contrária a ideia de existência
voltada somente para si próprio e o
protagonismo do "ego"
Infinito X Totalidade
Visão do ser, do "eu"
(ontologia): unificação,
uniformidade
Enxergar o outro (ética):
diversidade, infiinitude
de possibilidades
Levinas se Interessa pelo amor, a
amizade, o cotidiano, ou seja, as
experiências do outro
O rosto, um dos temas centrais,
é entendido como representação
do que compreendemos pessoa
presente
"Ver um rosto humano [...] é ouvir
já 'Não matarás!'"
Entender, interarir, compreender o outro
é então um encontro com a
profundidade do existir
"O rosto do outro é a porta de entrada para o
infinito [...]"
Critica Husserl e Heidegger
por acreditar que a filosofia
deve estar voltada para o
outro e não para o próprio
ser ou para o mundo
Foi importante para a
introdução da Fenomenologia
na França
Existencialismo
Centralidade: Marx (Humanista)
Jean-Paul Sartre (1905-1980)
Filósofo da
Consciência
Fenomenologia
Fenomenologia é
o estudo,
descrição e
compreensão
dos fenômenos
da consciência
Ontologia
Consciência
Ser
para
si
Todo o
sentido vem
da
consciência
Ser em
si do
mundo
Ser
bruto
O ser bruto
não tem
sentido, só o
homem lhe dá
Tema
central:
Mundo sem
sentido
Traz o
existencialismo
para a arena
política
Temos de
viver
Sentimentos
desse viver:
estranheza e
náusea
Influenciou
a
juventude
europeia
do
pós-guerra
Questionamento atual:
Posição ética do seu
existencialismo?
Para ele, somos
lançados no mundo,
mas escolhemos
Ética da
autenticidade
Moral da
autodeterminação
Responsabilidade
absoluta
por
si
O que durou:
Alargamento
da
Fenomenologia
Husserliana
Descrições
psicológicas
e históricas
da vida dos
humanos
Maurice Merleau-Ponty (1908-1961)
Obras
"A estrutura do
comportamento"
Mais próxima da
psicologia
Trata de
"Mente x
Corpo"
"Como a natureza dá
origem à consciência?"
Abordagem naturalista da
experiência e da
consciência
"Fenomenologia
da Percepção"
Filosofia da
mente
Análise da natureza do
comportamento
Behaviorismo
(psicologia
americana)
Vitalismo
(filósofos
anteriores)
Busca Mental
Busca evitar
Emprirismo
Intelectualismo
(Inspirado por
Kant)
Separa
Consciência de
Mundo
Tarefa da
fenomenologia: revelar o
mistério do mundo e da
razão
Temas ontológicos finais de sua
obra:
Reversibilidade do
sensível
Vidente-Visível
Tocante-Tocável
Núcleo de seu
interesse:
Corpo
vivido
Em contraste com "corpo
vivido" em Husserl e Heidegger
Ideia de sujeito
puro
Pós-Estruturalismo
Michel Foucault (1926-1984)
Algumas das principais temáticas e conceitos
"Dire vrai sur doi-memê"
Concepção de humano
Biopolítica
Arqueologia Foucauldiana
Formações discursivas
Loucura, sexualidade, disciplina, poder e punição
Sobre Foucault
Alguns aspectos de sua vida
Embora não se visse como
filósofo, foi um importante
do século XX
Foi um historiador
(nietzschiano) das Ciências
Humanas
Ocupou a Cátedra de História
dos Sistemas de Pensamento
no Collége de France de 1969 até
sua morte em 1984
Em 1983, começou a ensinar
com frequência na Califórnia,
na Universidade de
Berkeley
Seu maior interesse foi por fazer história
da nossa subjetividade e para isso
estudou instituições como asilos e prisões
Logo, interessou-se pela forma como os discursos geravam e
jogavam uma concepção de humano, sobretudo no que se refere
aos discursos de psicopatologias (medicina clínica) e discursos
jurídicos sobre encarceramento punitivo (que a dado ponto
substituem a execução ou a tortura)
Algumas
obras
História da Loucura (1961); O Nascimento da Clínica (1963); Vigiar e Punir:
Nascimento da Prisão (1975); As Palavras e as Coisas (1966) e A Arqueologia
do Saber (1969)
Jacques Derrida (1930-2004)
Sempre as margens da
Filosofia
O par conceito-metáfora é mais
uma das hierarquias do
pensamento ocidental
É desse pensamento
clássico que se originam
distinções como o bem e
o mal, real e imaginário,
certo e errado
Alteridade
Nossos pensamentos
podem ser facilmente
corrompidos ou excluídos
Responsável pelas
ressonâncias ético-políticas de
seus escritos
Forte influência na academia Anglo-saxónica
Sua marca é a desconstrução
Vai contra as
correntes hierárquicas
do pensamento
ocidental
Mostra que a conceitualização e o
enquadramento lógico são restrições
já impostas e por um fundamento
já construído
A desconstrução derridiana não é um
afrontamento, é uma problematização, uma
tentativa de expansão
Pretende resultar
em uma abertura
a alteridade
Critica a metafísica da presença e
apresso a fenomenologia
Promove a ideia de questionar as
coisas e não aceitar seus
significados somente por ser algo
já imposto
Também não abandona 100% a ideia
da metafísica
Resta a ele jogar jogo duplo, o que
explica o caráter performativo, irônico
e espirituoso de seus textos
Ao mesmo tempo que evita o
fundamento, também abre espaço
para o equívoco
Gilles Deleuze (1925-1995)
A Filosofia Deleuziana
move-se a partir da
imanência e esse é o
termo fundamental para
compreendê-lo
É por meio disso que pretendeu ser
um filósofo pluralista e
anti-racionalista
Para Deleuze, a filosofia não busca o
universal, mas as condições singulares
Intitulou-se como um empirista
transcendental ou ético naturalista na linha
de Espinosa e Nietzsche
Rejeita a ideia heideggeriana
de fim da metafísica e, pensa
em si próprio como um puro
metafísico
Obras
Diferença e Repetição
Lógica do Sentido
Anti-Édipo
Seu primeiro livro, um livro sobre David Hume, de 1953, teve por
objeto um empirismo anglo-saxónico com um sabor de provação
em um meio então dominado pela atenção a Hegel, Husserl e
Heidegger