Metodologia Dialética de Construção de Conhecimento em Sala de Aula
Expressa através de três grandes dimensões
Pode ser
Mobilização para o Conhecimento
Dividida em
a) Visões Equivocadas: Não levam em
conta o caráter ativo do aluno.
Correspondem a uma necessidade, mas
que não é intrínseca ao processo de
ensino-aprendizagem. Motivação vem da
novidade. Para o professor, o motivador é
a nota.
b) Importância da Abordagem: consciência
é determinada pela existência. Temos que
levar em conta a existência do sujeito,
para interagir com ela. A forma de
conhecer deve levar em conta a forma de
ser.
c) Preocupação com a abordagem do
objeto x "ensino exigente": Resistência do
professor, pois o que se quer é um ensino
mais exigente, mas que se exija a
inteligência e não a memorização.
d)Significação: buscar um conhecimento
vinculado às necessidades, interesses e
problemas oriundos da realidade do educado
e da realidade social mais ampla.
e) Relação com Necessidades: Implica uma
ação educativa no sentido de provocar,
desafiar, estimular, ajudar o sujeito a
estabelecer uma relação pertinente com o
objeto. A tarefa do educador é ajudar o
educando a tomar consciência das
necessidades postas pelo social, colaborar no
discernimento de quis são as essenciais e na
articulação delas com objeto de conhecimento
em questão.
f) Necessidade Ontológica e Epistemológica:
Dividida em duas formas de interesses:: 1º -
necessidade ontológica (existencial); 2º -
necessidade epistemológica. Quanto maior a
necessidade de conhecer possibilita, maior
número de relações.
g)Motivação: Para aprender, a pessoa deve
sentir necessidade. No geral, realizar uma
aprendizagem mais básica, que é o despertar
para o desejo de se comunicar. Quando a pessoa
está em sintonia com a proposta de trabalho,
permite a interação, ocorrendo a aprendizagem.
A motivação é um processo dinâmico e
complexo. No processo educacional, todos tem
caráter ativo.
É preciso por parte do professor:
1- Conhecer a realidade: a educação, o conteúdo,
devem estar ligados à realidade do educando.
Tendo que
a) Conhecer os
determinantes: não se
trata de conhecer o
interior de cada aluno,
mas sim de
apreender suas
principais
características.
Tendo a
b)Psicogênese: quando
seria o momento do
aluno aprender, vem a
resistência àquele objeto
de conhecimento, pelo
fato dos educadores
pularem as etapas mais
concretas da
aprendizagem.
2- Ter clareza de objetivos: trata-se de sua intencionalidade.
Um objetivo bem formulado ajuda na elaboração da estratégia
de ação. Em educação, é essencial para permitir uma postura
ativa do sujeito.
Tendo a
a) Intencionalidade
do Educando: a busca
do conhecimento é
consequência de uma
"finalidade que o
homem se propõe".
E também o
b) Papel do Educador na
mobilização: o papel do
educador é provocar a
abertura para a
aprendizagem e de colocar
meios que possibilitem.
Trata-se de acompanhar a
caminhada do educando na
sua relação com o
conhecimento, estando
atento as situações.
3- Propiciar uma prática significativa: o professor deve
confrontar realidade e objetivo.
Como
a) Apresentação Sincrética do Objeto de Conhecimento.
1º
:Atenção:
O
professor
tem que
ganhar o
aluno
para a
sua aula.
2º :Mediação do
objeto de
conhecimento: o
aluno vai
construir o
conhecimento a
partir do seu
contato com a
realidade.
b) Levantamento
das Representações
do Grupo: entender o
educando para saber
como ajudá-lo na
construção do
conhecimento. Senso
comum.
c) Interação Coletiva: o
educador tem como função
ser o articulados de todo o
processo de conhecimento
em sala. Sua atividade deve
ser tal que consiga a
predominância de um clima
favorável à interação.
Pode ser
Construção do Conhecimento
Tendo
1- Processo de Conhecimento em Sala de Aula:
necessidade da ação do sujeito sobre o objeto de
conhecimento.
Que é dividida em
a)Contradição
1º:
Contradição é
o núcleo: a
evolução do
conhecimento
do sujeito vai
se dando a
partir da
tomada
consciência da
contradição
entre o
elemento
subjetivo e o
elemento
objetivo.
2º:
Contradição
do real e do
pensar: o
desafio não é
pensar a
contradição,
mas pensar
por
contradição.
3º: Papel do professor: a
contradição que o professor
procura estabelecer deve ser de
caráter histórico-genético.
4º:
Interferências
no
estabelecimento:
Pode ser por
Deslocamento:
o sujeito não
se sente
desafiado por
aquela
contradição por
estar envolvido
em outra.
Bloqueio: o
enfrentamento o
remete a conflito
de interesses, que
perderá certos
privilégios.
5º: Criticidade:
buscar as
verdadeiras
causas das coisas.
6º: Continuidade - Ruptura:
deve partir de onde o
educando se encontra, e
através de sua mediação,
propiciar a análise e síntese
do educando, de forma a
que chegue ao
conhecimento mais
elaborado.
b)Análise
1º: Aproximações
sucessivas: o
professor deve
acompanhar o
caminho que o aluno
está fazendo.
2º:
Análise-Síntese:
ambos devem
combinar-se.
3º: Totalidade:
advém do
enfrentamento
de alguma
situação concreta,
para o que se
busca dar conta
de suas
múltiplas
relações.
c) Práxis Pedagógica
1º: Operações mentais: tarefa
básica do educador -> fazer
pensar.
2º: Ação
Consciente: o
professor deve
observar em sala,
no seu
desenvolvimento de
trabalho, o objeto
efetivo da
consciência do
educando.
3º: Tipos de
Atividade: como o
conhecimento é
algo que se dá
nível consciente,
em qualquer dos
tipos, há a
coordenação do
pensamento.
4º: Questões
do concreto: o
concreto não
ensina nada
se não houver
esquemas de
assimilação.
5º: Caráter social do
conhecimento: na
relação de
conhecimento tanto o
sujeito coo o objeto
são plasmados,
determinados pelo
social.
6º: Prática social: o
não rompimento a
ser trabalhado em
sala em relação à
prática social que lhe
deu origem.
2- Formas de Trabalho em Sala de Aula: provocar, dispor, interagir.
Que é dividida em
a) Problematização
1º: Recuperar a gênese:
quanto mais próximo
for o processo de direção
, maiores serão as
possibilidades de uma
assimilação eficaz.
2º:: Estabelecer a
Contradição: forma
de acelerar o
processo de
conhecimento.
3º: Interação
Sujeito-Objeto:
o educando
deve ter
oportunidade
de se defrontar
pessoalmente
com o objeto
de
conhecimento
para sentir a
possibilidade de
conhecê-lo.
4º: Discurso x
Problema: levantar
situações-problema
que estimulem o
raciocínio.
5º: Planejamento das
Aulas: o fato de ter que
preparar algo para a
aula, realmente ajuda a
melhor compreensão
do tema e propicia
participação.
b) Historicização
Movimento do
real-movimento do
conceito: o professor deve
contextualizar,
problematizar os alunos
para que apreendam o
movimento do real pelo
conhecer autêntico.
c) Dialética da Travessia
1º: Exposição Dialogada: propicia
alto nível de elaboração de
conhecimento, desde que haja
efetiva interação entre o
expositor-ouvinte e o sujeito
ouvinte-expositor.
2º: Exposição Provocativa: é fundamental
a colocação o problema antes de iniciar a
exposição.
3º: O professor não pode mais falar? : O
professor tem que ajudar os alunos a elaborarem
suas representações mentais a respeito dos
objetos de estudos.
4º: Investigação x exposição: trabalhar de
forma (re)constituinte com o
conhecimento constituído, a fim de que
seja (re)construído no (novo) sujeito.
5º: Questão das Técnicas: Apresentação
sincrética do objeto de estudo; Expressão
das representações prévias;
Problematização; Fornecimento de
subsídios; Elaboração, expressão,
confronto de hipóteses; Superação das
hipóteses menos elaboradas e Síntese
conclusiva.
Pode ser
Elaboração e Expressão da Síntese do Conhecimento
Dividida em
1-Necessidade de Expressão
a) Instrumento de Pensamento
1º: Pensamento - Linguagem: é por meio
das palavras que o pensamento passa a
existir.
2º: Determinação da Síntese: ao se realizar a exposição
material, o sujeito se obriga a uma concretização
específica.
b) Interação Social
1º: Formas de Expressão: propor
problemas e exercícios os mais
abrangentes.
2º: Ambiente Interativo: propicia a participação ativa dos alunos e a troca; Exercícios de aplicação.
2-Elaboração da Síntese
1º: Níveis de Síntese: nas diferentes formas de expressão, estão envolvidos
diferentes níveis de complexidade de elaboração do conhecimento.
2º: Síntese Mínima: análise da
expressão dos educandos.
3º: Interação na Elaboração: re-elaboração
pessoal da síntese. Acompanhar tanto a
investigação quanto a exposição.
4º: Limite na Elaboração da Síntese: a síncrese pode assemelhar-se à síntese, mas há um abismo
entre elas em termos de compreensão.
3- Retorno à Prática Social: A educação se coloca justamente nesta tarefa de assimilação, da educação das consciências,
sendo uma forma de mediação com relação ao processo de transformação objetiva da realidade.