As Cruzadas foram movimentos militares cristãos em
sentido à Terra Santa com a finalidade de ocupá-la e
mantê-la sob domínio cristão
No século VII surgiu no Oriente Médio uma religião
também monoteísta que conquistaria muitos adeptos
com o passar do século.
O Islamismo foi difundido através do profeta Maomé e o
seu crescimento criaria grandes embates com o
cristianismo.
O termo Cruzada não era conhecido na época em que
ocorreram. Só foi assim nomeado porque seus participantes
se consideravam soldados de Cristo e se distinguiam pela cruz
em suas roupas. Na época em que ocorreram, eram chamadas
de peregrinação ou de guerra santa pelos europeus. No
Oriente Médio, contudo, eram chamadas de invasões francas,
em função da maioria dos cruzados serem provenientes do
Império Carolíngio e de se autodenominarem francos.
Antes da primeira Cruzada organizada por
nobres europeus, houve um movimento
extra-oficial que ficou conhecido como
Cruzada dos Mendigos ou Cruzada Popular.
O monge Pedro reuniu uma multidão que incluía
mulheres, velhos e crianças para atuar como
guerreiros. A expedição até chegou ao Oriente, mas foi
facilmente massacrada. A Primeira Cruzada oficial foi
convocada pelo Papa Urbano II, que reuniu a nobreza
europeia em 1095 para combater os infiéis que
ocupavam a Terra Santa. No ano seguinte, os cruzados
partiram para Jerusalém e tiveram sucesso,
conquistando a Terra Santa, o principado de Antioquia
e os condados de Trípoli e Edessa.
A SEGUNDA
CRUZADA
entre os anos 1147 e 1149. No entanto, não causou a mesma
comoção da primeira e resultou em uma grave derrota, o
que deixou profundo ressentimento no Ocidente.
Mais décadas se passaram e, em 1187, o sultão Saladino
obteve uma vitória esmagadora sobre os cristãos em
Jerusalém, reconquistando a cidade para os muçulmanos.
Em resposta, o Papa Gregório VIII convocou uma nova
Cruzada, que ficou famosa pela participação de três
importantes reis da Europa: Ricardo Coração de Leão, da
Inglaterra; Frederico Barbarossa, do Sacro Império Romano
Germânico; e Felipe Augusto, da França
A TERCEIRA
CRUZADA
Terceira Cruzada, que ocorreu entre os anos 1189 e 1192, mais uma
vez, não resultou em vitória para os cristãos, mas o rei Ricardo
Coração de Leão conseguiu assinar um acordo de paz com Saladino
permitindo a peregrinação dos cristãos com segurança até
Jerusalém. No início do século seguinte, nova Cruzada foi convocada
para atacar Constantinopla. A expedição ocorrida entre 1202 e 1204
tinha fins políticos que não receberam a aprovação do Papa
Inocêncio III
A QUARTA CRUZADA
A Quarta Cruzada deixou notáveis consequências política e religiosas
porque enfraqueceu o Império Oriental e agravou o ódio entre a
cristandade grega e latina. Poucos anos depois, em 1208, o mesmo papa
convocou uma Cruzada contra os cátaros no Lanquedoc. O catarismo,
doutrina que acreditava no dualismo, ou seja, na existência de um Deus
bom e outro mal, era considerado uma heresia e seu crescimento
incomodava muito a Igreja Católica. Séculos mais tarde, seus seguidores
seriam perseguidos também pela Inquisição.
CRUZADA DAS
CRIANÇAS
vitimou vários dos jovens ainda durante a viagem e os sobreviventes foram
vendidos como escravos aos muçulmanos quando atracaram no porto de
Alexandria. Calcula-se que 50 mil crianças tenham sido colocadas nos barcos da
mais desastrosa das expedições cristãs. Nova Cruzada oficial ocorreria entre os
anos 1217 e 1221. Porém o fracasso não seria novidade. A quinta expedição não
conseguiu nem mesmo superar as enchentes do Rio Nilo e acabou desistindo de
seus objetivos de tomar uma fortaleza muçulmana no Egito.
A SEXTA CRUZADA
a Sexta Cruzada, ocorrida entre 1228 e 1229,
finalmente alcançou sucesso através da liderança de
Frederico II. Este conseguiu obter a posse de Jerusalém,
de Belém e de Nazaré para os cristãos por dez anos. No
entanto, em 1244 os cristãos perderam o domínio
dessas localidades novamente para os muçulmanos.
A SETIMA CRUZADA
a Sétima Cruzada foi liderada pelo rei francês Luís IX que desembarcou para combate no Egito e recebeu a oferta de
posse de Jerusalém, a qual recusou. Na continuidade dos conflitos, o rei foi aprisionado e seu resgate custou 500
mil moedas de ouro. Mas foi o mesmo rei que comandou a Oitava Cruzada em 1270. Só que ele faleceu devido à
peste logo após desembarcar em Túnis, o que encerrou mais uma expedição. Uma Nona Cruzada ainda é descrita
por alguns, embora muitos argumentem que tenha sido parte integrante da Oitava Cruzada. Após a morte do rei
Luís IX, o príncipe Eduardo da Inglaterra teria comandado seus seguidores até o Acre (cidade em Israel) para
combater os adversários nos dois anos seguintes. Mas, preparando-se para atacar Jerusalém, recebeu a notícia do
falecimento de seu pai e decidiu retornar à Inglaterra para herdar seu trono de direito, encerrando a expedição e o
turbulento século XIII.