o que são? são malformações congênitas
de alta incidência e com origem
embriológica. Tais fissuras ocorrem em
virtude da falta de fusão entre os
processos faciais embrionários e os
processos palatinos, apresentando uma
etiologia multifatorial
prevalencia: varia de acordo com a região geografica, grupos étnicos, gênero, hábito materno de
fumar até o 3º mês de gestação, história familiar de fissuras, classificação socioeconômica, e faixas
etárias materna e paterna. fissura de maior prevalência é a transforame (59,9%),
o que a fissura labiopalatina pode gerar? As fissuras
labiopalatinas desencadeiam uma série de alterações que
podem comprometer severamente a fala, a alimentação, o
posicionamento dentário e a estética. Sem o devido
tratamento, as fissuras podem provocar sequelas graves,
como a perda da audição, problemas de fala e déficit
nutricional, além do sofrimento com o preconceito A fenda
pode se estender até o palato, ocorrendo maior risco das
crianças aspirarem o alimento, provocando infecções como
otites e pneumonias, uma vez, que nesses casos, há
comunicação buconasal. As otites podem causar prejuízos no
desenvolvimento da fala e linguagem. As anemias também
são frequentes nos pacientes com fissuras labiopalatinas,
devido a dificuldade em se alimentarem. O aleitamento
materno, embora dificultoso para o paciente, especialmente
em casos de fissura palatina, é indicado para evitar infecções,
combater a anemia e fortalecer a musculatura da face e boca,
além de manter a produção d
tratamento; O tratamento deve visar à correção da aparência, fonação, audição, mastigação e
deglutição do pacienteé possível a total reabilitação do paciente com fissura labiopalatalina, sendo
que quanto mais cedo a intervenção, melhor. O tratamento dependendo do tipo de fissura, é longo,
tem início desde o nascimento indo, em alguns casos, até a fase adulta, passando por várias cirurgias
corretivas e estéticas. A maioria das crianças afetadas por fissuras orofaciais é tratada por uma
equipe multiprofissional, envolvendo Medicina, Odontologia, Fonoaudiologia, Fisioterapia, Psicologia,
Enfermagem, Serviço Social, Recreação, Educação e Nutrição, que acompanharão o paciente do
nascimento até a idade adulta
papel do cd; o papel do cirurgião-dentista na abordagem do paciente com fissura labiopalatina não
se deve restringir apenas ao tratamento odontológico. No primeiro contato, deve haver uma
aproximação com o paciente e a família, a fim de conhecer a saúde geral deste, para melhor tratá- lo.
Também, o tratamento odontológico deve ser considerado como um programa permanente da
saúde bucal, com a integração de medidas preventivas e reabilitação bucal. O sucesso do tratamento
odontológico desses pacientes tem como base a tríade: paciente, cirurgião-dentista e cuidador.
Sendo que o cirurgião-dentista tem um papel fundamental na reabilitação da fissura labiopalatina,
mas o completo estabelecimento da saúde bucal e geral do paciente só será possível com a efetiva
participação de uma equipe multidisciplinar, com ênfase na relação de confiança desta com o
paciente e com a sua família.
O cirurgião-dentista é um profissional que está presente no pré e pós-operatório desses pacientes. O
seu trabalho vai desde o aconselhamento aos pais para a promoção da saúde bucal até a
intervenção para o controle das doenças bucais e atendimento especializado na reabilitação
cirúrgica, ortodôntica e protética
como são formados? A partir da migração das células da crista neural se forma o tecido conectivo e o
esqueleto da face na terceira semana de vida intrauterina. Por volta da sexta semana do
desenvolvimento embrionário, as estruturas faciais externas completam sua fusão, e as internas
completarão-se-ão até o final da oitava semana, porém, nesse período, pode ocorrer uma falha na
fusão do processo frontonasal com o processo maxilar, ocasionando a fenda labial. A falha de
penetração do tecido mesodérmico no sulco ectodérmico da linha média do palato posterior a lateral
da pré-maxila ocasiona a fissura palatina
etiologia: Dentre os fatores etiológicos que parecem estar mais frequentemente relacionados a esta
anomalia estão: hipervitaminose A, estresse emocional, uso de corticoides, consanguinidade, viroses,
radiações ionizantes, alcoolismo, uso de drogas, trauma mecânico e hereditariedade Ainda, outros
teratogênicos podem aumentar o risco de uma mãe conceber um filho com fissura labiopalatina
quando exposta nos primeiros meses de gravidez. Por exemplo, fissuras labiopalatinas podem ser
causadas pela ingestão materna de drogas anticonvulsivantes durante a gestação, bem como devido
a prática de tabagismo.
tratamento multidisciplinar: a colaboração entre as diversas áreas é fundamental, não devendo
haver supremacia de certa ciência em detrimento de outra. Supõe-se reciprocidade e interação de
conhecimentos, respeitando a postura ideológica pessoal e profissional de cada elemento da equipe.
Assim, é muito importante que a equipe multidisciplinar esteja envolvida nessa reabilitação. A troca
de informações entre os profissionais é fundamental para o tratamento da criança, pois um fator
interfere diretamente no outro, no que diz respeito aos dentes, à fala, à face, às funções alimentares
e ao desenvolvimento psicossocial.
alterações bucais: como dentes supranumerários, microdentes, erupção dentária ectópica, dentes
natais, neonatais e intranasais, atraso na erupção e na formação dentária. No entanto, a anodontia é
a anomalia dentária mais frequentemente observada em pacientes com fissuras de lábio e palato,
afetando principalmente o incisivo lateral do lado da fissura As anomalias dentárias são
diferenciadas por meio de número, tamanho, forma, desenvolvimento e erupção, e a sua
intensidade parece depender da severidade da fissura. Embora apareçam na dentição decídua,
prevalecem na dentição permanente, e na maxila sua incidência é maior do que na mandíbula.
Portanto, as más oclusões são frequentes, com mordidas cruzadas anterior e posterior
manifestando-se já na dentadura decídua, devido às anomalias dentárias citadas anteriormente. As
cirurgias realizadas para fechamento de lábio e palato interferem no crescimento facial e do arco
dentário superior, resultando em faces retrognáticas e maxilas atrésic
reação dos pais: os pais do indivíduo com fissura ficam desorientados quanto aos procedimentos
necessários ao estabelecimento do bem-estar da criança. Assim, após o nascimento ou no pré-natal,
surgem dúvidas de como cuidar do bebê e de como será seu tratamento reabilitador. Os pais que
descobrirem seu filho com fissura labiopalatina devem procurar todos os tipos de orientações para
possibilitarem a total reabilitação do seu filho. É indicado que os pais permaneçam tranquilos, pois a
rejeição, negação e sentimento de culpa podem ser considerados normais no primeiro momento,
mas com ajuda profissional, tanto os pais quanto o bebê poderão ter uma vida saudável e feliz
diagnostico: graças ao aperfeiçoamento da ultrassonografia, é possível diagnosticar anomalias
faciais a partir da 14ª semana de gestação. Possibilitando situações em que o aconselhamento e
condutas poderão ser planejadas antecipadamente, evitando trauma psicológico aos pais. Isso
permite também que, logo após o nascimento, a cirurgia corretiva seja realizada. Hoje, já existem
técnicas que permitem a realização da cirurgia precoce, até com uma semana de vida do indivíduo
acometido