Presume que para o futuro novas e antigas mídias irão interagir de formas cada vez mais complexas
A convergência é um conceito antigo assumindo novos significados.
Mas afinal, como os empresários estão esperando para o futuro da comunicação?
New Orleans Media Experience.
A HSI Productions Inc. que produz vídeos musicais e publicitários, organizou em outubro de 2003
essa conferência, que além de um festival de cinema, também aconteceram exposições dos
lançamentos de videogames, espaço para musicais e comerciais, vários shows e apresentações
teatrais e uma série de três dias de painéis e debates entre líderes da indústria.
Os participantes que foram a essa conferência, tinham ido
na expectativa de um vislumbre do futuro, antes que fosse
tarde demais.
Eles buscavam o “jeito certo”, ou melhor dizendo, buscavam os investimentos certos,
as previsões certas, os modelos de negócios certos.
Além disso, era também um encontro para troca de experiência, em que cada
indústria de entretenimento compartilhava problemas e soluções,
encontrando na interação entre as mídias o que não conseguiam descobrir
trabalhando isoladamente.
Ao aceitar um convite para os painéis, ao demonstrar disposição de “vir a público”
com suas dúvidas e seus anseios, talvez os lideres das indústrias estivessem
reconhecendo a importância do papel que os consumidores pode assumir não apenas
aceitando a convergência, mas na verdade conduzindo o processo.
O evento foi vendido como uma chance para o grande público
entender, em primeira mão, as próximas transformações na
notícia e no entretenimento.
Em um painel sobre consoles, a grande tensão foi entre a Sony (empresa de hardware) e a Microsoft
(empresa de software); ambas tinham planos ambiciosos, mas visão e modelos de negócios
fundamentalmente distinto.
Em um painel sobre consoles, a grande tensão foi entre a
Sony (empresa de hardware) e a Microsoft (empresa de
software); ambas tinham planos ambiciosos, mas visão e
modelos de negócios fundamentalmente distinto.
Todos concordavam que o principal desafio seria expandir o uso dessa tecnologia barata e
prontamente acessível, para que se tornasse a “caixa-preta”, que clandestinamente levaria a
convergência ás salas de estar das pessoas.
Eles se perguntavam: O que faria uma mãe com um console quando
os filhos estivessem na escola? Por que uma família daria para o avô de Natal um console?
Eles tinham a tecnologia para efetivar a convergência
só não sabiam por que alguém iria querer usá-la.
Outro painel deu foco para a relação entre os videogames e
os meios de comunicação. Os diretos de filmes perceberam
que os games poderiam expandir a experiência narrativa
que não caberiam em 2 horas de filme. Mas para isso
acontecer todo mundo teria que sair da “zona de conforto”
como explicou um agente de Hollywood.
Todas as partes tinham medo que com isso perdessem o controle criativo, já
que o tempo necessário para desenvolvimento e distribuição era radicalmente
diferente.
Pois como os dois poderiam ajudar um ao outro sem atrapalhar o seu cronograma?
A New Orleans Experience painel após painel empurrou os convidados presentes em direção ao
futuro. O caminho apresentava obstáculos, muitos deles pareciam intransponíveis, mas, de alguma
forma, eles teriam que ser contornados ou superados na década seguinte.
As mensagens deixadas pela conferência eram:
1. A convergência está chegando e é bom você se preparar.
2. A convergência é mais difícil do que parece.
3. Todos sobreviverão se todos trabalharem juntos. (Infelizmente, esta foi uma das coisas que
ninguém sabia fazer.).