Biografia: Nasceu a 10 de agosto de 1912, no sul do Estado da
Bahia; Um dos fundadores da Academia dos Rebeldes;
Formou-se pela Faculdade Nacional de Direito, no Rio de
Janeiro, em 1935; Militante comunista, obrigado a exilar-se na
Argentina e no Uruguai entre 1941 e 1942; Em 1945, foi eleito
membro da Assembléia Nacional Constituinte, na legenda do
Partido Comunista Brasileiro (PCB); Morreu em Salvador, no
dia 6 de agosto de 2001.
Principais Obras: Tieta do Agreste, Gabriela cravo e canela, A morte e a morte de Quincas
Berro d’Água, Tenda dos Milagres, Capitães de Areia, Jubiabá, Dona Flor e seus Dois maridos,
Teresa Batista cansada de guerra
Nota:
PRINCIPAIS OBRAS
Tieta do Agreste, Gabriela cravo e canela, A morte e a morte de Quincas Berro d’Água, Tenda dos Milagres, Capitães de Areia, Jubiabá, Dona Flor e seus Dois maridos, Teresa Batista cansada de guerra
Tema Central: Cotidiano de meninos orfãos
abandonados
Protagonistas
Pedro Bala: Líder do grupo, filho de grevista, faz de tudo para proteger a
integridade do grupo.
João Grande: Um dos mais fortes do grupo, negro, ágil e violento mas
possui um bom coração.
Sem-Pernas: Coxo, agressivo, espião do grupo usado para roubar de
famílias ricas.
Professor: Inteligente, único que sabe ler, pintor e estrategista de furtos.
Dora: Única garota do grupo, tem o papel de mãe, irmã e esposa no
trapiche.
Antagonistas
Diretor do Reformatório: Almeja capturar os Capitães da Areia,
principalmente seu chefe, para mandá-los ao reformatório e
"consertá-los".
Beatas: Não entendem a admiração que o Padre João Pedro possuí pelos os
meninos.
Múltiplas facetas dos meninos: Ao longo da história é demonstrado que o
maior inimigo dos garotos são eles mesmo.
Personagens Secundários
Volta-Seca: Mulato, sertanejo admira o Lampião.
Pirulito: Magro, alto, tem um enorme fevor religioso. Vira frade.
Gato: O mais bonito do grupo e competente, prefere passar as noites com a
Dalva em vez de ficar no trapiche.
Boa-Vida: Mulato, malandro, gosta de festas no morro.
Querido-de-Deus: Capoeirista, amigo do grupo.
Don'Aninha: Mãe de santo, ajudava e acolhia os garotos quando
precisavam.
Padre João Pedro: Admirador e grande defensor dos meninos e ajudava-os
sempre que podia.
João de Adão: Estivador negro, musculoso, antigo amigo do pai do Pedro
Bala.
"Porque a revolução é uma pátria e uma família."
No início da obra há uma série de reportagens fictícias que explicam a existência de um grupo de
menores abandonados e marginalizados que aterrorizam a cidade de Salvador, conhecido por
Capitães da Areia (o grupo chegava a quase cem, morando num trapiche abandonado, mas tinha
líderes). Após esta introdução, inicia-se a narrativa que gira em torno das peripécias desse grupo que
sobrevive basicamente de furtos. Apesar da linearidade, a história é contada em função dos destinos
de cada integrante do grupo de forma a montar um quebra-cabeça maior.
Na segunda parte surge uma história de amor quando a menina Dora torna-se a primeira “Capitã da
Areia”, e mesmo que inicialmente os garotos tentem tomá-la a força, ela se torna como mãe e irmã
para todos.
Climax: Professor e Pedro bala se apaixonam por ela, e Dora se apaixona por Pedro Bala. Em pouco
tempo ela passa a roubar como um dos meninos. Quando Pedro e ela são capturados eles são muito
castigados, respectivamente no Reformatório e no Orfanato. Quando escapam, muito enfraquecidos, se
amam pela primeira vez na praia e ela morre, marcando o começo do fim para os principais membros do
grupo.
A terceira parte mostra a desintegração dos líderes. Sem-Pernas se mata antes de ser capturado pela
polícia que odeia; Professor parte para o RJ para se tornar um pintor de sucesso, entristecido com a
morte de Dora; Gato se torna um malandro de verdade, abandonando eventualmente sua amante
Dalva, e passando por ilhéus; Pirulito se torna frade; Padre José Pedro finalmente consegue uma
paróquia no interior, e vai para lá ajudar os desgarrados do rebanho do Sertão; Volta Seca se torna
um cangaceiro do grupo de Lampião e mata mais de 60 soldados antes de ser capturado e
condenado; João Grande torna-se marinheiro; Querido-de-Deus continua sua vida de capoeirista e
malandro. Pedro Bala, cada vez mais fascinado com as histórias de seu pai sindicalista, vai se
envolvendo com os doqueiros e finalmente os Capitães da Areia ajudam numa greve. Pedro Bala
abandona a liderança do grupo, mas antes os transforma numa espécie de grupo de choque. Assim
Pedro Bala deixa de ser o líder dos Capitães da Ar
Narrador Onisciente
Discurso Indireto Livre
Tempo: Década de
1930
Espaço: Salvador (BA); Trapiche (hoje Solar do Unhão e o
Museu de Arte Moderna); no Terreiro de Jesus (na época era
lugar de destaque comercial de Salvador);
Contexto Histórico: Quando o romance foi publicado, em 1937,
autoridades baianas queimaram exemplares em praça pública. O
episódio dá o tom do clima político da época, com o início da
ditadura getulista do Estado Novo a repressão começava a
mostrar as suas garras.
Relação com os dias atuais: Ainda hoje podemos ver crianças abandonadas que
são marginalizadas pela sociedade até mesmo sem cometer crimes perante a lei.
Apesar do desenvolvimento e das mudanças políticas, os que retêm a maior
parte do poder ainda desprezam e se mostram cegos e relapsos a realidade difícil
de quem mora na rua, independente dos seus atos.