JORDE, L. B.; CAREY, J. C.; BAMSHAD, M. J.; WHITE, R. L. Genética Médica. 3. ed.
BORGES-OSÓRIO, Maria Regina & ROBINSON, Wanyce Miriam. Genética Médica. 3. ed. Porto Alegre, Artmed, 2013.
Monogênica ou Mendeliana:
determinada por 1 gene apenas em
proporções mais ou menos
fixas/padronizadas
Pode ser
Autossômica
> 90%
Ligada ao Sexo
< 10%
Genes situados em x e Y
Y
Tem poucos genes
Determina o sexo
Sua herança é
chamada Holândrica,
de homem para
homem
Homens são
Hemizigotos para X
Apresentam poucas
regiões homólogas
Maioria dos genes de X não
tem lócus correspondente no Y
Herança ligada ao X
Nota:
Não se distribui igualmente nos dois sexos.
Não há transmissão direta de homem para homem.
Recessiva
Há mais homens
afetados do que
mulheres
Homens afetados
geralmente têm filhos
e filhas normais
Dominante
Nota:
São menores em nº e prevalência em relação às recessivas ligadas ao X
Há mais mulheres
afetadas do que
homens
Homens afetados têm 100%
de suas filhas afetadas, mas
100% dos filhos normais
Mitocondrial
< 1%
Somente as mulheres
podem transmitir
Toda a prole é
afetada, M ou F
Geralmente são problemas
nos músculos e no encéfalo
Interação de genes
mitocondriais com
nucleares
Taxa de mutação 10x
maior que a nuclear
Não há mecanismos
de reparo do mtDNA
Danos provocados
pelos ROS liberados na
fosforilação oxidativa
na mitocôndria
Heteroplasmia é causa
importante de expressão
variável das doenças
mitocondriais
Uma única célula pode apresentar
pode abrigar algumas moléculas
de mtDNA com variação molecular
Quanto mais dessas células
houver, mais severa a
expressão da doença
Recessiva: característica
que só se manifesta quando
o gene está em dose dupla
(aa)
Dominante: característica se
manifesta mesmo quando o
gene está em dose simples
(Aa)
Multifatorial ou Complexa:
vários genes envolvidos e
diversos fatores ambientais
Nota:
Diferença entre Herança Multifatorial e Monogênica com Heterogeneidade de Lócus:
A heterogeneidade de lócus é quando ocorre mutação em dois ou mais lócus distintos, que produzem o mesmo fenótipo ou fenótipos semelhantes
Características Semicontínuas
Descontínua/ Qualitativa
Herança Monogênica; Sem efeito ambiental;
fenótipos marcadamente diferentes;
distribuídos descontínuos na população
Contínua/ Quantitativa
Herança Poligênica, muitos genes em
diferentes lócus, com pequenos
efeitos sobre a característica
Diferenças pequenas
e mensuráveis
Bastante influenciada
pelo ambiente
Vários fenótipos intermediários
(curva) determinados por efeito
cumulativo e aditivo dos poligenes
Determinadas por vários genes, com
influência ambiental variável;
Distribuição descontínua na população
Altura, cor dos olhos, impressão digital,
personalidade, pressão sanguínea,
tempo de erupção dentária
Limiar de Suscetibilidade:
quantidade mínima de
genes necessários para
que a característica se
manifeste em
determinado ambiente
Diferentes graus
de suscetibilidade
às doenças
Cada sexo possui seu
limiar diferencial de
suscetibilidade
Indivíduos nas extremidades da curva têm pouca
chance de desenvolver a característica, indivíduos
nas partes mais altas têm maior chance
Limiar de predisposição
hereditária
Se for ultrapassado
por acúmulo de genes
nocivos no genótipo
Defeito congênito: Malformação ou doença,
a depender de fatores ambientais nocivos
Cada fator de risco possui
seu grupo de descendentes
genéticos e ambientais
Quanto maior o número de lócus
envolvidos na determinação da
característica, mais contínuo, com
diferenças mínimas
Como reconhecer?
Concordância: ambos os gêmeos
apresentam ou não certa característica
Correlação: grau de parentesco,
proporcional aos genes em comum
Herdabilidade: diferencia efeito dos
genes e ambiente. Mensura o papel
de determinação de um fenótipo
Risco de recorrência
Após o primeiro filho afetado,
o risco de recorrência aumenta
para os próximos irmãos
Quanto mais grave a anomalia (mais
extremo na curva), maior o risco de
recorrência para seus descendentes
A consanguinidade aumenta o risco de recorrência
nos parentes em primeiro grau, esse risco cai
bruscamente à medida que o parentesco se distancia
Afetados do sexo mais suscetível possuem mais
genes nocivos, os quais serão transmitidos com
maior risco aos parentes do afetado
Quanto menor o risco populacional, maior
o aumento relativo do risco para irmãos
Defeitos na Morfogênese
Alterações quantitativas
Hipoplasia: Subdesenvolvimento
de uma estrutura devido à
redução no nº de células
Hiperplasia: desenvolvimento
exagerado de uma estrutura devido
ao aumento do nº de células
Hipotrofia: diminuição
do tamanho de células
Hipertrofia: aumento
do tamanho de células
Atrofia: Diminuição de uma estrutura
normal devido a uma redução do
tamanho e/ou nº de células
Agenesia: ausência de uma
parte do corpo devido à
inexistência do tecido primordial
Aplasia: Ausência de uma parte
do corpo devido à uma falha do
tecido primordial existente
Sequência: efeito cascata de eventos a
partir de uma única anomalia derivando
padrão de anomalias múltiplas
Síndrome: padrões consistentes de múltiplas
anomalias patogenicamente relacionadas
Associação: anomalias que ocorrem conjuntamente
com maior frequência do que a esperada ao acaso
Classificação
Malformação: Defeito morfológico
primário resultante de um processo
de desenvolvimento anormal
Disrupção: Defeito morfológico resultante de
interferência extrínseca, não é hereditária, mas
fatores genéticos podem predispor a esse evento
Deformação: Forma ou posição anormal de uma
parte do corpo, causa extrínseca (pressão
uterina) ou intrínseca (defeito no sistema neural)
Displasia: organização anormal de células no tecido