Frente à complexidade que, atualmente representa, a inclusão de pessoas com
necessidades especiais na formação básica e a falta de profissionais
habilitados nesta área, aliadas às determinações da LDB 9394/96 e o Parecer
17/2001, constata-se a necessidade de novas políticas de formação, de um
pedagogo/educador capaz de exercer com competência seus trabalho em
classes de ensino regular, frequentadas ou não por alunos com necessidades
educativas especiais (NEE), e também em Escolas Especiais, Sala de Recursos,
Itinerância, Instituições Especializadas e em Classes Especiais.
Para que a escola perceba a necessidade de mudanças, é importante a
avaliação constante da sua prática bem como um processo de formação
continuada dos professores que privilegie discussões sobre as práticas
inclusivas nela desenvolvidas ou que se pretende desenvolver, o que pode
se dar através de reflexões mediadas pela equipe pedagógica.
Segundo Romanowski (2007), a
função do pedagogo é mobilizar e
definir o trabalho pedagógico para
caminhar no sentido de efetivar
uma educação de qualidade que
valorize todos os alunos,
independentemente de suas
características. Dessa forma, o
trabalho realizado, é o de propiciar
uma organização da escola em que
seja possível modificar,
transformar e construir
juntamente com a equipe escolar
estratégias, metodologias de
ensino, definição de conteúdos,
instrumentos de avaliação, entre
outros, responsabilizando‐se por
articular todos esses elementos.
Um dos debates mais insistentes e repetidos em torno da instituição escolar, sempre
foi à questão de evidenciar o seu papel, que era ‘reprodutor’ ou ‘transformador’, isto é,
se contribuía para conservar a sociedade ou para mudá‐la. Até certo ponto, era trivial,
pois, por um lado nenhuma sociedade poderia substituir sem formar seus membros
em certos valores, habilidade, etc. e, por isso, toda a educação é reprodutora; mas ao
mesmo tempo, nenhuma sociedade atual seria, sem a escola, o mesmo que chegou a
ser com ela, e, por isso toda educação é transformadora. Enguita (2004, p.13)
A proposta de incluir alunos com deficiência na escola regular requer mudanças efetivas e contínuas dentro de uma estrutura muitas
vezes pouco flexível. Para se efetivar a inclusão, é necessário inovar metodologias de ensino, reformulando práticas e propondo
melhorias e valores que promovam uma educação para todos, que respeite as características dos diferentes alunos.
A inclusão requer
alterações que tornem o
processo de
ensino‐aprendizagem
efetivo, como
instrumento de
transformação social,
promotor de direitos e
do reconhecimento de
todos enquanto
cidadãos,
independentemente de
suas diferenças.
O trabalho conjunto
do professor e do
pedagogo é
relevante para a
construção de
ideias e para a
promoção de ações
que busquem
efetivar a inclusão.
Considerando‐se que cabe à
escola esgotar os recursos
que facilitem práticas que
promovam a aprendizagem
visando à qualidade na
educação e a busca do
atendimento à diversidade,
entendemos como pertinente
tais preocupações. De acordo
com Machado (2009), a
inclusão denuncia o
esgotamento de práticas
comuns, a idealização do
aluno perfeito, a
padronização, enfim, tantos
outros elementos que
compõem o universo das
práticas escolares.