O Realismo é uma estética que surgiu no início do século XIX como reação ao Romantismo.
Diferente dos escritores românticos, os realistas buscavam representar a realidade concreta, sem devaneios e egocentrismo.
Há no Realismo o predomínio de uma concepção materialista da realidade, observada e analisada com precisão.
A literatura realista se eximia de criticar a sociedade, preocupando-se apenas em apontar e descrever, sem dar opinião.
A estética realista pode ser vista, ao mesmo tempo, como uma consequência do materialismo e pragmatismo reinante no final do século XIX, como também uma oposição a eles.
Para os escritores realistas, a arte deve imitar a vida real, por isso eles se utilizam de um enfoque documental, atenuando a subjetividade do artista.
Os realistas utilizavam métodos científicos de observação e experimentação no tratamento de fatos e personagens.
Os romances realistas, como Madame Bovary, de Gustave Flaubert, mostram os homens envolvidos em situações banais do dia-a-dia.
Apenas os conflitos humanos ligados à razão são retratados nos romances realistas.
Devido à busca pela objetividade do texto, os romances realistas poupam o leitor de descrições minuciosas, tornando o ritmo da narrativa mais acelerado.
A busca pelo "espelhamento" da realidade pode ser vista também na concepção das personagens, que, nos romances realistas, são mais ambíguos.
Enquanto no Romantismo os escritores tinham um grande interesse no passado histórico, no Realismo, eles focalizam no tempo presente a partir de uma análise psicológica e social.