"Há países com mais de 60% da população constituída por índios, como Bolívia e Guatemala. E há um país como México, que está ao redor de 12%. Dependendo das condições, não há sentido pleitear essa autonomia [de estados indígenas na América], especialmente se ela ficar submetida a governos que não estão interessados em repassar recursos para o desenvolvimento dessas populações. Há setores do zapatismo e do movimento indígena boliviano que de fato pleiteiam a autonomia, mas ao mesmo tempo estão buscando integrar-se. É importante diferenciar movimentos que buscam maior inserção dos indígenas no mundo globalizado, de movimentos extremados, fundamentalistas, que querem a autonomia a qualquer preço, mesmo que ela venha isolar ainda mais os indígenas."
(Nestor García Canclini, em entrevista a O Estado de São Paulo, 2 de julho de 2007, in http://txt.estado.com.br/suplementos/ ali/2006/07/02/ali-1.93.19.20060702.4.1.xml)
O texto menciona o "zapatismo" e o "movimento indígena boliviano", ambos atuantes nos dias de hoje. Sobre eles, podemos dizer que o
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