Leia o texto:
Ao empossar o então ministro das relações exteriores, José Carlos de Macedo Soares, na presidência do Instituto Nacional de Estatística, em 29 de maio de 1936, e fazer do Palácio do Catete sua sede provisória, exclamou Getúlio Vargas: “Tenho tal interesse pelo Instituto Nacional de Estatística que lhes dei a minha casa e o meu ministro”. Simbolicamente, esta fala instalava o INE (futuro IBGE) na antessala do poder, enquanto materializava o pensamento de seu idealizador e primeiro secretário-geral, Mario Augusto Teixeira de Freitas: “Faça o Brasil a estatística que deve ter, e a estatística fará o Brasil como deve ser”. Nos anos seguintes, surgiria a expressiva representação do IBGE como a “casa do Brasil”, a casa em que o país seria, ontem e hoje, revelado em suas dimensões estatística e geográfica, em crescente qualidade.
SENRA, N. Uma breve história das estatísticas brasileiras (1822-2002). Rio de Janeiro: IBGE, 2009. p. 193.
A passagem acima assinala a importância que o IBGE assumiu na construção do Estado brasileiro, para o que foi fundamental a integração entre a estatística e as geociências nos diferentes momentos de sua trajetória.
No que diz respeito aos nossos dias, as relações entre esses dois grandes ramos da instituição consistem em
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elaborar a primeira carta do Brasil ao milionésimo, que tornará possível a revisão do traçado dos limites internacionais, interestaduais e litorâneos do Brasil
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colaborar com as forças armadas na definição da geopolítica nacional, no que diz respeito ao mapeamento de recursos naturais (hídricos e minerais) e à proteção das áreas de fronteira, com o fim de garantir a soberania nacional
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produzir novos conhecimentos que permitam aprimorar e atualizar o currículo dos cursos de estatística e geografia, no ensino básico e no nível superior.
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estabelecer os setores censitários a partir dos mapas elaborados pelas geociências, que, ao determinarem com exatidão os limites estaduais, municipais e distritais, permitem evitar problemas de subcontagem e dupla contagem da população.
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atender à convenção internacional que recomenda a conveniência de se acumular, em um mesmo órgão da administração, a coordenação do sistema estatístico nacional e do sistema cartográfico nacional, de modo a evitar conflito de competências institucionais.