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James Cameron: O visionário de Avatar
O cineasta canadense James Cameron, de 55 anos, é o criador de alguns dos maiores sucessos do cinema, como "O Exterminador do Futuro" , "Aliens" , "Titanic" e, recentemente, "Avatar", uma produção de mais de 300 milhões de dólares que ultrapassou a marca de 2 bilhões de dólares de faturamento em venda de ingressos. Em sua visita ao Brasil, Cameron concedeu a seguinte entrevista a VEJA.
P: Qual foi sua motivação para filmar Avatar?
R: O filme surgiu da minha necessidade de dizer algo sobre como a destruição da natureza ameaça o mundo.
Avatar é a minha maneira, como artista e cineasta, de tocar o sino de alerta. Uma das imagens recorrentes no filme é a dos personagens abrindo os olhos. Há sempre alguém acordando no filme. A mensagem subliminar é que a sociedade precisa acordar para os problemas ambientais e lidar com eles.
P: Avatar valoriza experiências sensoriais como entrar em uma floresta cheia de flores coloridas ou sentir a terra sob os pés nus. A humanidade esqueceu como apreciar essas sensações?
R: Sim. As pessoas estão se afastando não apenas da natureza, mas do contato humano. Os jovens têm as suas interações sociais on-line, em vez de pessoalmente. As aventuras acontecem em jogos de laptop educacional, não mais fora de casa. A interação com a realidade, com outras pessoas e com a natureza está diminuindo. A tecnologia permite isso.
P: O senhor, contudo, é o diretor de cinema que mais usa tecnologia no mundo. Como explicar esse paradoxo?
R: De fato, é um paradoxo. Eu sempre tive uma relação de amor e ódio com a tecnologia. Durante as filmagens de Avatar, os atores tiveram de entrar em contato com o lado mais primitivo de si e, ao mesmo tempo, atuar nas condições mais high-tech possíveis. Não podemos afirmar que toda tecnologia é ruim. A solução para salvar nosso planeta também passa pelo uso dela. Por isso, penso que, antes de construir uma hidrelétrica como a de Belo Monte, no Pará, por exemplo, o governo brasileiro poderia buscar outras saídas para atender à necessidade de energia do país. Todo projeto de represa com um impacto negativo sobre os moradores da região deveria ser evitado. A alternativa, no nível nacional, pode ser aumentar a eficiência no uso de energia nas cidades.
SCHELP, Diogo. James Cameron: o visionário de Avatar. Revista Veja, São Paulo, edição 2160, 14 abr. 2010. (adaptado)
Sabendo que a entrevista foi publicada na revista Veja, o público alvo esperado para a leitura será
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