Sobre Insuficiência Cardíaca, indique a FALSA:
50% dos doentes com IC são readmitidos nos primeiros 6 meses após a alta
A maioria das readmissões dos doentes com IC ocorrem nas 2 primeiras semanas após a alta
Vacinação da gripe e pneumocócica podem evitar hospitalizações desde doentes por causas não relacionadas com a IC
A injeção do gene da SERCA 2 diminuiu os peptídeos auriculares, com remodelação reversa e melhorias sintomáticas
A correcção cirúrgica da regurgitação mitral deve ser realizada, mesmo em doentes não candidatos a cirurgia de revascularização coronária
As arritmias ventriculares são a causa de morte em cerca de 50% dos doentes com IC, particularmente nos com FE reduzida nas fases precoces da doença
Doentes com IC com sintomas classe II ou III da NYHA e FEVE < 35%, independentemente da etiologia são candidatos a CDI
Doentes com EAM e terapia médica otimizada e FEVE < 30% são candidatos a CDI
Doentes com FE < 35% e doenças das coronárias sujeitos a bypass têm menor mortalidade CV
Dessincronia com QRS estreito provou ser um bom alvo para a terapia de ressincronização
Alterações respiratórias do sono são muito comuns na IC e particularmente na IC com FE reduzida
Alterações respiratórias do sono podem piorar a hipertensão e agravar a função sistólica e diastólica
Agravamento da função direita com melhoria da esquerda deve imediatamente levar à procura de alterações respiratórias do sono ou complicações pulmonares (TEP ou HT pulmonar)
Nos doentes com IC, VNI melhorou a oxigenação, função do VE e teste de marcha de 6 min, embora nada suporte que reduza a mortalidade
Na IC, EPO corrigiu a anemia e melhorou a capacidade funcional
Depressão é comum (20%) na IC, associando-se à diminuição da qualidade de vida, limitação do status funcional e morbimortalidade
Na IC, o isolamento da veia pulmonar e ablação por catéter são eficazes e seguros nos doentes de alto risco
Na IC, IECAs e bloqueadores β levam a uma melhoria na função e estrutura cardíaca, redução de sintomas, melhoria da qualidade de vida e diminuição das hospitalizações e mortalidade
Bloqueadores β têm redução adicional de 35% da mortalidade pelos IECAs isoladamente
Na ausência de sintomas de hipotensão, os bloqueadores beta devem ser titulados a cada 2 dias
Quanto maiores as doses toleradas de IECAs, > a redução das hospitalizações mas sem grande melhoria na sobrevida
Os bloqueadores têm um efeito dose-dependente na melhoria na função cardíaca e redução na mortalidade e hospitalizações
O Antagonismo da aldosterona associa-se a redução da mortalidade em todos os estadios sintomáticos (II a IV)
O uso de Antagonistas mineralocorticóides apresenta o risco de hipercalémia e agravamento da função renal, principalmente em doentes com DRC
Digoxina apresenta menos efeitos adversos e mais eficácia nas mulheres
Muitos pacientes com IC apresentam-se sem sinais ou sintomas de sobrecarga de volume
IC tem prevalência de 2% nos países desenvolvidos
Mulheres são pelos menos 50% dos casos de IC
HTA contribui para o desenvolvimento de IC em 75% casos
Na IC, mortalidade a 1 ano após o diagnóstico é de 60-70%
Patogénese da IC com fração de ejeção preservada não está muito bem esclarecida
Transição para IC sintomática resulta da ativação aumentada dos mecanismos compensatórios com alterações adaptativas do miocárdio denominadas de remodelação
Estiramento mecânico, NOR, angiotensina II, TNF, endotelina, superóxido - contribuem para a progressão da IC
Diminui a expressão de α-miosina de cadeia pesada
Na IC, há aumento da funçao da SERCA2A
O relaxamento do miocárdio depende do ATP e é regulado pelo cálcio
Na Disfunção Diastólica há aumento da pressão de encravamento pulmonar, que leva a dispneia
Na Remodelação do VE há mismatch de pós-carga, que leva à diminuição do volume ejeção
Na IC, a dispneia ocorre inicialmente com o exercício mas numa fase avançada até pode ocorrer em repouso
O aumento da resistência das vias aéreas é o mecanismo mais importante de dispneia na IC
Na IC, a dispneia torna-se menos frequente com o surgimento de disfunção do VD e insuf tricúspide
A ortopneia geralmente alivia na posição sentada ou quando se dorme com várias almofadas
Apesar da ortopneia ser um sintoma relativamente específico, pode ocorrer na presença de ascite, obesidade abdominal ou em doenças pulmonares cuja mecânica favoreça o ortostatismo
Dispneia paroxística noturna - Episódio agudos de dispneia grave e tosse que acordam o doente durante a noite, tipicamente 1-3 horas após se deitar
Dispneia em decúbito geralmente é precoce
Respiração de Cheyne-Stokes associa-se a baixo débito cardíaco e está presente em 40% dos casos de IC avançada
JVD fornece uma estimativa da Pressão da AD
IC leve a Moderada apresenta Pa sistólica normal ou aumentada
Noctúria é COMUM na IC
Respiração de Cheyne-Stokes resulta de uma sensibilidade diminuída do centro respiratório à PaCO2
Cor pulmonale: alteração na estrutura e/ou função do VD em contexto de doença pulmonar crónica e resultante de HT pulmonar
Apesar da disfunção do VD ser uma importante sequela de IC com ou sem FE preservada, NÃO é considerada cor pulmonale
Doentes com doença pulmonar crónica que desenvolvem cor pulmonale têm pior prognóstico
Apesar de a DPOC e bronquite crónica serem responsáveis por 50% dos casos, qualquer doença que afete o parênquima ou vasculatura pode causar cor pulmonale
A descompensação aguda de um cor pulmonar crónico compensado é um evento incomum
No cor pulmonale, os sintomas relacionam-se geralmente com a doença pulmonar
Dispneia é o sintoma + comum de cor pulmonale
Quando a IC VD agrava perde-se o sinal de Carvallo (aumento da intensidade do sopro holossistólico da IT com a inspiração)
Cianose é um sinal TARDIO de cor pulmonale – secundário ao baixo DC com vasoconstrição sistémica e desigualdade ventilação-perfusão no pulmão
Ortopneia e DPN são sintomas comuns de IC direita isolada
Na avaliação do VD através de ecocardiografia 2-D, a localização atrás do esterno e a sua forma em crescente dificulta a sua avaliação, especialmente na presença de doença pulmonar
Na avaliação do cor pulmonale, o ecocardiograma doppler permite avaliar as pressões na artéria pulmonar
RMN é útil para avaliar a estrutura e função do VD, particularmente nos doentes com doença pulmonar severa difíceis de observar por ecocardiograma
No cor pulmonale, BNP e NT BNP estão elevados por estiramento do miocárdio e podem estar muito aumentados na embolia pulmonar aguda
Em condições normais, a pressão da art pulmonar é de apenas 5 mmHg
Doentes com IC avançada requerem aumendo dos diuréticos, exibindo hiponatrémia e insuf renal com múltiplos episódios de descompensação e necessidade de hospitalização
Doentes assintomáticos com IC numa fase precoce apresentam uma história natural modificável pelos novos fármacos
O Sildenafil melhorou as pressões de enchimento e função do VD em doentes com HT pulmonar, contudo, num estudo de larga escala não teve resultados animadores
IC aguda descompensada é um síndrome que geralmente obriga a hospitalização e resulta de uma diminuição da performance cardíaca, disfunção renal e alterações da compliance vascular
Nos doentes internados por IC aguda descompensada, a perda de peso hospitalar relaciona-se com o outcome
Na IC aguda descompensada, sugere-se continuar a diurese até atingir a euvolémia
Síndrome cardio-renal é cada vez mais reconhecido como uma complicação de IC aguda
30% dos hospitalizados com IC aguda descompensada têm alterações da função renal, que se associam a > tempo de hospitalização e mortalidade
O Estudo CARRESS-HF mostrou que em comparação com os diuréticos, a ultrafiltração associou-se a agravamento da creatinina e mais efeitos adversos - não é primeira linha
A maioria dos doentes com S. Cardio-renal têm um débito cardíaco deprimido
Edema e crepitações são os sinais mais comuns de IC
IC tem uma prevalência de 6-10% > 65 anos
Em 20-30% dos casos de IC com FE diminuída, a etiologia não é conhecida
Embora a contribuição da diabetes para a IC não esteja bem compreendida, acelera a aterosclerose e associa-se a hipertensão
Condições que levam a um aumento do output cardíaco normalmente são suficientes para originar IC
Na IC, o status funcional é um importante preditor do prognóstico
Na IC, a hiperfosforilação do receptor da rianodina leva a Saída de Ca2+ do RS
A remodelação do VE pode contribuir de forma independente para a progressão para IC
Como as veias pleurais drenam para as veias sistémicas e pulmonares, os derrames pleurais ocorrem mais frequentemente na IC com falência biventricular
Mesmo na ausência de doença pulmonar, as crepitações não são específicas de IC
Na IC, um S3 é mais comum em doentes com sobrecarga de volume, taquicardia e taquipneia, e geralmente significa compromisso hemodinâmico grave
Icterícia mista é um sinal tardio de IC e resulta da congestão hepática e hipoxemia hepatocelular
Na IC, o edema periférico é uma das principais manifestações mas não é específico, estando geralmente ausente nos doentes tratados adequadamente com diuréticos
ECG se normal, exclui disfunção sistólica do VE
O Ecodoppler 2-D é o exame mais útil na IC e permite uma avaliação quantitativa do tamanho e função do VE
A fracção de ejeção é o método mais útil para a avaliação da função do VE, contudo é afetada pela pré-carga e pós-carga
BNP e Pró-BNP são úteis na decisão clínica em ambulatório num doente com dispneia, estabelecem prognóstico ou gravidade da IC e podem guiar a terapêutica
ST-2 solúvel e galectina 3 úteis para determinar o prognóstico de IC
Doentes com IC com consumo máximo de O2 < 14 mL/kg/min têm mau prognóstico e apresentam melhor sobrevida com o transplante
Obesos têm níveis aumentados de BNP e Pró-BNP
Na IC com FE preservada, foi sugerido que a intolerância ao exercício resulta de insuficiência cronotrópica que pode ser corrigida com pacemakers
Idade, HTA, Aterosclerose e Diabetes são FR para IC com FE preservada
IC aguda descompensada apresenta 5-8% mortalidade intra-hospitalar e 20% ao fim de um ano
Ureia > 43 mg/dL é fator de mau prognóstico na IC aguda descompensada
Na IC aguda descompensada, quando são necessárias altas doses de diuréticos ou quando o efeito é subóptimo, uma infusão contínua mantém os níveis, contudo aumenta a toxicidade
A melhor estratégia diurética na IC aguda descompensada ainda não está esclarecida
No tx da IC aguda descompensada, a metolazona tem um efeito sinérgico e geralmente é necessário em doentes sob diuréticos de ansa há muito tempo
Síndrome cardio-renal: anormalidades da função renal e cardíaca, com deterioração da função de um orgão enquanto o outro recebe terapia
Síndrome cardio-renal: ação de fatores neuro-hormonais potenciados pelo “backward failure” por aumento na pressão intra-abdominal e alteração no retorno venoso renal
Ultrafiltração diminui a atividade neuro-hormonal
Os nitratos EV, nitroprussiato e nesiritide são utilizados para tentar estabilizar a IC aguda descompensada
Nesiritide parece ter maior tendência para a hipotensão, mas sem benefícios associados, não tendo indicação para o uso rotineiro
A serelaxina melhorou a dispneia, reduziu os sinais e sintomas de congestão e associou-se a menor número de agravamentos de IC
Milrinona aumenta o AMPc intra-miocárdico, atuando a jusante do receptor β–adrenérgico, sendo útil nos que recebem bloqueadores β
Alterações da contractilidade raramente acompanham a IC aguda descompensada
Os agentes inotrópicos estão indicados como terapia ponte ou como paliativa na IC terminal
Agentes inotrópicos na IC aguda descompensada, a curto prazo associam-se a aumento das arritmias e hipotensão, e sem efeitos benéficos
Levosimendan (Sensibilizador de Ca2+ e um agente vasodilatador), comparando com a terapia não inotrópica, mostrou uma melhoria modesta dos sintomas mas com > mortalidade a curto prazo e arritmias ventriculares
Antagonista da vasopressina-2 apresentam resultados desapontantes na IC aguda descompensada
Bloqueadores β estão contra-indicados na doença pulmonar obstrutiva, mesmo que controlada
Alguns pacientes com IC avançada podem não tolerar doses óptimas de inibidores neurohormonais, apresentando um pior prognóstico
Os IECAs exercem um efeito benéfico em toda a classe, ao contrário dos bloqueadores β
Bisoprolol, carvedilol e metoprolol são os únicos bloqueadores β aprovados para IC com FE deprimida
Na IC com FE deprimida IECA+ARA+bloqueador β associam-se a pior prognóstico
Na IC com FE deprimida, Aliskiren é não inferior a IECA
Hidralazina diminui a resistência vascular sistémica por alteração do Ca2+ e no tratamento de IC com FE deprimida melhora a sobrevida, mas não tanto como IECAs ou ARAs
No tratamento de IC com FE deprimida, não se sabe até que ponto a Ivabradina será eficaz em doentes a receber a terapia adequada
No tratamento de IC com FE deprimida, a Ivabradina é terapia de 2ª linha em doentes sintomáticos sob IECA + bloqueador β + atg mineralocorticóide e FC > 70 bpm (antes da digoxina)
Na IC com FE deprimida, o verapamil e dialtiazem podem ter efeitos inotrópicos negativos e destabilizar doentes previamente assintomáticos
No tratamento de IC com FE deprimida, os diuréticos orais aumentam a sobrevida