Ciclo cardíaco

Description

Fisiologia Flashcards on Ciclo cardíaco, created by Izabela dos Santos on 16/08/2020.
Izabela dos Santos
Flashcards by Izabela dos Santos, updated more than 1 year ago
Izabela dos Santos
Created by Izabela dos Santos over 4 years ago
59
0

Resource summary

Question Answer
Onde se inicia a contração muscular? Nó sinoatrial (Nó SA)
Qual o trajeto da onda de despolarização depois de partir do nó SA? Nó SA -> Via internodal -> Nó AV -> Fascículo AV (Feixe de His) -> Ramos direito e esquerdo -> Ramos subendocárdicos (células de Purkinje)
Após o disparo do potencial de ação no nó SA a despolarização se propaga para as células vizinhas através das junções comunicantes. Por onde a condução é mais rápida e mais lenta? A condução é mais lenta pelas células contráteis do átrio e mais rápida pelas vias internodais.
O que impede que os sinais elétricos sejam transferidos dos átrios para os ventrículos? O esqueleto fibroso do coração. Consequentemente, o nó AV é o único caminho através do qual os potenciais de ação podem alcançar as fibras contráteis dos ventrículos.
Por que é necessário direcionar os sinais elétricos através do nó AV e não permitir que eles se espalhem dos átrios para os ventrículos? O sangue é bombeado para fora dos ventrículos através de aberturas localizadas na porção superior dessas câmara. Se o impulso elétrico vindo dos átrios fosse conduzido diretamente para os ventrículos, estes iniciariam a contração pela parte superior. Logo, o sangue seria impulsionado para baixo e ficaria represado na parte inferior dos ventrículos. A contração do ápice para a base empurra o sangue para as aberturas das artérias situadas na base do coração.
Além da contração do ápice para a base, que outro mecanismo auxilia na ejeção dos sangue dos ventrículos? O arranjo em espiral dos músculos nas paredes. Quando esses músculos contraem, eles aproximam o ápice da base, impulsionando o sangue para fora através das aberturas no topo dos ventrículos.
O que acontece com a velocidade do impulso nervoso ao passar pelo nó AV e por que isso ocorre? Diminui em média 1/20 em comparação à velocidade nas vias internodais. Esse atraso permite que os átrios completem suas contrações antes do início da contração ventricular.
Quais as células responsáveis por regular o ritmo cardíaco e porquê? As células do nó SA determinam a frequência cardíaca porque são o marca- -passo mais rápido (dispara PA antes que os outros).
Em algumas situações (danificação do nó SA) outras células mais lentas do sistema de condução, como as do nó AV e as fibras de Purkinje, podem agir como marca-passos. O que acontece com a contração nesse caso? A frequência cardíaca se ajustará ao ritmo do novo marca-passo. Ainda existe a possibilidade de que diferentes partes do coração sigam marca-passos diferentes como na condição conhecida como bloqueio cardíaco completo.
O que é fibrilação? Quais as consequências e como corrigir? Situação em que as células do miocárdio perdem toda a coordenação e contraem de maneira desorganizada. A fibrilação atrial é comum, sem sintomas, que pode ter consequências graves (como o AVE) se não for tratada. A fibrilação ventricular é grave, pois não chega sangue suficiente para suprir oxigênio para o encéfalo. Para corrigir, pode-se administrar choque elétrico que cria uma despolarização simultânea, coordenando as células novamente.
Se o eletrocardiograma (ECG) reflete a atividade elétrica do coração, por que ele não pode ser comparado ao pontencial de ação? O potencial de ação é o evento elétrico em apenas uma célula. Já o ECG é um registro extracelular de múltiplos PA ocorrendo em muitas células musculares cardíacas. Além disso, as voltagens captadas no ECG (superfície do corpo) são diferentes da voltagem na célula.
Quais os componentes de um ECG? Um eletrocardiograma é dividido em ondas (P, Q, R, S, T), segmentos entre as ondas (p. ex., os segmentos P-R e S-T) e intervalos, que consistem da combinação de ondas e segmentos (assim como os intervalos PR e QT).
O que significa eletricamente cada porção do ECG? Onda P: despolarização atrial Segmento P-R: condução através do nó AV e do fascículo AV Complexo QRS: despolarização ventricular Onda T: repolarização ventricular
O que é derivação?
Quais eventos musculares ocorrem em cada porção do ECG? Após o disparo do PA pelo nó SA e sua condução até o nó AV (onda P) os átrios começam a contrair (segmento P-Q). Nesse segmento também está ocorrendo a passagem do sinal pelos nó AV em direção ao fascículo AV com considerável atraso. A curva Q representa a despolarização do septo IA, a curva R da massa ventricular e a curva S da porção superior do ventrículo. A partir dessa última curva, as regiões anteriormente despolarizadas (ápice a corpo ventricular) começam a contrair. No segmento S-T está ocorrendo a contração ventricular e sua repolarização começa na onda T para, por fim, ocorrer o relaxamento ventricular.
Onde está a repolarização atrial no ECG? A repolarização atrial não é representada por uma onda especial, mas está incorporada no complexo QRS.
O que é o período quiescente? Período em que átrios e ventrículos estão relaxados, antes de um novo PA ser disparado.
Como é calculada a frequência cardíaca no ECG? Qual a faixa de normalidade? Cronometrada do início de uma onda P até o início da próxima onda P, ou do pico de uma onda R até o pico da onda R seguinte. Uma FC de 60 a 100 bpm é considerada normal, exceto em atletas (menor). Uma frequência mais rápida que a normal é chamada de taquicardia, e mais baixa que a normal é chamada de bradicardia.
O que pode-se inferir quando não existe um complexo QRS para cada onda P? pode haver um problema de condução dos sinais no nó AV. No bloqueio cardíaco (o problema de condução mencionado anteriormente), os potenciais de ação vindos do nó SA às vezes não são transmitidos para os ventrículos através do nó AV. Nessas condições, uma ou mais ondas P podem ocorrer sem iniciar um complexo QRS.
O que é uma arritmia cardíaca? São problemas elétricos que surgem durante a geração ou condução de potenciais de ação através do coração e, em geral, podem ser observados em um ECG.
Quais as 2 fases de um ciclo cardíaco? Cada ciclo cardíaco possui duas fases: diástole, o tempo durante o qual o músculo cardíaco relaxa, e sístole, período durante o qual o músculo contrai.
Como ocorre a 1ª bulha cardíaca? O sangue empurrado contra a porção inferior das valvas AV faz elas se fecharem, de modo que não haja refluxo para os átrios. As vibrações seguintes ao fechamento das valvas AV geram a primeira bulha cardíaca, S1, o “tum” do “tum-tá”.
O que é a fase de contração ventricular isovolumétrica? Período em os ventrículos estão se contraindo, porém ambos os conjuntos de valvas AV e válvulas semilunares estão fechadas. Assim, o sangue nos ventrículos não tem para onde ir e o volume sanguíneo continua inalterado.
O que gera a 2ª bulha cardíaca? No final da ejeção ventricular, os ventrículos começam a repolarizar e a relaxar, diminuindo a pressão dentro dessas câmaras. Uma vez que a pressão ventricular cai abaixo da pressão nas artérias, o fluxo sanguíneo começa a retornar para o coração. Este fluxo retrógrado enche os folhetos (cúspides) em forma de taça das válvulas semilunares, forçando-os para a posição fechada,. As vibrações geradas pelo fechamento das válvulas semilunares geram a segunda bulha cardíaca, S2, o “tá” do “tum-tá”.
Como ocorre a fase de relaxamento ventricular isovolumétrico? Uma vez que as válvulas semilunares se fecham, os ventrículos novamente se tornam câmaras isoladas. As valvas AV permanecem fechadas devido à pressão ventricular que, embora em queda, ainda é maior que a pressão nos átrios. Esse período é chamado de relaxamento ventricular isovolumétrico, porque o volume sanguíneo nos ventrículos não está mudando. Quando o relaxamento do ventrículo faz a pressão ventricular cair até ficar menor que a pressão nos átrios, as valvas AV se abrem. O sangue que se acumulou nos átrios durante a contração ventricular flui rapidamente para os ventrículos. O ciclo cardíaco começou novamente.
O que é o volume diastólico final (VDF)? É o volume máximo de sangue presente no final do relaxamento ventricular (diástole) antes que a contração ventricular comece (cerca de 135 mL).
O que é volume sistólico final (VSF)? O coração não se esvazia completamente de sangue a cada contração ventricular. O volume sanguíneo deixado no ventrículo ao final da contração é o (VSF). É a menor quantidade de sangue que o ventrículo contém durante um ciclo cardíaco (cerca de 65 mL).
O que é o diagrama de Wiggers? É um diagrama que relaciona as pressões do coração à esquerda e da aorta com o volume sanguíneo do coração à esquerda e o ECG em um ciclo cardíaco.
Como é calculado o volume sistólico? A quantidade de sangue (volume) bombeado por um ventrículo durante uma contração é chamada de volume sistólico e pode ser calculado pela substração do volume sanguíneo antes da contração (VDF) pelo volume sanguíneo após a contração (VSF). p. ex. 135mL - 65mL=70mL/batimento
Qual a finalidade de o sangue permanecer nos ventrículos ao final de cada contração? A finalidade é que o VSF de 65 mL proporciona uma margem de segurança, uma reserva. Com uma contração mais eficaz, o coração pode diminuir seu VSF, enviando mais sangue para os tecidos. Como muitos órgãos do corpo, o coração geralmente não trabalha “a todo vapor”.
O que é o Débito Cardíaco (DC)? É uma forma de avaliar a eficácia do coração medindo o volume sanguíneo ejetado pelo ventrículo esquerdo em um determinado período de tempo. Multiplica-se a frequência cardíaca (bpm) pelo volume sistólico (mL por batimento). p. ex. 70 bpm x 70mL/batimento = 4.900 mL/min ~ 5L/min
Como se dá o controle parassimpático sobre a FC? O neurotransmissor parassimpático (ACh) diminui a FC. A ACh ativa os receptores colinérgicos muscarínicos que influenciam os canais de K+ e Ca2+ nas células marca-passo. A permeabilidade ao K+ aumenta, hiperpolarizando a célula, de modo que o potencial marca-passo inicia em um valor mais negativo. Ao mesmo tempo, a permeabilidade ao Ca2+ diminui nas células marca-passo. A diminuição da permeabilidade ao Ca2+ retarda a taxa em que o potencial marca-passo despolariza. A combinação dos dois efeitos faz a célula levar mais tempo para alcançar o limiar, atrasando o início do potencial de ação no marca-passo e diminuindo a frequência cardíaca.
Como se dá o controle simpático sobre a FC? A estimulação simpática nas células marca-passo acelera a frequência cardíaca. As catecolaminas noradrenalina (dos neurônios simpáticos) e adrenalina (da medula da glândula suprarrenal) se ligam à receptores B1 que desencadeiam segundos mensageiros (AMPc). Quando o AMPc se liga para abrir os canais If, ou altera as propriedades de transporte dos canais de Na+ eles permanecem abertos por mais tempo. A permeabilidade aumentada ao Na+ e ao Ca2+ durante as fases do potencial marca-passo acelera a despolarização fazendo a célula atingir o limiar mais rapidamente e, assim, aumentando a taxa de disparo do potencial e a frequência cardíaca.
O que é o controle tônico da contração cardíaca? O controle tônico se refere à frequência de despolarização espontânea do nó SA (90 a 100 vezes por minuto) quando todos os sinais simpáticos e parassimpáticos para o coração são bloqueados. Assim, o controle tônico da frequência cardíaca é dominado pela porção parassimpática já que a atividade parassimpática tônica deve diminuir a frequência intrínseca de 90 bpm para os 70 bpm considerados normais.
Qual mecânico pode alterar o débito sistólico? A força (intensidade) de contração do músculo.
Como promover a variação da força de contração no músculo cardíaco? Aumentando-se o comprimento (grau de estiramento) da fibra e aumentando a contratilidade do coração.
O que é contratilidade? É a capacidade intrínseca da fibra muscular de se contrair independentemente do comprimento da fibra. Está relacionada à interação entre o cálcio e os filamentos contráteis.
O que é a pré-carga? É o grau de estiramento da fibra ventricular antes da sístole ocorrer. Quanto maior o estiramento, mais intensa a contração e maior o volume sistólico. (relação comprimento-tensão)
No gráfico de Starling o que o VDF e o débito sistólico indicam respectivamente? O volume diastólico final indica o grau de estiramento da fibra e o débito sistólico indica a força de contração.
O que a lei de Frank-Starling do coração atesta? Que quando mais sangue entra no coração (VDF), maior a força de contração e maior a ejeção (débito sistólico).
O volume diastólico final é, em geral, determinado pelo retorno venoso, que é a quantidade de sangue que retorna ao coração pela circulação venosa. Três fatores afetam o retorno venoso, quais são eles? (1) a contração ou compressão das veias que levam o sangue para o coração (bomba do músculo esquelético) (2) a mudança na pressão no abdome e no tórax durante a respiração (a bomba respiratória) e (3) a inervação simpática das veias.
O que são agentes inotrópicos? São substâncias químicas que alteram a contratilidade tendo um efeito chamado inotrópico (positivo - se aumenta a contração ou negativo - se diminui a contração)
Como as catecolaminas agem na alteração da contratilidade cardíaca? As catecolaminas promovem o aumento da quantidade de cálcio disponível às fibras contráteis, assim, a contração consegue ser mais intensa, mesmo sem haver mudança no comprimento da fibra (distinta da relação comprimento-tensão).
O que é a pós-carga? É a carga combinada do sangue no ventrículo (VDF) e da resistência durante a contração para ejetar o sangue para a artéria (pressão arterial)
O aumento da pós-carga é visto em várias situações patológicas, incluindo a pressão sanguínea arterial elevada e a perda da distensibilidade (complacência) da aorta. Como isso funciona? Para manter um volume sistólico constante o coração deve aumentar a força de contração de forma a vencer a pressão arterial elevada (aumento da pós-carga). Para isso, maior energia é necessária e caso essa situação seja crônica as células miocárdicas podem ser levadas à hipertrofia (aumento da espessura da parede ventricular).
Show full summary Hide full summary

Similar

Anatomia e Fisiologia do Aparelho Urinário Humano
Ana Inês Kruecck Quintas
Anatomia e Fisiologia do Sistema Reprodutor Feminino
Ana Inês Kruecck Quintas
Sistema nervoso
João Victor
Sistema Urinário
mariana monteiro
Fisiologia do Sistema Renal
Paula Ceccon
Fisiologia Vegetal
victorgalol13
Aparelho Locomotor - Sistema Muscular
mariana monteiro
FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 1
Paula Ceccon
Sistema linfático
Matheus Paracampos
Potencial de Ação Nervoso
Juliana Alfer
CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL
Isis Andrade