Created by Bárbara Hernandes
7 months ago
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Question | Answer |
Qual a definição de placenta prévia? | Implantação da placenta no segmento inferior do útero a partir da 28 semana. |
Qual a classificação da placenta prévia? | - Total: recobre totalmente o colo do útero - Parcial: recobre parcialmente - Marginal: margeia o orifício interno do colo do útero - Baixa: Placenta situada no segmento inferior mas sem alcançar o OI do colo, logo não causa sintomas. |
Por que não podemos diagnosticar a placenta prévia antes da 28 semana? | Devido a MIGRAÇÃO PLACENTÁRIA. Nós fazemos a USG abdominal morfológica com 20-24 semanas, nela já avaliamos onde está a placenta, no entanto, se estiver inserida em orifício interno do colo, a USG deve ser repetida com 28 semanas pois antes desse tempo a placenta pode ter migrado para fora do orifício e deixar de ser prévia. |
Quais as causas relacionadas a placenta prévia? | A realização anterior de cesarianas (importante!). Idade avançada, tabagismo, paridade aumentada, abortos, endometrite, gemelaridade, doenças hemolíticas. |
Qual o quadro clínico da placenta prévia? | Sangramento VERMELHO VIVO, INDOLOR. Feto normalmente bem. Exame: NÃO FAZER TOQUE VAGINAL!! Só passar o especulo. |
Qual a conduta geral na placenta prévia em caso de sangramento? | - Sangramento vultuoso, independente da IG: CESARIANA - Mãe bem, pouco sangramento, feto prematuro (<34 sem): interna e faz corticoide para amadurecer o pulmão do bebê - Mãe bem, pouco sangramento, feto a termo: cesariana |
Qual a conduta de acordo com o tipo de placenta prévia? | Basicamente é sempre cesária, mas há algumas possibilidades. - PP total: CESARIANA - PP parcial: CESARIANA. Na multípara pode tentar vaginal se sangramento pequeno com parto próximo do fim( 9/10 cm de dilatação) e ausência de obstáculo mecânico - PP marginal: CESARIANA. Na multípara e primípara podemos tentar vaginal se sangramento pequeno, mãe estável e parto próximo do fim, nesse caso fazemos amniotomia geralmente. |
O que é placenta acreta? | É ausência da decídua basal (visualizado por um complexo hipoecóico retroplacentário). Ocorre quando a placenta se adere ao miométrio. É uma das complicações da placenta prévia. Ela pode ser: - Acreta: aderida ao miométrio - Increta: invade o miométrio - Percreta: alcança o peritônio, ou seja, pode atingir outros órgãos. |
Como é feito o diagnóstico da placenta acreta? | Por USG com doppler ou RNM. No doppler há presenta de lacunas vasculares, é visualizado por um complexo hipoecóico retroplacentário. Faz DD com DTG. |
Em que consiste o descolamento prematuro de placenta? | É a separação intempestiva da placenta normalmente inserida no corpo uterino, em gestações com idade superior a 20 semanas e antes da expulsão fetal. Abaixo disso é abortamento. |
Qual a classificação do DPP? | Grau 0: assintomático, feito retrospectivamente Grau 1: leve, A placenta vai descolando cronicamente com Hemorragia vaginal e Dor abdominal discreta ou ausente Grau 2: moderado,Hemorragia vaginal, Dor abdominal intensa, Hipertonia e taquissistolia, Sofrimento fetal (CTG) Grau 3: grave com óbito fetal Grau 3 A: sem CID Grau 3 B: com CID |
Qual o principal fator de risco da DPP? | Hipertensão, mas há outros. |
Qual a clínica da DPP? | O diagnóstico é clínico. - Hipertonia/ taquissistolia, Sangramento ESCURO, DOR súbita, Sofrimento fetal (grave e precoce) e a associação com os Fatores de risco. - Anemia pela perda de sangue até choque - Utero: Consistencia lenhora e aumento do fundo. Bolsa d'agua está tensa. - Durante o exame o paciente vai ter dor a palpação uterina ou lombar |
O que é um ÚTERO DE COUVELAIRE? | É uma complicação da DPP que consiste em infiltração do miométrio pelo sangue cursando com apoplexia útero-placentária e ATONIA UTERINA (utero não contrai direito) |
O que pode aparecer no USG do DPP? | Pode haver um hematoma retroplacentario, mas não está presente em todos os casos. |
Qual a conduta diante de um DPP? | Realização do parto pela via mais rápida se feto vivo -Vaginal: Se no expulsivo - Cesária: Se não está no expulsivo Se feto morto - < 4h: é via vaginal >4h: é via cesariana Tratamos a discrasia sanguínia, estabilizamos hemodinamicamente (repor volemia), dosamos plaquetas e realizamos o coagulograma. - Se CID podemos induzir o parto com ocitocina e amniotomia. |
Qual a complicação mais preocupante na DPP? | Coagulação intravascular disseminada |
Qual a principal manobra utilizada para prevenir lacerações de trajeto durante um parto vaginal? | Técnica de hands on ou Ritgen modificada |
Como classificamos as lacerações de períneo? | Em 4 graus: - 1 grau: atinge mucosa vaginal (podemos ter conduta expectante) -2 grau: camada muscular - 3 grau: atinge esfincter anal - 4 grau: chega ao reto. Nesse caso utilizamos atb terapia (clinda + metronidazol) |
Quais os fatores de risco presentes para laceração de trajeto durante o parto vaginal? | Uso de fórceps, episiotomia, bebê macrossômico, primiparidade, distocia de ombro e parto taquitócico. |
A rotura uterina é um sangramento presente em qual período da gravidez? | Segundo semestre ou 3 trimestre da gestação |
Quais os dois sinais presentes na iminência de rotura uterina? | Sinal de bandl (diferença entre o corpo x segmento) e sinal de frommel (ligamentos redondos retesados) |
Quais os sinais no exame físico presente na ruptura uterina consumada? | - Sinal de clark: presença de enfisema subcutâneo a palpação da região de útero devido a migração de ar da vagina para o peritônio. - No toque: útero vazio com subida da apresentação |
Quais as queixas presentes na iminência de ruptura e na ruptura consumada. | - Na iminência: paciente agitada, queixa-se de dor intensa no hipogástrio e contrações muito dolorosas que não cedem ao final da contração. - Na consumada: também há relato de dor lancinante em hipogástrio com paralisação do trabalho de parto (com certo alívio da dor). Devido a ruptura a paciente evolui com HEMORRAGIA e CHOQUE |
Qual o tratamento da ruptura uterina? | - Se a ruptura não ocorreu ainda: CESARIANA URGENTE - Se a ruptura já ocorreu: CESARIANA, podendo ser feito a rafia do útero ou histerectomia a depender da situação. - Cesariana eletiva: pode ser feita em pacientes multíparas com 39 semanas de gestação. |
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