O bioma pantaneiro, também conhecido como Pantanal Mato-grossense fica
localizado no estado do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bolívia e Paraguai.
É caracterizado por um clima quente e úmido no verão e seco no Inverno. Em
época de chuva ficam alagados cerca de dois terços do Bioma, sendo
considerada a maior planície inundável. No bioma pantaneiro é encontrado
uma variedade de vegetação típica das áreas alagadas, além de cerrado,
campos, florestas tropicais. É encontrado também vegetais como timbó, ipês,
capinzais, acácias, pequizeiros, jatobás, imbaúbas e cambarás. No bioma
pantaneiro é encontrado uma gama muito grande de aves, sendo elas a maior
diversidade do mundo como: gaivotas, marrecos, araras, garças, tucanos,
urubus, gaviões-reais, seriemas, tuiuiús entre outros. Mamíferos com mais de
cem espécies como: onça-parda, gato-do-mato, lontra, ariranha, onça-pintada,
tamanduá, jaguatirica entre outros. Répteis como jacarés e sucuris. Peixes com
mais de duzentas espécies, destacando o pintado, pacu, jau, dourado, lambari,
piranha (LINHARES, 2017).
Esse bioma compreende uma quantidade enorme de espécies, porém elas
podem ser encontradas em outros tipos de biomas. As atividades mais
evidentes no bioma são pesca, agricultura, pecuária, mineração e turismo
(CARNEVALLE, 2014).
O turismo ecológico é um dos maiores atrativos do Pantanal, porém ainda
precisa ser muito incentivado. Esse turismo além de gerar uma renda pode ser
usado como uma forma de preservação. Atividades como práticas agrícolas e
pecuária sem um controle, sem fiscalização tem levado à alguns problemas
como por exemplo erosão e assoreamento de alguns rios. Tem também o
garimpo que leva o rio à poluição. Caça e pesca clandestina tem gerado uma
destruição da fauna e da flora. Para que tudo isso possa ser evitado é
necessário que haja um controle e uma fiscalização, além de implantar
programas de estudos, porém isso tudo deve ser incentivado pelo governo
(GEWANDSZNAJDER, 2011).
Todos os biomas tem sofrido alterações devido à ocupação humana, sendo
assim, já foi destruído partes de sua vegetação, no Brasil já se perdeu 38% da
vegetação nativa e ainda continua perdendo cerca de milhões de quilômetros
quadrados por ano, provocado pelas queimadas e corte de árvores
(LINHARES, 2017).
Reserva da Biosfera
A Reserva da Biosfera que compõe os estados do Mato Grosso do Sul, Mato
Grosso e uma parcela de Goiás, é a reserva da Biosfera do Pantanal. A
reserva ocupa região do Pantanal Mato-Grossense e áreas de influência dos
rios que compõe o sistema hídrico da planície do Pantanal. A Reserva da
Biosfera existe para que exista dentro das atividades de pecuária uma
sustentabilidade, isso é praticado na região desde o Séc. XVIII, sendo então
um ato importantíssimo para conservar a biodiversidade Pantaneira. Atividades
como o ecoturismo de paisagem, pesca esportiva, pesca artesanal, de
aventura entre outras são atividades econômicas que a Reserva Pantaneira
privilegia como um desenvolvimento sustentável (BRASIL, 2018;
MAB/UNESCO, 2018).
A reserva da Biosfera é um programa que tem iniciativa dos governos Federal
e do Estado do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, e tem como objetivo
fornecer uma boa infraestrutura, em obras de saneamento básico e de
transporte, gerar apoio a comunidades tradicionais da região e capacitação
profissional, para que se desenvolva ações sustentáveis no Pantanal. Além
disso, a reserva conta com apoio do Banco Interamericano de
Desenvolvimento - BID e do Banco Japonês de Cooperação Internacional –
JBIC (siglas em inglês), com recursos de 400 milhões de dólares
(RBPANTANAL, 2018).
Esse título de Reserva da Biosfera do Pantaneira foi dada pelo Órgão das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em outubro
de 2000, mas só foi reafirmado esse título em 23 de novembro de 2017, depois
de ser criado comitês do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e Conselho
Deliberativo Federal. Esse título de Reserva da Biosfera Pantaneira que lhe foi
dado, não impõe que haja restrição de ocupação. A reserva se estende por
uma área de 251.569KM² e ocupa cerca de 30 municípios no Mato Grosso do
Sul, abrangendo uma riquíssima biodiversidade de 3.500 espécies de plantas,
124 espécies de mamíferos, quase 200 espécies de répteis, 464 de aves, 325
de peixes e 1.132 de borboletas