Seu filho foi aclamado "Imperador Constitucional Pedro II
em sua menoridade", tendo como tutor José Bonifácio
Assembleia Legislativa em recesso - senadores indicaram uma
Regência Trina Provisória
Dois meses depois - Regência Trina Permanente
Regência não podia: declara guerra, conceder títulos,
vetar leis e dissolver a Câmara.
Assembleia Legislativa detinha o poder decisório
Politica se polarizou: restauradores,
liberais e moderados. **
Período tenso: manifestações e levantes
Ministro da Justiça, padre Diogo Antônio Feijó,
reorganizou as forças militares para conter as tensões
18 de agosto de 1831- criação da Guarda Nacional **
Novembro de 1832 - finalizado o Código de Processo Criminal, que
estabeleceu novas regras para o exército da Justiça
1834 - Ato Adicional à Constituição de 1824: transformou em
assembleia os conselhos gerais da província (maior autonomia
das províncias, que passara a poder criar leis específicas)
Instituiu a Regência Una
1835 – Regência Una foi assumida por Diogo Feijó, com
pouco mais da metade dos votos
• Grande oposição: inicio de diversas rebeliões
As revoltas no Período Regencial
CABANAGEM
1835-1840 - Cabanagem (referencia às habitações pobres às margens do
rio, pertencente à parcela da população que participou ativamente da revolta)
Ocorreu em Belém, na província do Grão- Pará,
causada por divergências entre as elites locais.
1832 – José Mariani, presidente indicado pela
regência, foi impedido de tomar posse.
Novo presidente indicado, Lobo de Souza, tentou uma política
conciliadora, mas sem êxito, pois havia forte oposição.
Novembro de 1834 – tropas provinciais assinaram Manuel Vinagre.
1835 – Rebeldes atacaram e tomaram Belém,
mataram Lobo de Souza e formaram um governo.
Os cabanos governaram por dez meses. Contudo, conflitos
internos entre as lideranças cabanas, contribuíram para que
as tropas imperiais recuperassem a capital.
O movimento permaneceu no interior, e só terminou em 1840, com a
morte aproximada de 30% dos habitantes.
SABINADA
1837 – 1838 – Sabinada (referencia ao
líder médico Francisco Sabino)
Ocorrida em Salvador, representou uma reação dos grupos
liberais ao domínio do governo central sobre as províncias.
Projeto inicial: Separar a Bahia do restante
do país, somente até D.Pedro completar 18
anos e assumir o trono.
Os líderes da revolução acenavam com a
possibilidade de alforriar os cativos nascidos no
Brasil que combatessem as tropas oficiais
1838 – Tropas tomam Salvador e realizam forte repressão
Mais de 1.200 mortos e 3 mil presos
Agosto de 1840 – beneficiando-se do decreto
imperial de 22 de agosto, foram anistiados ou
degredados para outras províncias do Brasil.
BALAIADA
1838 – Balaiada (referencia ao oficio de fazer balaios
realizado pelo líder Manuel Francisco)
Estourou no Maranhão e no Piauí, resultados das
divergências políticas entre as elites
conservadoras (chamados de “cabanos”) e
liberais (denominados “bem-te-vis”)
Inicio do conflito: Assembleia provincial votou a “lei dos
prefeitos”** Contudo, os cabanos monopolizaram os
cargos e passaram a perseguir os bem-te-vis
Vaqueiros, pequenos agricultores e
artesões aderiram ao lado dos bem-te-vis
Segundo foco da rebelião: Recrutamento forçado de
pequenos agricultores para servirem nas tropas oficiais
Manuel Francisco, fabricante de cestos e pequeno
agricultor, ao ter seus filhos recrutados e suas filhas
estupradas por um oficial das tropas, torna-se um dos
líderes mais populares da rebelião.
Terceiro foco da rebelião: insurreição de escravos, liderada pelo liberto
Cosme Bento das Chagas (arregimentou 3 mil negros)
Repressão: general Luís Alves de Lima e Silva, em 1840,
prometeu anistia aos líderes balaios e bem-te-vis que auxiliassem
o exercito a combater os exércitos de Preto Cosme.
3 mil rebeldes morreram e outros milhares foram presos.
Luis Alves de Lima e Silva recebeu o título de barão,
conde, marquês e finalmente duque de Caxias.
FARROUPILHA
1835 – 1845 – Guerra dos Farrapos
(referência ao episódio em que os proprietários
rurais e criadores foram chamados de farrapos,
em tom pejorativo, pelos oficiais.)
Ocorrido no Rio Grande de São Paulo, foi a
revolta mais longa e a única que buscou separar
radicalmente a província do Império.
Sec. XVIII- Sul do Brasil era uma importante
área de criação de gado. Sua ocupação
resultou na criação de uma elite militarizada:
estancieiros e charqueadores**.
Aumento das tensões: presidente da
província aumentou os impostos que taxavam
o gado, havia ausência de taxa sobre a carne
salgada, a política alfandegária do governo
central favorecia aos fazendeiros do Vale do
Paraíba e a produção soa campos gaúchos
era direcionada para o mercado interno.
20 de setembro de 1835 – chefiados por Bento
Gonçalves, os rebeldes tomaram a capital.
1836 – proclamaram a República Rio- Grandense
Bento Gonçalves foi capturado, mas fugiu em 1837
Influenciaram à proclamação da
República de Piratini, em 1838
Rebeldes avançaram por Santa Catarina, tomando a
cidade de Laguna (Republica Juliana)
1840 – Golpe de Maioridade: D.Pedro propôs a anistia
aos revoltosos, mas os farrapos não aceitaram.
Divergências entre os líderes enfraquece a revolta. David Canabarro
defendia a autonomia provincial, sem romper com o império.
Últimos anos o governo farroupilha foi liderado pelos moderados e
monarquistas mais favoráveis ao acordo com o governo imperial, pois o jovem
imperador prometera atender as principais reivindicações do movimento.
1842 – Luis Alves de Lime e Silva, nomeado presidente
da província, conseguiu a rendição dos farrapos.
1845 – David Canabarro assinou o acordo (Fim da revolta)
CARRANCAS
1833 - Carrancas (referência ao município
de Carrancas, onde ocorreu o moviemento)
Liderados por Ventura Mina, dezenas de
escravos iniciaram a revolta. Mataram
nove pessoas e o filho do deputado
Gabriel Francisco, que era seu senhor.
Em outras propriedades da família, encontraram
forte resistência, onde Ventura foi morto.
Fim da rebelião: 17 escravos foram
sentenciados à pena de morte
Decreto de 10 junho de 1835: pena de
morte para qualquer escravo rebelde
OS MALÊS
1835 - Revolta dos Malês (referência ao nome
dado aos africanos muçulmanos)
Ocorrida na cidade de Salvador, foi uma
tentativa de sublevação fortemente reprimida.
Insatisfação dos muçulmanos com a
repressão das autoridades locais a suas
manifestações religiosas
Planejaram um levante para o dia 25 de janeiro de
1835. O projeto era transformar os brancos e os
cativos nascidos no Brasil em escravos
Contudo, três libertos o denunciaram. Forças policias
invadiram uma casa onde cerca de 60 africanos se reuniam.
Centenas foram presos e 4
condenados à morte.
MANUEL CONGO
1838 - A revolta de Manuel Congo
(referência ao líder do movimento)
Ocorrida no município de Paty do Alferes,
seu objetivo era reunir escravos de
diferentes senhores e criar um quilombo
Repressão da Guarda Nacional e Exército
16 foram acusados, mas apenas
Manuel Congo foi morto
A Consolidação do Império
Primeiramente, o imperador D.Pedro II nomeou o Gabinete
da Maioridade dos liberais que o haviam apoiado.
Em seguida convocou eleições para a Câmara
dos Deputados, eleições que ficaram
conhecidas com “eleições do cacete”*
1841 – o gabinete liberal foi destituído e formou-se um ministério
conservador, regressistas voltaram ao poder.
1842 – D.Pedro dissolveu a Câmara e convocou novas eleições
Medida para acabar com as revoltas: decreto imperial de 1840*
O governo de D. Pedro teve que enfrentar as revoltas liberais de
1842, em São Paulo e Minas Gerais, lideradas por Feijó e Teófilo
Otoni, que reagiram à anulação das “eleições do cacete”.
A rebelião não foi adiante, os revoltosos
receberam anistia imperial em 1844.
1848: Ocorreu a Praieira*, a última rebelião provincial em Pernambuco.
Ocorreu choque entre as elites liberais e conservadoras, os
praieiros tiveram alto grau de elaboração crítica e apelo
direto às massas, mas em nenhum momento colocaram em
dúvida a manutenção da ordem escravista.
Fins de 1842 – Divisão dos membros do Partido Liberal com a
fundação do Partido Nacional Republicano (liberais radicais)
Os membros do novo partido conseguiram controlar a política local.
1845 – indicação do liberal Antônio Pinto Chichorro
da Gama como presidente da província.
Durante três anos seguidos, o Partido Nacional
de Pernambuco controlou a política, com
perseguição aos seus opositores.
A situação crítica de Pernambuco repercutiu na corte do Rio
de Janeiro. Chichorro da Gama foi substituído por Vicente
Pires da Mota, membro da ala liberal contrária aos praieiros.
Herculano Ferreira Pena, político conservador de MG, foi
nomeado presidente da província de Pernambuco.
7 de novembro de 1848 – estopim para
a luta armada iniciada em Olinda.
1849 – Documento “Manifesto ao Mundo”*
(ideias influenciadas pelos ideais socialistas)
1848 – reação do Império: envio de tropas.
Vários líderes foram mortos ou presos, mas,
em 1851, todos os presos foram anistiados,
incluindo os que haviam fugido do Brasil.
Vitoria total do Império sobre o regionalismo
As rendas do governo imperial melhoraram
as finanças públicas. A monarquia e poder
central ficaram consolidados.
Duas facções se consolidaram como
partidos políticos: luzias (liberais,
ex-progressistas) e saquaremas
(conservadores, herdeiros dos regressistas)*
Os dois partidos tinham como objetivo principal
manter o direito de propriedade, as hierarquias
sociais e a ordem dentro de uma sociedade
baseada na desigualdade e na escravidão.
Contudo os luzias queriam a extinção do
Poder Moderador, enquanto os conservadores
se manifestavam por um Executivo forte.
O segundo reinado foi marcado por mudanças
profundas na economia e na sociedade. O Brasil
passou por um processo de modernização.
O reinado se manteve em paz até a Guerra do Paraguai. (1864 e 1870)
Da regência ao Segundo Reinado
1835 – Regência Trina foi substituída pela
Regência Una, assumida por Feijó
Após o estouro de rebeliões por todo país, Feijó
perdeu o apoio até mesmo de seus aliados.
19 de setembro de 1837 – renunciou o cargo
Araújo Lima que o substituiu inaugurou
um período denominado Regresso.*
1840 – Araújo Lima declarou a Lei Interpretativa do Ato Adicional. *
Retratos do jovem imperador foram
utilizados para valorizar o trono e sua figura
Para o governo era necessário uma medida
urgente para reforçar o poder do Império
Liberais propuseram antecipar a
maioridade de D.Pedro (14 anos).
15 de abril de 1840 – Criação do Clube da Maioridade
Requerimento assinado por 18 senadores e 40 deputados
foi entregue a D.Pedro pedindo q assumisse o governo.
23 de julho de 1840 – D.Pedro foi aclamado
imperador do Brasil (Segundo Reinado)