ABSTRAÇÃO REFLEXIONANTE: Relações Lógico-Aritméticas e Ordem das Relações Espaciais
Description
Mapa mental baseado na disciplina "Abstração Reflexionante: Gênese das Capacidades Cognitivas", ministrada pelo Prof. Dr. Fernando Becker no Curso de Doutorado em Informática na Educação da UFRGS.
ABSTRAÇÃO REFLEXIONANTE:
Relações Lógico-Aritméticas e
Ordem das Relações Espaciais
1ª PARTE: A Abstração das Relações
Lógico-Aritméticas
CAP. 1: Abstrações, Diferenciações e
Integrações no Emprego de Operações
Aritméticas Elementares
Todo o desenvolvimento se caracteriza
por um ajustamento das abstrações e das
generalizações
As diferenciações – processo de
reflexionamento – retira de um nível
inferior certas ligações empregadas
implicitamente ou simplesmente
implicadas, mas não notadas, para as
transformar em objetos do pensamento
ulterior
As integrações – processo de reflexão –
enriquecimento do sistema pela
introdução de objetos de pensamento não
considerados até então
A integração conduz à formação de leis
gerais de composição
CAP. 3: A Inversão das Operações Aritméticas
Objetivo
Observar as relações de
inversões aritméticas
Analisar a
reversibilidade
Operações de adição
e multiplicação
Inversão das operações
(subtração e divisão)
Conservação/Inversão
da ordem
Os sujeitos do nível IA, apresentam dificuldades de
estabelecer a ordem, se contentam com empilhamento
quaisquer, apoiado, essencialmente, por abstrações
empíricas elementares.
Nivel IIA a adição já é compreendida como comutativa,
enquanto a multiplicação é uma composição operatória
mais difícil de se apropriar (sendo de patamar superior).
No Nivel IIB os sujeitos compreendem a necessidade de
uma ordem, mas sem que esteja certo da possibilidade de
reencontrar n, a partir de n’
“O problema da inversão”. É uma
ação qualitativamente diferente
CAP. 5: Problemas de Inclusões
Objetivo
Diversificar provas de inclusões e
implicações e analisar como ocorre essa
transformação do pensamento de uma a
outra.
Analisar a Abstração Refletida, ou seja,
como são reconstruídos em seus
raciocínios essas transformações.
Conclusões
Limitações dos sistemas primitivos
de significações:
Abstração reflexionante ->
conduzir à construção de
operações sobre operações
Quantificação progressiva
Novas operações prolongam as
precedentes de maneira
diferenciada
Elaboração de suas negações
com compreensão gradual das
extensões a serem construídas.
As novidades (são 4 tipos) assinalam-se
na seguinte passagem: Significações
qualitativas -> Inclusões em extensão
-> Implicações proposicionais
2ª PARTE: A Abstração da
Ordem das Relações Espaciais
CAP. 8: Séries Aditivas e Exponenciais
Problema - estabelecer se a abstração
pseudo-empírica se reduz a uma leitura
direta de certos caracteres do objeto,
devido ao fato de se tratar de caracteres
introduzidos no objeto por um sujeito
Comparar dois conjuntos de elementos
seriáveis, sob formas, uma aditiva e outra
exponencial
Estádio I - os sujeitos do primeiro nível não
constroem "escadas" por iniciativa própria,
começam construindo figuras quaisquer
No nível IIA, - progresso notável, capta as
diferenças entre as sérias A e B,
reconhece em B intervalos não iguais
Nível IIB e III - quantificação nos
intervalos crescentes de B, noção de
dobro
CAP. 9: As Condições de Leitura de Séries
Aditivas Complexas
Objetivo: analisar as relações entre abstração
empírica, originada do aspecto figurativo das
séries, e os quadros assimiladores, tirados da
coordenação progressiva das ações
Estágio I - reações instrutivas
quanto às duas formas de
abstração.
Estádio II - nas provas com reguinhas de
diferenças constantes, obtêm sucesso,
naturalmente, ao copiar e ao continuar o
modelo número 1.
Nível IIB - não tem mais
problemas
3ª PARTE: A Abstração das
Relações Espaciais
CAP. 12: Relações entre Superfícies e Perímetro dos
Retângulos
Problema - é o das comparações feitas
pelos sujeitos, entre as duas situações em
que se conservam, seja a superfície, seja o
perímetro
Técnica - transformar um quadrado em
retângulos cada vez mais compridos
Distinguem-se cinco fases sucessivas da abstração
1) Corresponde ao estágio I, e é
caracterizada por um maximum de
abstrações empíricas (ou
pseudo-empíricas) mal coordenadas e
cheias de lacunas
2) Começo do nível IIA, em que as
respostas corretas são fundadas em uma
abstração reflexionante ativa
3) Segunda metada do subestágio IIA:
conduz a este último progresso, mas
sem ainda "reflexão" nova sobre este
"refletido"
4) Ao nível IIB, a abstração reflexionante
impõe-se a tal ponto que o sujeito deforma a
metade dos fatos, reprimindo assim os
controles da abstração pseudo-empírica e a
abstração refletida
5) Estágio III - a abstração refletida se
desdobra numa reflexão sobre esta
reflexão, o que permite ao sujeito livrar-se
da incompatibilidade das duas conservações
CAP. 13: Os Movimentos de
um Projétil Suspenso
Objetivo
Prever trajetória
Identificar direção
Constatar altura
Estádios
I - Reações inadequadas para o
conjunto de questões propostas.
Sabem que erraram, mas não
procuram as razões disto
Nível IA: Respostas
surpreendentes
Nível IB: Descobrem uma
parte do papel do gancho
II - Dá-se conta dos grau dos
erros e utiliza as informações
para melhorar as tentativas
Nível IIA: Já prevê o balanço completo;
prevê que o encontro das duas bolas
será no meio; Designa o “meio” como
ponto mais baixo
Nível IIB: A trajetória do balanço
torna-se mais precisa e se aproxima de
um arco simétrico de curva;
Reconhece o centro como lugar
necessário dos trajetos, além de ser o
mais baixo
III - A inferência de que o
balanço descreve um arco de
círculo e que o conjunto das
trajetórias constitui um cone
hemisférico
CAP. 16: Abstrações a partir de Ações de
Deslocamento e de suas Coordenações
Objetivo
Comparar a abstração empírica e
abstração reflexionante. Uma
decorre da outra?
Problema reais são os dois
processos:
Como o sujeito chega a constatar
objetivamente, e através de quais
mecanismos consegue
compreender?
Prova de inteligência prática do
"passalong" (escala de Alexandre)
Onde está a fontreira entre as
ações, enquanto materiais, e suas
coordenações, enquanto fonte de
compreensâo?
Relações entre abstração
reflexionante e abstração
empírica na evolução dos
deslocamentos angulares
Abstração reflexionante - apóia-se
sobre o aspecto figurativo dos
objetos e enquanto trajetos
materiais isolados
Abstração empírica
Conclusões
A abstraçao reflexionante não
seria no domínio espacial um
derivado das abstrações empíricas
a partir das ações materiais do
sujeito?
A partir das modestas observações do
"passalong" constatou-se que, desde os
inícios, a abstração empírica é
enquadrada por coordenações devidas à
abstração reflexionante
CAP. 17: Rotações e Translações
Problema: rotação horizontal de uma faixa de
cartolina, invertendo a ordem das cores com que uma
das extremidades está marcada, e rotações com
translações em um esquadro, para fazê-lo deslizar
sem levantá-lo, pelas aberturas das paredes de uma
caixa com 3 compartimentos e 4 portas
Estádio I - sabem inverter a ordem das cores; tem
dificuldade com o problema do esquadro; o
sujeito não percebe a inversão necessária da
ordem entre as segunda e terceira portas
Estádio IIA - Compreensão rápida do papel
das direções , e com isso, as rotações.
Descobrem, mas sem explicação, nem
generalização
Níveis IIB e III - as coordenações entre os
fatores dimensionais e direcionais, ou
entre as rotações e translações,
efetuam-se progressivamente
Novo conhecimento
supõe abstração
Tipos de Abstração
Empírica
Apóia-se sobre observáveis dos
objetos e das ações nas suas
características materiais
Reflexionante
Apóia-se sobre as coordenações
de ações
Subdivide-se em
Pseudo-empírica
Retira dos observáveis
não suas características,
mas o que o sujeito
colocou neles