A resposta a fase aguda caracteriza-se pelo aumento ou diminuição da concentração da concentração sérica de determinadas
proteínas
Utiliza-se biomarcadores para avaliar a atividade
inflamatória da doença em casos reumatológicos
Permite diferenciação da doença ativa e
infecções
Classificação:
Proteínas de defesa do
hospedeiro
Participam do reconhecimento e eliminação de patógenos: proteína
C-reativa, lectina ligadora de manose, proteína ligadora de
lipopolissacarídeo, proteínas do complemento, fibrinogênio;
Inibidores de
proteinases séricas
Atuam na limitação do dano tecidual, neutralizando enzimas
proteolíticas e metabólitos de oxigênio: α1-antiproteinase,
α1-antiquimiotripsina, α2-antiplasmina, inibidor do C1;
Proteínas de transporte com
atividade antioxidante -
Responsáveis pela contenção da reação inflamatória e
restauração da estrutura original lesada: ceruloplasmina,
hemopexina, haptoglobina;
Outras
proteína sérica amiloide A (SAA), antagonista do receptor de IL-1,
α1-glicoproteína ácida, fosfolipase A2 secretória grupo IIA
(sPLA2-IIA).
Mudanças comportamentais e alterações fisiológicas,
bioquímicas e nutricionais também ocorrem junto com a
fase aguda
Alterações neuroendócrinas
Alterações hematopoéticas
Alterações metabólicas
Alterações hepáticas
Alterações em outros constituintes do plasma
Há consumo de zinco, ferro e cobre e retinol plasmático e aumento de antioxidantes como glutationa.
Aumento de metalotioneína, óxido nítrico sintase, heme oxigenase, superóxido dismutase, inibidor tecidual de
metaloproteinase-1 e redução da atividade fosfoenolpiruvato carboxiquinase.
Perda muscular e balanço nitrogenado negativo; casos crônicos, à restrição de crescimento em crianças e à caquexia em adultos; diminuição da
gliconeogênese e aceleração de osteoporose; aumento da lipogênese hepática e lipólise de tecido adiposo, diminuição da atividade das lipoproteínas
lipases muscular e adiposa.
Leucocitose e trombocitose, e em alguns casos anemia de doença crônica.
Febre, indisposição, sonolência, aumento de secreção de hormônio liberador de CRH, de ACTH e cortisol, hormônio ADH e catecolaminas; e
diminuição do fator de crescimento
A elevação (biomarcadores
inflamatórios positivos) : Sistema de
Coagulação/Fibrinólise; Sistema
Complemento; Proteínas de
Transporte; Participantes da
Resposta Inflamatória;
Antiproteases; Outros.
A diminuição (biomarcadores
inflamatórios negativos): Albumina
Transferrina; Transtirratina α2-HS;
glicoproteína; Alfafetoproteína (AFP);
Globulina ligadora de tiroxina; Fator de
crescimento insulina-símile-1 (IGF-1);
Fator XII.
Resposta a fase aguda
Aplicação clínica
Artrite reumatoide : Os níveis de PCR podem ser usados para estabelecer o diagnóstico; PCR é mais sensível para mudanças na atividade de
doença. E SAA também pode ser utilizada no acompanhamento desses pacientes
Artrite idiopática juvenil: Altos níveis de PCR associam-se a início poliarticular ou sistêmico.
Doença de Still do adulto: Caracteriza-se pelo aumento da ferritina sérica, algumas vezes superior a 20.000 ng/mL
Espondilite anquilosante e artrite psoriática: correlação entre PCR e VHS e índice de atividade clínica.
Febre reumática: A dosagem da AGP, auxilia no diagnóstico, permite a monitoração evolutiva da atividade da doença (apresenta
elevação mais tardia que a VHS e a PCR na história natural da doença) e sua normalização implica remissão clínica. A banda
eletroforética de α2-globulinas também pode ser usada para acompanhar a atividade de doença.
Gota: O nível de PCR correlaciona-se ao número de articulações acometidas, à temperatura articular e ao valor da VHS
Arterite de células gigantes e polimialgia reumática: grandes elevações de PCR e VHS ( valores de VHS e PCR não são
determinantes para o diagnóstico da doença, mas apresentam um excelente valor preditivo negativo)
Lúpus eritematoso : Valores de PCR encontram-se normais ou discretamente elevados; VHS elevada; SAA mais baixos e
menor incidência de amiloidose. Níveis de IL-6 têm melhor correlação com atividade clínica.