Assistência de Enferm. aopaciente com
disturbiohemodinâmico e
cardíaco:CHOQUE
Conceito: desequilíbrio
entre oferta e consumo de
oxigênio em decorrência
de má perfusão
periférica(1).
De forma que a pressão arterial sistêmica se torna
inadequada para fornecer oxigênio e nutrientes para
sustentar os órgãos vitais e a função celular (2).
Sinais clínicos de
disfunção orgânica nos
diversos sistemas
devido à má perfusão
tecidual
Alterações do nível de consciência (rebaixamento, agitação, quadros
confusionais), Hipotensão arterial, preenchimento capilar lentificado,
extremidades frias, elevação dos níveis de lactato (> 2 mmol/L), Estase,
hipomotilidade, obstrução intestinal, elevação das enzimas hepáticas, perda
de função hepática S urinário Oligúria (débito urinário < 0,5 mL/kg/h por mais
de 2 horas consecutivas), elevação de escórias nitrogenadas, IRA, necrose
tubular aguda, plaquetopenia, tromboses, alargamento dos tempos de
coagulação, tendência a hemorragia, desconforto respiratório (taquipneia,
dispneia), hipóxia, hiperventilação ou hipoventilação, pele pegajosa, fria(2).
Tipos de choque: Hipovolêmico
–Cardiogênico –
Distributivo(SÉPTICO,
ANAFILÁTICO E NEUROGÊNICO)(4).
CHOQUE
HIPOVOLÊMICO
Distúrbio agudo da circulação caracterizado
pela queda do volume circulante efetivo,
ocasionando o desequilíbrio entre a oferta
e o consumo de oxigênio para os tecidos. •
Causas: hemorragias, desidratação,
sequestro de líquidos, queimaduras,
drenagem de grandes volumes líquidos (2).
Ações de enf.: Restaurar o volume intravascular para reverter
a sequência dos eventos levando à perfusão tecidual
inadequada, redistribuir o volume de líquidos e corrigir a
causa subjacente da perda de líquido o mais rápido possível
(SMELTZER et al., 2009 apud COSTA et.al., 2014) (8).
Choque
neurogênico
Ocorre em decorrência de trauma raquimedular,
anestesias peridurais ou raquidianas, lesões
extensas do SNC e por drogas bloqueadoras
autonômicas (2).
Elevar a cabeceira do leito a 30 ºC quando um paciente recebe anestesia
epidural ou espinhal. A elevação da cabeça ajuda a a disseminação do
agente anestésico para acima do nível epidural ou espinhal; Na lesão
raquimedular, deve-se imobilizar cuidadosamente o paciente; Elevar os pés
e utilizar meias compressivas para evitar represamento de sangue nos
membros inferiores e evitar risco de formação de trombos; Administrar
heparina de baixo peso molecular conforme prescrição; Realizar exercícios
passivos de membros imóveis para promover a circulação; Avaliar
rigorosamente sinais de hemorragia interna em pacientes com trauma
raquimedular. Pacientes com trauma raquimedular podem experimentar
ausência de dor provocada de lesões internas podendo levar ao choque
hipovolêmico(7).
CHOQUE
SÉPTICO
SEPSE
Infecção suspeita ou confirmada, sem
disfunção orgânica, de forma
independente da presença de sinais
de Síndrome da resposta
inflamatória sistêmica(3).
Sepse que evoluiu com hipotensão
não corrigida com reposição
volêmica (PAM ≤65 mmHg), de forma
independente de alterações de
lactato(3).
Os problemas mais comuns nesses pacientes com choque séptico
incluem a persistente hipotensão arterial, apesar da vigorosa
ressuscitação volêmica, associada ao desequilíbrio entre a
necessidade e a demanda de oxigênio, resultando em
hipoperfusão tecidual que induz ao metabolismo anaeróbico e ao
acúmulo de ácido lático, responsável pela acidose metabólica.
Essa hipóxia tecidual reflete a gravidade da doença e é preditiva
do desenvolvimento de múltiplas disfunções orgânicas, fazendo
com que no choque séptico, o débito cardíaco diminuído e a
perfusão tissular ineficaz se tornem os problemas prioritários do
paciente e equipe frente à instabilidade hemodinâmica instalada
(5).
Coletar material para exames laboratoriais. Controlar a
infecção com uso de ATB. Verificar a manutenção da
ventilação e oxigenação. Proceder a correção volêmica.
Manuenção da PA. Instalar monitor cardíaco. Avaliar padrão
respiratório. Controlar a infecção com uso de ATB. Verificar a
manutenção da ventilação e oxigenação.Adm. medicação CPM
seguindo protocolo institucional. Coletar material para
exames laboratoriais. Avaliar nível de consciência. Aferir SSVV.
Caso necessário, auxil. na intubação e ligar VMI. Verificar se
equipe técnica tem realizado banho no leito corretametne,
assim como, higienização oral. Acompanhar a mudança de
decúbito. Realizar Exame físico.
CHOQUE
CARDIOGÊNICO
Conceito: Hipoperfusão tecidual devido a
incapacidade do músculo cardíaco fornecer
débito adequado às necessidades do
organismo. PAS<90/PAM<60 / queda de
PAS>40mmHg do valor basal(3).
Administrar oxigênio a 2 ou 4 l/min nas primeiras 12 horas ou
por período maior conforme prescrição médica; usar máscara ou
cateter nasal; providenciar eletrocardiograma; acesso calibroso
hidrolisado; administrar medicações conforme prescrição
médica; proporcionar repouso no leito; oferecer dieta de acordo
prescrição, normalmente dieta zero nas primeiras 12 horas;
monitoração cardíaca em nível de consciência, comunicando
qualquer alteração pois alterações no nível de consciência pode
ser indicio de choque cardiogênico, má perfusão cerebral ou
ainda, consequência de medicações; aferir sinais vitais estando
atento à hipotensão, depressão respiratória e frequência e ritmo
cardíaco; atentar-se, comunicar e anotar inicio e duração de dor
torácica , palpitações, dispneia, síncope ou sudorese; fazer
balanço hídrico devido a necessidade de evitar sobrecarga
cardíaca e pulmonar(6).
Referencia de volume urinário de (>40 ml/h)
estando atento para a oligúria que manifesta
um sinal precoce de choque cardiogênico;
promover cuidado individualizado
garantindo conforto físico(6).
CHOQUE
ANAFILÁTICO
São frequentes, no choque anafilático, o
desenvolvimento de taquicardia, arritmias e
distúrbios da condução, anormalidades da
onda T, hipotensão e isquemia miocárdica.
Podem estar presentes também tontura,
síncope e convulsões. Entre as manifestações
cutâneas, citam-se o eritema maculopapular,
prurido, urticária, angioedema e diaforese. As
manifestações gastrintestinais incluem dor
abdominal, cólica, náusea, vômito, diarreia e,
ocasionalmente, hematêmese e hematoquezia
(9).
Ações enfermagem: prevenir o choque anafilático:
conscientizar o paciente do risco das reações anafiláticas e
dos sinais precoces da anafilaxia; interrogar o paciente a
cerca de alergias anteriores a medicações; interrogar o
paciente antes de administrar um soro estranho ou outros
tipos de agentes antigênicos, para determinar se ele já
tomou esta medicação antes; interrogar os pacientes sobre
reações alérgicas anteriores a alimentos ou pólen; evitar
administrar medicações a pacientes com febre de feno,
asma, e outros distúrbios alérgicos, Durante o choque:
manter vias aéreas pérvias, realizar hidratação, adotar
posição de trendelenburg para favorecer o retorno
venoso(4). Administrar medicação CPM.
A evolução do choque anafilático pode
ser unifásica, bifásica – quando ocorre
recrudescimento de suas
manifestaçõse clínicas em oito a 12
horas após ataque inicial - ou
persistente, com duração de cinco a 32
horas. As manifestações unifásicas e de
evolução mais rápida relacionam-se
mais frequentemente a desfechos
fatais(9).
A anafilaxia constitui uma reação de
hipersensibilidade potencialmente grave,
mediada por imunoglobulinas E (IgE) e G (IgG),
que ocorre após exposição a um antígeno em
pessoas previamente sensibilizadas. As suas
manifestações clínicas são multissistêmicas,
de instalação aguda, envolvendo pele,
mucosas, vias aéreas, sistemas cardiovascular
e gastrintestinal. Alguns casos evoluem para
colapso cardiovascular e insuficiência
respiratória, caracterizando o choque
anafilático(9).