O pensamento descolonial e o modelo de cidadania do novo
constitucionalismo latino-americano
Objetivos
Mapear as principais referências teóricas no âmbito do pensamento
descolonial
Sistematizar as contribuições relativas ao
debate contemporâneo sobre cidadania
Analisar as possíveis relações entre essas formulações e o modelo de cidadania do novo
constitucionalismo latino-americano nos casos de Bolívia e Equador
Coleta de instrumental posterior análise do objeto real consistente nas
práticas de resistência cidadã no espaço urbano do Rio de Janeiro no
contexto dos megaeventos esportivos internacionais
O objetivo teórico envolve as concepções da perspectiva descolonial acerca da cidadania
Organização e participação política
Reconhecimento e efetivação de
direitos
É importante para termos conhecimento das recentes formulações
teóricas de autores contemporâneos no Brasil, pouco difundidos
As principais referências teóricas no âmbito do pensamento descolonial
Acadêmicos latino-americanos criaram o Projeto
“Modernidade e Colonialidade” (“M&C”)
Características
A transdisciplinaridade que envolve a filosofia, a economia
política, teoria literária, da história, da sociologia, da
antropologia, da teoria feminista e da ecologia política
A América Latina como
espaço epistemológico, para
além do geográfico
A autocompreensão promovendo uma mudança no conteúdo e nos
“termos” (expressões, conceitos) dos seus diálogos
Tomada de posição política enquanto sujeitos da
academia em três espaços convergentes: nos
dos agentes e movimentos subalternos, nos dos
intelectuais- -ativistas em espaços mistos e nos
das universidades.
Visa compreender, conhecer e sentir o processo articulado de modernização e
colonização que veio da Europa e seus efeitos nos povos latino-americanos e
desvendar a face oculta da dominação pela política e economia
A modernidade é um conceito polissêmico para vários autores.
É considerada como sinônimo de progresso, inovação,
sofisticação, avanço
Segundo Quijano, segundo a qual todos os processos
históricos de construção e reformulação do
conhecimento teriam a mesma origem (estado de
natureza) e levariam ao mesmo resultado (civilização
europeia-ocidental).
A raça foi determinante na constituição da identidade europeia
para a dinâmica da colonialidade do poder
Os europeus passaram a se autoproclamar brancos, em oposição aos fenótipos dos
povos aborígenes e autóctones que colonizavam: índios e negros
Surge o tripé fundacional
“modernidade-colonialidade-capitalismo”, que
representa o chamado “novo padrão global de poder”,
(i) a categorização dos indivíduos (codificação da diferença entre colonizados e
colonizadores através da raça); (ii) a conjunção de formas de mercado distintas; e (iii) a
divisão social e racial do trabalho.
“Colonialidade do poder” tem um viés político e econômico
"Colonialidade do saber” envolve a produção da cultura e do
conhecimento eurocêntricos com fundamentação na racionalidade
“Colonialidade do ser” envolve a posição de submissão assumida pelos povos colonizados ao
negarem suas culturas originárias e ao reivindicarem a cosmovisão do colonizador