Ao longo desta eternidade de anos é visível em todos os aspetos a evolução da nossa língua materna. O idioma nacional sofreu
várias alterações devido à presença de imensos povos que habitaram na Península Ibérica, tais como romanos, bárbaros, árabes,
entre outros. Neste trabalho iremos explicar como é que o português progrediu.
Romanização
O latim era a língua falada pelos habitantes do Lácio.
Havia variedades desta língua como o latim vulgar
(mais popular) e o latim clássico (utilizado por Cícero
e Virgílio). E era somente ensinado nas escolas.
Quando os romanos ocuparam a Península Ibérica,
romanizaram os povos que lá habitavam e
impuseram o Latim como língua de comunicação.
Português Clássico
Com o Renascimento assistiu-se a uma nova influência latina
na nossa língua. No século XVI nasceu a primeira gramática
portuguesa pela mão de Fernão de Oliveira e também foi
publicado o primeiro dicionário Português- Latim e Latim-
Português, da autoria de Jerónimo Cardoso. O modo como
Camões utilizava a língua materna auxiliou na elaboração da
mesma e o facto de termos tido contacto com povos exóticos
também contribuiu para a sua criação. A expansão ultramarina
permitiu a divulgação do português em outros continentes. No
séc. XVIII um senhor chamado Luís António Verney lutou pelo
ensino da língua portuguesa nas escolas, em oposição ao ensino
do latim.
Português Contemporâneo
No séc. XIX prosseguiu-se o trabalho da descrição e dicionarização da língua
que falamos, nos dias de hoje. Este processo contou especialmente com o
contributo dos escritores Eça de Queirós e Fernando Pessoa. Os
neologismos participaram na construção do idioma em estudo durante o
respetivo século. A partir desta altura os meios de comunicação tiveram
um papel relevante, no que respeita à evolução do português.
Substrato e
Superstrato
O primeiro corresponde à língua indígena anterior à
implementação de uma nova língua, trazida por povos vencedores
mas de alguma forma deixa marcas nesse idioma. Os substratos
mais importantes da Península Ibérica são o Celta, Ibérico e Grego.
O segundo trata-se de um idioma de um povo invasor que não se
sobrepõe à língua já existente. Os superstratos mais importantes
são o Germano, Árabe, Francês e o Provençal.
Português Antigo
A fase mais remota do Português corresponde à galego-portuguesa.
Esta língua surgiu registada na poesia trovadoresca. Em meados do
século XIV, o movimento da Reconquista fez com que esta língua se
alastrasse pela zona central do território nacional. Com a separação
política entre Portugal e a Galiza estes também se separaram.