HANSENÍASE

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Medicina Mind Map on HANSENÍASE, created by Luiza Braga on 14/03/2019.
Luiza Braga
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HANSENÍASE
  1. infecção crônica causada pelo Mycobacterium leprae
    1. basicamente afeta a pele e nervos periféricos e resulta em deformidades incapacitantes
      1. os nervos periféricos podem ser danificados pela infecção direta por M. leprae ou pela resposta imune do paciente à infecção; o resultado é perda de sensibilidade e função motora
    2. microrganismo
      1. M. leprae é um organismo intracelular obrigatório ácido-resistente
        1. não secreta toxinas, e sua virulência está baseada nas propriedades de sua parede celular
          1. causa dois padrões de doença diferentes
            1. hanseníase tuberculoide
              1. hanseníane lepromatosa
        2. fisiopatologia
          1. tuberculoide
            1. extremo menos grave
              1. sintomas que se restrigem a pele e nervos
                1. resposta TH1 associada à produção de IL-2 e IFN-γ
                  1. resposta eficaz de macrófagos
                    1. envolvimento assimétrico dos grandes nervos periféricos
                      1. mais comuns: nervos ulnar, auricular posterior, fibular e tibial posterior -> hipoestesia e miopatia associadas
                        1. células T rompem o perineuro -> destruição das células de Schwann e axônios -> fibrose do epineuro -> substituição do endoneuro por granulomas epiteliais -> necrose caseosa (alguns casos)
                          1. invasão e destruição dos nervos na derme pelas células T são patognomônicas
                            1. lesões com linfócitos abundantes, granulomas bem formados e poucas bactérias
                            2. bactérias estão presentes em quantidade insuficiente pra causar lesão nervosa
                  2. a resposta de linfócito T auxiliar ao M. leprae determina qual forma da doença o indivíduo possui
                    1. determinante principal da resposta imune diferencial não foi completamente compreendido -> evidências apontam polimorfismos genéticos
                      1. lepromatosa
                        1. forma mais intensa
                          1. M. leprae invade as células de Schwann -> mielinização degenerativa espumosa -> degeneração de axônios e degeneração walleriana
                            1. bacilos abundantes no sangue e em todos os sistemas orgânicos, exceto nos pulmões e SNC
                              1. aumento e a lesão dos nervos tendem a ser simétricos, resultam de um a verdadeira invasão bacilar e são mais insidiosos e mais extensos
                                1. não responsividade do sistema imune -> anergia -> s linfócitos são incapazes de reconhecer o M. leprae -> perda da imunidade específica para o antígeno
                                  1. aumento na resposta TH2 -> fraca imunidade mediada por células e uma inabilidade de controlar a bactéria
                                    1. lesões possuem muito poucos linfócitos, granulomas malformados ou ausentes e grandes números de bactérias
                    2. quadro clínico
                      1. início habitualmente insidioso
                        1. dependendo da forma, entorpecimento pode ser queixa ou achado inicial, e lesões cutâneas podem se tornar aparentes apenas meses ou anos mais tarde
                          1. classificação depende do exame clínico, número de bactérias vistas em esfregaços ou em biopsia de pele e no aspecto histológico
                            1. tuberculoide
                              1. pelo menos 5 lesões cutâneas
                                1. másculas hipopigmentadas ou eritematosas com bordas eritematosas elevadas e um centro atrófico
                                  1. podem ser grandes e são mais comuns na face, no tronco ou nas extremidades
                                    1. hipestésicas ou anestésicas
                                      1. comprometimento local de nervos periféricos é assimétrico
                                        1. aumento ou dor à palpação (ou ambos) dos nervos periféricos correspondentes à região das lesões da pele
                              2. lepromatosa
                                1. múltiplas lesões menores na pele, simetricamente distribuídas
                                  1. podem ter bordos pouco definidos e não exibir perda de sensibilidade
                                    1. as lesões cutâneas podem ser nódulos ou placas, ou elas podem infiltrar difusamente na pele, especialmente na face -> fáscies leonina -> perda de supercílios
                                      1. comprometimento de nervos periféricos se inicia sob a forma de perda da sensibilidade à temperatura, seguida por perda do sentido do toque leve, dor e pressão profunda
                                        1. fraqueza muscular e atrofia dos músculos das mãos, pés e face, desenvolvem-se na ausência de quimioterapia
                        2. transmissão
                          1. permanece incerta, e, com efeito, as vias de transmissão podem ser múltiplas.
                            1. infecção por gotículas nasais, o contato com solo infectado e até m esm o insetos vetores
                          2. diagnóstico
                            1. deve ser considerado em qualquer paciente com manifestaçôcs na pele e nos nervos periférico
                              1. suas complicações agudas exigem pronto dx e terapia para prevenir lesão irreversível de nervos periféricos
                                1. classificar a doença
                                  1. dx e classificação dependem da combinação de exame clínico, avaliação histopatológica o e coloração álcool-ácido-resistente de esfregaços de linfa cutânea ou de biopsia da pele
                                    1. EF: descrições das lesões , procura de nervos aumentados e dolorosos à palpação; déficits sensitivos e ulcerações cutâneas
                            2. tratamento
                              1. primeira linha -> dapsona (bacteriostática) e rifampicina (bactericida)
                                1. clofazimina, minociclina, certas fluoroquinolonas e claritromicina também são úteis em contextos específicos -> intolerancia ou resistência a drogas
                                  1. uso de múltiplas drogas para otimizar a taxa de cura e evitar a emergência de resistência a drogas
                                    1. OMS (lepromatosa): dapsona, 100 mg por dia + rifampicina 600 mg 1x/mês + clofazlmina 50 mg/dia + uma dose adicional de clofazimina 300 mg 1x/por mês
                                      1. EUA (tuberculoide): dapsona, 100 mg + rifampicina 600 mg, ambas dadas diariamente durante 12 meses
                                    2. EA dapsona: supressão da medula (neutropenia), hepatite, ictertcia colestática, dermatite esfoliativa, linfadenopatia generalizada, febre e hepatosplenomegalia
                                      1. EA rifampicina: erupção maculopapular. hepatotoxiddade, síndrome semelhante à gripe
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