INTEGRAÇÃO METABÓLICA NOS
PERÍODOS PÓS- PRANDIAL E DE JEJUM
INTEGRAÇÃO METABÓLICA: Todos os
sistemas trabalham conjuntamente para
realizar ATP e funcionar o organismo.
METABOLISMO: Conjunto de reações
químicas que ocorre nas células e que
permitem manter-se viva, crescer e
dividir-se.
Divide-se em catabolismo obtenção de energia e poder
redutor a partir dos nutrientes. Anabolismo produção de
novos componentes celulares a partir do consumo de
energia.
Após uma refeição os carboidratos, aminoácidos e
triglicerídeos vindos da dieta são levados ao fígado pela
veia porta.
Maior parte dos triglicerídeos vindo da dieta, seguem pelo sistema
linfático, vão pela circulação sistêmica podendo ser metabolizados
pelo fígado ou captado pelo tecido adiposo.
A concentração de nutrientes no sangue é
extremamente controlada pelo fígado que os
capta e distribui.
O fígado órgão central da manutenção da homeostasia de
carboidratos, lipídeos e proteínas.
No jejum a degradação de glicogênio, a proteólise muscular e lipólise são responsáveis por manter o
aporte energético no organismo.
Cada célula ou tecido exerce papéis fisiológicos específicos as vias metabólicas tem características
próprias.
HEMÁCIAS
Transportam oxigênio, tem a função prejudicada ao transportar oxigênio por longos trajetos.
O metabolismo da hemácia é predominantemente anaeróbico.
Sem aparato mitocondrial para a oxidação dos
demais nutrientes. Tornam-se dependentes da via
glicolítica anaeróbica
O consumo de glicose nessas células é constante.
A captação da glicose na hemácia independe da presença de insulina.
A via glicolítica faz produção constante de lactato que será captado pelo fígado.
O lactato produzido é convertido em glicose pela
glicogênese hepática é fonte de manutenção da
glicemia em jejum
CERÉBRO
Não tem reserva energética, necessita de suprimento de glicose constante para este tecido.
Os corpos cetônicos poderão ser utilizados como substrato energético no SNC.
A independência de glicose neste tecido nunca é absoluta.
A hipoglicemia causa mal funcionamento do SNC, causa
cefaleia, incoordenação da fala e motora, podendo levar ao
coma.
O consumo de glicose normal do SNC chega
120/g/dia, a maior energia é utilizada na
bomba sódio/potássio ATPase.
FÍGADO
Transportador é um centro distribuidor, exportando
nutrientes em proporções corretas aos órgãos.
Também atua na desintoxicação de sustâncias
estranhas (moléculas tóxicas) sem valor alimentar
tornando estas substancias superficialmente
solúveis para serem eliminadas.
TECIDO MUSCULAR
A utilização de corpos
cetônicos e ácidos graxos
livres podem substituir a
glicose
Na intensa atividade física,
o metabolismo aeróbico é
favorecido, o músculo será
mantido pela utilização
anaeróbica da glicose.
O músculo esquelético e
cardíaco necessitam de
reserva de glicose, o
glicogênio.
O glicogênio muscular, diferente do
hepático alimenta somente o próprio
músculo, há ausência da glicose-6-fosfatase,
nas células musculares.
A glicose liberada pelo glicogênio
muscular, mantendo-se fosforilada é
incapaz de ser transportada para fora da
célula.
Na atividade física intensa glicogênio é
fundamental para garantir a eficiência do
trabalho muscular.
TECIDO ADIPOSO
Possui grande volume lipídico, é a grande reserva
energética do organismo, com acúmulo de grandes
quantidades de triglicerídeos nas células adiposas.
A entrada de glicose no tecido adiposo é através
dos receptores GLUT4 dependentes da ação de
insulina
Quando a razão insulina/glucagon for
alta, o glicerol-3-fosfato é produzido no
tecido adiposo pela redução da
di-hidroxiacetona fosfato, intermediário
da via glicolítica e novas moléculas de TG
podem ser armazenadas.
Quando a razão insulina/glucagon diminui a disponibilidade de glicose diminui.
Diminuindo a produção de glicerol-3-fosfato, a síntese de TG será dificultada.
Estando diminuída a presença de glicose e
aumentada a de glucagon as enzimas lipases
promovem a quebra de TG em ácido graxo e
glicerol.
Tanto ácidos graxos como glicerol,
são liberados para circulação e são
captados pelo fígado.
A oferta de nutrientes ativam as vias anabólicas é o momento propício de armazenamento.
Porem no período de jejum que segue a uma refeição as células passam ter um metabolismo
predominantemente catabólico.
Os reservatórios energéticos, como glicogênio, triglicerídeos e proteínas serão metabolizados para
suprir a carência energética do organismo.
Num jejum prolongado ocorrem adaptações metabólicas para garantir o funcionamento do organismo.
A utilização de corpos cetônicos passam ser essencial para a manutenção da vida.