A dicotomia
subjetividade x
objetividade existe
em todas as línguas
naturais
Conceitos de
língua:
1) conhecimento linguístico de
um indivíduo acerca de uma
dada língua, ou seja,
faculdade cognitiva que
habilita esse indivíduo a
produzir e compreender
enunciados na língua de seu
ambiente, habilidade
presente na mente humana
2)código linguístico existente em
uma comunidade humana, ou
seja, língua é o léxico e tudo que
nele está contido ou dele é
derivado.
Chomsky - O Conhecimento da Língua: sua
natureza, origem e uso - 1986
LÍNGUA-I cONJUNTO DE CAPACIDADES E
BABILIDADES MENTAIS QUE FAzem com que
um indivíduo particular seja capaz de
produzir e compreender um número
potencialmente infinito de expressões
linguísticas na língua de seu ambiente.
Conhecimento linguístico de uma pessoa, o
que está na mente e permite usar uma
língua-E para produzir e compreender
palavras, sintagmas, frases e discursos.
Entendida como parte do sistema cognitivo
humano. uma faculdade psicológica ou, por
assim dizer, um órgão mental.
Dotado genética e biologicamente da
faculdade da linguagem, o indivíduo,
logo após o nascimento, já começa a
perceber e processar a língua-E, de
modo a retirar dela informações para
criar a sua língua-I, seu conhecimento
linguístico.
Língua-I = forma pela qual
as informações contidas no
código linguístico do
ambiente (Língua-E) estão
representadas em nossa
mente.
No estudo da língua I, os linguistas
estão interessados em descobrir
como é a natureza psicológica e
neurológica da linguagem humana:
relações entre linguagem e
pensamento, linguagem e memória
(de longo e de curto prazo), linguagem
e percepção, linguagem e estrutura
neuronal, linguagem e deficiências
cerebrais. Abordagem característica
das ciências da cognição - em
complementa-se à noção de língua-E
típica das ciências sociais.
A língua-I é o
interesse principal
da linguística
gerativa.
LÍNGUA-E Grosso modo: língua ou
idioma que se aprende em cursos.
Fenômeno cultural, histórico e político
que compreende um código linguístico.
Importância da língua-E para uma ciência cognitivista
como a linguística gerativa? O interesse recai na
descrição das informações que estão codificadas no
léxico dessas línguas. Informações variáveis de língua
para língua, pois elas são sócio-históricas., estando
sujeitas às contigências da experiência cultural
humana. Interesse na capacidade humana de
adquirir essas informações, sejam quais forem, para
a partir delas, produzir e compreender expressões
linguísticas no uso cotidiano da Língua-I.
O gerativista busca identificar, ao descrever uma
língua-E, os traços linguísticos que estão codificados em
seu léxico e são utilizados na formação de
representações mentais, como fonemas, morfemas,
palavras, sintagmas, frases e discursos.
Fora da linguística gerativa, os
estudos que utilizam a língua-E
dedicam-se a abordagens
sócio-culturais, intersubjetivas e
históricas relacionadas {à linguagem
ou dela derivadas. Abordagem da
linguagem humana subjacente nas
ciências sociais, como as áreas da
linguística: estruturalismo,
funcionalismo e sociolinguística,
dentre outas.
MODULARIDADE DA MENTE
Módulo: derivado da hipótese
da modularidade da mente,
opõe-se à uniformidade da
mente.
A língua-I é uma dentre
várias capacidades
mentais Linguagem é um
componente entre vários
componentes cognitivos
Língua-I é um módulo
único e específico na
cognição humana
Modularidade: Jerry Fodor (1983) => "A
mente não pode ser genérica" "Na
verdade, ela é um conjunto de
inteligências especializadas, cada qual
controlada por suas próprias regras".
inteligência é um conjunto de
inteligências especializadas e
autônomas, como a linguagem, a visão,
a memória, a percepção espacial, as
relações lógico-matemáticas, etc.
(conjunto de inteligências = módulos =
mente)
Howard Gardner - livro Estruturas da
Mente - testes de QI: hipótese da
uniformidade da mente - somente a
inteligência linguística e a
matemática. Teoria das inteligências
múltiplas - Visual/Espacial, musical,
verbal, lógica/matemática,
interpessoal, intrapessoal,
corporal/cinestésica, naturalista e
existencialista. Visão pdedagógica,
não necessariamente cognitivista.
Não há elencados todos os módulos
da mente, e não são exatamente
módulos, são espécies de módulos
combinados.
A linguagem é um modulo
porque possui sua propria
natureza e o seu proprio
funcionamento, que são
independentes de outros
modulos da mente.
A hipótese da modularidade e
importante para a linguistica
porque com base nela nos
concentramos no que a língua-I
possui de especifico. Os
interessados procuram identificar
características próprias desse
módulo da mente, ou seja,
descobrir e descrever as
propriedades da mente humana
que são exc*lusivamente
linguísticas e não se confundem
com a natureza dos demais
modulos mentais.
Mente uniforme: mente holista ou
inteligência única - um todo indivisível.
Capacidade única e genérica, que
utilizaríamos para todas as formas de
comportamento humano.- Piaget era um
holista. - capacidade aplicada a todos os
domínios da inteligência: linguagem,
matemática, relações sociais, motoras e
técnicas, etc.
MODULARIDADE DA LINGUAGEM
Há módulos e submódulos ou
micromódulos. Cada módulo
cognitivo é especializado num
tio particular de tarefa mental
e cada um desses módulos
possui uma organização
interna, caracterizada em
submódulos, que dão conta de
uma tarefa espec[ifica dentro
de seu módulo.
O módulo da
linguagem possui os
seguintes
submódulos:
Fonológico,
morfológico, lexical,
sintático, semântico e
pragmático.
A INTERAÇÃO DINÂMICA ENTRE MÓDULOS
Os módulos e submódulos
funcionam de maneira
integrada e interdependente,
num processo interativo
extremamente dinâmico.
Na psicologia cognitiva, a
fisiologia cognitiva (a
interrelação entre os
módulos) é chamada de
Processamento Mental