epitáfio encontrado em uma
pedra funerária, composto
dentro da antiga escala frígia
Mitologia Grega
Nos mitos de Orfeu e Apolo, a música
é representada com poderes curativos
Homero - Ilíada - poemas cantados
Os gregos acreditavam que a música era
elemento fundamental na educação do cidadão,
pois ela era capaz de influenciar diretamente a
alma humana
Eurípedes
Orestes
fragmento escrito em papiro,
trecho do coro da tragédia
Orestes ode cantada - stasimon
principal característica da música grega
é ser vocal e ligada à poesia e ao
teatro
Relação com o Teatro
a tragédia grega era um drama musical . A música
era parte integrante do teatro
Relação com a Filosofia
A música ultrapassava as questões
meramente artísticas. Era parte integrante
da formação da sociedade
Pitágoras
Seus estudos encaminhavam para a
compreensão da harmonia do
universo
A música e os cosmos era
regida pelas relações numéricas
das vibrações do som.
Monocórdio: instrumento utilizado para
calcular a divisão das cordas em várias
partes iguais, definindo, assim, as relações
intervalares entre uma nota e outra.
Doutrina de Ethos
A música afeta o caráter e os diferentes tipos
de música o afetam de diversas formas.
Crença de que a música teria o poder de
induzir disposições éticas, aféticas ou
morais.
Modos (Relações Intervalares)
Ethos específico para cada música:
despertariam sentimentos (brandura,
coragem ira, etc..
dórico, frígio,
lídio, jônio,
eólio
Platão
A música e a ginástica estavam interligadas,
a importância de se escolher o ethos correto
para a divisão da sociedade.
Determinados tipos de música
levava a determinadas situações
Aristóteles
Discípulo de Platão, mas era menos
restritivo. A música também poderia ser
usada como fonte de divertimento e prazer
intelectual, não somente para educação.
Catarse
purificação da alma por meio
da música e da tragédia
Sistema musicais gregos e a prática musical.
Aristoxeno
teórico musical que mais se aproxima
da prática musical
Elementa Harmônica: escritosn onde aborda, as notas,
intervalos, gêneros, sistemas de escalas, tons, modulação
e composição melódica da música grega
TETRCORDES:Intervalos em sistemas escalares sobre sua
base, formado por 4 notas, eles poderiam ser DIATÔNICO,
CROMÁTICO, ENARMÔNICO
Teleion ou Sistema Perfeito: junção de mais de um tetracorde
CONJUNTO: A nota em que terminava um
tetracorde era também a inicial do próximo
tetracorde
DISJUNTO: Um tom separado por dois tetracordes
Teleion Meson : Sistema escalar combinando 4 tetracordes
Alta Idade Média: Contexto Histórico
deposição de Rômulo Augusto, último imperador do Império Romano Ocidental
Conversão ao cristianismo pelo
Imperador Constantino em 312
Grande Cisma do Oriente - separação entre a
Igreja Católica Apostólica Romana e a Igreja
Ortodoxa
Patriarcas da Igreja Cristã
Música fundamental para a elevação da alma do novo cristão
Clemente de Alexandria, São Basílio, Crisóstomo, São
Jerônimo - música é um instrumento de propagação
de fé
a música não poderia ser um meio de prazer mundano, e
sim remeter a beleza da criação divina
A música era na maioria vocal, sendo executada sem
acompanhamento de instrumentos, dando ênfase na palavra de Deus
a música instrumental era proibida dentro da Igreja uma vez que
remetia-se a dança
Santo Agostinho
Tratado da Música - A música é a ciência do bem
medir, a beleza do canto é um elemento que deve
seduzir para a palavra divina e, também, para a
ordem matemática que governa o universo como
obra da criação de Deus
Boécio
Divisão de categorias na música -
mundana - humana e
instumentalis
Mundana - música do cosmos, produzida pelas relações numéricas, fixas
presentes nas movimentações dos planetas, na harmonia que ordena o
mundo, é a música perfeita, portanto inaudível.
Humana - é o modo como o ser
humano é parte da natureza,
reflete as proporções no
universo, também é inaudível.
Instrumentalis - som concreto e da
prática musical de cantores e
instrumentistas, considera a menos
importante já que é fruto somente do
exercício mecânico.
CANTOCHÃO
Parte integrante fundamental nos ritos católicos, cantos todos executados em
latim. Objetivo: Transmitir o evangelho, valores cristãos, orações através do
canto.
Missa - É o serviço mais comum e difundido pela Igreja Católica.
Dividida em 3 partes: Intróito (Introdução) -
Liturgia da Palavra - Liturgia da Eucaristia
Divisão dos cantos: Ordinário - não podiam ser alterados, presentes
em todos os dias do ano. Próprio do Tempo: variavam de acordo com
a data e o tema do calendário liturgico.
Ofício das horas - durante todas as horas do dia Deus era
celebrado por meio do canto
Celebrado especialmente em mosteiros, onde os religiosos se alternam
para cumprir todas as horas canônicas.
Seu repertório é composto de orações, salmos, cânticos,
antífonas, responsos, hinos e leituras.
Canto Monofonico que utilizava textos bíblicos ou somente sacros e qe fluiam livremente,
quase sempre mantendo-se dentro de uma oitava e se desenvolvendo, de preferência, por
meio de intervalos de graus conjuntos.
Um dos primeiros primeiros tipos de canto utilizados dentro da
Igreja Cristã.
Presença da nota tenor - nota que se repete, servindo de base para a recitação de
salmos, nota fundamental do modo em que o cantochão está
Modal e sua melodia era em forma de arco
Classificação do Cantochão: Silábicos,
Melismáticos e Neumático
Silábicos: uma nota correspondente a
cada sílaba.
Melismáticos: longas passagens melódicas sobre uma
silaba apenas.
Neumático: trechos silábicos alternados com pequenos melismas, pode-se dizer
também que acompanha os neumas, pois estes, muitas vezes, são constituídos de
uma nota..
Variedades de Modelos de Cantochão
CANTO GREGORIANO
Carlos Magno unifica a liturgia
católica e é neste momento que
o cantochão sobre algumas
alterações e passa a ser
nomeado de Canto Gregoriano.
Tipo de cantochão
católico, marcado pela
concentração,
sistematização e difusão a
partir do reino franco no
século 8.
Textos bíblicos, o latim era a
língua oficial
monofonia, melodias modais e executadas a capella,
divisão rítmica ternária, na sua maioria cantada por
vozes masculinas, devido a divisão do monastério.
Na Idade Média os cantos
gregorianos não eram atribuídos a
um compositor e sim, ao próprio
Espírito Santo.
Como é cantado: Antifonal - coros cantam
alternadamente - Responsorial - solista alterna com o
coro - Direto - sem alternância
Fases do Canto Gregoriano
1ª fase: período de formação - começo da
seleção católica romana como repertório
2ª fase: consolidação e apogeu
3ª fase: decadência e advento da polifonia
4ª fase: recuperação com a redescoberta de alguns
manuscritos, Ordem de São Bento
CANTOS SILÁBICOS recitações e os tons de salmodia eram
cantados silábicos - nota tenor predominante sobre era
cantada toda uma oração.
A melodia também poderia começar por uma fórmula
introdutória de duas ou três notas chamada Initium e
possuía uma cadência final
Tons da Salmodia
1 - Initium - início melódico, constituído,
geralmente, de duas ou três notas
4 - Tenor: trecho com repetição de
uma única nota para várias sílabas
3 - Mediatio: Terminação melódica do meio do
versículo, com uma pequena ornamentação
melódica em volta do tenor.
2 -Tenor: Reaparecimento da
nota tenor para algumas
sílabas.
5 - Terminatio: uma terminação melódica
para encerrar o versículo.
CANTOS MELISMÁTICOS:
Tractos: cantos mais longos da missa. tanto
pelo tamanho dos textos quanto pelo uso
de figuras melismáticas. Utilizam sempre o
segundo ou o oitavo modo.
REsumo: - Começa com um versículo com entoação melismática
- segue com os versículos restantes executados de maneira
semelhante a uma recitação ornamentada por melismas -
termina com uma mediatio ornamentada com melismas
Graduais: É um responsório abreviado.
Aleluias: Cantos de júbilo em caráter meslimático. refrão com a palavra
Aleluia cantado, inicialmente, pelo solista e respondido pelo coro com a
adição de jubilus um melisma de longa duração sobre a sílaba final.
o solista canta o versículo de um salmo,
acompanhado pelo coro na última frase
Por fim o refrão é cantado pelo
coro incluindo seus jubilus.
Ofertórios: cantos associados ao momento de apresentação do pão e
vinho na Liturgia Eucaristica.
Kyrie, Sanctus e Agnus Dei: Cantos melismáticos que fazem parte do ordinário
da missa. Estruturas tripartites derivadas de suas estruturas textuais.
Inicia-se com uma primeira parte A
com textos - Kyrie Eleison
Segue parte B com a letra Christe
Eleison
Termina com uma terceira parte com a
repetição do A - Kyrie Eleison
Tropos: é um acrescento, ou seja, uma parte
adicionada na introdução aos cânticos, em estilo
neumático. Muitas vezes, consiste de uma letra
adicionada aos melismas de um cântico
Sequências: Originou-se, provavelmente, de acrescentos
longos e marcantes feitos nos cantos litúrgicos, em
especial, os aleluias. Eram, inicialmente, melismas, mas
que passaram a receber texto específicos em prosa,
ganhando um tratamento silábico.
Drama Litúrgico: são diálogos inicialmente compostos
em forma de tropos, e que se destacaram
posteriormente. Podiam ser ouvidos antes do introito, na
collecta, ou em cerimônias, prévias às missas.
Salmodia Antifonal
Execução havia a alternância de partes
que eram cantadas por todo o coro e
partes cantadas por metade do coro
eram comuns no Introito e na comunhão.
Antífonas
Tipo mais numeroso de canto, em geral tipo
melódico muito parecido, co um ritmo
relativamente simples.
Responsório
ou Responso: parecidos com a antífona, trata-se
de um versículo curto que é cantado pelo
solista e em seguida repetido pelo coro.
Glória ou Credo
Fazem parte do ordinário da missa. Em geral melodias
silábicas, cantado em geral por todos.
TEORIA E NOTAÇÃO DO CANTO GREGORIANO
Está baseado, em uma estrutura de oito
modos, , que foram chamados de Modos
Eclesiásticos.
FINAL: Todo modo tem uma nota final. Ela é a
nota de "aterrissagem da melodia". Utilizada nos
encerramentos das melodias.
TENOR: no latim, a palavra, tenere pode
significar "sustentar". Nota característica do
modo. Nota privilegiada nas melodias, e
também utilizada em trechos que se aproximam
da fala,
AUTÊNTICOS E PLAGAIS: os autênticos são modos
construídos a partir de sua nota final e que encontram a
nota tenor no intervalo da 5ª justa acima.
PLAGAIS: Construídos uma 4ª justa abaixo
dos autênticos, possuem as mesmas notas
finais que seus respetivos autênticos. As
notas tenor variam de posição.
NOTAÇÃO NEUMÁTICA
Notação que assinala, acima das linhas do texto
a ser cantado, outras linhas compostas por
sinais (neumas) que acompanham a curvatura
do perfil da melodia.
DIASTEMÁTICA: Já encontrada em manuscritos datados do século
9, na qual os neumas se assemelham a linhas curvadas.
Posteriormente ao seu desenvolvimento, uma linha horizontal
passou a ser desenhada para dar referência a altura das notas.
Início da utilização da pauta musical.
QUADRADA: desenvolvida entre os séculos 9 e 13,
na qual o neuma é formado por um conjunto de
pontos quadrados, não apenas uma linha.
Se consolidou como a notação oficial do
canto gregoriano, sendo utilizada até os dias
atuais.
Apoia-se sobre um conjunto de quatro
linhas como pauta musical (tetragrama)
GUIDO D'AREZZO
Monge Italiano é um marco na história dos
teóricos musicais desde a Grécia Antiga.
Criou os nomes latinos das notas musicais, -
método da solmização, utilizados até hoje UT
(DÓ), RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ.
Desenvolveu a Manosolfa - sistema de representação
das notas musicais a partir de sinais manuais.
Escreveu a obra Micrologus destinada ao ensino
da prática e da leitura musical.
Teorizou sobre a nascente prática de inventar vozes
adicionais para o cantochão original, chamada de
Organum.
Estruturas e Ritos Católicos
Eram organizados segundo uma ordem chamada
liturgia, esta seguia um calendário organizados
segundo as épocas do ano
A música na Igreja Católica era
uma forma de educar o Cristão
BAIXA IDADE MÉDIA
Marcado pelos avanços da documentação escrita da música secular monofônica,
aparecimento da polifonia escrita no âmbito religioso e, posteriormente, de uma
polifonia secular documentada.
CANTO MONOFÔNICO SECULAR: não religioso, começa a ser
registrada, utilizando técnicas de notação criadas para o
cantochão.
Monodias em latim:
poemas não litúrgicos com temáticas sacras e
seculares, passando a ser utilizados em serviços
religiosos medievais, como os ritos católicos da
Semana Santa.
Monodias em Línguas Vernáculas:
Desenvolveram-se formando matrizes das
línguas nacionais européias conhecidas
hoje. Os cantos entoados eram língua
vernácula, em sua maioria, eram seculares.
Surgem os jograis e menestréis, pequenos espetáculos de
declamação, teatro e canto. Eram de uma camada de menor
status social,
TROVADORES: poetas-compositores franceses de cantos
seculares em língua vernácula. Em geral, eram nobres
que alcançavam status social devido ao seu talento,
cantavam suas próprias canções.
Tipos de canções muitas vezes dintiguíveis por sua
temática poética
Chanson: amor cortesão
Pastorela ou pastourelle: poemas narrativos de
histórias de cavaleiros que seduziam uma
pastora em cena bucólica
Sirventes: canções de serviço, comentavam
sobre a subserviência.
Lai: de origem celta com longa narrativa com dísticos
rimados de assuntos históricos
Balata ou dance: canção dançante com menções a primavera
Carole, ronde, rondel, rondalete: tipo de
canção para danças circulares, estrofe
cantada por um solista e um refrão cantado
por todos.
Rondeau: esquema formal ABaAabAB, cada letra corresponde
a um verso e a um trecho de melodia para esse verso.
Guillaume D'Amiens - Prendés i Garde
FORMAS FIXAS
Virelai: esquema formal AbbaA, mas pode aparecer
repetidas vezes, tendo sempre o refrão entre suas
repartições. Or La Truix
Ballade: esquema forma há controvérsias em
diferentes fontes.
MÚSICA INSTRUMENTAL E INSTRUMENTOS
utilizada fora das igrejas, além da função de
acompanhamento, poderiam executar pelas
instrumentais para a dança.
Estampida: gênero musical mais antigo.
INSTRUMENTOS MAIS CONHECIDOS
LIRA MEDIEVAL: de origem romana, bastante comum na Alta Idade Média
HARPA: Trazida da Irlanda e da Grã-Bretanha antes do século 9
VIELLE OU FIDDLE: instrumento de 5 cordas friccionadas por um arco (protótipo
do violino moderno), principal instrumento utilizado nos jograis.
ORGANISTRUM: uma espécie de vielle no qual o arco era substituído
por uma grande roda.
SALTÉRIO: instrumento de cordas amarradas em uma tábua
ressoante, semelhante uma harpa deitada. Dedilhado ou tocado
com baquetas.
ALAÚDE: instrumento de origem árabe, originalmente al oud (a
madeira), com cordas dedilhadas ou plectradas (por um plectro
semelhante a uma palheta)
ÓRGÃOS: poderiam ser grandes órgãos de tubo das
igrejas, mas havia dois tipo de órgãos, menores
chamados de PORTATIVOS (portáteis) e POSITIVOS
(portáteis que precisavam ser postos em uma
mesa).
CHAREMELA: de sopro com palheta dupla, um antecessor do
fagote e do oboé moderno. Possuía um grande volume e era
muito utilizado em espaços abertos.
ARS ANTIQUA
POLIFONIA: Textura Musical que não somente possui
várias vozes, mas que também conserva certa
independência de cada voz em relação às outras não
havendo predomínio de nenhuma principal
ORGANUM: modo improvisado de se fazer polifonia
baseado em cantos litúrgicos. Remete a idéia de
música "organizada" ou "planificada". Ele surgia
quando acrescentava mais uma voz ao cantochão.
Organum paralelo é o mais primitivo dos
organa, consiste na duplicação paralela da voz
principal em intervalos de de 4ª, 5ª ou 8ª justas
- cantochão.
Organum paralelo simples - possui somente uma
voz principal duplicada a uma 4ª justa ou a uma 5ª
justa abaixo da voz principal
Organum paralelo complexo - possui duas ou três
vozes organais realizadas a partir da duplicação
em oitava de um organum paralelo simples.
Organum modificado: possui trechos em
movimento paralelo de vozes e outros trechos
em movimento oblíquo. Os movimentos
obliquos encontrados neste tipo de organum são
realizados, basicamente, para evitar a existência
do intervalo de trítono. (4ª aumentada ou 5ª
diminuta) entre as vozes.
Organum livre é baseado no movimento oblíquo,
paralela e contrário entre as vozes, misturando,
livremente, intervalos de 4ª, 5ª e 8ª justas. Em certos
momentos, intervalos de 3ª e 6ª são admitidos em
relação a uma voz é o cantus firmus ( cantochão).
No organum primitivo, a voz principallis era o cantochão,
enquanto a voz organalis era acrescentada abaixo deste
cantochão normalmente em uma reação intervalar de 8ª, 4ª
ou 5ª.
Primeira teorização acontece nos tratados
Musica enchiriadis e Scolica enchiriadis.
Organum melismático- é composto por mais de uma nota
na voz organalis para cada nota do cantus firmus. O tenor
deveria ser cantado por um grupo de homens, que se
alternavam nessa tarefa, uma vez que as notas longas era
impossíveis de se cantar a um só folego.
MODO RÍTMICOS: A partir do Sec. 11 e 12, desenvolveu-se um esquema
rítmico baseado nos modelos da métrica da poesia latina, para
substituir a prática do ritmo livre do cantochão.
ORGANUM DE NOTRE DAME: estilo de organum desenvolvido
pelos compositores que trabalhavam na Catedral de Notre
Dame em Paris. O Organum tornou-se um gênero
genuinamente francês.
Leonim e Perotin - cantores clericais em Notre Dame,
responsáveis pelo principal corpus polifônico envolvendo
conductus, organus e motete ao qualse tem acesso hoje.
Leonin: obras predominantemente a duas vozes, e ainda
utilizam o tenor litúrgico em notas longas
Utilizava elementos antigos e novos
em suas composições
Perotin: aluno de Leonin, expandiu o organum para três e quatro vozes,
possuía maior precisão rítmica
Utilizava a cláusula de
substituição, as cláusulas dos
organuns, poderia ser
substituídapor outros trechos
Primeiras formas de polifonia
Conductus polifônico: não utilizava tenor litúrgico, o cantochão
representava o sagrado na música, e por esse motivo, a utilização de
uma forma de compor sem a presença do cantochão, mesmo nas
notas longas do tenor, não poderia fazer parte da liturgia da igreja
- A utilização de terceiras como consonância (neste período eram
considerados intervalos consonantes somente as 4ª, 5ª e 8ª);
Textura quase homorritmica. Movimento rítmico das vozes se
moviam conjuntamente; - Todas as vozes cantando o mesmo texto;
Estilo silábico;
Caudae (nome que originou o italiano coda): trecho
melismático para início ou final de um conductus no qual a
junção das vozes resulta em um efeito de textura cordal
(soam como acordes)
MOTETE
Tem sua origem basicamente na colocação de texto na
cláusula de discante, por volta de 1200
Quando um tropo literário (texto adicional, como nos tropos
gregorianos) era introduzido no duplum (voz organal) de uma
cláusula passava a ser chamada de MOTETUS
Inicialmente foi cantado no oficio das horas mas,
passou a ser utilizado também nas missas
Por volta de 1250, o organum e o conductus começam
a ser lentamente substituídos pelo motete
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO MOTETE
Utiliza tenor litúrgico, mas organizado ritmicamente
Politextualidade: eventualmente, todas as partes do motete
têm textos diferentes
Poderia ser multilíngue, ou seja, utilizar a língua vernácula
OS MOTETES PODERIAM SER:
SIMPLES: composto por duas vozes
com texto em latim ou francês
DUPLUM: composto por três vozes (tenor,
motetus e triplum) nos quais as vozes
superiores têm textos diferentes
TRIPLUM: a quatro vozes, cada qual com textos diferentes
MOTETUS-CONDUCTUS: que era a três ou quatro
vozes com texto igual e ritimicamente
sincronizados
GÊNEROS DE MOTETES MAIS COMCOMUNS
FRANCONIANO: Padrão do século 13, com diferentes modos e
valores rítmicos e utilização de três vozes politextuais
PETRONIANO: criado por Petrus de Cruce. a voz tenor mais grave tem uma
mensuração lenta; a voz duplum (intermediária) tem valores ritmicos
intermediários, e, por fim, a voz triplum (mais aguda) tem valores ritmicos mais
rápidos
MENSURAÇÃO: notação musical do final do século 13
Na primeira metade desenvolveram-se sistemas mais diversificados de
mensuração ritmica, baseados em uma maior variedade de figuras com tempos
fixos e proporcionais
Franco também afirmava: a unidade de tempo era a breve
A dupla valia 2 longas
Já a longa poderia ser subdividida em três breves
(div.perfeita), ou em duas breves (divisão imperfeita)
Uma breve poderia ser dividida em três semibreves
(divisão perfeita) ou em duas semibreves (divisão
imperfeita)
Todos os sistemas musicais seguiam para uma grande
aproximação com a igreja, mantendo assim, vários simbolismos
Com o passar dos tempos o compositor Petrus de Cruce passou a utilizar
pontos de divisão para representar uma quantidade grande de semibreves.
Isso ocasionou uma mudança na escrita, que passou a registrar a
semibreve como unidade de tempo.
Outra Novidade deste sistema é a aceitação da subdivisão binária e não somente da
ternária, como acontecia nos modos ritmicos anteriores
MUSICA NO SÉCULOS 14:
ARS NOVA
Marcado por mudanças sociais que influenciaram
diretamente o cenário artísticos deste período
Poder papal passa a ser questionado, enfraquecimento da
igreja
Compreendia-se que era responsabilidade da Igreja cuidar da alma e do
Estado questões terrenas
Ars Nova: movimento musical, iniciado em Notre Dame: que criou
uma cisão em relação à Ars Antiqua
Música Polifônica realizada a partir de novas técnicas de mensuração
rítmica no século 14
Afirmação das línguas vernáculas (Divina Comédia de Dante)
Avanço do profano, que invade a arte religiosa A música
tem uma predileção pela complexidade.
O Roman de Fauvel é o manuscrito onde consta diversos gêneros musicais do século XIV,
entre eles cinco motetes de Phillipe de Vitry
Vitry fez uma revisão da teoria fraconiana. Propôs um novo sistema de figuras rítmicas, no
qual inclui uma nova figura a Mínima
Adiciona também os conceitos: Modus - subdivisões possíveis de longa em breves
Tempus: subdivisões possíveis da breve em semibreve
Prolationis: subdivisões possíveis da semibreve em mínimas
Um dos aspectos mais importantes da Ars Nova é a mixagem entre os
metros ternário e binário
Esse processo era chamado de Coloração
O termo coloração é devido ao fato de que Vitry usava cores diferentes para os
metros usados em cada voz
Esse processo só foi possível graças a um procedimento de reiteração de
estruturas conhecido como Isorritmia
Classificados como Perfeitos: quando as subdivisões eram
ternárias e imperfeitos: quando as divisões eram binárias
MÚSICA FICTA
Desenvolvimento de um sentimento harmônico, sem, no entanto, a música
ganhar um sentido vertical.
Desde o organum paralelo havia a consciência de que a quinta si/fa era
“pequena”. Voz organal ficava distinta da voz principal
No século XIV, o procedimento de “elevar” meio tom para tornar as
quartas e quintas justas já estava consolidado. A denominação ficta
vem de ser “falsa” a nota.
Duas necessidades Tornar as quartas e quintas justas Afirmação do
caráter conclusivo das cadências (chamadas de cláusula) Dupla
sensível Landino – sexto grau antes da resolução 7 – 6 – 8 Frígia – o
baixo descende meio tom
GUILLARME DE MACHAUT
A produção de música secular supera a produção de música sacra.
muitos dos motetes apresentavam quatro vozes, muitas vezes um tenor com
letra em francês.
utilizava em seus motetes, a técnica da isorritmia, inovando na utlização dessa técnica, não só
no tenor, como nas vozes, o que foi chamado de pan-isorritmia
utilizou pela primeira vez o contratenor
bassus, voz mais grave que o tenor
Poeta e compositor e trabalhou para várias cortes imperiais
Sua obra sintetiza o estilo composicional de ars nova, utilizando a
complexidade ritmica, a música ficta e a isorrtmia
O TRECENTO ITALIANO
O movimento que era genuinamente francês migrou
para a Itália no final do Séc. 14
Os principais centros foram: Bologna, Pádua, Florença, Modena, Perugia
Os principais gêneros musicais italianos eram o madrigal, a caccia e a ballata
MADRIAGAL: era baseado em um poema com assuntos idílicos ou pastorais que
era composto por duas vozes. Possuía um verso de refrão no final, ao qual dava
o no me de ritornello
No ritornello poderia haver alguma mudança da
métrica da peça. Destaque para os madrigais de
Jacopo de Bologna
A Caccia, nome derivado da palavra cacce (caça), era uma
peça a 3 vozes, na qual as vozes mais agudas realizavam um
cânone, acompanhadas por uma voz grave executada
instrumentalmente sua temática poética baseava-se em
atividades de caça ou atividades ao ar livre
A Ballata era uma variante do virellai francês, com forma
fixa AbbaA. Surgiu mais tardiamente que o madrigal e a
caccia. Peça para duas ou três vozes
FRANCESCO LANDINI
Compositor importante para o Trecento, suas composições mais conhecidas
são seculares, envolvendo duas a três vozes.
Seu nome é atribuído a um tipo específico de terminação
melódica: A cadência de Landini
`Passagem melódica pelos graus sete e seis, finalizando-se na tônica.