Os espaços são conjuntos de territórios e lugares
onde fatos acontecem simultaneamente, e, suas
repercussões são sentidas em sua totalidade de
maneiras diferentes.
O território é também um espaço, porém singularizado,
internamente é relativamente homogêneo, com uma
identidade que vai depender da história de sua construção,
e o mais importante, é portador de poder.
O ponto de partida para a organização dos serviços e das práticas de
vigilância em saúde é a territorialização do sistema local de saúde, isto
é, o reconhecimento e o esquadrinhamento do território segundo a
lógica das relações entre condições de vida, ambiente e acesso às ações
e serviços de saúde
UNIDADES TERRITORIAIS
TERRITORIO DISTRITO
DelImitação politico-administrativo.
TERRITORIO ÁREA
Delimitação da area de ambrangência de
uma area ambulatorial.
TERRITORIO MICROÁREA
Delimitada com a lógica de
homogeniedade
sócio-econômica-sanitária.
TERRITORIO MORADIA
Definida como lugar de
recidência das familias
ESPAÇO-TERRITORIO
Caracteriza-se por uma população específica, vivendo em tempo e espaço
singulares, com problemas e necessidades de saúde determinados, os
quais para sua resolução devem ser compreendido e visualizado
espacialmente por profissionais e gestores das distintas unidades
prestadoras de serviços de saúde.
Esse território apresenta, portanto, muito mais que uma extensão geométrica,
também um perfil demográfico, epidemiológico, administrativo, tecnológico,
político, social e cultural que o caracteriza e se expressa num território em
permanente construção.
SISTEMA UNICO DE SAUDE (SUS)
Sistema de saude aprovado na Constituição de 1988.
Princípios doutrinários: a universalidade, a eqüidade e a integralidade.
Diretrizes organizacionais: a regionalização e a descentralização das
ações e serviços de saúde para os municípios: a municipalização.
REGIONALIZAÇÃO
Foi uma estratégia racionalizadora que entendia a
organização dos serviços segundo níveis de
complexidade tecnológica, localizados em áreas
geográficas delimitadas com populações definidas.
Pretendia-se apartir daquele arranjo oferecer àquelas populações
referidas atendimento integral em todos os níveis de atenção do
sistema — primário, secundário e terciário
MUNICIPALIZAÇÃO
Trazia a norção de território e a necessidade de se delimitar,
para cada sistema local de saúde, uma base territorial de
abrangência populacional, na perspectiva de se implantar
novas práticas em saúde capazes de responder com
resolutividade, eqüidade e integralidade de ações, às
necessidades e aos problemas de saúde de cada área
delimitada.
DISTRITOS SANITÁRIOS
Uma estratégia para a implementação do SUS,
funcionando como uma unidade operacional básica
mínima do Sistema Nacional de Saúde.
Esaa estrategia deveria ter uma base territorial definida
geograficamente, com uma rede de serviços de saúde
com perfil tecnológico adequado às características
epidemiológicas da população distribuída em seu
interior.
Distrito Sanitário deveria ser capaz de resolver todos os
problemas e atender a todas as necessidades em saúde da
população de seu território, circunscrevendo os três níveis
de atenção à saúde:
1) o primeiro voltado para o cuidado à saúde individual e
coletiva, com ações de promoção e prevenção capazes de
resolver a maior parte dos problemas de saúde da população de
seu território.
2) o segundo deveria oferecer a assistência ambulatorial
especializada, para responder às necessidades de saúde
encaminhadas do nível anterior, dotado de maior
resolutividade e capacidade tecnológica ampliada.
3) o terceiro nível, responsável pela atenção a
situações emergenciais, internações e com
um aparato tecnológico mais complexo e
especializado.
Programa de Agentes Comunitários de Saúde
Cada ACS se encarregaria de cadastrar um número determinado de
famílias adscritas a uma “base geográfica” sob os seus cuidados —
em torno de 150 famílias ou 750 pessoas —, onde os problemas
deveriam ser identificados em cada “território de trabalho”, por
meio de um mapeamento de sua “área de abrangência”, ressaltando
as “micro-áreas de risco”
Programa Saúde da Família
Foi criado junto com o PACS em 1991, iniciando suas atividades em 1994. Dentre as
suas diretrizes, algumas apontam na direção da definição de territórios, como: a
“adscrição de população” — vinculada a uma unidade básica; “território de
abrangência” —, entendido como a área que está sob a responsabilidade de uma
equipe de saúde da família e, a “territorialização” — vista como uma ferramenta
metodológica que possibilita o reconhecimento das condições de vida e da
situação de saúde da população de uma área de abrangência.
AGENTES DE ENDEMIAS
O guarda de endemias como agente de vigilância e controle atua em um recorte
territorial definido dentro de uma diretoria ou subdiretoria regional. São formados
a partir de itinerários a serem cumpridos no trabalho que realizam no campo que
consistem em visitas para a busca de vetores ou das condições propícias a sua
reprodução