c) Os planaltos são a forma de relevo predominante na
África. Os rios que cruzam o continente são
utilizados para transporte e obtenção de energia
elétrica, além de serem importantes para as
atividades agrícolas e pecuárias.
b) A vegetação e o clima do
continente africano são
diversificados, resultando em
paisagens que variam de
muito secas a muito úmidas.
d) Os principais problemas ambientais
do continente são o desmatamento,
a desertificação e a escassez de água.
Observe nos mapas ao
lado como os climas e as
vegetações se repetem ao
norte e ao sul, a partir da
linha do Equador. Por isso,
a África é conhecida como
"continente espelho"
População e
diversidades
É o segundo continente mais populoso e sua população se distribui de maneira desigual pelo território.
A população africana é marcada por grande diversidade cultural, linguística, religiosa e étnica, e apresenta forte tradição oral.
O islamismo é atualmente uma das principais religiões da África, com cerca de 400 milhões de seguidores. A expansão do Islã começou no Norte da África no século VII e continuou gradativamente em direção ao sul do Saara.
O cristianismo foi difundido pelos colonizadores europeus, sobretudo a partir do final do século XIX. É dominante em muitos países como África do Sul, Angola, República Democrática do Congo, Camarões e Sudão do Sul, onde mais de 50% da população é cristã.
As manifestações culturais
africanas influenciaram as culturas
dos países americanos.
Os indicadores socioeconômicos, de maneira geral, mostram baixa qualidade de vida em grande parte da África.
O continente tem cerca de 70% dos portadores de HIV do mundo; no entanto, o combate à epidemia da aids tem tido sucesso em alguns países.
Sua população se concentra ao sul do
Saara e se urbaniza rapidamente.
Baixos índices de expectativa de vida, PIB per capita e IDH refletem as dificuldades encontradas por grande parte da população africana.
veja o vídeo!
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Chimamanda Adichie - Os perigos de uma história única.
Observe o mapa
étnico da África
Alguns dos grandes impérios africanos que já existiram! O continente africano tem um passado exuberante, muito
além das civilizações do Egito e Cartago. Grandes impérios ali floresceram na era antes de Cristo, na idade média e
nos séculos seguintes. Por vários motivos declinaram: guerras civis, fragmentações políticas ou pela chegada dos
colonizadores. O imperialismo, aliás, submeteu vários povos e dividiu o continente. Essa “partilha” misturou etnias e
grupos inimigos, além de interferir nas práticas religiosas e na própria liberdade dos povos. Sociedades tribais
organizadas e complexas tinham seus sistemas políticos, econômicos, de crenças e línguas. Uma das cidades, no
Império do Mali, era comparada a Paris. Muitas não deixaram vestígios, pois eram baseadas em tradições
transmitidas oralmente. Em outros casos, as evidências históricas que restaram foram retiradas de seus locais de
origem e passaram a habitar os grandes museus do mundo, como Louvre, em Paris.
II- O imperialismo
(ou neocolonialismo)
europeu na África
d) Os europeus impuseram sua língua, seu modo de vida e sua estrutura
administrativa e passaram a retirar minérios e a plantar produtos tropicais.
c) A demarcação das fronteiras não respeitou as populações nativas e
grupos rivais ficaram confinados entre as mesmas fronteiras,
enquanto grupos etnicamente relacionados foram separados pelos
limites estabelecidos que obedeceram somente aos interesses
europeus.
Observe o mapa
da África durante
o neocolonialismo
europeu
b) Durante a Conferência de Berlim (1884-1885),
as potências europeias da época
estabeleceram os limites de seus territórios na
África.
a) Com a crescente industrialização no século XIX, a
Europa necessitava cada vez mais de
matérias-primas para abastecer suas indústrias e
de meios para expandir seus mercados
consumidores.
e) A infraestrutura implantada pelos
europeus visava exclusivamente
facilitar o escoamento dos
produtos que retiravam de suas
colônias e levavam para a Europa,
como a construção de linhas
férreas ligando áreas mineradoras
aos portos.
f) Com a independência dos territórios coloniais, a
partir de meados do século XX, essas fronteiras
foram, em linhas gerais, mantidas. Antigas
rivalidades étnicas voltaram à tona e as disputas
políticas entre grupos concorrentes com frequência
resultaram em golpes de Estado e conflitos
armados.
Observe o mapa da
África com a
cronologia da
descolonização
g) Em termos econômicos, os países mantiveram o mesmo modelo
exportador de produtos primários, e a indústria praticamente não se
desenvolveu. As plantations continuaram ocupando as melhores terras e
grande parte das populações da África continuou vivendo da agricultura
de subsistência.
veja o vídeo!
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Evolução
socioeconômica
recente
O crescimento econômico, as políticas sociais, os programas de ajuda humanitária e até as novas tecnologias contribuíram para melhorar a qualidade de vida de muitos africanos, principalmente na África Subsaariana, a região mais pobre do continente.
A economia africana caracteriza-se pelo modelo agrário-exportador, o que coloca o continente em desvantagem no mercado global, já que exporta produtos mais baratos e importa produtos manufaturados.
Nos últimos anos, a economia africana registrou expressivo crescimento, com a maioria de seus países apresentando taxas médias de crescimento acima de 4% ao ano, além de o PIB do continente ter triplicado entre 2000 e 2010, atingindo 1,5 trilhão de dólares.
Na porção ocidental da África encontram-se as principais plantations onde se cultivam cacau, amendoim, óleo-de-palma e algodão. Costa do Marfim e Gana são os dois maiores produtores mundiais de cacau e respondem por 60% da produção mundial. Considerando Nigéria e Camarões, 4o e 5o maiores produtores mundiais de cacau, respectivamente, chega-se a 70% da produção mundial desse commodity.
A extração de minérios ocorre sobretudo no sul da África, de onde são retirados cromo, ouro, platina, cobalto, cobre e urânio.
A partir de meados do século XX, com o desenvolvimento das indústrias petroquímicas no continente, o petróleo ganhou destaque. Hoje, esse recurso natural é extraído principalmente na região do delta do Rio Níger, na Nigéria, além de ser encontrado em países como Gana, Angola, Gabão, Egito, Líbia e Argélia.
Apenas a África do Sul apresenta diversificado parque industrial (com indústrias químicas, mecânica, de papel, aeronáutica, automobilística, têxtil, alimentícia, entre outros tipos), sobretudo nos arredores da cidade de Johanesburgo e da Cidade do Cabo.
Na atualidade, é cada vez mais forte a relação que a China vem estabelecendo com os países africanos: o comércio entre esse país e o continente, que girava em torno de 10,5 bilhões de dólares em 2000, superou 160 bilhões em 2013.
Empresas chinesas vêm investindo fortemente no continente africano em infraestrutura, na modernização urbana, na construção civil, na área da extração mineral, entre outras
Apesar de contribuir para o desenvolvimento de países do continente africano, a ação da
China é questionada. Muitos acusam os chineses de não transferirem tecnologia para os
africanos, usando mão de obra nativa apenas para os postos de trabalho menos qualificados,
e os cargos mais altos sendo ocupados pelos próprios chineses.
Assistência da China em projetos de desenvolvimento na África (2001 - 2011). A China se tornou o
mais importante parceiro comercial do continente africano nos últimos anos. Ao mesmo tempo, os
gastos em financiamento a projetos no continente africano também aumentaram. Pesquisadores
do projeto AidData registraram e localizaram espacialmente todos os projetos de infraestrutura
financiados pela China na África entre 2000 e 2011: barragens no Congo, usinas de energia no
Gana e no Sudão, estradas em Angola - 1.650 projetos em 47 estados. No último Fórum de
Cooperação África-China (2018), o presidente chinês, Xi Jinping, prometeu financiamento para o
continente no montante de US$ 60 bilhões, entre empréstimos e investimentos para infraestrutura.
Neste encontro, o único país que não participou foi eSwatini (ex-Suazilândia) que ainda mantém relações
diplomáticas com Taiwan. Dos 60 bilhões prometidos para os próximos três anos, 15 serão de ajuda e
empréstimos a juros zero, 20 em linhas de crédito, 10 para um fundo especial para o desenvolvimento, 5 para
as importações da África e outros 10 para projetos privados de empresas chinesas. O foco é, obviamente, nas
infraestruturas: um trilho e um cais após o outro, Pequim está integrando o continente no grande projeto da
Nova Rota da Seda, a rota comercial, tanto marinha como terrestre, que da China viaja para o Ocidente.
Abrindo canteiros de obras por toda a África, do porto de Djibouti à ferrovia entre Mombasa e Nairóbi.
Observe os
gráficos com
as % de
exportação
África-China
Regionalização da África
segundo a ONU
Considera as diferenças culturais e econômicas do
continente africano e a sua grande extensão territorial.
África Setentrional • Muito urbanizada, com cidades
concentradas próximas ao Mar Mediterrâneo. • O relevo e o
clima mais ameno favorecem a ocupação e a agricultura.
África Ocidental • Abrange diferentes formações vegetais. • Países são
exportadores de produtos agrícolas, minerais e energéticos,
principalmente petróleo. • Fraca industrialização: países importam
produtos manufaturados.
África Central • Apresenta florestas equatorial e tropical com
elevada biodiversidade, savanas, estepes e desertos. • Países
exportadores de cobre, diamantes, petróleo e madeira, que
vêm recebendo grandes investimentos estrangeiros.
África Oriental • Voltada para o Oceano Índico, essa subregião
depende muito da agricultura. • Países sofrem com guerras
civis, surtos de fome e conflitos étnicos e religiosos.
África Meridional • Apresenta muitas reservas minerais, que são exploradas
por empresas mineradoras transnacionais. • África do Sul: economia mais
diversificada do continente. • Demais países exportam produtos primários e
são marcados por pobreza, fome e diferentes doenças.
REGIONALIZAÇÃO
DA ÁFRICA
• Atualmente, a regionalização mais utilizada para agrupar os
territórios africanos é a que estabelece a divisão entre Norte da
África e África Subsaariana. • Essa regionalização agrupa os países
de acordo com aspectos naturais, históricos e culturais.
Norte da África • Influência da expansão árabe, ocorrida no século VII, que deixou marcas profundas
na cultura dos povos: idioma, a escrita árabe e a religião islâmica. • O extenso litoral facilita o
comércio com países de outros continentes. • A exportação de recursos naturais é a principal fonte
de riquezas da região, com destaque para o petróleo, o gás natural, o ferro e o fosfato.
África Subsaariana • Territórios que compartilham semelhanças
históricas recente passado colonial de exploração. • Porção territorial
marcada por grandes diferenças naturais, culturais e políticas.
• Composta de países localizados ao sul do Deserto do Saara, habitada
principalmente por povos negros. • Divisão política arbitrária imposta
pelos europeus. Resultado: diversos conflitos étnicos e religiosos nessa
porção do continente. • Países com os piores índices de
desenvolvimento humano do mundo e altos níveis de fome crônica. • A
África do Sul se industrializou e se modernizou em razão da grande
quantidade de ouro, ferro e pedras preciosas presente em seu território
e dos investimentos industriais britânicos no país.
Magreb • Formada por Marrocos, Argélia, Tunísia e Saara Ocidental. • O termo Magreb, de origem
árabe, significa “lugar onde o Sol se põe”. • É a porção mais ocidental do mundo islâmico. • Povoado
no passado por grupos berberes, cujo idioma se fragmentou em diversos dialetos.
Sahel • Situada imediatamente ao sul do Saara, estendendo-se no sentido leste-oeste do continente.
• Área de transição climática entre as regiões mais úmidas e o deserto, que atravessa nações africanas
distintas, da costa atlântica até o litoral do Mar Vermelho. • O manejo inadequado dos solos e o
desmatamento estão levando a sub-região à desertificação.